Questões de Pedagogia do ano 2006

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O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), publicado em um momento de transição política profunda no Brasil, tinha como principal questão:

  • A.

    a relação entre democracia, desenvolvimento econômico e uma educação renovada.

  • B.

    a higienização moral e urbana que a educação moderna deveria promover.

  • C.

    a escola única, federal, confessional e redutora das desigualdades sociais.

  • D.

    o levantamento das necessidades educacionais no Brasil e a criação do Conselho Interamericano de Desenvolvimento Educacional.

  • E.

    pressionar Getúlio Vargas a aceitar a participação d educadores americanos na elaboração do primeiro projet de lei educacional do país.

Foi no governo Fernando Henrique Cardoso que o ensino fundamental conseguiu absorver 97,4% dos alunos nesta faixa de idade escolar, praticamente resolvendo o problema, neste nível de ensino, da chamada "quantidade". No entanto, luta-se agora pela questão da "qualidade de ensino", entendida como:

  • A.

    o domínio dos conteúdos elementares: ler, escrever e contar.

  • B.

    o apropriar-se de competências intelectuais, morais e profissionais.

  • C.

    a reprodução do modelo da escola privada.

  • D.

    a aquisição de competências técnicas e profissionais

  • E.

    a exigência de qualificação do professor.

A presença jesuítica na educação brasileira ocupa quase todo o período colonial, salvo um pequeno interregno quando foram expulsos pelo Marquês de Pombal. Seu método educacional estava ainda baseado na antiga disputatio escolástica e ficou conhecido como:

  • A.

    Ratio Studiorum.

  • B.

    Bobeatus quid dansatus est.

  • C.

    Ratio Disputatio.

  • D.

    Virtus Impávida.

  • E.

    Ratio Cognoscendi.

A chamada Educação Popular, iniciada pelos anos 60, tinha como principal característica:

  • A.

    a tentativa do Estado de controlar os movimentos sociais, bastante ativos à época.

  • B.

    a utilização das cartilhas tradicionais como forma pedagógica de introduzir o "povo" numa "alfabetização conscientizadora"

  • C.

    a criação dos "Cursos Stálin de Formação Política" que, aqui em Pernambuco, tiveram como incentivador o governador Moura Cavalcanti.

  • D.

    a utilização da cultura popular nas escolas privadas como forma de valorização de nosso patrimônio cultural.

  • E.

    a alfabetização de adultos utilizando elementos da cultura popular como forma de conscientização política e "desvelamento" do real.

"A escola não constrói a partir do zero, nem o aprendiz é uma tabula rasa, uma mente vazia; ele sabe, ao contrário, 'muitas coisas'. Por causa disso, muitas vezes, o ensino choca-se de frente com as concepções dos aprendizes" (Ph. Perrenoud). A respeito dessa frase do educador suíço, podemos concluir:

  • A.

    que a relação ensino-aprendizagem que parte do saber do aluno precisa de mais tempo para transmitir o conteúdo.

  • B.

    que a realidade cultural do aluno, que precisa ser confrontada com o saber de tipo escolar, é a base de uma aprendizagem significativa (para o educando) e uma das modernas competências requeridas para o professor.

  • C.

    que a afirmação já havia sido feita por Paulo Freire, quando ele defendia a educação bancária, que parte da 'poupança acumulada' do educando

  • D.

    que todo trabalho que leva em conta as representações do aluno termina por fragilizar a autoridade pedagógica do professor, como mostrou Saviani.

  • E.

    que, embora a escola não construa do zero, a maioria dos alunos de nossas escola públicas está próxima de um 'zero cultural', o que torna a frase dificilmente aplicável a nossa realidade educacional.

O movimento da Escola Nova no Brasil, iniciado nos anos 20, teve o seu maior divulgador entre nós na figura de Anísio Teixeira. Sobre este movimento, podemos afirmar que:

  • A.

    na verdade o enunciado está incorreto, pois o grande divulgador do movimento no Brasil foi Fernando de Azevedo.

  • B.

    teve seu maior momento com a publicação do Libelo Contra a Educação Bancária, co-assinado por Paulo Freire.

  • C.

    tinha suas raízes no pensamento de John Dewey e pensava a educação como instrumento da democracia, através da difusão da ciência e do espírito crítico e cuja relação pedagógica estava centrada no aluno.

  • D.

    o Movimento nunca se implantou no Brasil por causa das sucessivas ditaduras políticas e após a ditadura militar implantada em 64, ele foi rapidamente ultrapassado pedagogicamente pelo sócio-construtivismo.

  • E.

    este movimento não exerceu nenhuma influência no pensamento de Paulo Freire, que sempre o combateu em nome da Pedagogia do Oprimido.

É preciso que os educadores se assumam como intelectuais e, conscientes de sua responsabilidade ética, política e profissional, tenham, por um lado, o dever de estar em permanente formação, formação esta decorrente da análise crítica de nossa prática docente e, por outro lado, reconhecer a natureza ética da prática educativa, que faz parte da tarefa docente.

Essa idéia nos revela que teoria e prática estão em constante tensão e não são desvinculadas da

  • A. necessidade de se admitir que os fins justificam os meios.
  • B. ação pragmática que é preciso ter na execução de projetos educacionais.
  • C. ética que aproxima o que fazemos, do que dizemos e do que pensamos.
  • D. tarefa educativa de ensinar os conteúdos e treinar os educandos no saber fazer desses conteúdos.
  • E. prática elaborada a partir de planos preparados por especialistas de cada área do conhecimento.

A escola precisa articular sua capacidade de receber e interpretar informação com a de produzi-la, a partir do aluno como sujeito do seu próprio conhecimento.

A escola assim pensada é:

  • A. local de ação-reflexão-ação para se adaptar à nova sociedade tecnológica.
  • B. instituição transmissora de informações produzidas pela sociedade.
  • C. espaço de síntese entre os conhecimentos sistematizados e a cultura experienciada.
  • D. lugar de motivação para a aprendizagem de saberes modernos.
  • E. espaço de aprender saberes práticos e atuais, levando o aluno a aprender a fazer.

Quando se convive com o cotidiano de diferentes escolas, chama a atenção como são homogêneos os rituais, os símbolos, a organização do espaço e do tempo, as comemorações cívicas, as festas, as expressões corporais, etc. Mudam as culturas sociais de referência, mas a cultura escolar parece gozar de uma capacidade de se autoconstruir independentemente e sem interagir com estes universos. É possível detectar um "congelamento" da cultura da escola que, na maioria dos casos, a torna "estranha" aos seus habitantes.

De acordo com as constatações acima, exige-se, hoje, uma organização curricular que

  • A. questione os conhecimentos homogeneizadores e que valorize a pluralidade cultural como possibilidade de superar estereótipos, preconceitos e a hierarquização cultural.
  • B. possibilite uniformização na organização dos conteúdos buscando um equilíbrio entre os processos de homogeneização e de diversidade cultural.
  • C. conteste as relações de poder existente entre os vários conteúdos, privilegiando os conhecimentos elaborados e referendados pela Academia.
  • D. valorize os conteúdos escolares entendidos como objetos estáveis e universais.
  • E. selecione os conteúdos escolares a partir do nível de conhecimentos dos alunos, reconhecendo que a busca de homogeneização intelectual garante a qualidade de ensino.

A problemática da repetência e da evasão vem permeando, historicamente, o sistema escolar, numa demonstração de que o Estado,

  • A. é omisso em relação às políticas educacionais, uma vez que as políticas econômicas ainda não permitem atenção às áreas sociais.
  • B. não consegue oferecer um ensino de qualidade, dada as dificuldades de aprendizagem que as crianças das camadas populares apresentam ao entrar na escola.
  • C. além de não ter garantido a universalização da escola pública para todos, também não tem conseguido garantir aos que nela ingressam a sua permanência com qualidade.
  • D. tem investido substancialmente nas áreas sociais, sem contudo, ter encontrado métodos adequados ao déficit cultural da maioria das famílias de baixa renda.
  • E. ao propor uma política educacional que não apresenta articulação entre os sistemas de ensino público e privado, privilegia a manutenção das diferenças sociais.
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