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Uma professora de 21 anos de idade apresentou crise convulsiva na fazenda onde dava aulas e, por falta de transporte, somente após quatro horas foi levada ao hospital geral. Ao chegar ao hospital apresentava a seguinte pontuação na escala de coma de glasgow: resposta visual — 3/4, verbal — 3/5 e motora — 4/6. A família revelou que a paciente estava cada vez mais sonolenta e negou sintomas, tais como febre, cefaléia, náuseas, vômitos ou crises epilépticas prévios ao quadro. Foi realizada tomografia de crânio, cujo resultado é mostrado na figura acima, mas não havia neurologista no hospital naquele momento.
No caso hipotético apresentado, a conduta mais prudente consistiria em
iniciar tratamento com antibióticos para infecção bacteriana, fúngica e tuberculosa, visto que uma infecção no SNC pode cursar com quadro clínico e apresentar imagem semelhante à mostrada acima.
iniciar tratamento com drogas antiepiléticas via intravenosa e tranqüilizar a família.
fazer contato com neurocirurgião, informando-lhe os aspectos da tomografia e consultá-lo a respeito da necessidade de se fazer derivação ventricular.
Uma das maiores dificuldades no tratamento do mal de Alzheimer, uma das mais graves doenças neurodegenerativas que se conhece, é saber quando ele começa. Isso significa descobrir em que momento da vida essa enfermidade, caracterizada pela perda da memória e pela demência, inicia o seu processo de desenvolvimento e de aniquilamento gradual e irreversível do cérebro.
Acerca dessa patologia, assinale a opção correta.
Portadores de síndrome de Down têm menor probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer que indivíduos normais.
A deficiência de vitamina B12 pode-se apresentar clinicamente com quadro demencial, sendo necessários o hemograma e a dosagem de piridoxina para afastar essa hipótese diagnóstica.
Quanto ao diagnóstico diferencial, não há mais necessidade de investigação de neurolues, visto que se trata de doença do período pré-penicilina.
Apesar de não ter cura, o diagnóstico de mal de Alzheimer é necessário para se iniciar o tratamento adequado.
A demência associada com mioclonia e ataxia sugere a doença de Creutzfeldt-Jacob, podendo ser confirmada após achado da proteína 1-2-3 no LCR.
Uma mulher de 33 anos de idade, com crises de cefaléia não-responsivas a dipirona, procura um ambulatório de clínica geral e relata ao médico que tem tido nas últimas semanas visões de "bolas de fogo e raios". O esposo que a acompanha relata que, na semana anterior, ela "virou os olhos e a cabeça, e ficou tremendo a hemiface e braço direitos". Nos exames laboratoriais ficou evidenciada glicemia, em jejum, de 420 mg/dL.
Assinale a opção que apresenta a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta mais adequada a ser adotada imediatamente no caso hipotético acima.
retinopatia diabética — solicitar parecer da oftalmologia.
enxaqueca e crises epilépticas generalizadas — encaminhar a paciente ao ambulatório de neurologia.
diabetes — iniciar tratamento, orientar paciente e família a procurar a emergência se o quadro persistir.
coma hiperosmolar com repercussões neurológicas — internar paciente na UTI.
surto psicótico — encaminhar a paciente à psicologia para avaliar quadro de crises de ansiedade.
Após ter sofrido queda de um cavalo, um senhor de 55 anos de idade foi levado imediatamente ao pronto-socorro, onde se verificou, além das escoriações no corpo, pequeno hematoma subgaleal em região temporoparietoccipital direita. Foi medicado com analgésicos e antiemético. Após vinte minutos, os sintomas foram aliviados e o paciente solicitou alta hospitalar. O clínico geral solicitou o parecer do neurologista visto que os socorristas relataram perda de consciência, fato negado pelo paciente. Passadas 4 horas do trauma, o paciente mostravase inquieto, mas negava cefaléia ou náuseas. Foi levado para realização de tomografia computadorizada, cujo resultado é mostrado na figura acima. Na presença do neurologista, o paciente solicitou alta hospitalar, informando que morava a apenas 25 km do hospital e voltaria se houvesse piora. Diante de situação como a apresentada, após analisar o exame de imagem e o caso clínico, o neurologista deve
prescrever antiinflamatórios e antieméticos orais e providenciar alta hospitalar para o paciente, após a chegada de um acompanhante.
explicar ao paciente que ele poderá ir para casa, mas que deve suspender o uso de álcool e retornar ao hospital caso haja piora.
providenciar a internação do paciente e explicar-lhe que se trata de um hematoma extradural, solicitar pré-operatório e contatar com urgência o neurocirurgião.
internar o paciente na UTI e iniciar coma barbitúrico para aguardar a absorção do hematoma.
alta imediata do paciente e prescrever-lhe analgésicos potentes visto que o hematoma identificado na tomografia é antigo.
Um morador de rua, etilista e epiléptico de longa data, com aproximadamente 50 anos de idade, foi levado ao pronto-socorro após ter apresentado uma convulsão. Ao ser admitido, notaram-se higiene precária e hálito alcoólico ausente. O paciente começou a verbalizar e apresentar discurso confuso, não apresentava deficit de força e não conseguia deambular por desequilíbrio intenso. Negava náuseas e cefaléia. Mesmo com apoio bilateral, a marcha era oscilante para os lados (marcha ebriosa). Tinha sutil tremor de extremidades em membros superiores e discreto estrabismo convergente. Ao exame físico, foram evidenciadas extremidades frias, descamação em mãos e pés e edema em membros inferiores.
Diante desse quadro hipotético, assinale a opção que apresenta o possível diagnóstico e a conduta mais adequada a ser tomada.
hematoma subdural crônico - introduzir drogas antiepilépticas e, em seguida, liberar o paciente
hematoma subdural agudo - providenciar ressonância de crânio e neurocirugia de urgência.
encefalopatia de Korsakoff - iniciar cianocobalamina IM e glicose hipertônica, o mais rápido possível
encefalopatia de Wernicke - iniciar tiamina IM e investigar outras possíveis doenças carenciais
síndrome de abstinência etílica - oferecer ao paciente 10mL de álcool a 70% .
Considerando-se que efeitos colaterais são esperados em determinadas drogas antiepilépticas, é correto afirmar que
é indicado o uso de topiramato para paciente obeso com epilepsia e enxaqueca.
paciente hepatopático com epilepsia se beneficiará com o uso adequado de ácido valpróico.
é indicado o uso de valproato de sódio para crises de enxaqueca em paciente com planos de engravidar.
fenitoína deverá ser indicada para paciente epiléptica com enxaqueca e gengivite.
paciente epiléptica com bulimia e anorexia se beneficiará com o uso de topiramato.
Texto para as questões 35 e 36
Uma senhora de 55 anos de idade, viúva, diabética e hipertensa, deu entrada no pronto-socorro após ter desmaiado em sua casa. O seu neto de 9 anos de idade informou que viu a avó cair da própria altura enquanto ela ia se contorcendo, tendo, depois, se debatido no chão e não acordado mais. Ao exame inicial, a paciente apresentava-se não-responsiva aos comandos verbais, movimentava os membros esquerdos, mas só retirava os membros direitos aos estímulos dolorosos (sem postura patológica). Foi verificada anisocoria sutil, com a pupila esquerda maior que a direita. A família referiu ao clínico geral que a paciente estava cada vez mais confusa nas últimas semanas, e atribuiu tal fato aos descuidos da paciente com o diabetes.
Considere que a paciente referida no texto, ao se encontrar estável, tenha sido submetida a uma ressonância nuclear magnética com contraste, cujo resultado é mostrado na figura acima. Diante do quadro clínico em tela, assinale a opção acerca da conduta mais adequada em relação a essa paciente.
Diurético osmótico e(ou) corticóides deve ser administrado somente após a instalação do cateter para monitoração da pressão intracraniana.
Ácido valpróico deve ser ministrado via sonda nasoenteral para se evitar retorno das crises epilépticas e, pelo risco de reação alérgica do tipo Stevens-Jonhson, deve-se suspender a fenitoína venosa.
A avaliação oncológica deve preceder a neurológica.
A prescrição de corticosteróide e ou diuréticos osmóticos endovenosos não devem ser postergados para depois da avaliação da neurocirurgia.
A punção lombar deve ser realizada imediatamente para se afastar a possibilidade de abscesso cerebral.
Texto para as questões 35 e 36
Uma senhora de 55 anos de idade, viúva, diabética e hipertensa, deu entrada no pronto-socorro após ter desmaiado em sua casa. O seu neto de 9 anos de idade informou que viu a avó cair da própria altura enquanto ela ia se contorcendo, tendo, depois, se debatido no chão e não acordado mais. Ao exame inicial, a paciente apresentava-se não-responsiva aos comandos verbais, movimentava os membros esquerdos, mas só retirava os membros direitos aos estímulos dolorosos (sem postura patológica). Foi verificada anisocoria sutil, com a pupila esquerda maior que a direita. A família referiu ao clínico geral que a paciente estava cada vez mais confusa nas últimas semanas, e atribuiu tal fato aos descuidos da paciente com o diabetes.
Considerando as informações acima e a conduta a ser tomada em relação à paciente em apreço, assinale a opção incorreta.
Antes de qualquer procedimento que exija a remoção da paciente, devem ser avaliadas e preservadas a função hemodinâmica e a respiratória.
A avaliação das funções vitais deve ser concomitante à instalação de acessos venosos para a coleta de sangue e administração de medicação.
Após estabilização clínica, a paciente deve ser levada à radiologia para realização de tomografia de crânio.
Deve ser iniciada, assim que possível, medicação antiepiléptica por via intravenosa.
A paciente deve ser submetida a um eletroencefalograma antes de realizar o exame de imagem para se afastar a possibilidade de estado de mal epiléptico não-convulsivo.
A doença de Parkinson é patologia degenerativa que acomete o sistema nervoso por volta da 5. a década de vida e apresenta evolução progressiva. Os pacientes portadores dessa doença apresentam um quadro clínico que consiste em
I marcha em bloco e tremor em repouso.
II bradicinesia e instabilidade postural.
III tremor em repouso e coréia.
IV instabilidade postural e atetose.
V balismo e fáscies em máscara.
Estão certos apenas os itens
Uma jovem de 32 anos de idade, cabeleireira, vai a um ambulatório de neurologia encaminhada pelo clínico geral, com história de emagrecimento (12 kg em oito meses), dificuldade para engolir e fraqueza aos esforços. Ao exame, a paciente apresenta voz anasalada, que fica mais acentuada ao final da narração de seus sintomas.
A partir das informações acima, é correto suspeitar-se de
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