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Ao avaliar a escrita do aprendente o psicopedagogo atém-se:
aos aspectos que auxiliem na compreensão da queixa formulada no início do processo diagnóstico;
aos erros, corrigindo-os como se fosse uma prova que valesse nota e da qual dependesse o aprendente para ser promovido de uma série para a outra;
apenas à má caligrafia do aprendente e à falta de estética do texto escrito;
somente ao número de vezes que o aprendente usou a borracha, para avaliar-lhe a dependência deste material;
especialmente à força com que o aprendente segura o lápis e com isso verificar o desgaste do material utilizado.
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Ao avaliar a leitura, o psicopedagogo deve explorar:
apenas um tipo de leitura escolhido pelo profissional, mas que contenha os elementos básicos para uma avaliação segura;
leitura recreativa (histórias), leitura informativa (regras de jogos), enunciado dos problemas, desafios e questões diversas;
principalmente a leitura de poesias em forma de quadras, com rimas pobres, mas que sejam recreativas (histórias) e informativas (regras de jogos);
apenas leitura de trava-língua, inserindo o lúdico como desafio permanente;
textos com grandes gravuras, e apenas uma palavra, para forçar a leitura não-verbal em oposição à leitura linear.
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Ao avaliar a leitura em voz alta, o psicopedagogo verifica a:
pontuação e a respiração do aprendente, considerando o ritmo impresso à leitura;
troca de letras como dado de maior expressão, para encaminhar o aprendente a um especialista;
dificuldade em fazer a pontuação, como decorrência da falta de ritmo na leitura;
omissão de sílabas, como sintoma de problemas articulatórios graves;
entonação, a pontuação, a junção, a omissão e o deslocamento de letras, sílabas, palavras e frases.
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Ao final de uma leitura, o psicopedagogo necessita verificar se o aprendente compreende o texto, se é capaz de sintetizá-lo. Essa verificação pode ser feita por meio de:
dissertação, com um mínimo 40 linhas, sobre o assunto lido, na qual manifeste seu pensamento com clareza, coerência e concisão;
questionário de várias perguntas, respondido por escrito, retirando pontos caso ocorram erros de ortografia;
desafio lançado ao aprendente para que diga em apenas uma frase de que trata a história, o texto e, dialogando, verificar se é capaz de hierarquizar os fatos, se captou a seqüência temporal e se estabelece relação de causalidade;
desafio feito ao aprendente no sentido de responder oralmente a vasto questionário sobre o texto lido, cuidando para que as respostas reproduzam textualmente o que foi lido;
texto idêntico ao lido pelo aprendente, com lacunas em branco, que serão preenchidas com as palavras que faltam, devendo-se estipular um tempo de 3 segundos para cada lacuna.
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Segundo Maria Lúcia Lemme Weiss, "É preciso resgatar, desde o diagnóstico, o hábito de ler, criandose a idéia de atividade prazerosa". De acordo com o pensamento da autora, o psicopedagogo, ao avaliar a leitura deve:
selecionar textos complexos que obriguem o aprendente a forçar a capacidade de concentração;
selecionar textos do interesse do aprendente e adequados ao seu nível de escolaridade;
apresentar reportagens sobre economia internacional, como uma maneira de integrar o aprendente no processo de globalização;
oferecer aos adolescentes coletâneas de textos alusivos à adolescência no século XVI;
usar apenas revistas em quadrinhos, dispensando livros, crônicas e reportagens.
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A técnica diagnóstica "Hora do Jogo" geralmente é realizada com crianças até nove anos, pois depois dessa idade observamos que as crianças:
não conseguem mais abstrair o pensamento, envolvidos que estão na realidade concreta:
embora gostem da técnica, ainda não atingiram o nível mental que permita respostas corretas;
tornam-se desatentas e hiperativas, não se adequando a atividades que impeçam movimentos com gasto de energia;
preferem jogos de regras, e uma atividade superada pode torná-las confusas;
só têm interesse por jogos motores que despertam nelas a hiperatividade e a desconcentração.
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Segundo a autora da técnica diagnóstica "Hora do Jogo", quando o objetivo é diagnosticar problema de aprendizagem, o material utilizado é por excelência não figurativo porque:
o objetivo é prestar atenção apenas ao conteúdo projetivo, como uma forma consagrada e retransmissão de conteúdos;
é um material idêntico ao utilizado nas brincadeiras cotidianas realizadas por pais e filhos;
facilita a aproximação da criança com o terapeuta, num processo de identificação que culmina com um desabrochar de aptidões e emoções;
impede que a criança disperse a atenção, concentrando-a na atividade desenvolvida, para medir a capacidade de introspecção;
a finalidade é prestar atenção ao processo de construção do simbólico mais do que ao conteúdo projetivo que possa aparecer no trabalho.
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Ao elaborar a sessão diagnóstica a qual denominou "Hora do Jogo", Sara Pain adotou como material, uma caixa contendo:
paralelepípedos (blocos) de construção, cartões, fita adesiva, clips, tesouras, cordões, cartolina, papéis coloridos, tintas, esponjas, massa plástica e percevejos, eventualmente são acrescentadas miniaturas de personagens e animais;
cinqüenta e quatro miniaturas de animais, além de pregos, martelo, chave de fenda e vários outros materiais utilizados por adultos em seus trabalhos de artesanato;
cento e trinta cartões, dez varetas de madeira e vinte e sete fichas nas cores verde e vermelha;
material de sucata, jogos convencionais e dez varetas de madeira, além de material reciclável como latas, vidros e vasilhames de plástico;
miniaturas de objetos próprios da casa, como casinhas, caminhas, pequenos armários, cadeirinhas, joguinhos de estofados, sempre muito coloridos e alegres.
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Uma sessão lúdica distingue-se da sessão terapêutica porque:
no trabalho terapêutico o brincar implica infantilizar o aprendente, ao passo que no trabalho lúdico o brincar implica fazer o aprendente crescer e amadurecer;
a sessão lúdica diagnóstica é extremamente livre e a terapêutica é marcadamente limitadora;
na sessão terapêutica não há espaço para o lúdico, pois ela dispersa a atenção do aprendente;
na sessão lúdica o processo de brincar ocorre espontaneamente, e na terapêutica existem limites mais definidos, podem ser feitas intervenções provocadoras;
o lúdico, por suas condições favoráveis à espontaneidade e à liberdade, distorce o processo terapêutico.
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O processo lúdico é fundamental no trabalho psicopedagógico porque:
possibilita ao terapeuta conhecer a família do aprendente em suas condições ambientais;
é impossível realizar o trabalho sem a utilização dos jogos e brincadeiras;
no processo lúdico, estando a criança em interação com o outro e com o meio, dá-se a aprendizagem;
delimita nitidamente o aprender e o brincar, criando as condições ideais para o crescimento social;
faz que a criança viva plenamente a infância e, com isso, já possa ir se revelando como um adulto equilibrado e integrado.
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