Questões de Pedagogia do ano 2011

A investigação, o conhecimento do nível de compreensão dos alunos em relação a um determinado conteúdo e o acompanhamento das hipóteses que o aluno tem em relação a um conceito como uma etapa da construção do conhecimento são algumas das características da avaliação qualitativa. Nesse sentido, pode-se acrescentar, ainda, que uma prática de avaliação mediadora com função diagnóstica pressupõe, também

• A.

  uma tomada de decisão didático-pedagógica na busca de um caminho que oportunize a construção do conhecimento.

• B.

  a atribuição de notas às atividades realizadas pelos alunos e a proposição de situações para estudos individuais em casa, pois somente dessa forma poderão aprender.

• C.

  a identificação dos erros e acertos dos alunos em relação a determinado conteúdo em estudo e a proposição de exercícios para melhor memorização.

• D.

  a mensuração e a verificação dos conhecimentos apreendidos pelos alunos.

• E.

  a função exclusiva de medir o conhecimento adquirido pelo aluno no decorrer do período avaliado para a sua promoção.

Especialistas no estudo do Livro Didático, a exemplo de Gérard e Roegiers, pedagogos belgas, lembram que um Livro Didático, seja qual for sua área específica, deve preencher várias funções simultâneas, tanto do ponto de vista do aluno quanto do professor. No que diz respeito ao aluno, um bom Livro Didático deve desempenhar, entre outras, as seguintes funções:

1. Transmissão de conhecimentos, a mais direta e conhecida das funções de um Livro Didático, sem dúvida essencial, mas muitas vezes valorizada em excesso, em detrimento de outras, fundamentais para o desenvolvimento intelectual do aprendiz.

2. Desenvolvimento de capacidades e competências, função essencial para a formação de cidadãos críticos e para o desenvolvimento progressivo da autonomia nos estudos.

3. Avaliação dos conhecimentos especificamente teóricos adquiridos, por meio da qual o Livro Didático pode contribuir tanto para a localização das eventuais dificuldades de aprendizagem relativas às teorias e conceitos trabalhados, quanto para a sua superação.

4. Obra de referência quer nos momentos de estudo individual em casa, quer na solução de dúvidas pontuais, não se prestando ao trabalho coletivo dos alunos.

5. Consolidação de conhecimentos práticos e teóricos adquiridos, fator de grande relevância para que o aluno incorpore o aprendido aos contextos particulares e ao seu cotidiano.

Estão corretas apenas:

• A.

  1, 2 e 5.

• B.

  2 e 3.

• C.

  3, 4 e 5.

• D.

  2 e 4.

• E.

  2, 3 e 4.

Seja qual for a área de ensino, um Livro Didático não pode desconhecer as conquistas propiciadas pelas teorias da aprendizagem, especialmente a partir das grandes sínteses produzidas na década de 1980. Para que a seleção do Livro Didático seja compatível com as novas concepções de ensino e aprendizagem é preciso:

1. Identificar se a seleção de conteúdos se acha compatível com os interesses, necessidades e realidade dos alunos e com a proposta pedagógica da escola.

2. Admitir que a seqüência com que são apresentados os conteúdos não necessariamente obedeça à progressão do processo de aprendizagem do aluno, devendo prevalecer o grau de motivação que possa gerar no mesmo.

3. Detectar se o conjunto dos conteúdos, assim como o tratamento didático dado a eles, é adequado para o aluno e está compatível com o currículo.

4. Saber se as atividades propostas são interessantes, mesmo contendo explicações inacessíveis ao aluno, cabendo ao professor a tarefa de elucidá-las.

5. Observar se a linguagem utilizada é clara e precisa, de acordo com o nível de compreensão dos alunos.

Estão corretas apenas:

• A.

  2, 3 e 4.

• B.

  1, 3 e 5.

• C.

  2, 4 e 5.

• D.

  1, 3 e 4.

• E.

  3, 4 e 5.

Quanto às principais características das novas tecnologias da informação e da comunicação presentes na elaboração de materiais didáticos e projetos fundamentados na abordagem construtivista, a alternativa incorreta é

• A.

  Possibilitam a interatividade.

• B.

  O computador pode simular aspectos da realidade.

• C.

  As novas tecnologias de comunicação, acopladas com a informática, viabilizam a interação a distância.

• D.

  A possibilidade de armazenamento e informações organizadas representadas de várias formas: textos, vídeos, gráficos, animações e áudios.

• E.

  A manipulação dos materiais a cada passo pelo professor.

Os materiais didáticos são entendidos como:

• A.

  Elementos do processo ensino-aprendizagem e que inclui além das instalações escolares, materiais didáticopedagógicos, recursos tecnológicos e outros meios auxiliares ao ensino.

• B.

  Meios que permitem avançar nas formulações teóricometodológicas com vistas à busca da qualidade do processo de ensino aprendizagem.

• C.

  Elementos imprescindíveis ao processo ensinoaprendizagem sem os quais não se avança na explicitação do currículo, na concepção de saberes e aprendizagens e, portanto na melhoria da qualidade do ensino.

• D.

  Elemento da cultura escolar depositário de valores, saberes, visões de mundo.

• E.

  Elementos facilitadores para a apreensão de conceitos.

Ao se referir à observação formativa Perrenoud afirma que ela:

1. permite orientar e otimizar as aprendizagens em curso sem a preocupação de classificar, certificar, selecionar.

2. é sinônimo de avaliação formativa associada à medida, às classificações e aos boletins escolares.

3. pode ser instrumentada ou intuitiva, aprofundada ou superficial, quantitativa ou qualitativa, longa ou curta, pontual ou sistemática.

Está(ão) correta(s)

• A.

  1 e 2, apenas.

• B.

  2, apenas

• C.

  1, 2 e 3.

• D.

  1, apenas

• E.

  1 e 3, apenas.

Diz Jussara Luch ”que uma escola que pretenda o desenvolvimento e a formação do sujeito, atenta a esses pressupostos, vê-se constantemente na busca da superação da coisificação da avaliação historicamente implantada na nossa educação”. Para a autora, torna-se necessário:

1. Reforçar a prática da atribuição de notas ou médias, em períodos estanques e pré-determinados, classificando e selecionando os alunos, como estratégia de afirmação de uma perspectiva emancipatória de avaliar.

2. Colocar em prática o caráter ético da avaliação, não a restringido ao ato de dar notas, fazer médias, reprovar ou aprovar os alunos.

3. Avaliar, numa nova ética, que se dá de forma participativa, no sentido da construção, da conscientização, da busca da autocrítica e do autoconhecimento.

4. Reconhecer que o ato de avaliar não se constitui lugar de encontros e de desencontros, de divergências de entendimentos, pois isto negaria a prática de uma avaliação dialógica.

5. Compreender a avaliação como um espaço cotidiano rico de possibilidades de ação-reflexão-ação, em constante interação, num contínuo processo de criação e recriação dos sujeitos envolvidos no processo.

Estão corretas apenas

• A.

  2, 3, 4.

• B.

  2, 3, 5.

• C.

  2, 4, 5.

• D.

  1, 2, 5.

• E.

  3, 4, 5.

A educação não é preparação para a vida futura, mas deve representar a vida cotidiana. Esta afirmativa de J. Dewey inspira a metodologia por projetos, pois:

1. Promove uma educação sintonizada com as grandes transformações no mundo da produção e no mercado de trabalho.

2. Gera situações de aprendizagem reais e diversificadas, possibilitando aos educandos opinar, decidir e debater as temáticas em estudo.

3. Contribui para autonomia e o compromisso social dos alunos, formando-os como sujeitos políticos coletivos.

Está(ão) correta(s)

• A.

  2 e 3, apenas.

• B.

  2, apenas.

• C.

  1, apenas.

• D.

  1 e 3, apenas.

• E.

  1, 2 e 3.

A estratégia de realizar a sondagem dos conhecimentos

I. classificar os aprendizes em melhores ou piores.

II. planejar atividades de acordo com a capacidade

III. propor agrupamentos diferenciados da turma de

IV. facilitar a avaliação da aprendizagem dos aprendizes.

V. preparar os aprendizes para a realização de exames.

• A.

  I, II e IV.

• B.

  II, IV e V.

• C.

  I, II e III.

• D.

  II, III e V.

• E.

  II, III e IV.

A forma de avaliação educacional que busca compreender os avanços e as dificuldades ao longo de um processo de aprendizagem considera o aprendiz como alguém

• A.

  cuja aprendizagem irá depender de suas competências preexistentes à situação formativa.

• B.

  responsável por suas escolhas e dono de um modo próprio de perceber o mundo e as relações que dele fazem parte.

• C.

  dependente do acompanhamento por parceiros experientes para desempenho de diferentes tarefas cognitivas.

• D.

  com diferentes graus de motivação e de prontidão para a realização das tarefas de aprendizagem que lhe são propostas.

• E.

  capaz de construir conhecimentos por meio de um contínuo esforço de organização e reorganização de significados, mediado pela ação educativa.