Questões de Pedagogia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Os quilombolas têm especificidades relacionadas à região, à cultura, à religião que os diferenciam entre si e que precisam ser consideradas na formulação das propostas educacionais.

Na construção do projeto de escola quilombola, é preciso

  • A. compreender as diferenças de sua capacidade intelectual para a aprendizagem de determinados conhecimentos escolares.
  • B. desenvolver práticas de fortalecimento de identidade étnica e da referência de acesso a direitos.
  • C. reconhecer os diferentes modos de vida na expressão de uma cultura limitada e ainda inferior à dos brancos.
  • D. avaliar os conhecimentos prévios das crianças para poder elaborar um projeto pedagógico que recupere a falta dos conhecimentos escolares esperados.
  • E. redefinir os valores da cultura quilombola para que estes possam se adaptar aos conhecimentos da escola formal.

O estudo comparativo da memória humana revela que, mesmo nos estágios mais primitivos do desenvolvimento social, existem dois tipos fundamentalmente diferentes de memória.

Segundo Vygotsky, uma delas, dominante no comportamento de povos iletrados, caracteriza-se pela

  • A. impressão não mediada de materiais, pela retenção das experiências reais como a base dos traços mnemônicos (de memória).
  • B. falta de percepção da realidade que circunda a vida das pessoas do campo, pois a elas falta os estímulos da natureza: são pessoas isoladas que não convivem com outras pessoas de um grupo.
  • C. inexistência de desafios que façam desenvolver a capacidade de pensar sobre as ações executadas no seu dia a dia.
  • D. influência da cultura letrada nos grupos com menor capacidade de raciocínio lógico e apreensão de conhecimentos.
  • E. diferença de capacidade intelectual que impossibilita a elaboração de conhecimentos complexos.

Há uma somatória de fatores que contribuem para a construção de um modelo de educação que traduza as necessidades de um determinado povo.

Para Paulo Freire, não se pode esperar resultados positivos de um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de ação política, se,

  • A. este é baseado em culturas superiores, mas também nas culturas inferiores de determinados povos primitivos que não permite a unificação de um processo cultural de uma nação.
  • B. desrespeitarmos a visão particular de mundo que tenha ou esteja tendo o povo, pois isso se constitui numa espécie de “invasão cultural”, ainda que feita com a melhor das intenções.
  • C. os conteúdos ensinados nas escolas indígenas não forem referenciados na cultura ocidental.
  • D. as crenças, os rituais e demais saberes dos indígenas não estiverem compatibilizados com os conhecimentos escolares ensinados nas redes do ensino público.
  • E. não valorizarmos o trabalho que busca criar um processo unificado de formação dos educadores do campo.

Com rel ação à Andragogia, teoria de Malcolm Knowles, considere:

I. Visa à construção do conhecimento, onde o próprio indivíduo o busca e o constrói de maneira científica e instigante.

II. É um processo onde o aprendiz e o professor estão em uma única pessoa, podendo ser o professor um facilitador do processo educacional. O indivíduo busca o conhecimento, sendo ele responsável em buscar o conteúdo a ser aprendido e a traçar sua própria metodologia.

III. É um processo ensino-aprendizagem dos adultos.

IV. Cabe ao professor somente conduzir o processo selecionando o conteúdo a ser aprendido e a metodologia a ser aplicada, pois cabe à criança e o jovem construí-lo e jamais impor o conteúdo a ser desenvolvido como ainda, algumas escolas ditas tradicionais o fazem.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I e III.
  • B. II e III.
  • C. I e II.
  • D. I, III e IV.
  • E. II e IV.

Na alfabetização, o domínio da linguagem oral e escrita constitui uma das dimensões da expressividade. O aprendizado da leitura e da escrita não terá significado real se ele se faz através da repetição puramente mecânica das sílabas. Este aprendizado só é válido quando, simultaneamente com o domínio do mecanismo da formação vocabular, o educando vai percebendo o profundo sentido da linguagem. Quando vai percebendo a solidariedade que há entre a linguagem-pensamento e realidade.

Por isso, o processo de alfabetização libertadora

  • A. parte do mais simples para o mais distante, na direção do mais complexo, e do concreto para o abstrato.
  • B. deve se basear em simples narração de uma realidade neutra, adquirida pela codificação da linguagem materna.
  • C. exige a criação de grupos de estudos que apresentem uma constante rotina de leitura para não levar à doutrinação de ideias.
  • D. procura trabalhar com conceitos científicos que possam preparar o indivíduo para adquirir sua cidadania.
  • E. ajuda na compreensão crítica da mudança e na instauração de um novo pensamento-linguagem.

Os homens/sujeitos relacionam-se diretamente com o lugar em que vivem, preenchido de percepções de sua realidade e sentimentos, caracterizados em suas experiências. Por isso, exige-se uma leitura que não se contenta em ter no lugar, mera localização, mas a compreensão das diversas experiências vividas tanto no lugar como no espaço de atuação.

Nessa perspectiva, uma proposta educacional

  • A. não deve adotar uma pluralidade de currículos, pois estes dificultam a unidade de conhecimentos de uma nação.
  • B. exige uma base nacional comum, a ser complementada pelo conhecimento específico de cada etapa da educação básica.
  • C. necessita atender as experiências compatíveis aos projetos instituídos pela administração pública em exercício.
  • D. não pode ser única e de acordo com propostas curriculares determinadas e padronizadas.
  • E. precisa partir da realidade dos alunos e professores para viabilizar a compreensão de conceitos abstratos.

Uma concepção crítica de educação e educação escolar é aquela que adota como princípio elementar que os educandos, homens e mulheres, são

  • A. sujeitos histórico-sociais, inacabados, situados no espaço e no tempo, produtores de cultura e de sua própria humanidade.
  • B. sujeitos-objetos da ação cultural daqueles que detêm a capacidade de transmitir o acervo de conhecimento produzido pela ação e história do homem.
  • C. sujeitos que herdam o acervo de conhecimentos e experiências acumulados pelas gerações passadas de forma a adaptarse à realidade em que está inserido.
  • D. indivíduos situados no espaço e no tempo, livres, ainda que submetidos ao peso da cultura e dos valores transmitidos pelas religiões, pela publicidade organizada e pela ideologia.
  • E. pessoas que precisam da instituição escolar, por meio da ação mediadora dos profissionais da educação para seu processo de formação.

A noção de “socialização” guarda estreitas relações com a educação escolar e não escolar e pode ser entendida como

  • A. a orientação que assume um indivíduo que constitui e define, ao mesmo tempo, sua participação no interior de um processo de interação social.
  • B. o processo pelo qual o indivíduo se integra à sociedade, mediante a internalização das normas, valores e ideias predominantes nos coletivos sociais de que participa.
  • C. o conjunto de normas estabelecidas por um conjunto de diferentes grupos socialmente unidos entre si.
  • D. a unidade de comportamento e pensamento comum a todos os indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade ou a grupos sociais específicos.
  • E. o conjunto de relações sociais, do passado e do presente, possíveis de serem observadas e analisadas direta ou indiretamente.

Os resultados das pesquisas desenvolvidas por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, nos anos de 1970, contribuíram para que melhor compreendêssemos como a escola, em conjunto com outras instituições sociais,

  • A. reproduzem e perpetuam as desigualdades econômicas e sociais entre os indivíduos posicionados diferencialmente na sociedade, ao longo das gerações.
  • B. se esforçam para que crianças e adolescentes das classes populares deixem de encontrar dificuldades no trato com a linguagem culta empregada no ensino elitista.
  • C. agem para que as crianças de distintas origens sociais deixem de repetir e memorizar, de forma a se apropriarem dos conceitos abstratos transmitidos pela escola.
  • D. contribuem para que crianças e adolescentes das classes subalternas rejeitem suas limitações intelectuais e deixem de naturalizar as diferenças culturais.
  • E. se esforçam para que crianças e adolescentes de meios sociais distintos reconheçam que o “dom” é responsável pelo sucesso ou fracasso escolar.

Numa concepção crítica, nas interações sociais e também no campo da educação, uma postura “etnocêntrica” é aquela que

  • A. considera que cada caso é um caso.
  • B. desconsidera a distância entre o todo e as partes.
  • C. entende a sociedade como sendo estruturalmente desigual.
  • D. compreende as diferenças entre comunidade e sociedade.
  • E. faz do “diferente” um inferior e da diferença uma “privação cultural”.
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