Questões sobre Desenvolvimento Histórico das Concepções Pedagógicas

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O grande nome da corrente liberal pragmatista americana é John Dewey. Sobre esta corrente podemos afirmar:

  • A.

    que não teve nenhuma influência no Brasil, que foi sempre dominado pelo pensamento de Paulo Freire.

  • B.

    que defendeu a idéia de que a educação deve promover o sentimento religioso e a fé na teoria "criacionista", hoje bastante aceita pelos americanos

  • C.

    que influenciou bastante o educador brasileiro Anísio Teixeira, que estudou nos Estados Unidos e introduziu suas idéias no Brasil.

  • D.

    que o enunciado da questão está errado, pois Dewey não foi pragmatista, mas um grande nome do marxismo americano do começo do século XX

  • E.

    que o pragmatismo defende a idéia de que, se a educação é uma prática social, a prática pedagógica -e não a teoria- é suficiente para a boa formação do professor.

Nos anos 20, vários Estados brasileiros promoveram reformas educacionais baseadas no ideário da Escola Nova. Aqui em Pernambuco destaca-se o nome de:

  • A.

    Carneiro Leão.

  • B.

    Moacir de Albuquerque

  • C.

    João Barbalho.

  • D.

    Pinto Júnior.

  • E.

    Anita Paes Barreto.

O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), publicado em um momento de transição política profunda no Brasil, tinha como principal questão:

  • A.

    a relação entre democracia, desenvolvimento econômico e uma educação renovada.

  • B.

    a higienização moral e urbana que a educação moderna deveria promover.

  • C.

    a escola única, federal, confessional e redutora das desigualdades sociais.

  • D.

    o levantamento das necessidades educacionais no Brasil e a criação do Conselho Interamericano de Desenvolvimento Educacional.

  • E.

    pressionar Getúlio Vargas a aceitar a participação d educadores americanos na elaboração do primeiro projet de lei educacional do país.

Foi no governo Fernando Henrique Cardoso que o ensino fundamental conseguiu absorver 97,4% dos alunos nesta faixa de idade escolar, praticamente resolvendo o problema, neste nível de ensino, da chamada "quantidade". No entanto, luta-se agora pela questão da "qualidade de ensino", entendida como:

  • A.

    o domínio dos conteúdos elementares: ler, escrever e contar.

  • B.

    o apropriar-se de competências intelectuais, morais e profissionais.

  • C.

    a reprodução do modelo da escola privada.

  • D.

    a aquisição de competências técnicas e profissionais

  • E.

    a exigência de qualificação do professor.

A presença jesuítica na educação brasileira ocupa quase todo o período colonial, salvo um pequeno interregno quando foram expulsos pelo Marquês de Pombal. Seu método educacional estava ainda baseado na antiga disputatio escolástica e ficou conhecido como:

  • A.

    Ratio Studiorum.

  • B.

    Bobeatus quid dansatus est.

  • C.

    Ratio Disputatio.

  • D.

    Virtus Impávida.

  • E.

    Ratio Cognoscendi.

A chamada Educação Popular, iniciada pelos anos 60, tinha como principal característica:

  • A.

    a tentativa do Estado de controlar os movimentos sociais, bastante ativos à época.

  • B.

    a utilização das cartilhas tradicionais como forma pedagógica de introduzir o "povo" numa "alfabetização conscientizadora"

  • C.

    a criação dos "Cursos Stálin de Formação Política" que, aqui em Pernambuco, tiveram como incentivador o governador Moura Cavalcanti.

  • D.

    a utilização da cultura popular nas escolas privadas como forma de valorização de nosso patrimônio cultural.

  • E.

    a alfabetização de adultos utilizando elementos da cultura popular como forma de conscientização política e "desvelamento" do real.

"A escola não constrói a partir do zero, nem o aprendiz é uma tabula rasa, uma mente vazia; ele sabe, ao contrário, 'muitas coisas'. Por causa disso, muitas vezes, o ensino choca-se de frente com as concepções dos aprendizes" (Ph. Perrenoud). A respeito dessa frase do educador suíço, podemos concluir:

  • A.

    que a relação ensino-aprendizagem que parte do saber do aluno precisa de mais tempo para transmitir o conteúdo.

  • B.

    que a realidade cultural do aluno, que precisa ser confrontada com o saber de tipo escolar, é a base de uma aprendizagem significativa (para o educando) e uma das modernas competências requeridas para o professor.

  • C.

    que a afirmação já havia sido feita por Paulo Freire, quando ele defendia a educação bancária, que parte da 'poupança acumulada' do educando

  • D.

    que todo trabalho que leva em conta as representações do aluno termina por fragilizar a autoridade pedagógica do professor, como mostrou Saviani.

  • E.

    que, embora a escola não construa do zero, a maioria dos alunos de nossas escola públicas está próxima de um 'zero cultural', o que torna a frase dificilmente aplicável a nossa realidade educacional.

O movimento da Escola Nova no Brasil, iniciado nos anos 20, teve o seu maior divulgador entre nós na figura de Anísio Teixeira. Sobre este movimento, podemos afirmar que:

  • A.

    na verdade o enunciado está incorreto, pois o grande divulgador do movimento no Brasil foi Fernando de Azevedo.

  • B.

    teve seu maior momento com a publicação do Libelo Contra a Educação Bancária, co-assinado por Paulo Freire.

  • C.

    tinha suas raízes no pensamento de John Dewey e pensava a educação como instrumento da democracia, através da difusão da ciência e do espírito crítico e cuja relação pedagógica estava centrada no aluno.

  • D.

    o Movimento nunca se implantou no Brasil por causa das sucessivas ditaduras políticas e após a ditadura militar implantada em 64, ele foi rapidamente ultrapassado pedagogicamente pelo sócio-construtivismo.

  • E.

    este movimento não exerceu nenhuma influência no pensamento de Paulo Freire, que sempre o combateu em nome da Pedagogia do Oprimido.

"A chamada Escola Nova trouxe à baila a discussão da relação professor/aluno, (mas) não alterou, na prática, a relação de poder em sala de aula."

Assinale a alternativa correta sobre o objetivo do ensino da História para uma relação que inclua a realidade e os interesses próprios do aluno.

  • A.

    O professor, fundamentado na sua competência, é o vértice da relação ensino/aprendizagem.

  • B.

    A base da relação ensino/aprendizagem é o próprio aluno, cujo interesse norteia o processo.

  • C.

    Em História, mais importante do que "cumprir o programa", é provocar o exercício da crítica, porque o objetivo da disciplina é a formação de questionadores do processo social e não de acomodados às estruturas existentes.

  • D.

    Além do livro didático, do quadro de giz e de outros recursos, inclusive eletrônicos, o ensino da História deve ser lúdico e teatral, para que se produza no aluno a absorção do conhecimento, mais do que o aprender.

  • E.

    Professor e aluno não são iguais nem opostos e devem aproveitar suas diversidades em função do objetivo comum: a reflexão colaborativa em sala de aula, que produza efeitos para além de seus limites.

A participação da sociedade civil nas decisões públicas é um indicativo do processo de democratização que o Brasil vem atravessando, o que pode ser verificado no campo da educação. A descentralização do poder público, produto da transição democrática, pode encobrir, contudo, uma relação autoritária, especialmente em contexto de políticas neoliberais, porque

  • A.

    diminui a ação estatal na área do bem-estar social tendo em vista a redução das despesas públicas.

  • B.

    introduz a participação dos cidadãos nas políticas sociais reivindicatórias, buscando relações não hierarquizadas.

  • C.

    atende às demandas sociais envolvendo paritariamente o Estado e a sociedade na busca de soluções para os problemas.

  • D.

    distribui competências e articulações entre diversos níveis de governo sem qualquer intervenção da sociedade.

  • E.

    aproxima a sociedade civil do Estado, possibilitando uma prestação de serviços equânime e universal.

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