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O quadro abaixo, de autoria de Antonio Nóvoa, ajuda a clarificar o papel que os diferentes atores podem desempenhar no interior de um estabelecimento de ensino. Nele, o autor distingue três áreas de intervenção nas escolas, para além dos domínios relacionados com o sistema educativo e a administração do ensino.
Numere a primeira coluna de acordo com a segunda, identificando a área de intervenção a que estariam relacionadas as seguintes "ações" solicitadas à equipe de supervisão educacional de uma escola:
A numeração mais adequada é:
1 - 3 - 2 - 2;
2 - 2 - 1 - 3
2 - 3 - 1 - 3;
1 - 2 - 1 - 3;
3 - 2 - 1 - 2.
Leia o diálogo abaixo.
"Na sala dos professores, três colegas de trabalho estão corrigindo as provas de seus alunos. Cristina, ao completar a correção da prova de Marcelo, mostra-se feliz com o resultado e exclama:
- É o que eu sempre digo: o que é bom, já nasce feito!
Mara, ao ouvir a fala da colega, imediatamente responde:
- Sinto muito, mas não concordo! Se o que é bom já nasce feito, então qual é o papel da escola? Somos uma tábula rasa, uma folha em branco. O ambiente tem poder decisivo no desenvolvimento humano, já que o aluno é controlado pelos estímulos do professor. O ser humano é fruto do meio em que vive.
Após ouvir suas colegas, Ricardo comentou:
- Bem, acho que não concordo com vocês! Penso que o desenvolvimento humano se dá a partir da interação entre o organismo e o meio, pois ambos se influenciam mutuamente. Sendo assim, acredito na construção do conhecimento como um processo que envolve as interações dos alunos com o mundo físico e social."
De acordo com a situação apresentada, podemos afirmar que as concepções de desenvolvimento dos professores são, respectivamente:
inatista, interacionista e construtivista;
construtivista, comportamentalista e interacionista;
inatista, comportamentalista e interacionista;
inatista, construtivista e interacionista;
comportamentalista, interacionista e construtivista.
"O livro didático não pode ser ignorado. Sua presença tem sido muito forte na prática pedagógica dos professores, constituindo-se, às vezes, no único referencial para seu trabalho em sala-de-aula. Essa situação precisa ser revertida". (A Escola e Sua Função Social - Raízes e Asas - nº 1 - pág. 30)
Ao debater o livro didático com a equipe de professores, o Supervisor Educacional comprometido com a transformação da realidade social diria que:
I - independentemente da forma como é apresentado, o importante é analisar se o livro didático contém o conteúdo.
II - o professor é o sujeito que dá a direção e o livro didático é um recurso de apoio.
III - o livro didático não pode ser absolutizado, mas colocado a serviço da ação pedagógica planejada pelo professor.
IV - o livro didático é um recurso técnico; portanto, é ideologicamente neutro e deve ser avaliado somente por critérios técnicos.
Estão corretas as respostas
I e II;
II e IV;
II e III;
I, II e III;
I e IV.
Para que o professor construa sua prática pedagógica em sala de aula, é de fundamental importância o recurso à resolução de problemas, pois desenvolve formas de raciocínio e procedimentos adequados nas primeiras séries. Outro recurso é a utilização de:
computador
abstração
fórmulas
cópias
recursos simbólicos.
"Depois das teorias críticas e pós-críticas, não podemos mais olhar para o currículo com a mesma inocência de antes. O currículo tem significados que vão além daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confinaram... O currículo é documento de identidade". (SILVA, T. T., 1999).
Baseando-se no texto acima, a opção que completa a tabela é:
1 = poder; 2 = cultura; 3 = eficiência; 4 = representação;
1 = eficiência; 2 = poder; 3 = representação; 4 = cultura;
1 = representação; 2 = cultura; 3 = poder; 4 = identidade;
1 = cultura; 2 = eficiência; 3 = organização; 4 = poder;
1 = identidade; 2 = cultura; 3 = eficiência; 4 = poder.
No processo educacional moderno, o aluno é o agente da construção do seu conhecimento. Sendo assim, um dos papéis do professor que ensina Matemática no Ensino Fundamental é o de:
repressor
explorador;
mediador;
expositor;
"A educação, não importando o grau em que se dá, é sempre uma teoria do conhecimento que se põe em prática.(...) O supervisor é um educador e, se ele é um educador, ele não escapa na sua prática a esta natureza epistemológica da educação. Tem a ver com o conhecimento, com a teoria do conhecimento. O que se pode perguntar é: qual o objeto de conhecimento que interessa diretamente ao supervisor? (Freire, 1982)
A alternativa que melhor responde à pergunta de Freire é:
os objetivos da escola, em interação com os objetivos gerais traçados pelos diferentes sistemas de ensino;
o processo ensino-aprendizagem, que está se dando na relação educador / educando, ou seja, o ato de conhecer;
as relações interpessoais que se dão no interior da escola: professor / aluno; professor / equipe técnicoadministrativa; equipe dirigente / alunos / funcionários;
a avaliação e o controle do trabalho pedagógico desenvolvido pela equipe docente e outros profissionais que atuam na escola;
o educando, em seus aspectos cognitivos, psicomotores e afetivos, sua adaptação ao ambiente escolar e sua motivação para o processo educativo.
"A mudança na escola só se dará quando o trabalho for coletivo, articulado entre todos os atores da comunidade escolar, num exercício individual e grupal de trazer as concepções, compartilhá-las, ler as divergências e as convergências e, mediante esses confrontos, construir o trabalho".
(ORSOLON, 2001) Com base no texto acima, a opção que apresenta ações mais adequadas ao papel do Supervisor Educacional é:
observar, articular, controlar;
articular, observar, incentivar;
mediar, controlar, observar;
articular, mediar, incentivar;
incentivar, observar, controlar.
Interessada em ressignificar o papel da supervisão educacional, a equipe supervisora de uma escola optou por adotar uma prática coerente com os pressupostos da corrente ideológica transformadora. Nesta concepção, a função supervisora caracteriza-se por:
I - estar baseada num positivismo otimista, pelo qual os conflitos são omitidos e é feita a apologia de uma sociedade desejável.
II - ser essencialmente política e não principalmente técnica.
III - ser implementadora do currículo oficial nas escolas e orientadora dos professores na execução dos programas oriundos dos sistemas de ensino.
IV - estar voltada, essencialmente, para garantir a efetividade e eficiência dos meios e a eficácia dos resultados do trabalho pedagógico na escola.
V - estar voltada, essencialmente, para favorecer momentos de reflexão, explicitando contradições e conflitos, de modo a determinar as prioridades do trabalho pedagógico das escolas.
Estão corretas as afirmações:
I e II;
II e III;
I e IV;
I e V;
II e V.
Referindo-se às concepções de supervisão educacional, presentes na história recente da educação brasileira, Rangel (1999) afirma:
"Quando se sonha, traduz-se o que se quer, o que se gostaria, o que se idealiza, mas também o que toca a sensibilidade, o que tenciona, o que se esconde..., enfim o que se concebe... [...] E nesse sonho dos anos 80 espera-se extirpar, extinguir, da formação à ação, a existência do supervisor".
(Rangel, 1999) A autora refere-se, neste texto, a um forte movimento de negação de supervisão educacional que se dá no Brasil ao longo dos anos 80. Com relação a este movimento é correto afirmar que a negação do papel do supervisor educacional ocorre porque:
I - a introdução da supervisão educacional traz para o interior da escola a divisão social do trabalho, ou seja, a divisão entre aqueles que pensam, decidem e mandam e aqueles que executam.
II - a função da supervisão naquele contexto era predominantemente tecnicista e controladora e, de certa forma, correspondia à militarização escolar.
III - os supervisores não tinham formação adequada à função que exerciam, visto que não era exigido destes o curso de Pedagogia.
IV - a supervisão educacional tendia a desvalorizar o trabalho do professor por estar comprometido com a estrutura do poder burocratizado.
V - a supervisão educacional era uma função não prevista na legislação do ensino na época e, portanto, configurava-se como uma função sem o respaldo do sistema.
São FALSAS as afirmativas:
III e IV;
III e V;
II e IV;
I e IV;
somente a V.
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