Questões de Pedagogia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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O Conselho Tutelar, criado no âmbito dos Municípios, é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de

  • A.

    promover o desenvolvimento físico e emocional da criança e adolescente.

  • B.

    julgar os casos de discriminação e maus tratos à criança e adolescente.

  • C.

    zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

  • D.

    decidir sobre a guarda e adoção de crianças abandonadas.

  • E.

    dar prioridade ao atendimento às crianças de zero a seis anos.

O Diretor de uma escola constata que, apesar de garantido o desenvolvimento das atividades de compensação de ausência a partir do segundo bimestre, vários alunos do ensino fundamental, de 11 a 15 anos, não atingiram freqüência mínima determinada pela legislação vigente. Faz uma reunião com os pais desses alunos e providencia a realização de novas atividades de compensação durante as férias de janeiro, mas verifica que a freqüência continua baixa, configurando-se casos de abandono. Imediatamente, o Diretor

  • A.

    considera que os pais são os responsáveis pela situação desses alunos.

  • B.

    aguarda o comparecimento desses alunos para que justifiquem suas faltas.

  • C.

    encaminha ao Conselho Tutelar a relação dos alunos faltosos.

  • D.

    considera que já tomou as providências pedagógicas e legais cabíveis.

  • E.

    exime-se de outras iniciativas em razão do insignificante número de alunos faltosos.

Para orientar a discussão e elaboração do calendário escolar de 2003, o Diretor da Escola e o Coordenador Pedagógico selecionam e organizam algumas informações sobre o ensino fundamental e médio, constantes da LDB, (Lei no 9.394/96), indicação CEE no 9/97 e Parecer CEE no 67/98, destacando que é necessário atender, dentre outras, as seguintes determinações:

I. atividades de reforço e recuperação realizadas ao longo do ano letivo, de forma contínua e paralela, e, nos recessos ou férias escolares, de forma intensiva.

II. carga horária diária, mínima, de quatro horas, excluindo o tempo de recreio e dos intervalos entre as aulas.

 III. considerar

  • A.

    II, III e IV

  • B.

    II e IV

  • C.

    I, II e III

  • D.

    I e III

  • E.

    I e IV

Ana Maria Saul analisa a questão da avaliação educacional, apontando seus diversos objetos e níveis de abrangência, as influências internacionais de doutrina pedagógica e de técnica e questiona a relação linear de que mudanças na avaliação levam à melhoria do processo ensino-aprendizagem, fetichizando a avaliação, tornando-a o centro da aula. Baseada nestas e em outras ponderações, a autora

  • A.

    propõe que a avaliação pode ser uma "grande janela" pela qual podemos entrar e alterar as práticas cotidianas, o projeto pedagógico e a escola como um todo.

  • B.

    propõe a "pedagogia do exame" para incentivar a alunos e professores a melhorarem suas notas no SAEB, no SARESP e no ENEM.

  • C.

    conclui que a avaliação não é a questão mais importante do processo pedagógico e que só virou "fetiche" pela ação da mídia que espetaculiza a divulgação de avaliações em nível nacional.

  • D.

    propõe a avaliação como "centro da aula" para pressionar os alunos a se responsabilizarem, individualmente, por seus bons/maus resultados, prestando atenção, estudando, fazendo as tarefas solicitadas.

  • E.

    constata em pesquisas, dentro da escola atual, uma lógica avaliativa que se contrapõe à da ideologia individualista e conservadora que avalia o sucesso social, fora da escola.

Respondendo algumas perguntas, Charles Hadji nas suas conclusões provisórias, destaca que avaliação

I. é uma operação de leitura orientada da realidade, é tomar partido.

II. é pronunciar, incisivamente, julgamentos de valor sobre uma situação observada. I

II. é elemento chave da negociação didática e momento forte em um processo de regulação.

IV. formativa é um combate diário, exige coragem para ousar falar e

  • A.

    I, II e III

  • B.

    I, III e IV

  • C.

    I, IV e V

  • D.

    II, III e V

  • E.

    II, IV e V

Ao afirmar que a avaliação "deverá ser assumida como instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no processo de aprendizagem", Cipriano Luckesi explicita o entendimento de avaliação

  • A.

    como julgamento de valor referenciado em dados, o que permite ao professor classificar o aluno conforme seu desempenho escolar.

  • B.

    como julgamento referenciado em normas estabelecidas no regimento escolar, que permitirão ao professor identificar os avanços da aprendizagem do aluno.

  • C.

    com caráter formativo, centrado no ajuste contínuo da aprendizagem do aluno às práticas pedagógicas desenvolvidas em aula.

  • D.

    com função diagnóstica a serviço da aferição de notas durante o processo, o que subsidiará o professor na aferição da média final.

  • E.

    com função diagnóstica, a serviço de uma pedagogia preocupada com a educação como mecanismo de transformação social.

A avaliação da aprendizagem na escola traduz um referencial teórico que envolve uma concepção de educação e sociedade. A teoria é importante, sobretudo, porque

  • A.

    assegura o rigor científico às práticas de avaliação desenvolvidas no âmbito da escola.

  • B.

    constitui preceitos objetivos e indicador dos caracteres da aprendizagem do aluno.

  • C.

    ajuda o professor a compreender o significado da avaliação e da realidade da sala de aula.

  • D.

    assegura qualidade à prática de avaliação, a despeito das condições de ensino.

  • E.

    representa um material a ser aplicado pelo professor no cotidiano da sala de aula.

Mere Abramowicz analisa a avaliação requerida pelo regime de progressão continuada e aponta aspectos que ela deve contemplar:

I. análise do desempenho do aluno: abrangente, processual, dinâmica, crítica, criativa, cooperativa.

II. ênfase no aspecto diagnóstico, informando aos pais os veredictos e encaminhando os alunos para processos de recuperação psicopedagógica externos.

III. lugar de destaque para a escola no processo avaliativo: avaliação contextualizada num projeto de educação e sociedade.

IV. opção por uma avaliação mais formativa com sentido mais interativo, qualitativo, compartilhado e dialógico.

V. priorização da abordagem disciplinar, apoiando a avaliação na estrutura lógica dos campos conceituais dos componentes curriculares.

 VI. suporte institucional, clima aberto da instituição e presença de agentes de inovação.

Estão corretas APENAS as afirmativas

  • A.

    I, III, IV e VI

  • B. I, III, V e VI
  • C.

    II, III, IV e V

  • D.

    I, II, IV e V

  • E.

    III, IV, V e VI

O Conselho Estadual aprovou por unanimidade, a Indicação no 08/97, que dispõe sobre o regime de progressão continuada no sistema de ensino do Estado de São Paulo. Esta aprovação unânime aconteceu porque entenderam os conselheiros que esta Indicação

I. atende às preocupações da nova LDB e reconhecem a complexidade e a amplitude das alterações propostas.

II. permite às escolas a adoção de formas de progressão parcial ao longo dos ciclos, independente da seqüência do currículo.

III. recomenda o amplo debate na rede e com a comunidade antes de sua efetiva implantação.

IV. reconhece que a implantação da proposta depende, fundamentalmente, da competência pedagógica das escolas.

Estão corretas APENAS as afirmativas

  • A.

    III e IV

  • B.

    II, III e IV

  • C.

    II e IV

  • D.

    I e III

  • E.

    I, II, e III

A implantação da organização em ciclos exige segundo Sandra Zákia debates em torno das concepções e práticas de avaliação nas instituições escolares. No entanto,

  • A.

    aquisição e produção do conhecimento, que envolva a discussão sobre as finalidades da educação escolar."

  • B.

    planejamento de aulas com atividades mais significativas para os aluno."

  • C.

    disciplinamento escolar, que não obrigue o uso de avaliações classificatórias sistemáticas para se manter o controle dos alunos."

  • D.

    formação do professor, tornando-o apto a realizar a sua prática educativa, a partir de sólida formação teóricoprática."

  • E.

    organização administrativa da escola e, respectivamente de novo conceito de supervisão escolar."

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