Questões de Psicologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Em Homossexualidade e Adoção (2007), Uziel destaca que os novos modelos de família não são absorvidos pelos profissionais da justiça, que ainda fazem referência ao modelo biológico. Daí decorre o medo em relação à adoção por homossexuais ou lésbicas que, por sua vez, põem em questão a adequação ilusória entre procriação e parentesco. A reticência de tais profissionais deve-se a diversos preconceitos, já derrubados por pesquisas. Ao contrário dos preconceitos predominantes na área, os estudos comparativos atestam que:

I - Não existem diferenças significativas na escolha de objeto sexual tanto por parte de filhos de casais homossexuais quanto de heterossexuais.

II - Existem outros elementos importantes na vida das crianças, entre os quais, a tranquilidade, que varia em função do tipo e do grau de atrito entre os pais, sejam homossexuais ou heterossexuais.

III - Não há tendência a se reconhecer na parceira da mãe a figura do “pai”, mas outra mãe ou uma irmã mais velha.

IV - Mães homossexuais se empenham para que seus filhos tenham contatos sociais variados.

V - Entre gays e lésbicas é mais costumeiro contar com o apoio de amigos que entre heterossexuais.

Está correto o que se afirma em:

  • A. somente I, II e III;
  • B. somente I, II, III e IV;
  • C. somente I, II, IV e V;
  • D. somente II, III, IV e V;
  • E. I, II, III, IV e V.

A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi o termo proposto por Richard Gardner, na década de 80, para descrever os casos em que a criança ou o adolescente são programados a repudiar o genitor alvo da alienação por sentimento de mágoa, ressentimento ou vingança do genitor dito alienador. Sobre a SAP, é correto afirmar que:

  • A. o alienador coloca-se como emocionalmente forte, fazendo com que a prole se alinhe em seu favor e contra o outro genitor;
  • B. nas situações de falsa denúncia de abuso sexual, o alienador tende a ficar desapontado ao saber que a criança não foi violentada;
  • C. a campanha denegritória contra o genitor alvo da alienação inicia-se depois da separação, não sendo configurada como tal durante a união conjugal;
  • D. os conflitos de lealdade exclusiva podem ocorrer em todas as idades, mas os filhos de 9 a 13 anos de idade são mais flexíveis em seus julgamentos morais;
  • E. dentre os padrões de comportamento do alienador, há o de viajar sem os filhos e deixá-los com outras pessoas que não o outro genitor, mesmo que isso seja justificado.

Ricardo está separado há cerca de dois anos de Patrícia, que possui a guarda exclusiva de seus dois filhos. Ele possui o ‘direito de visita’ em finais de semana quinzenais. Mas, ultimamente, o filho mais velho vem manifestando vontade de permanecer mais tempo em sua companhia. Com efeito, Ricardo ajuizou uma ação de guarda compartilhada, cujo pedido foi contestado pela outra parte, alegando que seu interesse era tão somente diminuir a pensão alimentícia. Patrícia também argumenta que Ricardo não possui carteira assinada, portanto, sem estabilidade financeira. Por fim, ela ressalta que a vontade de conviver por mais tempo com o pai é de apenas um dos filhos e não do outro. O caso foi encaminhado para avaliação psicológica.

Considerando que ao psicólogo cabe não apenas avaliar, mas também mediar, encaminhar, orientar e prestar esclarecimentos, o correto seria o profissional esclarecer às partes que:

  • A. uma vez definida a guarda, ela não poderá mais ser modificada, salvo em casos excepcionalíssimos;
  • B. o pedido de guarda compartilhada é o melhor caminho para a revisão da pensão, já que passará a ser dividida meio a meio;
  • C. o fato de não haver acordo entre as partes impede o exercício da guarda compartilhada, sendo mais indicada, nesse caso, a guarda exclusiva;
  • D. a ausência de emprego fixo pode gerar instabilidade financeira, sendo, no caso acima, impeditivo para a guarda;
  • E. mesmo que os irmãos manifestem vontades distintas, o ideal é que eles estejam sempre juntos e não haja diferenciação entre eles.

Ao desenvolver o complexo de Édipo e situar a bissexualidade nos fundamentos da libido, Freud organiza a posição sexuada, homem e mulher, de acordo com a dialética daquilo que Lacan chama de significante da falta, a saber:

  • A. o Nome do Pai;
  • B. o simbólico;
  • C. a fantasia;
  • D. a estrutura;
  • E. o falo.

As consequências da violência doméstica contra a criança podem assumir várias formas, tanto em quantidade quanto em intensidade, embora seja difícil determinar precisamente o impacto produzido sobre ela. A esse respeito, é INCORRETO afirmar que:

  • A. a violência praticada por um desconhecido tende a produzir menos dano para a criança do que aquela cujo autor é parente próximo;
  • B. o auxílio de profissionais especializados ou a intervenção de operadores do direito são fatores que contribuem para reduzir o dano oriundo da violência;
  • C. o apoio que a criança recebe por parte de outros familiares significativos tende a minimizar os efeitos do ato violento;
  • D. o afastamento da criança do lar doméstico elimina o prejuízo emocional decorrente da violência;
  • E. um elevado grau de autoestima da criança tende a neutralizar os efeitos adversos da violência.

A Terapia Cognitivo-Comportamental baseia-se na premissa de que tanto no funcionamento normal do ser humano quanto no funcionamento patológico existe a inter-relação entre cognição, emoção e comportamento. De acordo com esse modelo de terapia:

  • A. para alcançar mudanças duradouras, as crenças nucleares disfuncionais devem ser identificadas e então questionadas e modificadas;
  • B. as crenças subjacentes são conceitos enraizados e fundamentais que o sujeito constrói sobre si próprio e sobre o mundo;
  • C. pensamentos automáticos são cognições inconscientes verbais e visuais de difícil manejo terapêutico, demandando o uso de técnicas como hipnose e regressão;
  • D. o uso de técnicas inspiradas na psicanálise clássica, como a interpretação da transferência e das resistências, promove insights e modificação comportamental;
  • E. pensamentos disfuncionais devem ser modificados através de condicionamento para a aquisição e aprendizagem de novos comportamentos.

O depoimento judicial de crianças e adolescentes, especialmente no caso de violência sexual, é assunto polêmico, rebatido em diversas oportunidades por vários especialistas, assim como pelo Conselho Federal de Psicologia. Entre os argumentos mais conhecidos contrários ao chamado depoimento sem dano ou depoimento especial de crianças, é correto afirmar que:

  • A. a vitimização secundária causa fundamentalmente menos prejuízo do que a primária, cabendo dar prioridade a essa última;
  • B. o depoimento judicial desrespeita a vontade da criança em manter o silêncio, confundindo o direito de expressão com a obrigação de depor;
  • C. o psicólogo exerce ações compatíveis com sua prática científica e ética profissional, sendo incoerente a presença de outros profissionais na realização das mesmas tarefas;
  • D. as questões da criança enquanto vítima são idênticas às da criança enquanto testemunha de crime, sendo redundante o depoimento em mais de uma ocasião;
  • E. a penalização do autor do delito não gera necessariamente efeito positivo à vítima e a seus familiares, devendo esses últimos fazerem terapia no intercurso do processo judicial.

Uma equipe de cinco pessoas é responsável por projetos de grande complexidade. Cada um é especialista em sua área de atuação e as decisões acerca do trabalho a ser realizado exigem interação e troca de ideias, e muitas vezes surgem conflitos entre os membros da equipe. Nas situações de conflito, observa-se que o gerente intervém buscando fazer com que cada um “ceda um pouco”, de forma a construir um compromisso para as ações futuras. A abordagem de administração de conflitos utilizada pelo gerente é:

  • A. colaboração;
  • B. não enfrentamento;
  • C. concessão;
  • D. acomodação;
  • E. competição.

Um estagiário foi contratado pela empresa em que trabalhava, assumindo o cargo de analista, mas desempenhando as mesmas atribuições de antes. A partir do momento em que assumiu o cargo, tornou-se mais sério e contido em sua expressão verbal, passou a usar roupas de cor sóbria e se afastou dos demais estagiários com quem costumava almoçar. Seu chefe perguntou a razão dessas mudanças, e o estagiário respondeu “- Não sou mais um estagiário, devo me comportar de acordo com o meu cargo e minha responsabilidade”. Isso sugere que houve, por parte do estagiário, uma mudança de:

  • A. comprometimento normativo;
  • B. expectativa de papel;
  • C. percepção de papel;
  • D. norma de desempenho;
  • E. norma de comportamento.

Uma empresa atua em um ambiente de forte concorrência, adotando estratégia de negócio prospectiva e ofensiva. Nesse contexto, a estratégia de recursos humanos relativa ao treinamento e desenvolvimento de pessoas deve estar voltada para:

  • A. treinamento específico e comparação de habilidades;
  • B. treinamento genérico e comparação de habilidades;
  • C. treinamento individual e construção de habilidades;
  • D. treinamento específico e construção de habilidades;
  • E. treinamento genérico e construção de habilidades.
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