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De acordo com Telma Weisz (2002), quando, numa atividade para verificar uma aprendizagem determinada, a maioria dos alunos vai mal, é certo que o professor não está acertando e precisa rever o seu encaminhamento. E, no caso da maioria dos alunos ir bem e alguns não, a conduta esperada da escola é
separar esses alunos do restante da classe, de modo que possam se estimular mutuamente sem a imposição do ritmo dos outros.
oferecer aos alunos outras atividades específicas, em classe ou em espaços alternativos, que possibilitem a superação de suas dificuldades.
deslocar esse professor para o atendimento especial a estes alunos que demonstram maior dificuldade de aprendizagem.
cuidar para que os mais lentos não atrapalhem o ritmo de aprendizagem dos mais rápidos, causando um prejuízo para toda a classe.
estipular um prazo para o professor trabalhar novamente com todos e propor uma atividade semelhante, verificando como vão os alunos.
A diferenciação pedagógica consiste em diversificar as atividades e as formas de agrupamento de tal maneira que todos sejam, simultaneamente, orientados em suas aprendizagens e acompanhados na conquista de sua autonomia. Ela é necessária porque
a riqueza da instituição escolar é a constituição de grupos nos quais se conjuguem direito à semelhança e direito à diferença, objetivos comuns de aprendizagem e acesso de cada um à capacidade de trabalhar e de pensar por si mesmo.
a qualidade de um trabalho pedagógico, o cuidado dedicado à sua elaboração, a precisão em sua execução não são, de modo algum, elementos suplementares que possibilitariam o acesso à inteligibilidade das coisas, a um verdadeiro conhecimento do mundo.
o trabalho escolar sempre comporta uma tarefa visível, quase sempre avaliada, mas que não é suficiente para explicar a natureza do trabalho intelectual esperado, que, por sua vez, deve favorecer a aprendizagem proposta.
a classe é um coletivo que deve dispor de momentos de trabalho comuns, o que não significa que se possa individualizar completamente o funcionamento de uma classe e a interação entre as pessoas requer que se construa uma linguagem compartilhada.
a sala de aula, no conjunto de suas atividades, é uma aprendizagem da democracia, que deve possibilitar aos alunos aprender a construir-se na sua individualidade e a definir as regras de convivência.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 56 e 57.
As redes sociais como Orkut e Facebook reúnem virtualmente, em torno das telas dos computadores, jovens e adolescentes que fazem usos mais ou menos interessantes das possibilidades que elas oferecem. Entre as questões que o uso dessas redes têm levantado está o imediatismo com que esses usuários se colocam e a pouca consciência que demonstram ao postar rapidamente aquilo que estão fazendo, pensando ou sentindo no momento. Usos indevidos das redes têm sido cenário de conflitos que repercutem fortemente nas escolas. Certa vez, um aluno de Ensino Médio criou um falso perfil no Orkut de um de seus professores e começou a interagir virtualmente com colegas da turma, com outros professores e até com familiares desse professor. Nesses contatos utilizou, em nome do docente, linguagem imprópria e fez comentários inadequados. Ninguém sabia quem era o responsável por isso.
A maneira com que os adolescentes se colocam nas redes sociais revela algumas vezes confusão e promiscuidade entre o espaço público e o privado. Esses casos preocupam educadores por remeter a uma ausência de limites que
dificulta a percepção dos obstáculos existentes, que precisam ser transpostos para se atingir a maturidade.
compromete a constituição da própria identidade, que está ligada ao exercício de sua intimidade, ao reconhecimento e ao respeito da individualidade do outro.
confunde os alunos a respeito do que é ou não moralmente pertinente pensar sobre seus colegas e professores.
estimula os jovens a uma maior descentralização, processo que não favorece o desenvolvimento do autoconhecimento.
propicia a internalização equivocada de fronteiras entre o eu e o outro que desestabilizam o processo de autonomia do sujeito.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 56 e 57.
As redes sociais como Orkut e Facebook reúnem virtualmente, em torno das telas dos computadores, jovens e adolescentes que fazem usos mais ou menos interessantes das possibilidades que elas oferecem. Entre as questões que o uso dessas redes têm levantado está o imediatismo com que esses usuários se colocam e a pouca consciência que demonstram ao postar rapidamente aquilo que estão fazendo, pensando ou sentindo no momento. Usos indevidos das redes têm sido cenário de conflitos que repercutem fortemente nas escolas. Certa vez, um aluno de Ensino Médio criou um falso perfil no Orkut de um de seus professores e começou a interagir virtualmente com colegas da turma, com outros professores e até com familiares desse professor. Nesses contatos utilizou, em nome do docente, linguagem imprópria e fez comentários inadequados. Ninguém sabia quem era o responsável por isso.
Diante dessa situação, a atuação mais adequada da escola seria
ignorar o acontecimento, por ter ocorrido fora do ambiente escolar, e esperar que a brincadeira terminasse por si mesma, evitando, assim, ampliar sua disseminação na escola.
denunciar para todos os alunos que tal prática equivale a crime e explicitar que caso os autores não se entregassem o caso seria levado para a polícia investigar e localizar os culpados.
atuar coletivamente de forma que todos os professores pudessem revelar sua indignação com o fato, promover debate sobre ética e, ao final, enfatizar que esperavam que o falso perfil fosse retirado.
convocar uma reunião de pais para relatar o que estava ocorrendo e pedir a parceira dos mesmos, indicando que deveriam proibir por algum tempo que seus filhos utilizassem computador.
entrevistar individualmente diferentes alunos procurando pistas ou denúncias que levassem ao autor, de modo a estabelecer algumas consequências que ele deveria assumir em função de seu ato.
Um professor de ensino médio comenta na sala dos professores: Acabei de fechar as médias. Ainda bem que quase todos meus alunos tiraram C, apesar de uma boa leva ter tirado D. A é mesmo para poucos. Esse tipo de observação revela uma concepção de avaliação restrita, preocupada principalmente em
discriminar alunos em condições ou não de acompanhar o próximo ano letivo.
identificar lacunas e causas de dificuldades de aprendizagem.
evidenciar os resultados alcançados ao longo de um período de aprendizagem.
replanejar o trabalho pedagógico em função dos acertos e erros percebidos.
favorecer o desenvolvimento da capacidade de se autoavaliar.
O professor de Psicologia do Ensino Médio chega animado à sala de aula após preparar uma aula em que relaciona uma obra literária, lida pelos alunos com o professor de literatura, e a teoria psicanalítica, que pretende apresentar a seus alunos. Fica desapontado ao perceber que os alunos não se envolvem com a questão. Diante do desinteresse e da falta de motivação explicitada pelos alunos, o professor deve
chamar a atenção da classe pela falta de compromisso dos jovens com a própria educação e pela falta de respeito com o trabalho docente, pedindo silêncio para continuar seu trabalho.
seguir conforme o planejado nesse momento e, nas aulas seguintes, procurar desenvolver atividades mais leves e prazerosas, capazes de motivar de imediato seus alunos.
perguntar aos alunos por que estão desinteressados, mostrar-se disposto a ouvi-los e promover uma ampla discussão sobre a função da escola e seu papel na formação dos jovens cidadãos.
lançar desafios para que os alunos levantem hipóteses ora sobre o texto lido, ora sobre psicanálise e, ao construírem respostas que as articulem, explicitar seus objetivos com essa aula.
procurar refazer seu planejamento no curso da aula e apresentar, de forma clara, as definições de alguns conceitos da psicanálise.
As propostas de trabalho em sala de aula e as atividades planejadas pelos professores precisam adquirir valor pedagógico. De acordo com Telma Weisz (2002), uma das condições importantes para que isso se efetive é
o planejamento das aulas em consonância com o PPP (projeto político pedagógico) da escola e o atendimento aos objetivos de ensino em relação aos conteúdos curriculares pre-viamente determinados pela coordenação.
a preparação do material pedagógico com o cuidado de eliminar todas as questões e dúvidas que possam surgir para os alunos, facilitando a absorção dos conteúdos.
a organização de atividades consistentes que incidam sempre sobre o cotidiano dos alunos, atendo-se ao universo que eles conhecem bem.
o trabalho em grupo que facilita a aprendizagem entre pares e garante que, com o auxílio do colega, todos concluam a atividade proposta.
a elaboração de situações de modo que os alunos mobilizem diferentes conhecimentos e ideias para pensar sobre o que está sendo ensinado.
Milhares de crianças são atendidas por psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, pediatras e outros profissionais que desenvolvem várias formas de avaliar, atender e tratar as crianças que fracassam [na escola] (Machado, apud Aquino, 1997).
O fenômeno descrito neste texto chama a atenção para a
carência cultural e afetiva de grande parte da população, que se vê forçada a recorrer a especialistas para supri-las e viabilizar a aprendizagem das crianças.
competência da escola em lidar com as diferenças, os diversos de ritmos de aprendizagem e as questões disciplinares de seu cotidiano.
importância de se cuidar bem de nossas crianças, oferecendo a elas a oportunidade de serem avaliadas por múltiplos profissionais.
parceria produtiva que deveria ser mais orgânica entre os sistema de ensino e de saúde que atendem as crianças e jovens do País.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 50 e 51.
A professora de história do 2º ano do Ensino Médio se surpreende positivamente com a capacidade de análise e crítica de seus alunos em discussão sobre filme que aborda dilemas morais e pessoais durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final da aula, no entanto, ela vê os mesmos alunos brincando de virar do avesso a mochila de alguns colegas e fica perplexa com a situação.
A adolescência se caracteriza pela dualidade que tem, como um de seus exemplos, a situação relatada no texto. As especificidades desse período do desenvolvimento são
herdadas das sociedades tribais que, por não reservarem um período determinado para a adolescência, acabam por infantilizar os jovens adultos.
construídas culturalmente em sociedades que, por seu estilo de desenvolvimento, necessitam estender o período de preparação para a vida adulta.
desenvolvidas em função da dificuldade dos pais de, por identificação com os filhos, acatarem o rompimento necessário ao seu amadurecimento.
estabelecidas arbitrariamente, por conta das constantes oscilações de humor típicas dessa faixa etária, em todos os tipos de sociedade.
marcadas por uma incompreensão da sociedade, dados os descontroles próprios dessa fase, até que os rituais de passagem sejam completados.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 50 e 51.
A professora de história do 2º ano do Ensino Médio se surpreende positivamente com a capacidade de análise e crítica de seus alunos em discussão sobre filme que aborda dilemas morais e pessoais durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final da aula, no entanto, ela vê os mesmos alunos brincando de virar do avesso a mochila de alguns colegas e fica perplexa com a situação.
A perplexidade inicial da professora levou-a a compreender que o mais adequado para lidar com os adolescentes seria
lançar mão de postura típica de educador que lida com crianças, de forma a marcar discordância com a infantilidade do ato.
manter sempre a interlocução em um nível intelectual elevado, para que os alunos não se sintam tratados como crianças.
reconhecer a ambiguidade dessa etapa da vida humana e fornecer parâmetros de adequação, buscando utilizar uma linguagem que seja compreendida por eles e os estimule.
estabelecer limites claros tanto para as transgressões adolescentes quanto para suas conjecturas intelectuais, ainda imaturas e onipotentes.
centrar-se exclusivamente nos conteúdos de história, não dando margens para muita reflexão que disperse e abra espaço para brincadeiras em aula.
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