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Quanto à psicopatologia da memória é INCORRETO concluir:
Criptomnésia: é o esquecimento de períodos do passado individual.
Alomnesias: ilusões de memória, falsas reminiscências; são lembranças deformadas.
Confabulação: preenchimento dos vazios da memória com histórias, muitas vezes de conteúdos fantásticos.
Ecmnésia: revivescência súbita de fatos emocionalmente significativos.
Hipomnésia de Fixação: amnésia retrógrada, é a incapacidade de evocar fatos do passado remoto.
No que toca aos transtornos do sono, é INCORRETO afirmar que
a síndrome de Kleine-Levin é uma condição relativamente rara, que consiste de períodos recorrentes de sono prolongado (que podem durar de uma a várias semanas), com períodos interpostos de sono normal e vigília alerta. Com poucas exceções, o primeiro ataque ocorre entre as idades de 10 a 21 anos.
o sonambulismo, em geral, se inicia entre as idades de 4 e 8 anos. O pico de prevalência é ao redor dos 12 anos de idade. Ele é mais comum entre meninos, e cerca de 15% das crianças têm um episódio ocasional.
o transtorno do terror noturno é caracterizado por um despertar no primeiro terço da noite, durante o sono NREM (Estágios 3 e 4). É quase sempre iniciado por grito agudo ou choro, acompanhado por manifestações comportamentais de atividade intensa beirando o pânico.
o sonambulismo consiste em uma seqüência de comportamentos complexos que se iniciam no segundo terço da noite durante o sono REM (Estágios 1 e 2) e muitas vezes, embora nem sempre, progridem − sem consciência plena ou recordação posterior do episódio − para o levantar da cama e o caminhar.
a embriaguez do sono é uma forma anormal de despertar em que a falta de um sensório claro na transição do sono para a vigília plena é prolongada e exagerada. Desenvolve-se um estado de confusão que, por vezes, leva o indivíduo a se comportar de forma inconveniente ou até mesmo a cometer atos criminosos.
Com relação aos transtornos do humor, é correto afirmar:
Segundo o DSM-IV-TR, um dos critérios diagnósticos para episódio depressivo maior é que os sintomas depressivos não são mais bem explicados por luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 6 meses.
Os sintomas capitais de catatonia podem ser observados tanto na esquizofrenia catatônica como na não-catatônica, no transtorno depressivo maior, em doenças neurológicas, mas os sintomas são provavelmente associados com mais freqüência ao transtorno bipolar I.
O transtorno bipolar I tem uma prevalência igual entre homens e mulheres. Os episódios maníacos são mais comuns em mulheres, e os depressivos, em homens. Quando os episódios maníacos ocorrem em homens, têm mais probabilidade de se apresentar com um quadro misto (p. ex., mania com depressão).
Um episódio depressivo não tratado dura, em média, de 18 a 24 meses; a maioria dos episódios tratados dura cerca de 6 meses. À medida que o curso do transtorno progride, os pacientes tendem a ter episódios cada vez mais freqüentes, que duram cada vez mais.
Cerca de 30% dos pacientes com o diagnóstico inicial de transtorno depressivo maior têm um episódio maníaco 6 a 10 anos após o primeiro episódio depressivo. A idade média dessa mudança é de 32 anos, e freqüentemente ocorre após 2 a 4 episódios depressivos.
São sintomas de primeira ordem para esquizofrenia, segundo os critérios de Kurt Schneider, EXCETO:
perplexidade.
roubo de pensamentos ou outras experiências de influência do pensamento.
transmissão de pensamentos.
vozes que fazem comentários.
experiências de passividade somática.
Com relação aos transtornos de ansiedade, é correto afirmar que:
As taxas de comorbidade são altas entre os pacientes com transtorno de estresse pós-traumático, com cerca de um terço tendo pelo menos dois outros transtornos. Condições associadas incluem transtorno depressivo, transtorno relacionado a substâncias, esquizofrenia, outros transtornos de ansiedade.
A prevalência durante a vida do transtorno obsessivo-compulsivo na população geral é estimada em 2 a 3%. Entre os adultos, as mulheres e os homens têm probabilidade igual de serem afetados, mas, entre adolescentes, as meninas são as mais afetadas.
Há grande associação entre o prolapso da válvula mitral e o transtorno de pânico. Os estudos verificaram que a prevalência de transtorno de pânico em pacientes com prolapso da válvula mitral é muito maior quando comparada com a prevalência do transtorno de pânico em pacientes sem a condição.
Segundo os critérios do DSM-IV-TR, o transtorno de estresse pós-traumático é considerado agudo se a duração dos sintomas for inferior a 6 meses; crônico se a duração dos sintomas for superior a seis meses; e com início tardio se o início dos sintomas ocorrer pelo menos 1 ano após o estressor.
A fobia específica é mais comum do que a social; é o transtorno mais comum entre as mulheres e o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do transtorno por uso de drogas. A razão mulher para homem é de cerca de 2 por 1, embora seja mais próxima, de 1 para 1, para medo de sangue, injeção ou lesões.
No que diz respeito à eletroconvulsoterapia (ECT), é INCORRETO afirmar:
Os antidepressivos tricíclicos aumentam a chance de complicações pós-ECT: aumentam o risco de complicações cardiovasculares em pacientes com doença cardíaca prévia.
São consideradas indicações para o uso da ECT: depressão grave com sintomas psicóticos; mania psicótica; catatonia; psicose resistente à farmacoterapia; síndrome neuroléptica maligna.
A taxa de mortalidade da ECT é de 0,002% por sessão e de 0,01% por paciente. Os efeitos adversos mais freqüentes são cardiovasculares e do sistema nervoso central. Cerca de 75% dos óbitos que ocorrem imediatamente após a ECT são de causa cardiovascular.
São fatores que aumentam o limiar convulsivo e/ou diminuem a duração da convulsão: sexo masculino; triptofano; ECT unilateral d'Elia; hipoventilação; reserpina.
Segundo a Associação Psiquiátrica Americana, a ECT é um tratamento de primeira escolha quando: há necessidade de uma melhora rápida e consistente; os riscos de outros tratamentos são maiores do que os riscos da ECT; existe história de resposta pobre a drogas e/ou boa resposta à ECT; o paciente prefere esse tipo de tratamento.
Com relação aos transtornos dissociativos, é correto afirmar:
A fuga dissociativa é rara e, como a amnésia dissociativa, ocorre com maior freqüência durante guerras, após catástrofes naturais e como resultado de crises pessoais com conflitos internos intensos. Segundo o DSM-IV-TR, existe uma taxa de prevalência de 1% na população geral.
Embora as mulheres tenham maior probabilidade de desenvolver o transtorno dissociativo de identidade do que os homens, as crianças afetadas são, em sua maioria, meninos; a predominância feminina se desenvolve apenas na adolescência.
A amnésia é o sintoma dissociativo mais comum e ocorre em quase todos os transtornos dissociativos. É considerada o subtipo mais recorrente do transtorno. Acredita-se que essa condição ocorra com maior freqüência em adultos mais velhos do que em adultos mais jovens.
Como experiência ocasional na vida de muitas pessoas, a despersonalização é um fenômeno incomum, porém não necessariamente patológico. Estudos indicam que sua forma transitória pode ocorrer em até 5% de uma dada população, com maior freqüência em mulheres do que em homens.
O transtorno dissociativo de identidade não se desenvolve em crianças com menos de 5 anos de idade. Contudo, a partir dessa idade, os sintomas podem aparecer e se assemelhar a um transe e ser acompanhados de sintomas de transtornos depressivos, períodos amnésticos, vozes alucinatórias, comportamento suicida ou autolesivo.
No que tange aos transtornos da alimentação, é correto afirmar:
Segundo o DSM-IV-TR, um dos critérios diagnósticos para bulimia nervosa é a ocorrência da crise bulímica e dos comportamentos compensatórios inadequados, em média, pelo menos três vezes por semana, por 6 meses.
Segundo a CID-10, um dos critérios diagnósticos para anorexia nervosa é a perda de peso, ou em crianças, a ausência de ganho de peso, levando a um peso corporal pelo menos 10% abaixo do normal ou do peso esperado para a idade e a altura.
A anorexia nervosa é associada à depressão em 80% dos casos, à fobia social em 15% e ao transtorno obsessivocompulsivo em menos de 10% dos casos.
A bulimia nervosa é mais prevalente do que a anorexia nervosa. Como a anorexia nervosa, a bulimia é significativamente mais comum entre mulheres, mas seu início tende a acontecer mais cedo na adolescência do que a anorexia nervosa.
De acordo com o DSM-IV-TR, a idade mais comum de início da anorexia nervosa é dos 14 aos 18 anos. Estima-se que ocorra em cerca de 0,5 a 1% das adolescentes. Manifesta-se 10 a 20 vezes mais em mulheres do que em homens.
No que diz respeito aos problemas relacionados a abuso e negligência, é correto concluir:
O perpetrador de abuso físico costuma ser com mais freqüência o pai e não a mãe. Um destes é o espancador ativo, e o outro aceita o espancamento com passividade. Segundo relatos, a idade média de uma mãe que maltrata seus filhos é de 26 anos; a do pai, 30 anos.
O DSM-IV-TR especifica seis problemas relacionados a abuso e negligência: (1) abuso físico da criança; (2) negligência da criança; (3) abuso físico do adulto; (4) negligência do adulto; (5) abuso físico do idoso; e (6) negligência do idoso.
Mais de 50% de todas as crianças que sofrem abuso e negligência nasceram de forma prematura ou tiveram baixo peso neonatal. A maioria dos maus-tratos de crianças é perpetrada pelos pais (75%), por outros parentes (15%) ou por um cuidador (10%).
A gravidez costuma ser um período de baixo risco para espancamento; menos de 5% das mulheres são fisicamente maltratadas enquanto grávidas, contudo, nestas, o abuso em geral resulta em defeitos de nascimento.
Estima-se que 30% das pessoas com mais de 65 anos de idade sofram abusos. Com freqüência, as vítimas vivem com seus agressores, que podem ser financeiramente dependentes da vítima. Tanto a vítima como o perpetrador tendem a negar ou minimizar a presença do abuso.
Quanto ao suicídio, é INCORRETO afirmar:
Casamento reforçado por filhos parece diminuir de forma significativa o risco de suicídio. A taxa de suicídio é de 11 por 100 mil para pessoas casadas; as solteiras, que nunca se casaram, registram uma taxa global quase quatro vezes maior.
As taxas de suicídio aumentam com a idade. Entre os homens, os suicídios atingem o pico após os 45 anos; entre as mulheres, o maior número de suicídios completados ocorre após os 55 anos. Pessoas mais velhas tentam suicídio com menos freqüência do que as mais jovens, mas são consumados de forma mais efetiva.
Quanto mais alta a condição social de uma pessoa, maior o risco de suicídio, mas uma queda na condição social também aumenta o risco. O suicídio é mais alto entre os desempregados que entre pessoas empregadas. A taxa de suicídio aumenta durante recessões econômicas, e diminui durante épocas de alto emprego e guerras.
O risco de suicídio é alto entre pacientes com esquizofrenia. Até 10% morrem em decorrência do ato. O início da doença costuma ocorrer na adolescência ou no início da idade adulta, e a maioria dos pacientes que comete suicídio o faz durante os primeiros anos da condição; portanto, tendem a ser bastante jovens.
Fatores associados a doença e que contribuem para tentativas e suicídio consumado são: perda de mobilidade, em especial quando a atividade física é importante para a ocupação ou para a recreação; desfiguração, particularmente entre as mulheres; e dor crônica, intratável.
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