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Um operário sofreu amputação completa de 3 dedos da mão esquerda, ao manipular uma máquina. Não tem outras lesões, mas sangrou bastante da lesão da mão. A respeito do tratamento deste paciente e do possível reimplante das partes amputadas, pode-se afirmar que
as extremidades amputadas devem ser limpas e embebidas em gaze umedecida e resfriadas, sendo transportadas em saco plástico ou recipiente que vai dentro de caixa com gelo (sem contato direto com ele).
o paciente só deve ser encaminhado ao hospital quando as extremidades amputadas tiverem sido localizadas e estiverem adequadamente acondicionadas para transporte.
não se deve comentar com o paciente sobre a amputação e suas conseqüências até que o tratamento definitivo tenha sido planejado e comece a ser executado.
as extremidades amputadas devem ser colocadas diretamente num recipiente com gelo e um pouco de água, depois de adequadamente limpas; o congelamento permite melhor conservação, aumentando as chances de sucesso no reimplante.
a preocupação deve ser cuidar apenas do paciente (hemostasia e prevenção de infecção), já que é inconcebível pensar em reimplantar mais do que 2 (duas) extremidades.
A respeito das queimaduras químicas, é correto afirmar que
por causarem necrose de coagulação, em geral os ácidos fortes provocam queimaduras mais profundas do que os agentes alcalinos, que causam necrose de liquefação.
na maioria das queimaduras químicas, o ideal é neutralizar o agente agressor com o antídoto específico, desde que a substância envolvida seja conhecida.
se o agente químico da queimadura não for conhecido, deve-se tentar neutralizar a queimadura por ácido utilizando-se uma base e a queimadura por alcalinos utilizando-se um ácido.
a vítima de queimadura química deve ser prontamente encaminhada para hospital especializado, devendo-se remover as roupas e irrigar a superfície do corpo afetada durante o transporte.
a gravidade da queimadura química depende da natureza do agente envolvido, de sua concentração e quantidade e da duração do contato.
A hipervolemia e a anemia fisiológica da gravidez significam que
face a qualquer hemorragia, a gestante tende a apresentar precocemente sinais de choque.
grande parte das hemácias da mãe é transferida para o feto, principalmente quando a mãe sofre hemorragia (o feto está, assim, relativamente bem protegido).
a gestante pode perder uma quantidade significativa de seu volume de sangue, antes de apresentar sinais e sintomas de choque.
quando a gestante apresenta sinais de choque, o tratamento deve ser feito preferencialmente com drogas vasoativas, já que o problema dificilmente será de hipovolemia.
no terceiro trimestre da gravidez, a gestante tende a apresentar hipertensão arterial sistêmica, que é agravada pelo decúbito dorsal horizontal (hipertensão supina).
Em relação ao choque decorrente de trauma, na criança, pode-se afirmar que
os sinais de choque costumam ser mais precoces e evidentes do que no adulto, por causa da imaturidade do sistema cardiovascular.
o trauma de crânio grave é uma das principais causas de choque, particularmente de choque neurogênico.
na criança vítima de trauma fechado, quando se detecta a presença de sangue intraperitoneal, geralmente a indicação de cirurgia é muito mais freqüente e mais precoce do que no adulto nas mesmas condições.
a via preferível para reposição de volume na criança é o acesso intra-ósseo.
no lactente, é possível que o choque hipovolêmico seja devido a perda sangüínea para os espaços subgaleal e epidural, embora raramente isso ocorra.
Assinale a afirmação correta, a respeito das fraturas de costelas.
São mais freqüentes nos jovens, principalmente nas crianças, que têm calcificação ainda incompleta.
As fraturas dos últimos arcos costais devem levar a suspeitar de lesão de baço, fígado ou rins.
É fundamental fazer todos os esforços para confirmar a possível presença de fratura de arcos costais (técnicas radiológicas específicas), já que tal diagnóstico muda consideravelmente a abordagem do paciente traumatizado.
O principal problema das fraturas de arcos costais é a alteração da mecânica ventilatória, com possível respiração paradoxal.
Na criança vítima de trauma fechado que não tem fratura de arcos costais, por mais grave que tenha sido o trauma, é improvável que haja lesão torácica significativa.
O pneumotórax hipertensivo
é mais freqüentemente associado a ventilação com pressão positiva.
embora seja de diagnóstico eminentemente clínico, só deve ser tratado por cirurgião, depois da confirmação radiológica, por ser um procedimento invasivo.
pode ser causa de choque do tipo distributivo, confundindo-se com tamponamento de pericárdio.
diferencia-se do hemotórax maciço pela ausculta pulmonar e pela distensão das veias do pescoço.
pode ser diagnosticado por punção do espaço pleural com agulha grossa, quando ocorre saída de ar sob pressão.
Vítima de queda de moto, um rapaz de 25 anos foi achado desacordado. Voltou a si ao final de cerca de 10 (dez) minutos. Agora, decorrida 1 (uma) hora, está consciente e orientado (Escore de 15 na Escala de Coma de Glasgow). Não se lembra do que aconteceu. Em relação à possível lesão cerebral traumática deste paciente, pode-se afirmar que
trata-se de um caso clássico de concussão cerebral leve, podendo o paciente ser observado em casa, sem maior investigação, desde que acompanhado por um adulto.
deve tratar-se de concussão cerebral, mas o paciente deve fazer uma tomografia de crânio, para descartar a presença de lesão intracraniana.
se não houver outras lesões, o paciente deverá necessariamente ser avaliado e tratado por um neurocirurgião ou, na ausência deste, por um neurologista clínico.
se não tiver cefaléia e mantiver Glasgow 15 por mais 2 (duas) horas, o paciente pode ser dispensado, sem maior investigação, com orientação.
o paciente deve fazer radiografia de crânio; se esta for normal, não é necessária mais investigação nem observação hospitalar.
O choque neurogênico
é também conhecido como choque medular ou espinhal.
é devido principalmente a lesões graves do cérebro.
é uma forma de choque distributivo, decorrente de lesão de medula cervical ou torácica alta.
ocorre quando a perda de sangue é tão intensa, que leva a funcionamento inadequado do cérebro e/ou da medula.
caracteriza-se por flacidez muscular e perda dos reflexos profundos, por período de tempo prolongado.
A respeito do atendimento inicial do paciente traumatizado, pode-se afirmar que
as prioridades de avaliação e atendimento variam em algumas situações especiais, como os extremos de idade (criança pequena e idoso) e a gestação.
a avaliação e a reanimação do traumatizado devem ser feitas de forma automática, havendo um conjunto de procedimentos padronizados que deve ser aplicado a todos os pacientes.
a história do paciente e do evento traumático é fundamental para se poder iniciar a reanimação, principalmente se for feito algum procedimento invasivo.
a falta de um diagnóstico definitivo não deve impedir a aplicação de um tratamento indicado pela situação do paciente.
a reanimação com o tratamento das lesões com risco de vida deve ser feita imediatamente após a conclusão do exame primário (os ABCDEs).
Em relação às definições de sensibilidade, especificidade e valor preditivo de um teste pode-se afirmar que
especificidade reflete a capacidade de um teste detectar indivíduos com uma dada doença.
valor preditivo reflete a capacidade de um teste de excluir indivíduos que não têm uma dada doença.
sensibilidade reflete a capacidade de um teste detectar indivíduos com uma dada doença.
sensibilidade reflete a capacidade de um teste excluir indivíduos que não têm uma dada doença.
especificidade reflete a capacidade de um teste detectar a porcentagem de respostas, positivas ou negativas, que são verdadeiras.
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