Questões de História

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Segundo o historiador José Carlos Reis, no seu livro A História entre a filosofia e a ciência, quando se discutem paradigmas para a História, a pergunta a ser feita é: “houve alteração no coração da História, isto é, na concepção do tempo histórico?” (REIS, 1999, p. 61). Logo abaixo, estão transcritas três concepções historiográficas para o tempo histórico. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, a escola historiográfica que assume cada uma dessas concepções.

I O tempo da historiografia [...] é, portanto, iluminista: progressivo, linear, evolutivo em direção à sociedade moral, igual, fraterna. (REIS, 1999, p. 15);

II [...] compreende a história como uma aceleração do tempo em direção ao futuro livre. O presente é consumido pelo futuro, não pela evolução gradual e pacífica, mas pela crise permanente. (REIS, 1999, p. 51);

III [...] o conceito de tempo histórico consiste, fundamentalmente, na superação estrutural do evento [e] considera a longa duração e os tempos articulados. (REIS, 1999, p. 63-71).

  • A.

    Positivismo, Annales, Materialismo.

  • B.

    Historicismo, Materialismo, Annales.

  • C.

    Romantismo, Positivismo, Historicismo.

  • D.

    Positivismo. Materialismo, Annales.

  • E.

    Materialismo, Positivismo. Romantismo.

Leia o texto abaixo, e em seguida assinale a alternativa correta: “De fato, tal como na recordação, no historiador a herança do passado não é uma simples acumulação dos acontecimentos. Ao invés, tudo se passa como se a consciência do presente saltasse anos e séculos para escolher os momentos em que ela encontra a sua arqueologia e os momentos fortes do sentido que quer dar ao seu percurso. Atitude que, porém, não pode acionar a destemporalização do sujeito-historiador como se este estivesse podido estar lá, no passado, quando este foi presente. Mas ela também não pode cingir-se à curiosidade ‘antiquária’, ou à função de coveiro a desenterrar cadáveres após o cumprimento do ciclo da putrefação (e do esquecimento).”

  • A.

    Devido ao seu papel de “guardião de memórias”, cabe ao historiador, sobretudo para fazer frente ao imediatismo do mundo contemporâneo, a função de preservar as lembranças do maior número de fatos passados.

  • B.

    Munido de uma formação acadêmica específica, o historiador, como todo pesquisador, deve manter uma inflexível imparcialidade frente ao seu objeto de estudo. No caso específico do conhecimento historiográfico, isso é facilitado pela distância temporal que separa o sujeito-pesquisador do seu objeto.

  • C.

    A destemporalização defendida pelo autor diz respeito à necessidade que sente o historiador de se desligar do seu próprio tempo e enveredar por um tempo pretérito. Só através desse exercício, o historiador poderá ser honesto com os fatos que salva do esquecimento.

  • D.

    O ofício do historiador está envolvido numa encruzilhada temporal: se, por um lado o seu objeto teve uma existência no passado, por outro, os interesses e problemáticas que movem este pesquisador surgem dos anseios do seu próprio tempo.

  • E.

    A metáfora do historiador-coveiro serve para nos lembrar que a função primeira do ofício de historiador é resgatar do passado a memória dos sujeitos esquecidos. Desse modo, este profissional será tão mais competente quanto menos interferir nas narrativas desses sujeitos.

Ao final do século XIX, após a Lei Áurea, com a redução de mão de obra disponível para os cultivos monocultores nas grandes propriedades, o município sofreria algumas mudanças econômicas, entre as quais a:

  • A.

    decadência por quase duas décadas, com a redução do comércio e a desvalorização imobiliária.

  • B.

    retração da atividade pecuarista, com a contração do mercado exportador de carne e outros derivados.

  • C.

    recuperação econômica por meio do trabalho imigrante assalariado e incremento do mercado interno.

  • D.

    recuperação do mercado de café com a mecanização das lavouras e o aumento da produtividade.

  • E.

    falência da indústria de tecelagem e consequente ampliação do desemprego.

Durante a guerra fria consolidaramse diversas instituições de caráter internacional e europeu que contribuíram para a distensão e delinearam a possibilidade de uma nova ordem política internacional. Entre os organismos mundiais destaca-se a ONU (Organização das Nações Unidas). Sobre a ONU é INCORRETO o que se afirma em:

  • A.

    A denominação da nova organização foi concebida pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt e utilizada pela primeira vez em 1942;

  • B.

    A ONU foi dotada de uma estrutura destinada a atender especificamente situações políticas que exigem sua presença ou mediação;

  • C.

    Um dos propósitos da ONU é manter a paz e a segurança internacionais.

  • D.

    Nenhuma disposição da Carta (Carta das Nações Unidas) autoriza a ONU a intervir nos assuntos essencialmente da jurisdição interna dos estados.

O hermeneuta Paul Ricoeur, ao pontuar as interseções entre a narrativa historiográfica e a ficcional, fez a seguinte colocação:

“O problema será, então, mostrar como a refiguração do tempo pela história e pela ficção se concretiza graças a empréstimos que cada modo narrativo toma do outro. Esses empréstimos consistirão no fato de que a intencionalidade histórica só se efetua incorporando à sua intenção os recursos de ficcionalização que dependem do imaginário narrativo, ao passo que a intencionalidade da narrativa de ficção só produz os seus efeitos de detecção e de transformação do agir e do padecer assumindo simetricamente os recursos de historicização que lhe oferecem as tentativas de reconstrução do passado efetivo. Desses intercâmbios íntimos entre historicização na narrativa de ficção e ficcionalização da narrativa histórica, nasce o que chamamos de tempo humano, e que é senão o tempo narrado.”

(RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Tomo III. Campinas, SP: Papirus, 1997, p. 176-177). A partir do pensamento exposto e das discussões travadas nas últimas décadas no âmbito da historiografia, julgue os itens e assinale a alternativa correta:

I Hoje há um consenso entre os historiadores de que a narrativa historiográfica não se diferencia da narrativa ficcional, logo a produção acadêmica de um historiador tem o mesmo estatuto e objetivos da produção de um literato.

II Divergências à parte, é cada vez mais comum a aceitação de que as narrativashistoriográfica e ficcional, embora mantendo as suas respectivas particularidades, se aproximam em muitos aspectos e tomam “emprestados”, uma da outra, recursos narrativos para melhor sustentar seus enunciados e dialogar com seus públicos.

III Fenômeno essencialmente histórico, o tempo, ou seus efeitos sobre os homens, só pode ser entendido e descrito pela historiografia. Desse modo, entende-se o porquê da ficção, em termos de capacidade de narrativização de experiências e sentimentos humanos, continuar a manter um estatuto inferior em relação às narrativas historiográficas.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

  • A.

    Apenas a alternativa I.

  • B.

    Apenas a alternativa II.

  • C.

    Apenas a alternativa IIII.

  • D.

    As alternativas I e II.

  • E.

    As alternativas II e III.

A Serra dos Mascates vem sendo castigada por queimadas há anos. Com a aprovação do projeto que a torna uma Área de Preservação Ambiental (APA), a lei trará benefícios ao município, como recursos do ICMS Verde, além de maior fiscalização das criminosas queimadas que, há anos, assolam este importante acervo ambiental do município. A ocorrência constante de queimadas, e a limitação da área verde de floresta tem como consequência direta:

  • A.

    inundações nas áreas urbanizadas sem absorção vegetal da água não infiltrada.

  • B.

    alteração do equilíbrio hidrológico de distribuição das chuvas na região afetada.

  • C.

    desertificação e esterilização dos pastos e terras cultivadas.

  • D.

    maior diversificação de espécies animais nocivas que invadem o espaço urbano.

  • E.

    aumento de resíduos poluentes nas águas e lençóis freáticos.

Analise as afirmativas a respeito da Revolução industrial:

I. A revolução industrial teve início na Grã-Bretanha, já que ela reunia as condições mais adequadas para seu desenvolvimento, mas progressivamente chegou também às outras nações ocidentais.

II. Os primeiros sinais de revolução industrial na Rússia e na Espanha só foram visíveis em finais do século XIX. Nos Estados Unidos, a autêntica expansão industrial se iniciou em 1870, depois da guerra de secessão, com o triunfo do norte industrial sobre o sul agrícola.

III. Os fatores que favoreceram a difusão da revolução industrial durante o século XIX foram numerosos, como a limitação da oferta de capital e de mãode- obra disponível para transferências internacionais.

IV. Junto com a industrialização dos Estados Unidos e do Japão em meados do século XIX, surgiu um novo fenômeno, o da “lentidão” de outros locais como, por exemplo, a América Latina.

Estão corretas:

  • A.

    Somente I e II;

  • B.

    Somente I, II e III;

  • C.

    Somente I, II e IV;

  • D.

    Somente II, III e IV.

O texto a seguir serve de parâmetro para pensar o fenômeno de vendas em que se transformaram os livros com temáticas históricas. Após a leitura, marque a alternativa INCORRETA.

  • A.

    Segundo a crítica da autora, a produção da dita história “não acadêmica” encontra acolhida entre o grande público devido, entre outros motivos, ao seu diálogo com fórmulas de explicação simplistas, já há algum tempo criticadas na Academia.

  • B.

    Se, por um lado, essa “história de massas” simplifica processos históricos complexos na tentativa de construir uma veia explicativa que possa ser entendida pelo grande público, por outro, força uma reflexão no sentido de tornar, na medida do possível, o conhecimento historiográfico acessível a uma parcela maior de leitores.

  • C.

    Levando-se em consideração que a modalidade “não acadêmica” da história se orienta pelas crenças e curiosidades comuns ao seu tempo, entende-se o porquê de, por volta dos anos 2000 e 2008, ter havido, no Brasil, um boom editorial de livros cujas temáticas envolveram, respectivamente, a chegada dos portugueses à América e a transferência da família real portuguesa para o Brasil.

  • D.

    Adotando um princípio teleológico de explicação, onde todos os fatos estariam ligados entre si e levariam a um desfecho inevitável, a produção “não acadêmica” da história possibilita, ao leitor não especializado, um entendimento confortável do passado.

  • E. Sem ligação com questões de ordem comercial, o sucesso de vendas de livros com temática histórica se deve às iniciativas bem sucedidas de historiadores, das mais variadas correntes, no sentido de transpor os muros das Universidades e alcançar o grande público.

Os ricos sempre foram privilegiados. No Brasil, frequentar escolas era um fato que pertencia à classe rica. O fato que marcou a inserção dos pobres nas escolas foi:

  • A.

    As teorias de Paulo Freire;

  • B.

    A Revolução Francesa;

  • C.

    Guerra de canudos;

  • D.

    Os ideais construtivistas;

  • E.

    Os ideais dos padres jesuítas.

A época do Baixo Império Romano (séculos III-V) havia sido considerada uma fase decadente, preâmbulo da “obscura e turbulenta” Idade Média. Esse conceito pejorativo tem sua origem no fato de, durante muito tempo, se ter avaliado o período segundo os padrões da época clássica romana. A partir do século III, o império, afetado por uma profunda crise que se agravaria progressivamente, sofreu uma série de mudanças e transformações que o debilitaram até causar sua derrocada. Tudo isso se refletiu na sociedade e na cultura da época.Um dos fatores externos da crise se encontra em:

  • A.

    As lutas internas da república facilitaram o processo de concentração de terras em mãos dos latifundiários e o emprego da escravidão em grande escala, prejudicando os pequenos proprietários;

  • B.

    O aumento das cargas tributárias que os camponeses livres tinham de suportar fez com que abandonassem as terras, provocando a desertificação do campo;

  • C.

    As cidades foram se povoando de pessoas sem terra, pacificadas pela distribuição de víveres públicos, e a divisão entre patrícios e plebeus foi perdendo importância;

  • D.

    Devido a sua grande extensão, era difícil defender as fronteiras do império.

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