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Após a realização de no mínimo duas medidas da pressão arterial, em diferentes circunstâncias na população de adultos (acima de 18 anos), os níveis pressóricos são classificados conforme o relatório JNC 7 (The seventh report of the Joint National Committe on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure, 2003) que considera:
( ) pré-hipertensão, quando os valores da pressão arterial sistólica estiverem entre 120 e 139 mmHg ou da diastólica entre 80 e 89 mmHg;
( ) hipertensão em estágio 1, quando os níveis da pressão arterial sistólica estiverem entre 140 e 179 mmHg ou da diastólica entre 90 e 109 mmHg;
( ) hipertensão em estágio 2, quando os níveis da pressão arterial sistólica forem maiores ou iguais que 180 mmHg ou da diastólica maiores ou iguais que 110 mmHg.
Indique a opção que tenha a seqüência correta, marcando com F a(s) afirmativa(s) falsas e com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).
V, V, V
V, V, F
V, F, F
F, V, V
F, F, F
Com respeito às causas identificáveis de hipertensão arterial sistêmica, assinale a opção incorreta.
Síndrome da apnéia obstrutiva do sono.
Feocromocitoma.
Hiperaldosteronismo primário.
Coarctação da aorta.
Pielonefrite aguda bilateral.
O relatório JNC 7 (The seventh report of the Joint National Committe on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure, 2003) recomenda como avaliação laboratorial básica, antes do início da terapia, em pacientes com suspeita de hipertensão arterial, todos exames citados abaixo, exceto:
eletrocardiograma convencional.
análise do sedimento urinário (EAS).
dosagens sangüíneas de glicose, potássio, cálcio, creatinina e hematócrito.
monitorização ambulatorial da pressão arterial.
determinação do perfil lipídico (colesterol total / frações e triglicerídeos).
A síndrome do QT longo é uma doença caracterizada por um intervalo QT do eletrocardiograma anormalmente prolongado e associa-se a uma grave arritmia ventricular. Acerca dessa síndrome, assinale a única assertiva incorreta.
Nos portadores da síndrome de Jervell e Lange- Nielsen observa-se intervalo QT prolongado, surdez congênita, síncope ou morte súbita e tem transmissão do tipo autossômica recessiva.
A quinidina, a disopiramida, o sotalol e a amiodarona são exemplos de drogas anti-arrítmicas que podem causar a síndrome do QT longo adquirido.
A taquicardia ventricular polimórfica típica associada à síndrome do QT longo é chamada de torsades de pointes.
A alternância elétrica da onda T (tanto de amplitude, quanto de polaridade), geralmente associada a estresse físico ou emocional, é um aspecto típico dessa síndrome.
As atuais evidências científicas indicam que o tratamento de primeira escolha, para a síndrome do QT longo congênito, é a desnervação cardíaca simpática esquerda, realizada por meio de procedimento cirúrgico.
O mecanismo de reentrada é responsável pelo surgimento de vários tipos de arritmias cardíacas. Em todas as arritmias cardíacas indicadas abaixo, a reentrada é considerada como um dos mecanismos eletrofisiológicos causais, exceto:
taquicardia paroxística supraventricular, tipo antidrômica, associada à pré-excitação ventricular.
extra-sístole ventricular.
taquicardia paroxística supraventricular, por dupla via nodal.
taquicardia ventricular polimórfica, tipo torsade de pointes.
flutter atrial.
O termo fator de risco coronariano descreve as características que ao serem encontradas em indivíduos saudáveis associam-se, de forma independente, com a ocorrência subseqüente de doença coronariana. Com relação a esses fatores de risco, assinale a única assertiva incorreta.
Idade e gênero masculino são fatores de risco fortes e bem documentados para doença coronariana.
Existem estudos populacionais que confirmam a hipertrigliceridemia como fator de risco independente.
Níveis elevados de proteína C reativa associamse com risco aumentado de eventos coronarianos.
Verifica-se forte associação inversa entre os níveis plasmáticos de HDL colesterol e risco de doença coronariana.
Há fortes evidências científicas de que a redução nos níveis de Lipoproteína(a) reduz o risco de coronariopatia.
A aterosclerose é uma doença arterial que tem grande contribuição para a mortalidade associada a causas cardiovasculares e caracteriza-se pelo crescimento de uma lesão com dois componentes básicos, um lipídico e outro relacionado com a proliferação celular e a fibrose. Acerca da aterosclerose, marque a única opção incorreta.
Os lípidios plasmáticos transitam na corrente sangüínea ligados às lipoproteínas, que são partículas globosas compostas por quantidades variáveis de ésteres de colesterol, colesterol livre, fosfolípidios e apoliproteínas.
As lipoproteínas de baixa densidade (LDLcolesterol) são captadas pelo endotélio, sofrem oxidação e passam a ter efeitos citotóxicos como por exemplo quimiotaxia de monócitos circulantes, imobilização e ativação de macrófagos no subendotélio e estímulo para proliferação muscular lisa.
O tabagismo além de contribuir para a formação da placa ateromatosa também contribui para a trombose na placa pois reduz a relação HDLcolesterol/ LDL-colesterol, aumenta a degradação do óxido nítrico, aumenta o hematócrito, a adesividade plaquetária e os níveis séricos de fibrinogênio.
Conforme o Comitê de Lesões Vasculares do Conselho de Aterosclerose da American Heart Association (1995), a lesão mais grave é a do tipo V (fibroateroma), associada à ruptura ou fissura da placa, hemorragias intra-placa e processos trombogênicos.
Usuários de cocaína apresentam desenvolvimento e progressão dos processos ateroscleróticos, pois essa droga estimula a agregação plaquetária e a liberação de substâncias vasoconstrictoras, levando a hiperplasia intimal, espasmos e trombose recorrentes.
Tomando como referência a revisão das II diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca (2002), aqueles pacientes classificados na classe funcional IV (segundo a New York Heart Association – NYHA), apresentam redução da mortalidade, conforme fortes evidências científicas, quando são utilizados fármacos dos seguintes grupos:
Marque a opção que apresenta a seqüência correta.Sim, Sim, Sim
Sim, Não, Não
Não, Sim, Sim
Não, Sim, Não
Não, Não, Não
A utilização de fármacos bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca sistólica tem como base racional os seguintes mecanismos de ação desses fármacos, exceto:
bloqueio do impacto dos altos níveis de catecolaminas.
aumento da síntese de endotelina I.
Inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, com diminuição dos níveis de angiotensina II.
bloqueio alfa-1 adrenérgico, com conseqüente efeito vasodilatador direto sem taquicardia.
regulação (tipo up-regulation) dos receptores betaadrenégicos.
Choque circulatório é uma das formas de insuficiência cardiovascular que se caracteriza, de forma geral, pela incapacidade do fluxo sangüíneo arterial de atender às demandas metabólicas da economia, ou seja há uma importante redução da perfusão tecidual periférica. Com respeito a esse tema marque a única assertiva errada.
O choque hipovolêmico tem como principal característica fisiopatológica a redução do volume intravascular decorrente de perda de sangue, plasma, fluidos e eletrólitos.
A redução aguda do débito cardíaco devido a tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo ou embolia pulmonar maciça pode resultar em choque classificado, do ponto de vista fisiopatológico, como do tipo obstrutivo.
O choque séptico tem como principal característica fisiopatológica uma redução inapropriada na resistência vascular periférica resultando em débito cardíaco inadequado a despeito de um volume circulatório normal, classificado, fisipatogicamente, como choque distributivo.
O choque cardiogênico deve-se ao comprometimento de cerca de 40% da musculatura ventricular que motiva grave decrescimento da função dessa câmara, com redução do débito cardíaco e aumento do volume diastólico final do ventrículo esquerdo levando a falência grave da bomba cardíaca.
As atuais evidências científicas mostram que não é possível produzir qualquer redução nas elevadas taxas de mortalidade associadas ao choque cardiogênico pós-infarto do miocárdio, a despeito do uso da terapia farmacológica, da assistência circulatória (por meio de balão intra-aórtico, p.ex.), da angioplastia coronariana e da cirurgia de revascularização miocárdica.
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