Questões sobre Infectologia

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No que se refere aos critérios diagnósticos de sepse, assinale a opção correta.

  • A.

    A avaliação da contagem de leucócitos no sangue é de grande valia, devendo estes estar acima de 30.000 células/mL para suspeita de sepse.

  • B.

    A dosagem de proteína C reativa PCR – é de pouca valia, uma vez que este marcador não se altera em casos de suspeita de sepse.

  • C.

    Para suspeita ou confirmação de sepse é desnecessária a suspeita ou confirmação de processo infeccioso coincidente.

  • D.

    Hiperglicemia detectada em pacientes não diabéticos, com nível sérico >140 mg/dL de glicose plasmática, consiste em achado suspeito de sepse.

  • E.

    Consistem em sinais suspeitos de sepse o aumento da temperatura axilar (>38,3°C) ou hipotermia (<36°C) e bradicardia (< 50 bpm).

Acerca de febre em paciente neutropênico, assinale a opção correta.

  • A.

    Efeitos tóxicos decorrentes do uso de quimioterápicos não incluem episódios febris.

  • B.

    Infecções do trato urinário são as mais prevalentes em pacientes neutropênicos febris.

  • C.

    Em pacientes pediátricos, os casos de neutropenia febril raramente são tratados de maneira empírica, sendo muito comum a identificação do agente etiológico.

  • D.

    O uso de antimicrobianos de largo espectro representam-se efetivos na grande maioria dos tratamentos de febre em paciente neutropênicos.

  • E.

    Constituem etiologias mais comuns em casos de febre no paciente neutropênico infecções causadas por vírus, principalmente citomegalovírus e herpes.

Texto para as questões 31 e 32

A febre de origem indeterminada (FOI) pode ser definida pela presença de elevação da temperatura axilar acima de 37,8 °C, mensurada em vários momentos, pelo período mínimo de três semanas, e que se mantém sem causa aparente após uma semana de investigação hospitalar.

Ainda com relação à febre de origem indeterminada relatada no texto, assinale a opção correta.

  • A.

    Neoplasias devem ser investigadas em casos de febre muito alta (maior que 39 °C).

  • B.

    Na presença de FOI, a eosinofilia detectada no hemograma descarta a suspeita de helmintose ou de neoplasia.

  • C.

    Quanto menor a duração da síndrome febril na FOI, menor a probabilidade de origem infecciosa.

  • D.

    Elevação de proteína C reativa (PCR) sérica descarta a probabilidade de FOI infecciosa.

  • E.

    Presença de leucocitose com desvio à esquerda no hemograma de paciente com FOI sugere etiologia bacteriana.

Texto para as questões 31 e 32

A febre de origem indeterminada (FOI) pode ser definida pela presença de elevação da temperatura axilar acima de 37,8 °C, mensurada em vários momentos, pelo período mínimo de três semanas, e que se mantém sem causa aparente após uma semana de investigação hospitalar.

Em relação à febre de origem indeterminada descrita acima, assinale a opção correta.

  • A.

    A investigação da FOI pela anamnese ou história clínica consiste em etapa de pouca importância, considerando a disponibilidade e o avanço dos recursos tecnológicos existentes na atualidade.

  • B.

    Apesar de pouco estudada, a febre de origem indeterminada consiste em nosologia muito frequente, mesmo em casos de internações hospitalares.

  • C.

    Não podem ser incluídos, no diagnóstico diferencial de FOI, erros ou má interpretação de exames laboratoriais, uso indiscriminado de antimicrobianos ou até mesmo deficiências no sistema de saúde pública.

  • D.

    Habitualmente os diagnósticos de FOI não se relacionam a causas infecciosas, neoplásicas ou inflamatórias.

  • E.

    Na abordagem de paciente com FOI, é imprescindível a realização de exame clínico minucioso, sistematizado e repetido.

No diagnóstico clínico de infecções fúngicas sistêmicas adquiridas na comunidade, como histoplasmose, criptococose e paracoccidioidomicose, é importante a exposição prévia a respectivamente:

  • A.

    Morcego, pombo e cultivo de café.

  • B.

    Papagaio, eucalipto, tatu.

  • C.

    Roedores, macaco, cana-de-açúcar.

  • D.

    Galinha, cultivo de soja, gambá.

Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica endêmica no Brasil. Sobre essa doença, assinale a alternativa INCORRETA:

  • A.

    Na hanseníase indeterminada, as lesões se manifestam como máculas hipocrômicas e a baciloscopia pode ser positiva ou negativa.

  • B.

    Na hanseníase dimorfa, os bacilos inviáveis apresentam-se corados e em globias.

  • C.

    Na hanseníase virchowiana, as lesões são disseminadas, infiltram a face, mãos e pés, a baciloscopia é positiva e o teste de Mitsuda é negativo.

  • D.

    Todos os contatos intradomiciliares devem ser examinados, acompanhados e orientados, para a interrupção da cadeia epidemiológica.

Com relação às parasitoses intestinais, assinale a alternativa INCORRETA:

  • A.

    As larvas de ascaridíase podem ser observadas no escarro e a maioria dos pacientes apresenta cargas parasitárias leves a moderadas, sem qualquer sinal ou sintoma.

  • B.

    A infecção por larva migrans é causada pelo Ancylostoma brasiliensis. Ele possui ciclo reprodutivo no homem, estando presente nas fezes.

  • C.

    A tricuríase (Trichuris trichiura) frequentemente causa sangramento (visível ou não), sendo causa comum de prolapso retal.

  • D.

    Ancylostoma e Necator são vermes altamente ligados às condições impróprias de saneamento básico, muito relacionado com índices de subdesenvolvimento.

Considere as afirmativas a seguir:

1. Em infecções comunitárias graves em que se isola Staphylococcus aureus, é prudente o tratamento empírico com vancomicina, por ser o antibiótico disponível mais ativo contra essa espécie de bactéria.

2. O embasamento empírico para a prescrição inicial de antibiótico é o principal motivo para o surgimento de resistência microbiana.

3. O descalonamento consiste no estreitamento do espectro antimicrobiano baseado nos resultados de culturas.

Está correto o que se afirma em:

  • A.

    Apenas 3.

  • B.

    Apenas 2.

  • C.

    Apenas 1 e 2.

  • D.

    Apenas 2 e 3.

Com relação ao tratamento da hanseníase, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Esquema paucibacilar com rifampicina, clofazimina e dapsona durante 18 meses.

  • B.

    Esquema multibacilar com rifampicina e dapsona durante 12 meses.

  • C.

    Alta por cura é considerada ao se completar o esquema de tratamento: até 9 meses para o paucibacilar e 18 meses para o multibacilar.

  • D.

    Reação hansênica do tipo 1 é a reação do eritema nodoso do paucibacilar.

  • E.

    Reação hansência do tipo 2 é a reação da neurite do multibacilar.

Homem de 32 anos, sem histórico patológico pregresso, exceto por uma hidranite axilar tratada com cefalexina na ocasião, chega ao serviço de saúde com furunculose associado a furúnculo na coxa esquerda. Não há sinais de sepse. À cultura do swab da lesão, identificou-se Staphylococcus aureus resistente a meticilina. O antibiótico de escolha para este caso é:

  • A.

    Vancomicina.

  • B.

    Teicoplanina

  • C.

    Sulfametoxazol / Trimetoprim.

  • D.

    Linezolida.

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