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No que diz respeito às psicoterapias, analise:
I. A terapia comportamental dialética tem sido utilizada com sucesso em pacientes com transtorno de personalidade borderline e comportamento parassuicida. Embora útil para sintomas comportamentais circunscritos, o método não pode tratar áreas globais de disfunção (p.ex., conflitos neuróticos).
II. Os três componentes da terapia cognitiva da depressão são aspectos didáticos, técnicas cognitivas e técnicas comportamentais. A terapia é relativamente curta, dura cerca de 25 semanas. Se o paciente não apresentar melhora nesse período, o diagnóstico deve ser reavaliado.
III. O biofeedback baseia-se na idéia de que o sistema nervoso autônomo pode estar sujeito a controle voluntário mediante condicionamento operante. Seus benefícios podem ser aumentados pelo relaxamento que os pacientes são treinados a facilitar.
IV. No psicodrama, a dramatização terapêutica de problemas emocionais inclui o protagonista ou paciente, aquele que atua os problemas com a ajuda de egos auxiliares, aqueles que representam aspectos variados do paciente e o diretor psicodramaturgo, ou terapeuta, aquele que guia os demais no drama em direção à aquisição de insight.
É correto o que consta em
I, II e IV, apenas.
I, II, III e IV.
II, III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
II e IV, apenas.
No que tange aos transtornos globais do desenvolvimento, é correto concluir:
Por definição, o início do transtorno autista ocorre antes dos 3 anos de idade, ainda que possa não ser reconhecido até a criança ser muito mais velha. É 4 a 5 vezes mais freqüente em meninos do que em meninas, e meninos com transtorno autista têm maior probabilidade de apresentar um retardo mental mais grave.
São critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para o transtorno de Rett: desenvolvimento psicomotor aparentemente normal durante os primeiros 5 meses de vida; desaceleração do crescimento cefálico após o 1o ano de vida; perda de habilidades manuais voluntárias anteriormente adquiridas entre a idade de 5 a 30 meses, com desenvolvimento subseqüente de movimentos estereotipados das mãos.
De acordo com o DSM-IV-TR, as diferenças mais óbvias entre o transtorno de Asperger e o transtorno autista se referem aos critérios sobre atraso e disfunção de linguagem. A ausência de atraso de linguagem é um requisito para transtorno autista, enquanto prejuízo de linguagem é um aspecto central no transtorno de Asperger.
Estima-se que o transtorno desintegrativo da infância seja pelo menos um décimo tão comum quanto o transtorno autista, e sua prevalência foi estimada como sendo de um caso em 100 mil meninos. Considera-se que a proporção de meninos para meninas seja de 4 a 8 meninos para uma menina.
As principais diferenças entre o transtorno autista e o transtorno misto da linguagem receptivo-expressiva é que, em geral, neste último, os padrões de testes de QI são mais regulares quando comparados com os indivíduos com transtorno autista; os problemas articulatórios são menos freqüentes; há mais surdez associada; e ausência de jogos imaginativos.
No que concerne à pedofilia, é INCORRETO afirmar:
A maioria dos molestamentos de crianças envolvem toques genitais ou sexo oral. A penetração vaginal ou anal ocorre com pouca freqüência, exceto em casos de incesto.
A pedofilia envolve impulsos ou excitação sexual recorrentes e intensos em relação a crianças de 13 anos de idade ou menos por um período de pelo menos seis meses. Pessoas com a condição têm, no mínimo, 16 anos de idade e pelo menos cinco anos a mais do que suas vítimas.
Os criminosos relatam que, quando tocam uma criança, a maioria (60%) das vítimas são meninas. Noventa e nove por cento dos casos de vitimização de crianças sem toque, tais como espiar por janelas e exibicionismo, são perpetrados contra meninos.
Noventa e cinco por cento dos pedófilos são heterossexuais, e 50% tinham consumido álcool em excesso no momento do incidente. Além da pedofilia, um número significativo dos perpetradores está ou já esteve envolvido com exibicionismo, voyeurismo ou estupro.
Quando o indivíduo está no final da adolescência e envolvido em um relacionamento sexual contínuo com uma criança com 12 ou 13 anos de idade, o diagnóstico não é feito.
Com relação às síndromes de retardo mental, a associação correta entre as síndromes e suas respectivas características ocorre em:
2-b; 4-e; 5-c.
1-d; 2-e; 4-a.
2-b; 3-e; 5-a.
1-d; 3-e; 5-c.
3-e; 4-c; 5-a.
Quanto ao delírio, Jaspers NÃO descreveu a característica de que
o doente apresenta uma convicção extraordinária.
é uma produção associal, idiossincrática em relação ao grupo cultural do doente.
é impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva.
é um juízo falso, o seu conteúdo é impossível.
há impossibilidade de influenciamento da parte de raciocínios constringentes.
Alucinação tátil ou cenestésica, na qual o paciente refere uma falsa percepção de movimento, massa muscular ou posição do corpo. Surge com freqüência nos casos de amputações, nos quais o paciente relata "sentir" o membro amputado. Trata-se de alucinação
autoscópica.
liliputiana.
funcional.
peduncular.
háptica.
Com relação à epidemiologia dos transtornos de personalidade, é correto afirmar:
A prevalência do transtorno de personalidade anti-social é de 3% entre homens e 1% entre mulheres. O início do transtorno ocorre antes dos 15 anos de idade. Em populações de prisões, a prevalência é de até 85%. Há um padrão familiar presente: o transtorno é três vezes mais comum entre parentes de primeiro grau de homens afetados do que em controles.
A prevalência do transtorno de personalidade esquizóide não está claramente estabelecida, mas o transtorno pode afetar até 1% da população em geral. A razão por sexo é desconhecida. Muitos preferem o trabalho noturno ao diurno, de modo que não precisem lidar com muitas pessoas.
A prevalência do transtorno de personalidade esquizotípica ocorre em menos de 1% da população. A razão de 2 por 1 de homens para mulheres é bem estabelecida. Há uma associação maior de casos com parentes biológicos de pacientes com esquizofrenia do que entre controles.
A prevalência do transtorno de personalidade paranóide é de 0,5 a 2,5% da população em geral. O transtorno é mais comum em homens do que em mulheres. A prevalência entre homossexuais não é mais alta do que o habitual, como já se pensou, mas se acredita que seja mais significativa em grupos minoritários, imigrantes e surdos que na população geral.
A prevalência do transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva é desconhecida. É mais comum em mulheres do que em homens e é diagnosticado com mais freqüência em crianças maiores. Os pacientes por vezes têm história caracterizada por disciplina severa. O transtorno ocorre, em grande parte, em parentes biológicos de primeiro grau de indivíduos afetados, mais do que na população em geral.
No que diz respeito à esquizofrenia, segundo os critérios diagnósticos do DSM-IV-TR, é INCORRETO afirmar:
A esquizofrenia simples é um diagnóstico difícil de ser feito com alguma confiabilidade porque depende do desenvolvimento lentamente progressivo dos sintomas negativos característicos da esquizofrenia residual, sem nenhuma história de alucinações, delírios ou outras manifestações de um episódio psicótico anterior.
Na esquizofrenia paranóide, há uma preocupação com um ou mais delírios ou alucinações auditivas freqüentes, e nenhum dos seguintes sintomas é proeminente: discurso desorganizado, comportamento desorganizado ou catatônico ou afeto embotado ou inadequado.
Na esquizofrenia do tipo desorganizado, todos os seguintes sintomas são proeminentes: discurso desorganizado; comportamento desorganizado; afeto embotado ou inadequado. Não são satisfeitos os critérios para o tipo catatônico.
Imobilidade motora evidenciada por cataplexia, atividade motora excessiva, extremo negativismo ou mutismo, peculiaridades dos movimentos voluntários evidenciadas por posturas, movimentos estereotipados, maneirismos, ecolalia ou ecopraxia são características da esquizofrenia do tipo catatônico.
A esquizofrenia residual é caracterizada por ausência de delírios e alucinações proeminentes, discurso desorganizado e comportamento amplamente desorganizado ou catatônico proeminentes.
No que concerne às demências, é correto afirmar:
Assim como a coréia de Huntington, o parkinsonismo é uma doença dos gânglios da base, comumente associada à demência e à depressão. Estima-se que 20 a 30% dos pacientes com essa condição tenham demência, e 30 a 40% comprometimento mensurável em capacidades cognitivas.
A coréia de Huntington é classicamente associada ao desenvolvimento de demência do tipo subcortical, caracterizado por mais disfunções da linguagem e menos anormalidades motoras do que no tipo cortical.
A infecção por HIV geralmente leva à demência. Os pacientes infectados apresentam taxa anual de demência de aproximadamente 35%. O desenvolvimento de demência nesses casos acompanha o surgimento de anormalidades parenquimais em ressonâncias magnéticas.
A doença de Pick constitui aproximadamente 5% de todas as demências irreversíveis e caracteriza-se pela preponderância de atrofia nas regiões fronto-temporais. Aspectos da síndrome de Klüver-Bucy (como hipersexualidade, placidez e hiperoralidade) são muito menos comuns na doença de Pick do que na de Alzheimer.
A doença de Binswanger é também conhecida como encefalopatia arteriosclerótica cortical e caracteriza-se pela presença de múltiplos infartos pequenos na substância branca, que não poupam as regiões corticais.
É a segunda causa de retardo mental na infância, relaciona-se a uma causa genética autossômica dominante. Apresenta incidência de 1 em 1500 em meninos e 1 em 2000 em meninas, associa-se ao retardo mental, tanto em meninos (mais grave) quanto em meninas (mais leve) e afeta em média 1 recém-nascido em cada 2 000. Clinicamente, além do retardo mental nos meninos, está associada a um dismorfismo facial discreto, aumento do tamanho das orelhas e desenvolvimento pós-puberal de macroorquidismo. Não há dismorfismos nas mulheres afetadas. A mutação que causa a síndrome é a expansão de um microssatélite com repetições CGG na região promotora do gene FMR-1. Em indivíduos normais, esta região varia de 5 a 42 repetições. Em pacientes com a síndrome, esta região apresenta considerável expansão para mais de 200 repetições. Estas grandes expansões causam metilação da região promotora e conseqüente repressão do gene FMR-1. Uma pequena proporção de pacientes com a síndrome apresenta mutações na seqüência do gene FMR-1.
Trata-se da Síndrome
de Turner.
de Ganser.
do X-Frágil.
de Rett.
de Kleine-Levin.
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