Lista completa de Questões de Medicina da Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ (NCE) para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.
Leia o texto abaixo e responda às questões 28 e 29.
A relação entre estresse e trabalho se tornou mais clara a partir dos estudos de Baker (1995), Karasek e Theorell (1990), que permitiram sistematizar os "fatores psicossociais do trabalho", do ponto de vista conceitual e operacional, em variáveis como as demandas psicológicas, o grau de autonomia ou poder de decisão do trabalhador, o nível de qualificação, o grau de motivação ou reconhecimento do trabalho e o isolamento social. Para explicar as demandas psicológicas e o estresse relacionado ao trabalho, Karasek propôs o seguinte diagrama, em uma matriz de demanda versus controle:
[Modificações para aprender novos padrões comportamentais.]
A alternativa que melhor sintetiza as relações entre as demandas psicológicas e o estresse no trabalho é:
ambientes de trabalho passivos são aqueles com baixo grau de autonomia e altas demandas psicológicas;
ambientes de trabalho de elevado desgaste são aqueles com altas demandas psicológicas e alto poder de decisão;
ambientes de trabalho ativos são aqueles com alto grau de autonomia e baixas demandas psicológicas;
mesmo o trabalho prazeroso e excitante, mas com muita sobrecarga, pode gerar demandas psicológicas importantes;
ambientes de trabalho com baixo desgaste são aqueles com baixas demandas psicológicas e baixo poder de decisão.
O trabalho em turnos ou noturno é previsto pela Constituição de 1988, Artigo 7o e pela CLT – Seção IV. A alternativa que está de acordo com o espírito da legislação vigente é:
a hora de trabalho noturno é reduzida para 50 minutos e gera o direito a uma remuneração 20% superior à hora diurna;
acordo ou negociação coletiva de trabalho não pode modificar a duração da jornada de trabalho em turnos;
a duração da jornada de trabalho é de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento;
o trabalho noturno, perigoso ou insalubre é proibido a menores de 16 anos;
o horário noturno é compreendido entre as 22 h de um dia até as 06 h do dia seguinte.
Na vigilância à saúde de trabalhadores com exposição crônica ao benzeno, considera-se que:
a CAT deve ser emitida na suspeita de intoxicação e o trabalhador deve ser afastado da exposição;
os prontuários médicos devem estar disponíveis por um prazo de 20 anos após o desligamento da empresa;
alteração isolada no hemograma não deve ser valorizada na vigilância à saúde dos expostos;
a leucopenia e/ou neutropenia é considerado um sinal hematológico tardio;
hemogramas seriados devem ser realizados anualmente nos expostos e semestralmente nos contaminados.
A administração científica do trabalho é um conceito de organização do trabalho:
fordista;
ergonômica;
cognitiva;
taylorista;
estratégica.
No campo da toxicologia existe um princípio: "qualquer agente químico pode provocar alguma atividade teratogênica, em alguma dose, no tempo apropriado, em algum animal". O mesmo princípio se aplica à patologia do trabalho quando, p. ex., trabalhadoras em idade fértil são expostas a substâncias químicas potencialmente tóxicas. Esse princípio é atribuído a:
Paracelso;
Karnofsky;
Agrícola;
Pasteur;
Ramazzini.
A tuberculose é considerada uma doença ocupacional para os trabalhadores dos ramos de atividade da mineração e da saúde. O diagnóstico da tuberculose deve ser firmado, sempre que possível, através do exame bacteriológico. Entretanto, o exame radiológico do tórax para o diagnóstico da tuberculose ainda tem indicação em:
trabalhadores em serviços de saúde;
indivíduos com soro positividade para HIV;
trabalhadores em exame médico pré-admissional;
trabalhadores expostos à poeira com sílica ou amianto;
indivíduos suspeitos de tuberculose extrapulmonar.
A conduta mais apropriada em relação à situação trabalhista e previdenciária desse trabalhador é:
aguardar a realização da biópsia pulmonar para estabelecer o nexo causal entre a exposição e a doença;
requerer auxílio-doença previdenciário, por não existir nexo causal entre a exposição e a doença;
emitir laudo médico para afastamento do trabalhoe requerer a Comunicação de Acidente de Trabalh(CAT);
emitir laudo médico recomendando uma readaptação do trabalhador a outra atividade e iniciar a corticoterapia;
aguardar os resultados das medidas ambientais da poeira no ambiente de trabalho para estabelecer o nexo técnico
No estádio da doença nos últimos 2 anos, a evolução do padrão espirométrico foi de:
normal para obstrução leve;
restrição leve para obstrução moderada;
obstrução leve para obstrução moderada;
misto para obstrução leve;
normal para restrição leve.
Leia o caso clínico e responda às questões 20 a 22.
J.B.S., negro, 54 anos, polidor de mármores há 25 anos, com queixas de dispnéia aos médios esforços e fadiga. Sem antecedentes de pneumopatias, hipertenso e ex-fumante há 15 anos. Telerradiografia de tórax mostrou infiltrado intersticial difuso, predominando em terço médio e em lobo superior direito, com áreas de fibrose. TCAR de Tórax, além das micronodulações, mostrou linfonodomegalia em toda a cadeia ganglionar mediastinal. Os resultados da função pulmonar estão relacionados no quadro abaixo:
O diagnóstico mais provável para o quadro clínico-radiológico-funcional apresentado por este paciente é:
histiocitose;
asma ocupacional;
silicose crônica;
sarcoidose;
fibrose pulmonar idiopática.
Com base no coeficiente de mortalidade ajustada pela idade para fumantes e não fumantes com câncer de pulmão e doença coronariana, pode-se afirmar que:
o risco relativo para coronariopatia é 2,7 vezes menor do que para o câncer de pulmão, em relação ao tabagismo;
o risco atribuível ao tabagismo para doença coronariana é quase 2 vezes o observado para câncer de pulmão;
cerca de 3/5 das mortes por coronariopatia poderiam ser prevenidas pela eliminação do tabagismo;
o risco atribuível para câncer de pulmão é 8,75 vezes maior do que o risco para coronariopatia, em relação ao tabagismo;
a associação entre fumo e coronariopatia é mais forte do que para tabagismo e câncer de pulmão.
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