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Texto para questões 56 e 57
Uma paciente de quarenta e cinco anos de idade, considerando-se acima do peso, procurou atendimento com um médico nutrólogo para avaliação e orientação. Inicialmente, a paciente relatou que come pouco, logo não entende sua dificuldade de perder peso. Ao ser questionada sobre seus hábitos, a paciente acrescentou que não faz restrições alimentares, não fuma, não pratica atividades físicas regulares e que, aos fins de semana, costuma beber cerveja. Informou, ainda, que, havia um ano, tinha sido diagnosticada com diabetes melito e que, em função desse diagnóstico, recebera orientação para realizar exercícios físicos e restrições na dieta. O exame físico ambulatorial indicou peso = 82kg; altura = 157 cm; PA = 146 mmHg × 90 mmHg; concentração de gordura no abdome e no pescoço; abdome globoso, sem presença de dor, massas ou visceromegalias e MMII com varizes calibrosas e edema (1/4). A paciente trouxe à consulta vários exames que tinham sido realizados, havia três meses, a pedido do médico da emergência hospitalar, em função de ela ter apresentado dor de grande intensidade, do tipo ardência pós-brandial, em quadrante superior do abdome. Entre os exames realizados durante o atendimento de emergência constavam radiografias de rotina para abdome agudo, que apresentavam resultados normais, EAS, que também apresentou resultado normal, e ultrassonografia abdominal, que evidenciou a presença de quatro cálculos na vesícula biliar, medindo cada um em torno de 1×1 cm. O médico nutrólogo pediu a realização de vários exames laboratoriais, cujos resultados foram: provas de função e inflamação hepática normais; amilase normal; glicemia em jejum = 110 mg/dL; glicemia pós-brandial (realizada após a refeição = 180 mg/dL; hemoglobina glicosilada (AIC) = 7,0%; creatina de 1,0 mg/dL; colesterol total = 230 mg/dL; LDL = 150 mg/dL; HDL = 35 mg/dL; triglicerídeos = 250 mg/dL.Com base no quadro clínico acima apresentado, assinale a opção em que é apresentado o diagnóstico da paciente.
obesidade grau II
obesidade grau III
peso normal
acima do peso
obesidade grau I
A terapia nutricional é parte integrante do tratamento do paciente crítico. A primeira opção terapêutica é a nutrição enteral, pois, nessa situação, o paciente mantém a funcionalidade intestinal. Assinale a opção em que é apresentada a atitude inicial para a execução da terapia nutricional enteral.
definição da duração da nutrição
escolha da fórmula apropriada
determinação da via de oferta
determinação do momento do início
definição da meta calórico-proteica
Nutrição - Nutrição Parenteral e Enteral - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2013
A execução de nutrição parenteral (NP) no paciente crítico pode ser associada à nutrição enteral, sendo denominada nutrição parenteral suplementar (NPS). Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
Associar nutrição parenteral pode anular o baixo risco da nutrição enteral.
Apesar de a nutrição enteral disponibilizar em média 60% das necessidades calóricas, suplementar a nutrição enteral com nutrição parenteral não apresenta resultados satisfatórios.
A suplementação da nutrição enteral com nutrição parenteral pode resultar em hiperalimentação, necessária aos pacientes com hipercatabolismo.
Não há resultado de redução nos índices de infecção e(ou) mortalidade com o uso de NPS.
A oferta otimizada e suplementada com NPS iniciada no quarto dia de internação de UTI pode reduzir o índice de infecção nosocomial.
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O paciente submetido à nutrição parenteral deve ser monitorado diariamente quanto à tolerância dos nutrientes. Com referência a esse assunto, assinale a opção correta.
Os níveis glicêmicos não são preocupantes, pois a hiperglicemia não implica riscos ao paciente.
A correção da hiperglicemia deve ser realizada somente com a aplicação de insulina de ação lenta, visto que a resposta dessa terapêutica será mais efetiva.
A monitorização glicêmica não é necessária, desde que o paciente não seja portador de diabetes melito.
A glicemia deve permanecer entre 200 mg% e 300 mg%, pois o paciente está sob infusão contínua de glicose.
Em pacientes graves, há ocorrência de hiperglicemia, ainda que eles apresentem níveis elevados de insulina, o que caracteriza resistência insulínica.
O balanço calórico é o resultado da diferença numérica entre a necessidade calórica calculada e as calorias realmente administradas. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
É desnecessário manter positivo o balanço calórico, pois o importante é a oferta de calorias independentemente da quantidade.
Nos pacientes críticos, o balanço calórico positivo é essencial na primeira semana de internação e pode melhorar o tempo de internação e os índices de infecção.
Nos pacientes desnutridos, o aumento da oferta calórica e proteica não reduz o índice de mortalidade.
Estudos realizados mostram claramente que o balanço calórico positivo é irrelevante.
É indispensável manter balanço calórico positivo somente na terceira semana de hospitalização do paciente.
Um dos principais fatores originários de alterações da percepção da imagem corporal é a imposição de um padrão corporal considerado ideal, ao qual estão associados o sucesso e a felicidade (Conti, Frutuoso e Gambardella, 2005). A propósito dos transtornos dismórficos corporais, assinale a opção correta.
Observa-se que o portador de vigorexia pratica atividade aeróbica em excesso e não teme perda de massa muscular.
Indivíduos acometidos pela ortorexia não se preocupam com a quantidade dos alimentos, tampouco com o peso corporal, mas com a qualidade da alimentação.
O ortorético pratica exercícios com grande intensidade, o que dificulta a capacidade do organismo de se recuperar e facilita a ocorrência de lesões musculares constantes.
Na vigorexia, é raro o uso de anabolizantes esteroides e de suplementos nutricionais.
Indivíduos acometidos pela vigorexia descrevem-se como fortes, mas, na verdade, possuem musculatura subdesenvolvida.
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No que se concerne à anorexia nervosa (AN), assinale a opção correta.
A AN não tem uma etiologia definida e praticamente não difere da bulimia.
A AN caracteriza-se pela relutância do paciente em manter o peso corporal adequado à sua idade e à sua estatura.
O principal objetivo da terapia nutricional para pacientes com AN é a manutenção do peso corporal, pois não é possível a correção das sequelas fisiológicas da desnutrição.
Os medicamentos são utilizados para o tratamento dos sintomas depressivos, das alterações do apetite e das distorções da imagem corporal. Os psicofármacos são altamente eficazes no combate aos sintomas exclusivos da AN e a melhora clínica é evidente.
A AN é um transtorno alimentar e incide principalmente em homens de meia-idade.
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Assinale a opção correta acerca das possíveis complicações da nutrição enteral e da nutrição parenteral.
A nutrição enteral, por ser mais fisiológica, não apresenta complicações mecânicas nem metabólicas.
A ocorrência de estase gástrica é baixa em pacientes diabéticos estejam em nutrição enteral e, caso ocorra, é de fácil diagnóstico.
Colecistite acalculosa não ocorre em pacientes submetidos à nutrição parenteral.
As doenças hepáticas induzidas pela nutrição parenteral total são mais frequentes e graves em crianças que em adultos e nesses casos mais comuns, a colestase é a manifestação hepática de maior ocorrência.
A hiperglicemia ocorre somente em pacientes submetidos à nutrição parenteral, sendo inexistente na nutrição enteral.
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A respeito da utilização de lipídeos na solução parenteral, assinale a opção correta.
A administração de NP sem lipídeos (sistema glicídico) é isenta de riscos, pois a necessidade diária de ácidos graxos essenciais é irrelevante, e sua omissão não causa danos.
A mistura de aminoácidos, glicose e lipídeos na NP é considerada pouco balanceada, pois a oferta continuada de lipídeos pode ocasionar embolia gordurosa.
A glicose exerce efeito prejudicial para a estabilidade da emulsão lipídica, pois favorece a agregação e a instabilidade das gotículas gordurosas.
Os lipídeos em dose contínua favorecem a ocorrência de hiperglicemia.
A infusão de lipídeos na dose de 3 g/kg/min é bem tolerada e não causa icterícia colestática.
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Com referência à nutrição parenteral (NP), assinale a opção correta.
Os novos dispositivos e substratos atuais, como PICC, as soluções lipídicas imunomoduladoras e o adequado controle glicêmico não contribuem para a redução do número de complicações inerentes à NP total.
A NP periférica não é uma alternativa para a NP total, embora não cause tromboflebite.
A NP é um procedimento valioso, contudo por meio da NP não é possível nutrir ou promover crescimento. Ela apresenta, ainda, alto risco de complicações infecciosas.
A NP é irrelevante, sendo um procedimento caro e com poucas indicações.
A nutrição parenteral e a enteral são distintas, pois a nutrição parenteral total deve ser realizada se o trato gastrintestinal não for funcionante e se houver impedimento à administração de nutrição enteral.
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