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Na educação infantil, pode-se afirmar que o brinquedo
é um objeto que possibilita passar o tempo e distrair a criança no período que permanece afastada da mãe e da família.
em si não é a brincadeira, mas sim, o suporte para que ela ocorra. É a criança que dá sentido aos objetos, recriando-os a partir de sua fantasia e criatividade.
é um objeto que não traz risco para as crianças possibilitando usá-lo irrefletidamente.
é coisa de pouca importância, cujo uso não causa dano, desagrado ou mal-estar.
em si é a brincadeira; somente a sua existência já possibilita divertimento, passatempo, sobretudo entre as crianças.
Uma das metas da Educação Infantil é criar um ambiente propício para o desenvolvimento de uma criança ativa, exploratória, criativa, interessada em aprender. Um lugar feito para criar seres humanos deve ser belo e alegre, merecendo os maiores cuidados. Para atingir esta meta, que expressa uma concepção de desenvolvimento, a organização do espaço aparece como um elemento relevante na constituição de momentos de educação e cuidados, portanto, o espaço interno deve ser
equipado, decorado com paredes e pisos pintados de cores fortes e vibrantes. Mesmo em creches com salas bem mobiliadas, as educadoras vivem encostando os móveis nas paredes ou empilhando-os em um canto para obter um espaço vazio, sem empecilho para a atividade infantil. Os cuidados relativos à segurança e saúde são determinantes na organização dos ambientes.
vazio de mobiliários, equipamentos, enfeites. Mesmo em creches com salas bem mobiliadas com estantes para guardar brinquedos e materiais é preciso fechá-las com papel pardo, como se fossem embrulhos grandes, para impedir que as crianças as transformem em esconderijo, casa nas alturas, camas, etc.
amplo, arejado e que facilite o desenvolvimento das rotinas da creche, como aconchego para o sono. Afinal, a creche existe para ofertar às crianças os cuidados necessários a sua higiene e alimentação.
múltiplo, ao mesmo tempo, proporcionar alguns ambientes de vivências individuais e outros de vivência coletiva. Espaços para as crianças são espaços que as traduzem, mas também as modificam; que as acolhem em um momento e, em outro, as libertam para criar, recriar e manifestar a sua cultura.
higienicamente apropriado para as crianças, que evite as doenças que elevam os índices da mortalidade infantil. Para trabalhar nas creches são necessárias pessoas que possuam conhecimentos ligados aos cuidados físicos, conhecimentos que são próximos aos das mães e aos que se dedicam a cuidados hospitalares.
O alimento serve para nutrir o corpo, mas também a imaginação, o relacionamento. "Comer e evacuar, tomar e dar, receber e doar, ser enchido e esvaziado, ou seja, nutrir e limpar: a maior parte do relacionamento com a criança pequena passa através desses gestos, aparentemente inócuos e naturais, como a nutrição e a evacuação" (Bondioli, Anna e Mantovani, Susanna. Manual de Educação Infantil – de 0 a 3 anos). Assinale a alternativa que registra uma rotina da creche, envolvendo a dimensão do "cuidar e educar"- dimensões indissociáveis – na hora do almoço.
Toca um sino. As crianças são postas em fila e encaminhadas às mesas. Sentam-se. A professora Lara pergunta: "qual é a musiqueta de esperar a comida?" Cantam. Os pratos são servidos pela funcionária da cozinha. As crianças começam a comer em silêncio. Os adultos, enquanto as crianças se alimentam, começam a conversar sobre salário. Trata-se de atividade cotidiana, por definição, repetitiva, necessária, inevitável e básica.
Todas as crianças de um a dois anos sentam- se à mesa. A funcionária vai dando a comida, falando "abram a boca", "agora. Mastiguem". Uma criança devolve uma garfada. A funcionária vira para a criança, limpa o espaço e fala repreendendo: - Sua danada está ficando teimosinha e mimada. Coma. O desenrolar da refeição implica em momentos de conforto entre duas vontades: a do adulto, que mede o seu poder de educador, e a criança, que mede as suas forças e seus graus de autonomia.
As crianças estão na fila, distribuindo-se em torno da mesa. Uma funcionária coloca agressivamente os copos e talheres; parece estar com muita raiva. Outra funcionária traz os pratos cheios de comidas. Um adulto entra no refeitório, fala alto, chamando a atenção das crianças e afirma: - Agora é hora de comer, chega de conversinhas e brincadeiras. A comida que poderia ser a grande socializadora pode se transformar em veneno, sufocação.
As crianças estão na fila, em frente ao balcão que distribui as comidas. A escola adota o "self-service" para possibilitar o desenvolvimento da autonomia infantil. As crianças pegam o prato, escolhem os alimentos, dirigem-se às mesas e começam a comer. Uma satisfação alimentar é uma sedução, principalmente quando acontece pela própria escolha da criança; ninguém morre de fome com comida na frente e não há necessidade de um adulto supervisionando o que a criança come. A professora em pé observa os movimentos e fala: - Comam, pois depois é a hora do soninho.
A professora Lara coloca as crianças em roda e fala: - Agora, nós vamos almoçar . Afirma que o almoço é um convite para passar horas saboreando algo gostoso e bom, que nos deixa fortes e também para conversar com os colegas. A refeição é oferecida de modo bonito, agradável. As atividades, mesmo cotidianas, devem ser prazerosas para as crianças.
As instituições de educação infantil são "lócus" que visam
a substituição das famílias, verdadeiros "lares substitutos" que eduquem as crianças para que em um futuro próximo possam ser encaminhados para um lar adequado.
o desenvolvimento de hábitos e padrões de comportamento nas dimensões "civis" e "singulus".
aprendizagens, trocas de significações a partir de diversas interações, sendo o professor, o mediador.
a internalização de regras morais e de valores religiosos e da aprendizagem das noções iniciais.
as aprendizagens que compensem eventuais problemas de crianças que vivem situações sociais críticas (abaixo do padrão possível de pobreza).
O registro do desenvolvimento da criança é uma atividade muito importante a ser desenvolvida pelo profissional da Educação Infantil. Um registro deve dar conta do objetivo educacional. O registro deve conter elementos que
possibilitem a família identificar os comportamentos equivocados das crianças em suas interações adulto-criança. .
possibilitem um diagnóstico psicológico de desenvolvimento da criança.
explicitem as situações de aprendizagem e emitam julgamentos, juízos de valores e impressões da professora.
mostrem sempre os acertos e sucessos infantis, sendo desnecessário uma análise da professora. Basta conter a data e a descrição da situação e dos fatos ocorridos; não se assemelha a uma narrativa ou a uma menção de juízo de valores e resultados obtidos.
explicitem de forma fidedigna a situação de aprendizagem, não apresentando julgamentos, juízos de valores ou impressões e, para isto, os professores precisam desenvolver a metodologia da observação.
"Lúdico, criança, lazer, escola. São essas as palavras centrais deste livro. (...) Para mim, o reconhecimento dessa relação de interdependência exige uma nova pedagogia, embasadora de uma nova prática educativa e realimentada através dessa própria prática, considerando as possibilidades do lazer como canal viável de atuação no plano cultural, de modo integrado com a escola. (...) Procurarei defender, assumindo todos os riscos que isso possa significar, a dimensão "utópica" da pedagogia da animação, fundada no lúdico, do jogo, da festa, do brinquedo – do lazer, inclusive como crítica ao antilazer que se manifesta hoje, na nossa sociedade, dominada pelos critérios da utilidade e produtividade" In: Nélson Carvalho Marcellino, Pedagogia da Animação. O autor, anteriormente citado, reflete sobre as relações lazer-escola-processo educativo e a vinculação entre o lúdico e a educação. Apresenta razões para a escola valorizar as brincadeiras infantis, como
seu aproveitamento com bons resultados na educação escolar, em face das suas imensas possibilidades de beneficiar o processo ensino/aprendizagem, mormente quando se educa para o amanhã previsível de uma sociedade já estruturada.
suas possibilidades de contrabalançar a unilateralidade da formação das novas gerações, precocemente induzidas à especialização profissional, que lhes amplia a perspectiva de vida e lhes facilita a adaptação a um mundo de trabalho em constante mutação.
seu emprego na chamada educação compensatória, que nas últimas duas décadas vem procurando minorar as dificuldades escolares de crianças oriundas de meios muito carentes.
valorização da cultura da criança, e não instrumentalizá-la para "facilitar" o inculcamento de uma cultura pretensamente superior.
possibilita adaptar a criança ao mundo como já está dado, pronto e estabelecido. Seu livro é um manual de atividades recreativas para professores que compreendem a importância das atividades lúdicas.
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