Questões de Psicologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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O Procon de São Paulo criou um atendimento especial para pessoas com problemas graves com dívidas. O serviço não ficou restrito apenas a dicas financeiras e apoio jurídico: em alguns casos de descontrole financeiro, os consumidores foram orientados para avaliação e tratamento psicológico e/ou psiquiátrico, em uma parceria firmada com o Hospital das Clínicas de São Paulo. Do ponto de vista psicopatológico, analise as afirmativas a seguir.

I. O comprar compulsivo tem sido comumente classificado como um transtorno do controle dos impulsos.

II. O comprar compulsivo pode estar associado à fase maníaca do transtorno afetivo bipolar.

III. Os grupos de autoajuda para devedores compulsivos reconhecem nessa condição uma similaridade com outros transtornos de dependência.

IV. atribuir causas emocionais ao endividamento compulsivo é patologizar os problemas macroeconômicos.

Assinale:

  • A. se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.
  • B. se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.
  • C. se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras.
  • D. se somente as afirmativas I, II e III forem verdadeiras.
  • E. se somente as afirmativas I, III e IV forem verdadeiras.

Sidney Shine no livro Avaliação Psicológica e Lei escreve que “A avaliação psicológica em contexto forense ou jurídico precisa ser reconhecida pelo que ela é: uma modalidade específica de avaliação com características intrínsecas ao seu objeto e objetivo”. Em comparação com a avaliação psicológica no contexto clínico, a especificidade da avaliação psicológica no contexto jurídico é determinada pelo (a):

  • A. uso de testes psicológicos projetivos e pela realização de entrevistas com parentes ou pessoas próximas do sujeito sob avaliação;
  • B. produção de um registro documental decorrente da avaliação realizada;
  • C. implicação de um terceiro na relação de trabalho entre o psicólogo e o sujeito;
  • D. busca voluntária pela avaliação psicodiagnóstica;
  • E. desinteresse do sujeito na determinação do resultado da avaliação.

De acordo com a psicóloga do TJ Glícia Barbosa de Mattos Brazil, “enquanto muitas crianças vítimas de violência sexual sofrem sem conseguir denunciar o agressor, dezenas de registros de falsos abusos chegam à Justiça anualmente. Nas 13 Varas de Família da Capital (RJ), por exemplo, 80% das denúncias são falsas.”

A notícia publicada em um jornal do Rio de Janeiro chama a atenção para

  • A. as falsas alegações de abandono afetivo com o propósito de inversão da guarda de filhos.
  • B. o despreparo das equipes multidisciplinares para o diagnóstico da alienação parental dos abusadores.
  • C. a implantação de falsas memórias em disputas litigiosas de guarda e visitação de filhos.
  • D. a judicialização das separações conjugais em famílias com filhos menores.
  • E. a necessidade de redefinir violência sexual para incluir abusos sexuais sem contato físico.

No ano de 2014, o país assistiu estarrecido às revelações sobre a trama que resultou na morte do menino Bernardo Boldrini. “A promotora de justiça Dinamárcia Maciel relembrou o momento em que Bernardo foi até o Ministério Público pedir para que tirassem sua guarda do pai. (...) Em audiência em 31 de janeiro, no entanto, o pai Leandro entrou em consenso com a Justiça e prometeu dar a Bernardo a chave de casa, um cachorro e outros pedidos, além da promessa de melhorar o ambiente familiar. “Ele disse que ia tentar se reconciliar com o filho. Mas contra psicopatas não há rede de prevenção imune”, salientou Dinamárcia.” (Fonte: g1.globo.com)

São características do transtorno de personalidade antissocial:

  • A. a teatralidade nas emoções e a hipersensibilidade às críticas;
  • B. a falta de empatia e a superficialidade emocional;
  • C. a tendência ao isolamento e a afetividade limitada;
  • D. os sentimentos crônicos de vazio e a impulsividade;
  • E. as desconfianças infundadas e a falta de remorso.

O psicodrama criado por Jacob Levy Moreno pode ser definido como um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. As diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação foram pensadas por Moreno em relação com sua Teoria do Desenvolvimento dos Papéis. Cada uma delas cumpre uma função que corresponde também a uma etapa do desenvolvimento psíquico. A etapa em que há o Reconhecimento do Tu corresponde à técnica:

  • A. do duplo;
  • B. do espelho;
  • C. da inversão de papéis;
  • D. do solilóquio;
  • E. do silêncio.

“Entende-se que o vínculo emocional entre pais e filhos não decorre do modo de filiação e que as famílias adotivas também estabelecem vínculos com seus filhos tanto quanto as famílias biológicas. Entretanto (há) situações em que tal premissa não pôde ser confirmada, pois, apesar da convivência estabelecida, as crianças não foram acolhidas como filhos, ocorrendo uma desistência dos requerentes no processo de adoção em curso. Esses casos têm sido classificados como devolução de crianças.” (Pinho, P. G. R. Devolução: Quando as Crianças Não se Tornam Filhos. Guia de Adoção. São Paulo: Roca. 2014).

Sobre a devolução de crianças em processos de adoção, é correto afirmar que:

  • A. em casos justificados, comprovados por estudo técnico circunstanciado, a adoção é revogável;
  • B. crianças devolvidas não podem mais ser adotadas no país e passam a integrar o cadastro internacional de adoção;
  • C. crianças mais velhas e adolescentes mantêm a vinculação à família de origem e não se adaptam às famílias substitutas;
  • D. os pretendentes podem ter dificuldades em se implicar nos problemas de adaptação da criança real, culpabilizando-a pelo fracasso da relação;
  • E. os pretendentes podem ter dificuldades em se implicar nos problemas de adaptação da criança real, culpabilizando-a pelo fracasso da relação;

A juíza Adriana Ramos de Mello, titular do Iº Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher, foi a vencedora da 11ª edição do Prêmio Innovare, na categoria juiz. A magistrada concorreu com o Projeto Violeta, em vigor no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que tem como objetivo garantir a segurança e a proteção máxima das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, acelerando o acesso à Justiça daquelas que estão com sua integridade física e até mesmo com a vida em risco.

Considerando o disposto na Lei Maria da Penha no tocante à atuação da equipe multidisciplinar nesses Juizados, é correto afirmar que:

  • A. na comprovação da prática de traição conjugal pela agredida, a equipe multidisciplinar atuará no sentido da justiça restaurativa, estimulando o perdão do agressor e a retirada da queixa pela ofendida;
  • B. a equipe multidisciplinar do Juizado indicará as entidades governamentais ou não governamentais que serão beneficiadas com as cestas básicas ou multas aplicadas ao agressor e fiscalizará sua entrega;
  • C. as hipóteses de violência psicológica e moral deverão ser submetidas à perícia prévia pela equipe multidisciplinar, podendo o juiz, em caso de confirmação, aplicar a pena de advertência ao agressor;
  • D. confirmada a violência familiar contra a mulher, caberá ao Juiz de Família aplicar ao agressor a medida de suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar;
  • E. a equipe de atendimento multidisciplinar poderá desenvolver trabalhos de orientação voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um dos problemas de saúde mental mais associados à vitimização por violência. Ele atinge crianças, adolescentes e adultos após experiência pessoal, testemunho ou conhecimento de eventos que põem em risco a vida ou a integridade física, própria ou de outros. Apesar da alta prevalência do TEPT na população geral, nem todas as pessoas que experienciam um mesmo evento traumático desenvolvem o transtorno.

Estudos sobre os fatores de risco e de proteção para o desenvolvimento do TEPT revelam que:

  • A. intervenções psicoterápicas após o evento estressor concorrem para a prevenção do desenvolvimento do TEPT;
  • B. estratégias cognitivas e comportamentais de evitação das lembranças constituem fatores de proteção;
  • C. a resiliência e o precário apoio social após o trauma são fatores de risco no desenvolvimento dos sintomas desadaptativos;
  • D. a exposição a situações traumáticas prévias diminui o impacto do trauma e é um fator de proteção para o TEPT;
  • E. existe um risco maior de desenvolvimento do TEPT na população vítima de desastres naturais na comparação com a violência urbana.

“As primeiras referências à utilização do discurso “psi” na sociedade brasileira datam das primeiras décadas do século XX, pouco após a criação do Juízo de Menores, em 1923, e da promulgação do Código de menores de 1927. (...) É digno de nota que (...) estivesse representada a nata da sociedade brasileira (...), por seu intermédio a sociedade foi apresentada às teorias mais avançadas da época.” (SANTOS, E. P. S. Desconstruindo a menoridade: a psicologia e a produção da categoria menor. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011). Naquele contexto social, a psicanálise foi valorizada como um saber:

  • A. importante pela valorização da singularidade e reconhecimento da diferença humana;
  • B. útil para os programas de eugenia e para o controle e transformação dos indivíduos;
  • C. valioso pela descoberta do inconsciente e de suas repercussões na personalidade;
  • D. imprescindível para compreensão do processo de desenvolvimento psicossexual infantil;
  • E. fundamental para entendimento dos processos oníricos como manifestação dos desejos.

“Os conhecimentos que construímos estão embebidos no contexto temporal, cultural, espacial em que são criados e, assim, considera-se que as formações da subjetividade não podem ser compreendidas desligadas da formação social na qual se constituem.” (MANCEBO, D. Indivíduo e Psicologia. In JACÓ-VILELA, A. (org.) Psicologia Social: abordagens sócio-históricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999).

Na perspectiva histórica, a Psicologia Jurídica constituiu-se como:

  • A. um saber centrado principalmente na práxis do psicodiagnóstico;
  • B. um conhecimento crítico acerca da realidade sociopolítica e econômica;
  • C. um instrumento de introspecção e descoberta da singularidade;
  • D. um campo experimental acerca do funcionamento institucional e educacional
  • E. uma área de investigação dos processos oníricos e inconscientes do psiquismo humano.
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