Questões de Medicina do ano 2006

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O controle da ciclicidade menstrual requer a interação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário de modo a permitir o desenvolvimento folicular e a ovulação, assim como o preparo endometrial para a implantação.

Em relação às interações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual, é CORRETO afirmar que:

  • A. a inibina e a folistatina são os principais hormônios responsáveis pelo de-senvolvimento folicular inicial que independe das gonadotrofinas.
  • B. a liberação do GnRH pelo hipotálamo inibe a expressão gênica da aromata-se nas células da granulosa e, conseqüentemente, a síntese estrogênica.
  • C. a inibina, produzida pelas células do folículo em desenvolvimento durante a fase folicular, é responsável pelo controle da secreção de FSH através de um mecanismo de feedback negativo.
  • D. a produção de ativina, principalmente a ativina A, durante a fase folicular é fundamental para controlar a aromatização dos androgênios produzidos pela teca sob a ação do LH.

Paciente, 25 anos, deseja contracepção, mas apresenta nódulo de mama sem etiologia definida. Em relação ao uso de anticoncepcionais hormonais orais, conforme os critérios de eligibilidade da Organização Mundial de Saúde, nesse caso, é CORRETO afirmar que:

  • A. o DIU de levonorgestrel está contra-indicado.
  • B. o anticoncepcional hormonal oral pode ser usado.
  • C. somente o anticoncepcional hormonal de baixa dose pode ser usado.
  • D. o anticoncepcional hormonal oral poderá ser usado, se não houver história familiar de câncer de mama.

Constituem objetivos do atendimento da mulher vítima de violência sexual, EXCETO:

  • A. Orientar sobre a legalidade de interrupção de gravidez decorrente de estu-pro.
  • B. Avaliar e registrar no prontuário médico a presença de lesões corpóreas decorrentes do ato sexual.
  • C. Avaliar o uso de anticoncepção de emergência e prover tratamento profiláti-co de doenças sexualmente transmissíveis.
  • D. Providenciar o comparecimento da paciente, após o atendimento inicial, à Delegacia da Mulher para registro do boletim de ocorrência policial.

Um casal está tentando engravidar sem sucesso há cerca de dois anos. A mulher tem 33 anos, é nuligesta, apresenta ciclos menstruais regulares e exame ginecológico normal. O marido tem 38 anos e um filho do primeiro casamento.

Nesse caso, a propedêutica inicial deve incluir:

  • A. Espermograma, ultra-sonografia pélvica e histerossalpingografia.
  • B. Espermograma, dosagem de estradiol e progesterona, teste pós-coito, ultra-sonografia pélvica e videolaparoscopia.
  • C. Histerossonografia, ecografia pélvica, curva de temperatura basal, do-sagem de FSH, estradiol e progesterona.
  • D. Histerossalpingografia, rastreamento de ovulação, curva de tempera-tura basal e dosagem de TSH, LH e progesterona

A propedêutica endometrial para exclusão de câncer endometrial deve ser rea-lizada nas seguintes situações, EXCETO:

  • A. Pacientes na perimenopausa, com metrorragia.
  • B. Pacientes na menacme, com ciclos ovulatórios e em uso de metformina.
  • C. Todas as pacientes na pós-menopausa, com sangramento uterino.
  • D. Pacientes na menacme, com sangramento uterino anormal e ciclos anovulatórios.

Em relação ao uso dos contraceptivos hormonais orais combinados, é CORRETO afirmar que:

  • A. os efeitos colaterais do seu componente progestínico incluem náuseas, vômitos, mastalgia, cloasma e irritabilidade.
  • B. os efeitos colaterais do seu componente estrogênico incluem: aumento do peso, redução da libido, fadiga, depressão, pele oleosa e acne.
  • C. estão contra-indicados em casos de distúrbios tromboembólicos, insuficên-cia hepática, tabagistas acima de 35 anos, suspeita de gravidez, sangra-mento genital não-diagnosticado e câncer de mama.
  • D. a propedêutica básica antes de se prescrever um contraceptivo hormonal oral deve incluir ultra-sonografia pélvica, exclusão de trombofilias, citologia oncótica e perfil lipídico.

Paciente, 34 anos com diagnóstico de câncer do colo do útero. O estadiamento revelou tumor restrito ao colo com invasão do estroma superior a 3 mm e inferior a 5 mm em profundidade, com diâmetro inferior a 7 mm.

Nesse caso, o tratamento deve ser:

  • A. Histerectomia vaginal.
  • B. Conização cervical.
  • C. Exenteração pélvica.
  • D. Histerectomia radical com linfadenectomia pélvica e radioterapia.

Paciente, 55 anos, G7P6A1, menopausa há seis anos sem terapia hormonal, comparece à consulta de rotina ginecológica sem queixas.

Em relação ao rastreamento do câncer nesse caso, é CORRETO afirmar que:

  • A. a citologia oncótica (Papanicolau), a mamografia e a pesquisa de sangue oculto nas fezes são os exames de rastreamento de câncer indicados nessa faixa etária e devem ser feitos anualmente.
  • B. a ultra-sonografia endovaginal, a dosagem de CA-125 assim como a citolo-gia oncótica (Papanicolau) e a colonoscopia e/ou pesquisa de sangue oculto nas fezes devem ser feitos anualmente.
  • C. não há necessidade de se colher a citologia oncótica (Papanicolau) anual-mente nessa faixa etária, mas a mamografia deve ser realizada a cada dois anos, independente da história familiar.
  • D. o auto-exame mensal das mamas, a ultra-sonografia pélvica, a citologia oncótica (Papanicolau) e a mamografia devem ser realizados anualmente em todas as mulheres a partir de 40 anos de idade.

Paciente, 52 anos, nuligesta, menopausa há dois anos, comparece para rotina ginecológica relatando dor abdominal inespecífica. O exame ginecológico revelou presença de massa fixa em ambas as fossas ilíacas. A ultra-sonografia evidenciou massas ovarianas bilaterais, multiloculadas e de conteúdo heterogêneo.

 O diagnóstico mais provável nesse caso é:

  • A. Struma ovarii.
  • B. Gonadoblastoma.
  • C. Câncer dos ovários.
  • D. Teratoma cístico maduro.

São considerados critérios maiores para o diagnóstico de doença inflamatória pélvica (DIP):

  • A. febre (>37,8oC), secreção vaginal purulenta e dor à mobilização do colo ute-rino.
  • B. dor abdominal e/ou pélvica, dor à palpação dos anexos e dor à mobilização do colo uterino.
  • C. dor à palpação dos anexos, febre (>37,8oC), secreção vaginal ou cervical purulenta e elevação do VHS.
  • D. dor abdominal e/ou pélvica, febre (>37,8oC) e evidência histopatológica de endometrite.
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