Questões de Pedagogia do ano 2009

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Na Educação, o conceito de multiculturalismo, enquanto campo teórico e político voltado para a valorização da pluralidade cultural e para o desafio à construção das diferenças, tem-se colocado em destaque frente à necessidade de se promover a inclusão dos sujeitos, em seu processo de aprendizagem. Na atualidade educacional, com a inclusão social preconizada na LDB/ 96, não há mais como se pensar em excluir os discentes de seu direito a ter uma educação de efetiva, garantindo-lhe o acesso, a permanência e a qualidade do ensino em nossa realidade. Faz-se mister perceber a prática pedagógica multicultural sob novos ângulos, uma vez que essa prática se constrói no discurso, causada por intenções desafiantes em torno das diferenças e preconceitos referentes. Saber lidar com as diferenças, com as diferenças das diferenças, promovendo uma educação eficaz, eficiente, efetiva e relevante, que coloca em cheque as propostas educacionais mais tradicionais, vem ao encontro dos ditames educacionais contemporâneos, possibilitando as transformações necessárias para tanto. Esse fato coloca a profissão docente no centro das atenções, desde o seu curso de formação, de sua capacitação continuada até a sua atuação como professor(a) regente de turma, em sala de aula, bem como as ações dos demais profissionais da educação dentro e fora dos muros escolares, envolvidos com a formação do cidadão e cidadã, sob a sua responsabilidade. Essas e outras razões apontam a necessidade do professor ser um profissional reflexivo. Segundo Pimenta (1998), na profissão docente há três saberes que se complementam. O primeiro está ligado ao saber adquirido no espaço da docência e com a prática, buscando a superação dos problemas cotidianos; o segundo, trabalhar com as informações, classificando-as, analisando-as e contextualizando-as e o terceiro, tem a ver com técnica, como se fossem receitas desarticuladas da realidade e sem a devida contextualização e atualização. Esses saberes são denominados como saber

  • A.

    oculto, o clássico e o científico.

  • B.

    vulgar, o científico e o pedagógico.

  • C.

    oculto, o pedagógico e o da experiência.

  • D.

    da experiência, o oculto e o clássico.

  • E.

    da experiência, o científico e o pedagógico.

Enquanto ferramenta, o planejamento estratégico possibilita organicidade, dinamicidade e contribui para melhorar qualidade da intervenção de diversos profissionais que trabalham na área da violência contra a mulher, crianças, adolescentes e jovens, proporcionando mais objetividade, racionalidade e direcionamento ao trabalho proposto. Como um instrumento de ação, deve estar atrelado à modernização, pois possibilita maior e melhor modo de intervenção na realidade, de forma mais instrumentalizada e capacitada, auxiliando em como se deve promover o enfrentamento das questões, que afligem os vitimizados pela violência. Como instrumento de intervenção, o planejamento estratégico busca alcançar a efetivação de melhores resultados, a obtenção de soluções alternativas para os processos decisórios, assim como a redução de riscos e incertezas. Possibilita estabelecer propostas e projetos de atuação, ajudando a definir ações e metas objetivas, propondo desafios desejáveis de serem alcançados. Planejar significa pensar o futuro, portanto é preciso se organizar. Em Vasconcellos (2000), vemos que a realidade não se dá a conhecer explícita e diretamente, que somente o “esforço de decifração e interpretação visa a apreender o dinamismo do real já configurado, tendo em vista nele entrar, seja no sentido de usufruir, seja de transformar”. Para que haja um planejamento comprometido com o real, deve-se levar em conta as experiências anteriores e o engajamento futuro dos sujeitos para que se possa realizar as ações de forma relevante. Logo, para o autor, ao se planejar, deve-se levar em consideração as experiências anteriormente vividas pelo docente, assim como o engajamento para que se torne viável de acontecer. Por isso, ele diz que, para se planejar, é importante e necessário

  • A.

    cumprir regras e normas fechadas.

  • B.

    estabelecer normas e objetivos fixos.

  • C.

    adotar uma postura docente laissez-fair.

  • D.

    ter uma postura profissional autoritária.

  • E. imaginar de forma comprometida.

LIBÂNEO (1999), em seu livro “Pedagogia e Pedagogos para que”?, nos fala que a educação é um fenômeno/prática social a ser compreendida no quadro do funcionamento geral da sociedade da qual faz parte. Defende, também, que as práticas educativas não se restringem apenas à escola ou à família, podendo ocorrer em todos os âmbitos e contextos da vida individual e social humana, institucionalizados ou não, nas mais variadas modalidades de ensino. Para Libâneo, o objeto de estudo da Pedagogia é constituído por esses processos, enquanto espaço próprio de investigação. Apresenta a Pedagogia como ciência que estuda as práticas educativas, com vista a explicitar finalidades, objetivos sociopolíticos e formas de intervenção pedagógica para a educação. Segundo o autor, o pedagógico da ação educativa se expressa, justamente

  • A.

    nas práticas docentes, dentro das escolas públicas.

  • B.

    nas atividades executadas exclusivamente na escola.

  • C.

    no desejo dos professores em cumprir o currículo oficial.

  • D.

    nas práticas docentes, dentro das escolas privadas.

  • E.

    na intencionalidade e no direcionamento dessa ação.

O Art. 2º, da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, aponta que a educação é dever da família e do Estado, devendo focar o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania, bem como a sua qualificação para o trabalho. Esse fato coloca em destaque os(as)

  • A.

    princípios da educação brasileira.

  • B.

    meios educacionais brasileiros.

  • C.

    fins da educação nacional.

  • D.

    bases educacionais nacionais.

  • E.

    diretrizes educacionais brasileiras.

O ato de planejar não faz parte exclusiva da ação educacional. Em vez desse pensamento, sabe-se que todos os setores devem planejar seus trabalhos. Ao planejá-los, devem ser analisadas tanto as restrições, impedimentos e falhas quanto os acertos, facilidades e sucessos, compondo-se a trajetória do processo. Para Gandin (1994), o planejamento participativo parte da leitura do nosso mundo que é injusta, pois falta a participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana, instaurando-se a injustiça social, pela própria dificuldade de participação de todos no poder. O autor aponta que o planejamento participativo, enquanto instrumento e metodologia, é um processo técnico que abre espaços especiais para a questão política, valorizando as questões da missão, da qualidade e da participação, assumindo um caráter de proposta prospectiva para a instituição que se planeja. Perrenoud e Thurler (2000) propõem se desenvolver o trabalho pedagógico a partir de “uma situação-problema, uma vez que ela nos leva a nos desafiar para uma realização, de um lado, estruturada pelas coordenadas que lhe dão possibilidade e, de outro, que se expressa aqui e agora”, ou seja, ao se propor a realização de uma atividade, que envolva urna situação-problema, “supõe-se considerar algo em uma certa direção ou norte”. Para os autores, acima citados, “as situações-problemas se caracterizam por recortes de um domínio complexo, cuja realização implica mobilizar recursos, tomar decisões e ativar esquemas.(...) A aprendizagem, que constitui o verdadeiro objetivo da situaçãoproblema, se dá ao vencer o obstáculo na realização da tarefa”. Portanto, as situações-problemas, propostas no trabalho cotidiano da sala de aula, têm de ser acompanhadas e avaliadas, uma vez que é uma situação didática, na qual se propõe ao sujeito uma tarefa que ele não pode realizar

  • A.

    sem criar problemas de relação interpessoal.

  • B.

    sem efetuar uma aprendizagem precisa.

  • C.

    com valores morais extremamente fechados.

  • D.

    com pressa de acabar o trabalho proposto em sala de aula.

  • E.

    contando que outrem a realize para si mesmo.

Ao propor uma análise sobre a ação do professor reflexivo, Lima e Gomes nos falam que para Pimenta (1998:59) existem três saberes complementares, a se levar em conta, ao se focar a profissão docente. Seriam eles: o saber da experiência, o saber científico e o saber pedagógico. Sobre o saber da experiência, a autora diz que, mesmo que não sejam professores(as), as pessoas têm uma experiência socialmente acumulada sobre essa profissão e o seu exercício, que seria adquirido no espaço da docência e na sua prática, visando a superação dos problemas do cotidiano da sala de aula. Enquanto saber científico, as autoras - aludindo a MORIN, E. 1993 - nos mostram que o conhecimento não se reduz à informação, é seu primeiro estágio. O conhecer implica em um segundo estágio, em trabalhar com as informações, classificando-as, analisandoas e contextualizando-as. O terceiro estágio tem a ver com a inteligência, a consciência ou sabedoria. A inteligência, por sua vez, tem a ver com a arte de vincular o conhecimento de maneira útil e pertinente, isto é, produzindo novas formas de progresso e desenvolvimento. A consciência e a sabedoria envolvem reflexão, isto é, a capacidade de produzir novas formas de existência, de humanização. (MORIN, E. 1993. In: Lima e Gomes, 1998) Quanto aos saberes pedagógicos, que os cursos de formação de professores(as) promovem uma formação docente de forma puramente técnica, “como se fossem receitas desarticuladas da realidade e sem a devida contextualização e atualização.” Evidencia que esses saberes necessitariam ser interdisciplinares, tendo como ponto de partida a prática social, podendo-se reinventar e recriar os saberes pedagógicos através de

I. problematizar, propor e desenvolver projetos nas escolas;

II. conferir os dizeres de autores e da mídia, bem como as representações

III. conferir os saberes que têm sobre a escola e o ensino,

IV. conferir os saberes que têm sobre a os alunos e os(as) professores(as)

V. conferir os saberes que têm nas escolas rurais.

Estão corretas as seguintes afirmativas:

  • A.

    I, II, IV e V.

  • B.

    I, II, III e V.

  • C.

    II, III, IV e V.

  • D.

    I, II, III e IV.

  • E.

    I, II, III, IV e V

O Projeto Político-Pedagógico – PPP – tem sido objeto de preocupação e estudo para as instituições educacionais, docentes e pesquisadores no assunto, em âmbito nacional, desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, em seu artigo 12, que estabelece a necessidade dos estabelecimentos de ensino de elaborar e executar suas propostas pedagógicas. É o plano global da instituição. O Projeto Educativo já não é algo que se possa prescindir na escola, como algo que remete prescrições para fora dela. Na realidade, esta é uma metodologia de trabalho que possibilita re-significação de toda a ação dos diferentes agentes da escola. Segundo Vasconcellos (2000), para tornar menor o sofrimento de toda a comunidade escolar, nas mais específicas dimensões da escola (comunitárias e administrativas, além da pedagógica), até as mais gerais (políticas, culturais, econômicas etc.), a função do projeto político pedagógico é a de justamente...

  • A. criar condições de ações exigidas pelo poder público.
  • B.

    ditar apenas as diretrizes da ação da equipe técnico-pedagógica.

  • C.

    ajudar a resolver problemas, a transformar a prática.

  • D.

    definir as competências dos profissionais da educação.

  • E.

    dimensionar o trabalho da escola tradicional.

O processo de construção do conhecimento e a aprendizagem discente colocam em evidência a avaliação como a parte mais importante do processo ensino/aprendizagem. Para Libâneo (2005), “a prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver efetivamente interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo ensinado.” Se o valor da avaliação está no fato de o discente poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades, ao professor caberá criar situações de desafio no processo de ensino, que levem o educando a buscar a superação das dificuldades existentes, continuando a progredir no processo de construção dos saberes (Luckesi, 1999). Assim agindo, o educador se mostra interessado na aprendizagem do educando e em seu concomitante desenvolvimento. A avaliação só pode funcionar efetivamente num trabalho educativo, com uma perspectiva dinâmica de aprendizagem para o desenvolvimento, em espaços de elaboração do conhecimento diferenciados, em que os alunos possam expressar sua curiosidade, criatividade, vivências, experiências, sentimentos (...) na (re)construção do conhecimento pertinente, redimensionando o processo, sem encaminhar as decisões. Assim agindo, a avaliação implicará numa retomada do curso de ação, promovendo o seu realinhamento ou a sua reorientação. Ao focar a qualidade dos resultados intermediários ou finais da avaliação, Luckesi valoriza a avaliação

  • A.

    somativa.

  • B.

    formativa.

  • C.

    diagnóstica.

  • D.

    sumativa

  • E.

    quantitativa.

O principal objetivo do trabalho da maior parte dos docentes é conseguir que seus discentes tenham a possibilidade de desenvolver a sua aprendizagem da melhor forma possível. Libâneo (1991) nos mostra que o campo principal da educação escolar é o processo de ensino, que se constitui no objeto de estudo da Didática. Como não há técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade, também não há uma concepção de homem e sociedade sem uma competência técnica para realizá-la, educacionalmente. Cabe à Didática tratar os objetivos, condições e meios de realização do processo de ensino, interligando os meios pedagógico-didáticos aos objetivos sócio-políticos. Para o autor, o ensino viabiliza as tarefas da instrução, acabando por “delimitar como objeto da Didática o processo de ensino que, considerado no seu conjunto, inclui: os conteúdos dos programas e dos livros didáticos, os métodos e formas organizativas do ensino as atividades do professor e dos alunos e as diretrizes que regulam e orientam esse processo.” Ele nos mostra que caberá ao docente compatibilizar “a educação escolar, que é uma tarefa eminentemente social, pois a sociedade necessita prover as gerações mais novas daqueles conhecimentos e habilidades que vão sendo acumulados pela experiência social da humanidade”. Logo, para Libâneo (1991), pode-se definir processo de ensino como uma seqüência de atividades docentes e discentes, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades (tais como o pensamento independente, observação, análise-síntese e outras), através dos quais os alunos

  • A.

    aprimoram as capacidades cognitivas.

  • B.

    melhoram sua formação sócio-acadêmica.

  • C.

    entendem-se sujeitos comuns na aprendizagem.

  • D.

    ampliam sua interação com os conhecimentos.

  • E.

    desenvolvem suas atitudes frente aos conhecimentos.

Antunes (2001), focando o sistema de avaliação formativa, assinala que há muitas contradições em volta da escola, na atualidade, expondo que a mais importante dela é a necessidade de se trabalhar as emoções e as relações interpessoais no espaço da sala de aula, dizendo que trabalhar emoções exige levar os alunos a refletir sobre os fatos da realidade, opinar sobre as emoções e sentimentos, discutir os valores existentes, percebendo como esses valores podem animar as ações coletivas de forma positiva e construtiva. Ressalta, porém, que é sempre problemático promover a avaliação da conquista afetiva e do progresso nas relações interpessoais, por ser extremamente difícil, uma vez que não se consegue desprender de uma subje-tividade, podendo-se incorrer no “risco da invasão da privacidade do aluno e do seu incontestável direito ao silêncio”. Para o autor, um bom avaliador, ao avaliar as emoções, deve ter em mente que jamais deverá confundir o discente com o ato realizado. Caso seja imprescindível se fazerem recriminações, que elas sejam dirigidas

  • A.

    ao que se fez e jamais a quem as fez.

  • B.

    à didática da instituição, por ser inadequada.

  • C.

    à incompetência da equipe técnico-pedagógica.

  • D.

    às distorções do sistema educacional vigente.

  • E.

    às políticas educacionais que regulam o sistema educacional.

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