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Os dados espirométricos compatíveis com o estágio II de doença pulmonar obstrutiva crônica são:
VEF1 / CVF<70% e VEF1 normal
VEF1 / CVF<70% e VEF1 >50% <80%
VEF1 / CVF<70% e VEF1 >50% <60%
VEF1 / CVF<70% e VEF1 >30% <50%.
VEF1 / CVF<70% e VEF1 >30%.
O uso de beta-agonista de curta duração e/ou ipratrópio, quando necessário, é a orientação terapêutica adequada para o paciente com DPOC no estádio:
I.
IIa.
IIb
III.
IV.
O Cor Pulmonale crônico é conceituado como a alteração do ventrículo direito direito resultante de doenças que afetem o parênquima pulmonar e/ou sua vasculatura. Sobre esta patologia podemos afirmar:
O quadro clínico está intimamente relacionado com o desenvolvimento de hipotensão veno-capilar pulmonar;
A prevalência é maior nos portadores de DPOC que se apresenta nos polos bronquítico, hipoxêmico e poliglobulínico (bluebloaters) do que naqueles com características predominantemente enfimatosas (Pink Puffers);
A prevalência é maior nos portadores de DPOC que se apresenta com características predominantemente enfimatosas (Pink Puffers) do que naqueles em que se apresenta nos polos bronquítico, hipoxêmico e poliglobulínico (bluebloaters);
No corpulmonale descompensado há presença de dilatação e falência do ventrículo esquerdo.
A tuberculose ainda é um importante problema de saúde pública no mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Sobre esta patologia, podemos afirmar:
I O PPD é método auxiliar suficiente para o diagnóstico, indicando infecção e não doença.
II A radiografia deve ser realizada em sintomáticos respiratórios, pois permite a possibilidade de diferenciar a tuberculose de outras patologias pulmonares.
III Entre todas as formas de tuberculose extra-pulmonar a pleural é a mais frequente.
I e II;
II e III;
I e III;
I, II e III.
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e a asma são duas condições mundialmente comuns, que podem coexistir com impactos importantes na saúde. A respeito de ambas as doenças, pode-se afirmar:
A asma é uma doença crônica, definida por sintomas respiratórios episódicos, limitação variável ao fluxo de ar e inflamação das vias aéreas (asmáticos frequentemente têm DRGE). A alcalinização do esôfago aumenta a resistência das vias aéreas.
A teoria da alcalinização do esôfago (teoria do reflexo) sugere que a simples presença de RGE alcalino no esôfago resulta em estimulação vagal, com consequente broncoespasmo, uma vez que o esôfago e as vias aéreas têm a mesma origem embrionária e inervação autonômica através do vago.
A presença de RGE na asma pode ser desencadeada ou potencializada pelo próprio tratamento da asma, particularmente com o uso de β2-agonistas adrenérgicos, teofilina ou altas doses de corticosteroides orais, os quais alteram a pressão do esfíncter esofagiano inferior.
A teoria da microaspiração sustenta que a presença de RGE microaspirado para dentro dos bronquíolos provoca um aumento na resistência das vias aéreas.
O refluxo gastresofágico (RGE), definido como a passagem involuntária de conteúdos gástricos para o esôfago, é um processo fisiológico anormal que acontece ao longo do dia, diversas vezes, tanto em crianças quanto em adultos saudáveis.
Um andarilho, magro e com sudorese noturna, procura a unidade de saúde reclamando de tosse seca ora produtiva com expectoração mucosa e eventual hemoptoico. O exame do tórax revela estertores grossos bibasais e um sopro cavitário em região escapular esquerda. Os sinais vitais estão normais. Apresenta tabagismo crônico e relata ter feito, na juventude, tratamento para tuberculose no sanatório da Lapa.
A respeito desse caso, assinale a alternativa CORRETA:
O padrão clássico da TB pós-primária é a cavidade, única ou múltipla, em média com cerca de 2 cm de diâmetro, localizada preferencialmente nos segmentos basais e dorsais.
O PPD deve ser realizado, pois identifica a tuberculose (ativa) e, assim, a medicação pode ser instituída precocemente.
Considera-se que o hemoptoico e a tosse seca são sequelas da doença da juventude (tuberculose residual sintomático) e uma radiografia de tórax é suficiente.
Considera-se que o hemoptoico e a tosse seca são sequelas da doença da juventude (tuberculose residual sintomático) e uma radiografia de tórax é suficiente.
Por se tratar de um paciente tabagista crônico, deve-se pensar em DPOC e neoplasia de pulmão. Uma citologia de escarro pode fornecer o diagnóstico de tuberculose e neoplasia.
Para a saúde pública, é de suma importância determinar o número de indivíduos doentes que correspondem à real prevalência da DPOC na comunidade. O diagnóstico dessa doença deve ser considerado para qualquer indivíduo com tosse, expectoração, dispneia e/ou histórico de exposição a fatores de risco. A espirometria deve ser considerada na definição diagnóstica dos casos de DPOC visto que outras condições podem apresentar quadro clínico bastante semelhante ao dessa condição, como é o caso da asma, da bronquiectasia e da insuficiência cardíaca. Com relação ao contexto acima, afirma-se:
I. Na bronquiectasia os sinais e sintomas são semelhantes à DPOC, exceto que o volume de expectoração é maior e os achados radiológicos permitem identificar imagens císticas lembrando favo de mel.
II. A cessação do tabagismo e a ventilação não invasiva domiciliar prolongada são as intervenções de maior impacto na vida do DPOC.
III. O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC e deve ser tratado nas fases iniciais (até 30 maços/ano), com orientação breve ou tratamento farmacológico e terapia cognitivo-comportamental nos moldes do programa de tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
IV. Associação entre DPOC e asma é comum, pois a herança asmática pode ser somada ao processo inflamatório não eosinófilo da DPOC (tabagismo). Nesses casos, uma espirometria com padrão restritivo e a prova broncodilatadora positiva podem ser encontradas.
Está(ão) CORRETA(S):
Apenas a afirmação II.
Apenas a afirmação III.
Apenas as afirmações II e IV.
Apenas as afirmações I e III.
Apenas a afirmação
Com relação a um paciente com diagnóstico de tromboembolia pulmonar, pode-se afirmar:
Pacientes com suspeita clínica moderada ou alta devem aguardar a heparinização plena enquanto realizam os exames diagnósticos.
A administração da heparina não fracionada pode ser feita em duas aplicações diárias ou em apenas uma, sem prejuízo do efeito anticoagulante ou aumento do risco de sangramentos documentados até o momento.
Contraindicações absolutas para o uso de anticoagulantes: endocardite bacteriana, doença intracerebral ativa (por exemplo, metástase cerebral confirmada), anemia grave ou de causa não explicada, tumores ulcerados (de qualquer tipo).
Trombolíticos (estreptomicina ou rtPA) estão indicados para o tratamento de pacientes com TEP maciça e/ou instabilidade hemodinâmica e sem contraindicações importantes para anticoagulantes.
A angio -TC de tórax com multidetectores (sobretudo > 8 detectores) é o método preferencial de diagnóstico e permite observar diagnósticos alternativos na ausência de TEP.
A tromboembolia pulmonar constitui, juntamente com a trombose venosa profunda, a condição denominada tromboembolismo venoso. Apesar dos avanços médicos, a morbidade e a mortalidade atribuídas a essa doença ainda são elevadas, pois os pacientes que apresentam doenças mais complexas são submetidos a um maior número de procedimentos invasivos e sobrevivem por mais tempo. A respeito dessa doença, avalie as assertivas a seguir:
I. A ocorrência de TEP é uma situação clínica comum, de alta prevalência relativa em idades mais avançadas e em ambiente hospitalar. Suas manifestações clínicas podem ser inaparentes, dissimuladas ou sugestivas.
II. Os êmbolos sanguíneos são os mais comuns. Eles quase sempre têm origem nas veias mais distais dos membros inferiores, sendo admitido que os mais distais praticamente sempre embolizam para os pulmões.
III. Exacerbação da DPOC deficiências neurológicas, doença maligna oculta, viagens prolongadas, obesidade, cirurgia por laparoscopia (por exemplo, colecistectomia) não são fatores de risco importantes para o tromboembolismo venoso. IV. Regra de predição clínica para TEP (escore de Wells). Sinais objetivos de TVP (edema, dor à palpação) 3,0 - Taquicardia (FC > 100 bpm) 1,5. Imobilização ≥ 3 dias consecutivos (exceto idas ao banheiro) ou cirurgia nas últimas 4 semanas 1,5- TVP ou TEP prévias (com diagnóstico objetivo) 1,5. Hemoptise 1,0 - Neoplasia maligna (ativa ou término do tratamento < 6 meses) 1,0 Diagnóstico alternativo menos provável que TEP 3,0 Probabilidade clínica: baixa < 2,0 pontos; moderada, entre 2,0 a 6,0 pontos; alta > 6,0 pontos. O conjunto de critérios acima é principalmente empregado quando a probabilidade de TEP é baixa e, nessa mesma condição, a dosagem do dímero D está indicada. Se positivo, a sequência de investigação com angiotomografia de tórax/cintilografia pulmonar de ventilação e perfusão é adequada. Se o resultado for negativo, pesa-se em outro diagnóstico que não TEP.
Está(ão) CORRETA(S):
Apenas as assertivas I, II e III.
Apenas as assertivas I e IV.
Apenas as assertivas I e III.
Apenas as assertivas II e IV.
Apenas as assertivas III e IV.
Ana Maria, 65 anos, cabelereira, procura o prontoatendimento em decorrência de dor pleurítica em região infraescapular direita de início há 2 dias. Apresenta tosse produtiva com expectoração mucosa e dispneia discreta, sem trauma local ou esforço físico. O médico observou uma fácies de sofrimento. No exame do tórax, percebeu-se uma redução do MV, em região infraescapular direita, PA 100/60, FR 30 mpm, temperatura axilar de 37,8 SpO2 em ar ambiente de 94%.
Com relação a essa paciente, assinale a alternativa que corresponde à CORRETA conduta do médico:
Prescrever amoxacilina clavulanato e analgésicos e solicitar retorno em 3 dias.
Solicitar uma radiografia de tórax em PA e perfil esquerdo (melhor para avaliar região infraescapular) + quinolona respiratória por 7 dias.
Internar em enfermaria para observar evolução, prescrever analgésico, amoxacilina e oxigênio nasal 2L/min.
Solicitar exame de ureia e atentar para confusão mental, prescrever ceftriaxona + macrolídeo e aguardar resultado de exame para definir local de tratamento (domicílio ou internação).
Como não existe confusão mental, sua saturação está muito próxima ao normal (95%) e não há vaga para internamento, mandar a paciente para casa e solicitar que volte no dia seguinte.
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