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Na verdade, esses professores, ao resistirem a uma mudança que não corresponda às suas condições materiais de trabalho, acabam definindo, dentro de um espaço fora do controle do Estado - a sala de aula - o que se deve ensinar.
Segundo João Baptista Bastos, o plano prioritário da escola é o de gestão; no entanto, as condições materiais desumanas do trabalho escolar podem gerar
não só o conformismo, mas também sentimento de impotência dos educadores.
contraditoriamente, a construção de um projeto pedagógico adequado à realidade dos alunos.
um trabalho coletivo, mas corporativista pois consegue envolver somente parte dos professores.
principalmente, um projeto pedagógico de má qualidade pela falta de competitividade.
o descompromisso de professores com baixa capacidade técnica de ensinar.
Para abordar o ofício de professor de modo mais concreto, Philippe Perrenoud faz uso de um inventário de competências que contribuem para redelinear a atividade docente. Reconhece que são múltiplos os significados atribuídos à noção de competência e esclarece que se orienta pelo significado de competência como
representação da realidade que construímos ao sabor de nossas experiências.
um conjunto de esquemas lógicos, resultante de um alto nível de abstração.
capacidade de implementação racional de conhecimentos procedimentais.
capacidade de mobilizar recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação.
um saber conhecer, saber fazer, saber conviver e um saber ser.
Segundo José Carlos Libâneo, a primeira condição para se realizar um planejamento é saber com segurança a
grade de conteúdos que se irá ensinar aos alunos.
metodologia de trabalho a ser adotada em sala de aula.
organização disciplinar de cada série e o perfil dos professores.
direção que queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade.
noção do que é plano, planejamento, programa e projeto e suas etapas.
Muitos são os canais que nos permitem entender a escola e os movimento de renovação pedagógica, mas sob a visão humanística traçada por Miguel Arroyo, o melhor caminho é
retomar a história da escola, de seus componentes e problemas.
dialogar com professores e professoras, entender seu percurso e práticas.
estudar as políticas educacionais e as condições institucionais de ensino.
recolocar o que se aprende no centro das questões pedagógicas.
estudar a profissionalização do ofício de professor, suas competências e habilidades.
Para Paulo Freire, ensinar é desafiar os educandos a que pensem sua prática, a partir da prática social, e com eles (os educandos), em busca dessa compreensão, estudar rigorosamente
os parâmetros curriculares nacionais.
a teoria da prática.
os conteúdos do núcleo comum dos currículos das escolas.
a metodologia dos conteúdos.
a dinâmica do mercado de trabalho.
"A gente se sente envergonhado quando vive num país que trata tão mal aqueles que se encarregam de educar nossos filhos."
Fernando Hernández, ao citar a frase acima, explicita que não é possível recriar a escola se não se modificam
as relações de trabalho dos professores que são obrigados a realizarem reuniões com os pais de seus alunos para discutir a questão da aprendizagem.
a mentalidade acomodada e a falta de capacidade propositiva dos professores.
as formas preconceituosas dos professores receberem as crianças pobres nas escolas.
o reconhecimento e as condições do trabalho dos professores.
o descaso do professor em relação à preparação de seu trabalho pedagógico e a falta de assiduidade.
Segundo Maria Teresa Mantoan, a adesão à inclusão exige dos educadores a compreensão de que os alunos são diferentes uns dos outros e que os ambientes inclusivos devem concorrer para estimular os alunos, em geral, a se comportarem
disciplinadamente, para que se possa desenvolver atividades iguais para todos os alunos.
naturalmente, para que o professor possa atender individualmente todas as dificuldades dos alunos.
passivamente, para que o professor possa desenvolver seu planejamento de aula.
espontaneamente, diante das dificuldades cognitivas, sem a preocupação constante de produção de conhecimento.
ativamente, diante dos desafios do meio escolar, abandonando os estereótipos, os condicionamentos, as dependências.
Gimeno Sacristán afirma que "a cultura escolar é mais que conteúdos", distinguindo duas concepções de currículo: a visão formal concebida como "a mera especificação em um documento, tão exaustiva de todos objetivos, áreas, conteúdos ou grandes temas e tópicos concretos que devem ser tratados na sala de aula" e a visão que denomina de "currículo real".
Segundo o autor, a análise do cotidiano escolar evidencia que o currículo real necessita
reconhecer o papel do conhecimento científico produzido pela sociedade.
trabalhar, sempre, a partir dos conhecimentos dos alunos e da comunidade escolar.
ampliar o significado da cultura escolar e perceber o currículo como o cruzamento de práticas diversas.
possibilitar que o aluno aprenda habilidades e competências e não conhecimentos.
desenvolver nos alunos as múltiplas aprendizagens necessárias ao mundo atual.
"Durante muito tempo a cultura escolar se configurou a partir da ênfase na questão da igualdade, o que significou, na prática, a afirmação da hegemonia da cultura ocidental européia e a ausência no currículo e em outras práticas presentes na escola de outras vozes, particularmente referidas às culturas originárias do continente, à cultura negra e de outros grupos marginalizados de nossas sociedades."
Um grande desafio que se coloca para a reinvenção da escola, segundo Vera Maria Candau,
é a confirmação do professor para que ele possa realizar uma escolha acertada de conteúdos significativos que o mercado exige.
é o novo papel da supervisão e sua competência de orientar a escola.
está vinculado ao Conselho de Escola na organização administrativa da escola.
é a melhoria da qualidade que se dará a partir da reorganização curricular.
se relaciona com a articulação entre igualdade e diferença.
Nos tempos modernos se buscou universalizar a Educação Escolar cuja característica central seria lidar com as questões do conhecimento e da formação de habilidades. A Educação, como formação humana, historicamente coube às famílias, às comunidades e às igrejas e ela foi perdendo a garantia de efetivação pela desintegração dessas instituições formadoras. A necessidade da formação humana, do sujeito ético, para o futuro da humanidade, subsumindo os conhecimentos e habilidades, leva Neidson Rodrigues a colocar a seguinte perspectiva:
cada vez mais a Escola exercerá ou poderá exercer o papel de formadora dos seres humanos, alargando suas finalidades tradicionais de lidar com conhecimentos e habilidades.
novas instituições devem se constituir num futuro próximo, ocupando esta lacuna deixada pelas famílias, comunidades e igrejas.
as famílias, as comunidades e as igrejas apresentarão uma "reação de recuperação" frente às necessidades de formação humana para a sobrevivência da espécie.
as novas igrejas, de forte apelo comunitário e ritual populista dividirão a incumbência educacional das novas gerações com o percentual de famílias que permanecerem estruturadas.
a escola assumirá progressivamente a formação humana, enquanto o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades consolidará um modelo autodidata, apoiado na revolução da informática.
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