Questões de Serviço Social da Fundação Universa (FUNIVERSA)

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As visitas domiciliares sob a intervenção do assistente social facilitam a ligação multissetorial entre a família, assistentes sociais, equipe e recursos institucionais, cujas ações conjuntas são destinadas a aumentar a qualidade de vida dos usuários. Assim, para a profissão, o uso dessa técnica de intervenção exige uma fundamentação teórica e prática que garanta a qualidade da visita domiciliar. Assinale a alternativa correta quanto à visita domiciliar.

  • A.

    A visita realizada por assistentes sociais e outros profissionais assemelha-se pelos objetivos e pelos encaminhamentos compartilhados.

  • B.

    A realização da visita implica o recurso do profissional aos seus conhecimentos acerca de entrevistas e a capacidade de observação como instrumento disponível para leitura da realidade próxima.

  • C.

    A visita domiciliar dá-se exclusivamente pela demanda institucional.

  • D.

    A visita domiciliar não deve ser planejada antes de ser realizada.

  • E.

    A visita domiciliar é carregada de intenções, sendo indispensável a neutralidade do profissional, pois é nas ações realizadas pelo profissional que se pode perceber a consistência de sua formação teórica, metodológica e do seu compromisso eticopolítico.

A atuação do assistente social na política de saúde exige a compreensão dos aspectos sociais, econômicos e culturais relacionados ao processo saúde/doença, e cabe ao serviço social propor ações estratégicas como uma necessidade para a superação, reforçando o direito social à saúde. À luz dos elementos constituintes do documento Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de saúde, assinale a alternativa que corresponde à(s) ação(ões) socioeducativa(s) realizada(s) pelos assistentes sociais no campo da saúde.

  • A.

    Mobilizar os usuários e suas famílias e incentivá-los a participar do controle democrático dos serviços prestados.

  • B.

    Controlar a participação dos usuários e dos familiares na luta por melhores condições de vida, de trabalho e de acesso aos serviços de saúde.

  • C.

    Contribuir para viabilizar a participação de usuários e familiares no processo de elaboração, planejamento e avaliação nas unidades de saúde e na política local, regional, municipal, estadual e nacional de saúde.

  • D.

    Criar e(ou) fortalecer os espaços coletivos de participação dos usuários nas instituições de saúde por meio da instituição de conselhos gestores de unidades e outras modalidades de aprofundamento do controle democrático.

  • E.

    Montar processo e preencher formulários para viabilização de tratamento fora de domicílio (TFD), medicação de alto custo e fornecimento de equipamentos (órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção) bem como a dispensação desses equipamentos.

O assistente social precisa debater o significado da humanização com a equipe, a fim de evitar compreensões distorcidas que levem a uma percepção romântica e(ou) residual da atuação, focalizando as ações somente na escuta e na redução de tensão. A concepção de humanização, na perspectiva ampliada, permite aos profissionais analisarem os determinantes sociais do processo saúde-doença, as condições de trabalho, o modelo assistencial e o de gestão. Nessa direção, cabe aos profissionais desencadearem um processo de discussão, com a participação dos usuários, para a revisão do projeto da unidade de saúde, das rotinas dos serviços e rupturas com o modelo centrado na doença (CFESS, 2010). Considerando essas informações, é correto afirmar que é(são) ação(ões) de articulação dos assistentes sociais na equipe de saúde:

  • A.

    marcação de consultas e exames bem como solicitação de autorização para tais procedimentos aos setores competentes.

  • B.

    identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar.

  • C.

    avaliação das questões sociofamiliares que envolvem o usuário e(ou) sua família, buscando favorecer a participação de ambos no tratamento de saúde proposto pela equipe.

  • D.

    convocação do responsável para informar a respeito de alta e de óbito.

  • E.

    pesagem e medição de crianças e gestantes.

Os parâmetros para a atuação do assistente social na política da saúde visam expressar a totalidade das ações que são desenvolvidas pelos assistentes sociais na saúde, considerando a particularidade das ações desenvolvidas nos programas de saúde bem como na atenção de básica, média e de alta complexidade em saúde. A respeito desse assunto, a(s) principal(is) ação(ões) a ser(em) desenvolvida(s) pelo assistente social é(são)

  • A.

    facilitar e possibilitar o acesso dos usuários aos serviços bem como garantir direitos na esfera da seguridade social por meio da criação de mecanismos e rotinas de ação.

  • B.

    reclamar com relação à qualidade do atendimento e(ou) ao não atendimento (relações com a equipe, falta de medicamentos e exames diagnósticos, ausência de referência e contrarreferência institucional, baixa cobertura das ações preventivas, entre outros problemas).

  • C.

    compreender o tratamento indicado e a falta de condições para a realização do tratamento, devido ao preço do medicamento prescrito, ao transporte urbano necessário para o acesso à unidade de saúde, ou à incompatibilidade do horário de tratamento com aquele destinado ao trabalho dos usuários.

  • D.

    combater a desigualdade na distribuição e na cobertura dos serviços de saúde, nos municípios e entre os municípios, obrigando a população a ter de fazer grandes deslocamentos para conseguir acesso aos serviços.

  • E.

    enfrentar o agravamento das situações de morbidade e mortalidade por doenças passíveis de prevenção.

O documento intitulado Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de saúde é o resultado da manifestação de vários atores da categoria profissional, no sentido de sistematizar as atribuições profissionais nesse campo vasto, diverso e responsável por empregar grande parte dos assistentes sociais brasileiros. Nesse sentido, pensar e realizar uma atuação competente e crítica do serviço social na área da saúde consiste em

  • A.

    estar desarticulado e sintonizado relativamente ao movimento dos trabalhadores e de usuários que lutam pela real efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS).

  • B.

    conhecer as condições de vida e de trabalho dos usuários, em detrimento dos determinantes sociais que interferem no processo saúde-doença.

  • C.

    estimular a intersetorialidade, tendo em vista a busca de ações que fortaleçam a articulação entre as políticas de seguridade social, superando a fragmentação dos serviços e do atendimento às necessidades sociais.

  • D.

    facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde da instituição e da rede de serviços e direitos sociais, bem como, de forma compromissada e criativa, submeter a operacionalização de seu trabalho aos rearranjos propostos pelos governos que descaracterizam a proposta original do SUS de direito, ou seja, aquela contida no projeto de reforma sanitária.

  • E.

    buscar a necessária atuação em equipe, tendo em vista a transdisciplinaridade da atenção em saúde.

Assinale a alternativa que apresenta uma das ações comuns realizadas pelos assistentes sociais nos programas de saúde, como diabetes e hipertensão.

  • A.

    Controle dos abandonos, com maior enfoque nos registros dos casos de abandono que na possibilidade do retorno do usuário ao programa.

  • B.

    Atendimento ininterrupto dos usuários pelo assistente social, em grupo, visto que os outros profissionais partilham do trabalho em equipe.

  • C.

    Encaminhamento para a realização de cirurgias complementares não existentes na unidade onde se realiza o programa.

  • D.

    Anotação de informações relativas aos inscritos, com posterior registro pelo auxiliar administrativo dos casos confirmados no programa.

  • E.

    Providências clínicas das seringas e da insulina para repasse ao paciente.

Ana Maria Vasconcelos, ao investigar o cotidiano, a formação e as alternativas da prática profissional do assistente social no campo da saúde, constata a diversidade de demandas dirigidas a esse profissional. Conforme essa autora, é correto afirmar que não constitui(em) demanda institucional predominante, quando da liberação do paciente pelo médico,

  • A.

    contato e preparação da família para receber o paciente em casa.

  • B.

    orientação acerca da continuação do tratamento.

  • C.

    apoio e orientação para o sepultamento.

  • D.

    providências relacionadas ao transporte para casa.

  • E.

    preparação da alta.

O Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil foi elaborado com base na mobilização de atores da sociedade civil organizada em encontro realizado em Natal, no ano de 2000. O plano, por ter esse recorte da participação da sociedade civil como fundamento da sua construção, coloca a articulação e a mobilização como eixos estruturantes que conduzem as diretrizes de políticas, programas, projetos e serviços de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil. Com relação a esse plano, assinale a alternativa correta.

  • A.

    A prevenção ao tráfico de pessoas constitui um eixo determinante.

  • B.

    A responsabilização das vítimas compõe um eixo fundamental.

  • C.

    A prevenção como eixo estratégico visa efetuar e garantir o atendimento especializado, e em rede, às crianças e aos adolescentes em situação de violência sexual e às suas famílias, por profissionais especializados e capacitados.

  • D.

    A análise da situação determina como eixo estratégico do plano fortalecer as articulações nacionais, regionais e locais de combate, para a eliminação da violência sexual; comprometer a sociedade civil no enfrentamento dessa problemática; divulgar o posicionamento do Brasil em relação ao sexo-turismo e ao tráfico para fins sexuais; e avaliar os impactos e os resultados das ações de mobilização.

  • E.

    protagonismo infantojuvenil como eixo estruturante visa promover a participação ativa de crianças e adolescentes pela defesa de seus direitos e comprometê-los com o monitoramento da execução do plano nacional.

É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e dos serviços, para prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. A prevenção e a manutenção da saúde do idoso devem ser efetivadas por meio de ações de promoção, prevenção e atendimento em saúde. Assinale a alternativa que não se refere às estratégias de prevenção e manutenção da saúde do idoso, conforme disposto na Política Nacional e no Estatuto do Idoso.

  • A.

    Atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios.

  • B.

    Pesquisa e investigação das condições de vida da população idosa em base territorial.

  • C.

    Unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social.

  • D.

    Atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, especialmente para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, no meio urbano e no rural.

  • E.

    Reabilitação orientada pela geriatria e pela gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde.

O Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) prevê medidas para atender à demanda de recursos humanos indispensáveis para dar conta dos desafios da assistência à saúde no contexto do sistema prisional. Assinale a alternativa correta a respeito do PNSSP.

  • A.

    As equipes têm como atribuições fundamentais o planejamento de ações, saúde, promoção e vigilância, e o trabalho multidisciplinar das equipes.

  • B.

    Nas unidades prisionais com mais de 500 presos, a equipe técnica mínima, para atenção de até 1.000 pessoas presas, obedecerá a uma jornada de trabalho de 20 horas semanais.

  • C.

    As equipes do sistema de saúde prisional devem ser compostas por médico, enfermeiro, odontólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, auxiliar de enfermagem e auxiliar de consultório dentário.

  • D.

    Os hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, manicômios judiciários e sanatórios penais devem possuir uma equipe multidisciplinar constituída por médicos (várias especialidades), enfermeiro, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social.

  • E.

    Os estabelecimentos com menos de 100 presos não terão equipes exclusivas. O atendimento será realizado no próprio estabelecimento por profissionais da secretaria municipal de saúde, com respeito à composição da equipe e com carga horária mínima de quatro horas semanais.

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