Questões de Medicina do ano 2012

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Sobre “lesões menisco-ligamentares do joelho”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    O trauma posterolateral na perna, produzindo hiperextensão e rotação externa no joelho, é o mecanismo de produção das lesões do complexo ligamentar medial.

  • B.

    A lesão grau II do ligamento cruzado posterior ocorre quando o planalto tibial medial é projetado para trás do côndilo femoral medial, durante a manobra da gaveta.

  • C.

    A sutura direta da lesão do ligamento cruzado anterior apresenta bons resultados, desde que realizada na fase aguda do traumatismo.

  • D.

    Nas lesões associadas dos ligamentos colateral medial e cruzado anterior, é preferível realizar a reconstrução do colateral e tratar incruentamente o cruzado.

  • E.

    A manobra semiológica conhecida como teste da recurvato-rotação externa apresenta-se positiva na lesão do complexo ligamentar lateral.

Sobre “fraturas transtrocanterianas do fêmur”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    Nas fraturas do tipo II da classificação de Tronzo, com medialização da metáfise, faz-se a valgização do colo se não for possível colocar o implante (DHS) na posição adequada.

  • B.

    A pseudoartrose constitui-se na complicação mais frequente neste tipo de fratura, geralmente ocasionada pela carga precoce.

  • C.

    São fraturas anatomicamente extratracapsulares, as mais comuns da região proximal do fêmur, e ocorrem em pacientes idosos, sendo a maioria mulheres.

  • D.

    Nas fraturas impactadas do tipo I da classificação de Tronzo, é possível que o paciente caminhe após o trauma, o que pode retardar o diagnóstico.

  • E.

    Apenas as fraturas dos tipos I, II e III da classificação de Tronzo são consideradas estáveis, porém sempre está indicado o tratamento cirúrgico.

Sobre “fraturas do colo do fêmur”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    Fraturas do colo do fêmur basocervical, mediocervical e subcapital são anatomicamente fraturas intracapsulares.

  • B.

    No estágio III da classificação de Garden, ocorre um desvio da cabeça femoral em varo, porém persiste a inserção de partes moles.

  • C.

    Fraturas no estágio I e II de Garden não apresentam desvios e podem ser tratadas conservadoramente com uso de muletas e fisioterapia precoce.

  • D.

    No pós-operatório, a carga total é proibida por 60 dias, sendo após permitida carga parcial até completar 90 dias.

  • E.

    A falha precoce da osteossíntese, mesmo em pacientes jovens, demanda a realização de artroplastia, devido à presença de osso avascular.

Sobre “fraturas da escápula”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    A ressonância magnética é o melhor exame para determinar com exatidão as características destas fraturas.

  • B.

    No chamado “ombro flutuante” (fratura do colo da glenoide e da clavícula), é necessário realizar a osteossíntese de ambos os ossos.

  • C.

    O acesso cirúrgico para fraturas desviadas do colo da glenoide se faz pela via posterior.

  • D.

    As fraturas do corpo da escápula desviadas devem ser tratadas cirurgicamente, pois causam problemas funcionais na articulação escapulotorácica.

  • E. Todas as fraturas desviadas do processo coracoide devem ser tratadas cirurgicamente.

Sobre “fraturas de clavícula”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    Nas fraturas laterais do tipo IIB, o ligamento conoide está rompido e o trapezoide permanece inserido no fragmento lateral.

  • B.

    Na consolidação viciosa das fraturas de clavícula, apenas os encurtamentos maiores que 2,5 cm levam a sintomas funcionais.

  • C.

    O raio X que melhor demonstra a fratura do terço médio é uma projeção AP, com 15º de inclinação cefálica.

  • D.

    Na fratura lateral do tipo IV, a fratura é da superfície articular e não há lesão ligamentar ou desvio.

  • E.

    No recém-nascido com fratura obstétrica de clavícula, deve-se manter o membro junto ao corpo com enfaixamento simples por 4 semanas.

As fraturas intercondilares são as mais comuns do úmero distal e frequentemente são cominutivas.

  • A.

    A associação de fratura diafisária do úmero com fratura diafisária de um ou ambos os ossos do antebraço configura o chamado cotovelo flutuante, que requer tratamento cirúrgico.

  • B.

    Fraturas estáveis e impactadas do úmero proximal não correm risco de sofrer desvios e deve-se iniciar a mobilização em quatro semanas.

  • C.

    Fratura em duas partes do colo anatômico do úmero tem bom prognóstico, uma vez que o aporte sanguíneo é garantido pelas partes moles que unem a cabeça aos tubérculos.

  • D.

    Bilateralidade, obesidade e fratura segmentar constituem as indicações relativas para a indicação do tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias do úmero.

  • E.

    A via transdeltoide permite a realização de uma incisão lateral no ombro, que se inicia junto à borda lateral do acrômio e se estende distalmente por 10 cm.

Sobre “fraturas da extremidade distal do úmero”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    As fraturas condilares são raras, representando menos de 5% das fraturas do úmero distal, sendo a fratura do côndilo medial a mais frequente.

  • B.

    A fratura supracondiliana, tipo em flexão, resulta geralmente de queda, com a força atingindo a face posterior do cotovelo estendido.

  • C.

    Fraturas transcondilares são comuns em crianças e constituem-se em fraturas do tipo intra-articular.

  • D.

    A classificação de Riseborough e Radin, para as fraturas intercondilares, atribui ao tipo III a fratura deslocada porém sem rotação no plano frontal.

  • E.

    As fraturas intercondilares são as mais comuns do úmero distal e frequentemente são cominutivas.

Sobre “fraturas e luxações do cotovelo”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    O conceito do “templo grego” demonstra que, havendo lesão do ligamento medial do cotovelo, a cabeça radial assume papel importante, devendo ser preservada ou reconstruída.

  • B.

    Na classificação de Mason, modificada por Hotchkiss para fraturas da cabeça radial, o tipo III corresponde ao desvio maior que 2 mm sem cominução grave.

  • C.

    Nas fraturas do rádio associadas a luxação do cotovelo ou lesão da membrana interóssea, tem-se como complicação mais importante a luxação rádio-ulnar distal.

  • D.

    Na vigência de complicações neurovasculares, decorrentes de fratura ou luxação do cotovelo, os sintomas de compressão do nervo radial são os mais comuns.

  • E.

    A combinação de luxação do cotovelo, fratura do coronoide e fratura proximal da ulna compõe a chamada “tríade terrível do cotovelo”.

Sobre “fraturas do antebraço”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    Fraturas sem desvio são aquelas com menos de 10º de angulação e são tratadas com gesso axilopalmar, com a "alça" gessada de sustentação da tipoia distal ao nível da fratura.

  • B.

    A fratura-luxação de Monteggia tipo II de Bado corresponde à luxação posterior (ou posterolateral) da cabeça radial, associada à fratura da diáfise da ulna com angulação anterior.

  • C.

    Nas fraturas do rádio proximal, acima da inserção do músculo pronador redondo e abaixo da origem do supinador, o fragmento proximal tende a ficar supinado.

  • D.

    O mecanismo de produção da fratura de Galeazzi (fratura do rádio com luxação rádio-ulnar distal) corresponde à queda com a mão em flexão e o antebraço em pronação.

  • E.

    A ocorrência das fraturas de Monteggia é três vezes mais frequente do que a das fraturas de Galeazzi.

Sobre “fraturas do escafoide carpiano”, assinale a alternativa CORRETA.

  • A.

    Na classificação de Hebert, as fraturas são agudas estáveis quando não há desvio radiológico, e agudas instáveis quando há mais de 3 mm de separação entre os fragmentos.

  • B.

    Na classificação de Hebert, as fraturas são agudas estáveis quando não há desvio radiológico, e agudas instáveis quando há mais de 3 mm de separação entre os fragmentos.

  • C.

    O tratamento inicial das fraturas dos terços proximal e médio deve ser por 6 semanas com gesso curto (luva gessada), incluindo o polegar e o punho em discreta flexão.

  • D.

    Na consolidação viciosa, o fragmento distal encontra-se em extensão em relação ao proximal, e o realinhamento deve ser feito com enxerto trapezoidal inserido ventralmente.

  • E.

    Nos casos de pseudoartrose, a técnica de Matti-Russe prevê abordagem e colocação de enxerto esponjoso em uma canaleta escavada por via dorsal.

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