Questões de Serviço Social do ano 2005

Na área da saúde, a partir da Constituição Federal de 1988, novas demandas surgiram para o assistente social relacionadas às ações técnico-políticas discutidas com entidades populares que tratam das questões da saúde, no sentido de encontrar propostas conjuntas de enfrentamento dos problemas evidenciados. Tais demandas advêm dos canais institucionais de participação, normatizados em 1991, denominados:

• A.

  conselhos políticos executivos, deliberativos e consultivos.

• B.

  conselhos municipal, estadual e nacional

• C.

  fóruns de entidades regionais e nacional.

• D.

  fóruns de participação popular, locais, regionais e nacional.

• E.

  fóruns de entidades locais e conselhos inter-regionais.

A "Sociedade-Providência" no Brasil tem como lógica

• A.

  a rede de solidariedade.

• B.

  o direito proclamado e adquirido.

• C.

  o direito e as normas.

• D.

  a rede de prestação de serviços.

• E.

  a defesa e a proteção social.

Uma das grandes reclamações da população quanto à saúde é a dificuldade de atendimento em ambulatórios de especialidades, sobretudo quando se trata de doenças crônicas. Este fato implica que a população enfrente longas filas durante as madrugadas, ou que muitas vezes espere por meses a consulta especializada que necessita. Como Assistente Social você foi indicado para acompanhar um movimento reivindicatório no sentido de melhor eficiência e eficácia neste atendimento. Em qual dos príncípios e diretrizes o movimento deve se pautar para sustentar tal reivindicação?

• A.

  Universalidade de acesso aos serviços de saúde e capacidade de solução dos serviços em todos os níveis de assistência.

• B.

  Definição de instâncias e mecanismos de controle técnico e especializado junto aos serviços de saúde.

• C.

  A legitimidade da criação de comissões intersetoriais de acompanhamento das ações do Sistema Único de Saúde.

• D.

  Integração dos serviços em nível executivo de ações de saúde e organização de um sistema de avaliação e acompanhamento.

• E.

  Participação popular no processo de formulação e execução das políticas de saúde e estabelecimento de prioridades de acordo com a realidade local.

Uma das diretrizes das políticas sociais setoriais (saúde, assistência social e educação) na atualidade é a gestão democrática. Tais políticas são operacionalizadas por instituições prestadoras de serviço tanto governamentais como não governamentais. Nesse sentido, a democratização da gestão no interior dessas instituições passa a ser um aspecto fundamental para o qual faz-se necessário:

• A.

  uso dos recursos institucionais de forma normatizada, critérios claros de elegibilidade e participação dos usuários.

• B.

  economia no uso dos recursos, critérios claros de elegibilidade, acesso universal e direito à fala de todos.

• C.

  transparência no uso dos recursos, participação nos processos decisórios e socialização de informações.

• D.

  acesso universal, participação nos processos decisórios e garantia de estrutura hierarquizada e verticalizada.

• E.

  implantação de novos programas, fim do conceito de concessão de benefícios e socialização de informações.

A respeito da política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas, elaborada em 2003, pode-se afirmar corretamente que:

• A.

  tem um forte conteúdo repressivo.

• B.

  colide com os pressupostos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

• C.

  propõe o fim dos Centros de Atenção Psicossocial.

• D.

  se apóia num modelo assistencial hospitalocêntrico.

• E.

  é compatível com os princípios da política de Saúde Mental vigente.

Estudos recentes sobre a questão da saúde dos trabalhadores acentuam que, à diferença dos enfoques tradicionais, a sua abordagem contemporânea privilegia o(a):

• A.

  ambulatório como cenário e o trabalhador como objeto.

• B.

  hospital como cenário e o médico como ator principal.

• C.

  dimensão estritamente técnica do papel dos profissionais de saúde.

• D.

  promoção da saúde e o papel técnico-político dos profissionais da saúde.

• E.

  prevenção da doença e o papel técnico-político dos profissionais da saúde.

Sobre o conceito de saúde do trabalhador, pode-se afirmar corretamente que:

• A.

  se propõe a superar as visões e práticas anteriores dos modelos "Medicina do Trabalho" e "Saúde Ocupacional".

• B.

  se funda nas concepções do Comitê Misto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial de Saúde (OMS)/Genebra, 1950.

• C.

  define um campo de ação profissional monopolizado pela ação médica.

• D.

  minimiza as condições materiais e sociopolíticas em que se insere o trabalhador.

• E.

  nada deve aos debates que, nos anos 70 e 80 do século XX, contrapuseram as concepções de Saúde Pública e Saúde Coletiva.

No Brasil, a assistência social, como direito e parte integrante da seguridade social, instaura-se:

• A.

  a partir da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

• B.

  a partir da Constituição Federal de 1988.

• C.

  com as garantias ao trabalho surgidas durante o Estado Novo (1937-1945).

• D.

  com a criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

• E.

  com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

O Sistema Único de Saúde tem assumido um papel ativo na reorientação de estratégias e modos de cuidar, tratar e acompanhar a saúde individual e coletiva e tem sido capaz de provocar importantes mudanças nas estratégias e modos de ensinar e aprender. Acerca de políticas de educação e desenvolvimento para a saúde, julgue os itens seguintes. As denominadas capacitações tradicionais, ou a educação aplicada concretamente ao trabalho, devem ser totalmente substituídas pela educação que pensa o trabalho de forma independente.

• C. Certo
• E. Errado

A alfabetização de jovens e adultos, articulada diretamente ao aumento da escolaridade deles, e à promoção do acesso à educação como um direito de todos em qualquer momento da vida é considerada um passo importante para a cidadania. Acerca desse tema, julgue os itens que se seguem. Em meados do século passado, a UNESCO definia como analfabeto um indivíduo que não conseguia ler ou escrever algo simples. Hoje, a UNESCO adota o conceito de analfabeto funcional: uma pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever frases simples, não possui as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente.

• C. Certo
• E. Errado