Questões de Medicina da Fundação CESGRANRIO (CESGRANRIO)

Um trabalhador masculino, 52 anos de idade, obeso e tabagista, responsável pela guarda dos produtos e controle do aquecimento interno, à base de queimadores de gás propano, de um celeiro de alimentos hermeticamente fechado e pouco ventilado, após 4 horas no interior do mesmo, apresentou forte cefaléia, tonteiras, náuseas, vômitos e retoesternalgia, seguidos de inconsciência. A conduta mais adequada neste caso é pensar em:

• A.

  sangramento causado por intoxicação pelo tálio.

• B.

  hipoglicemia pela atividade física continuada após 4 horas.

• C.

  crise convulsiva pelo stress e pela clausura.

• D.

  intoxicação pelo monóxido de carbono.

• E.

  intoxicação pelos pesticidas carbamatos.

Nos estudos mais recentes de acidentes do trabalho destaca- se a contribuição da escola comportamentalista, que centra seus estudos na abordagem das ações humanas no trabalho. A corrente comportamentalista:

I - defende o desenvolvimento de "cultura de segurança";

II - defende a utilização dos acidentes como fonte de aprendizado organizacional;

III - enfatiza a importância da distinção entre "trabalho real"e "trabalho prescrito".

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

• A.

  I, apenas.

• B.

  III, apenas.

• C.

  I e II, apenas.

• D.

  II e III, apenas.

• E.

  I, II e III.

Sobre o ácido cianídrico é INCORRETO afirmar que:

• A.

  age inibindo a enzima citocromo-oxidase, sendo que exposições a níveis de 100 ppm por 30 a 60 min podem ser fatais.

• B.

  caracteriza insalubridade em grau médio.

• C.

  é absorvido pela pele e pelo aparelho respiratório.

• D.

  o tratamento da intoxicação por este agente deve ser o mais precoce possível e à base de nitrato de sódio, tiossulfato de sódio e nitrito de amilo.

• E.

  o seu limite de tolerância é 8 ppm ou 9 mg/m3 em trabalhos de até 48 horas semanais.

Analise a situação a seguir para responder às questões 59 e 60.

Paciente masculino, 45 anos, profissional liberal, etilista, foi atendido por serviço de emergência com hematêmese e enterorragia. Ao exame, icterícia +/4+, eritema palmar, ginecomastia, telangectasias, hepatoesplenomegalia, circulação colateral abdominal.

A conduta correta a ser adotada pelo perito médico da Previdência Social diante desse paciente, após 15 dias de internação com discretas e eventuais recidivas da hematêmese, é:

• A.

  aposentar imediatamente.

• B.

  conceder 90 a 120 dias de licença, prevendo posterior encaminhamento à aposentadoria.

• C.

  licenciar por 30 dias com data de retorno previsto ao trabalho.

• D.

  licenciar por 15 dias com alta, após esse período.

• E.

  não licenciar.

Uma síndrome assemelhada à Doença de Parkinson, a leucemia mielóide e o angiossarcoma de fígado estão associados, respectivamente, a exposições prolongadas aos agentes:

• A.

  arsênico, cromo e microondas.

• B.

  benzeno, alumínio e carbamatos.

• C.

  cromo, carbamatos e cloro.

• D.

  cromo, chumbo e manganês.

• E.

  manganês, benzeno e arsênico.

Analise a situação a seguir para responder às questões 59 e 60.

Paciente masculino, 45 anos, profissional liberal, etilista, foi atendido por serviço de emergência com hematêmese e enterorragia. Ao exame, icterícia +/4+, eritema palmar, ginecomastia, telangectasias, hepatoesplenomegalia, circulação colateral abdominal.

Qual a provável causa do sangramento digestivo e qual a doença de base, respectivamente?

• A.

  Rutura de varizes esofageanas e cirrose hepática alcoólica.

• B.

  Lesão aguda da mucosa associada a esquistossomose.

• C.

  Laceração esofageana associada a hipertensão porta.

• D.

  Úlcera péptica associada a hepatite.

• E.

  Úlcera péptica associada a esquistossomose.

Dentre as condições abaixo, qual NÃO é importante no diagnóstico diferencial da Síndrome do Túnel do Carpo de origem ocupacional?

• A.

  Amiloidose.

• B.

  Diabetes mellitus.

• C.

  Gravidez.

• D.

  Hepatite-B.

• E.

  Hipotireoidismo.

Analise a situação a seguir para responder às questões 57 e 58.

Paciente do sexo feminino, 25 anos, operadora de telemarketing, procurou ambulatório com queixas de dispnéia aos grandes esforços há 1 ano, evoluindo para dispnéia aos pequenos esforços, DPN, palpitações e tosse com secreção rósea. Medicada com antibiótico e broncodilatadores, não teve melhoras. Na HPP relata amidalites de repetição e dois episódios de pneumonia no último ano. Ao exame físico, taquidispnéia, PR = 120/min irregular, PA = 110x60mmhg, turgência jugular a 45° e ictus de VE em 5o EICE a 1 cm da LHCE, não propulsivo; RC em 2T, irregular, B1 hiperfonética e P2 > A2; ruflar diastólico na ponta.

A paciente comparece à perícia médica do INSS com poucas melhoras, após ter gozado 15 dias de licença autorizada pelo médico que a atendeu. Qual a conduta correta do perito médico do INSS diante deste caso?

• A.

  Conceder licença de 15 dias.

• B.

  Conceder 30 dias de licença com retorno previsto.

• C.

  Conceder afastamento por 90 a 120 dias.

• D.

  Aposentar imediatamente.

• E.

  Não licenciar.

Atropina e pralidoxima são substâncias de eleição no tratamento da intoxicação por:

• A.

  bifenilas policloradas.

• B.

  cetonas.

• C.

  organofosforados.

• D.

  piretróides.

• E.

  solventes orgânicos.

Analise a situação a seguir para responder às questões 57 e 58.

Paciente do sexo feminino, 25 anos, operadora de telemarketing, procurou ambulatório com queixas de dispnéia aos grandes esforços há 1 ano, evoluindo para dispnéia aos pequenos esforços, DPN, palpitações e tosse com secreção rósea. Medicada com antibiótico e broncodilatadores, não teve melhoras. Na HPP relata amidalites de repetição e dois episódios de pneumonia no último ano. Ao exame físico, taquidispnéia, PR = 120/min irregular, PA = 110x60mmhg, turgência jugular a 45° e ictus de VE em 5o EICE a 1 cm da LHCE, não propulsivo; RC em 2T, irregular, B1 hiperfonética e P2 > A2; ruflar diastólico na ponta.

Nesse caso, qual o diagnóstico provável?

• A.

  Estenose mitral.

• B.

  Estenose pulmonar.

• C.

  Estenose aórtica.

• D.

  Insuficiência mitral.

• E.

  Insuficiência aórtica.