Questões de Serviço Social da FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO)

Um fenômeno que, a partir dos anos 90, referenciou uma clara partilha entre Estado, iniciativa privada e sociedade civil, que conjugou um frágil Estado-Providência com uma forte Sociedade-Providência, no Brasil e na América Latina, denominou-se

• A. Organização Solidária.
• B. Estado de sobrevivência.
• C. Política Social ressocializadora.
• D. Welfare Mix.
• E. Microsolidariedade.

"A implantação do Serviço Social se dá no decorrer [do] processo histórico. (...) sua legitimação diz respeito apenas a grupos e fracos restritos das classes dominantes em sua origem e, logo em seguida, ao conjunto das classes dominantes. Sua especificidade maior está, pois, na ausência quase total de uma demanda a partir das classes e grupos a que se destina prioritariamente." (CARVALHO e IAMAMOTO, 2001: 129). De acordo com os autores, a gênese do Serviço Social no Brasil é marcada pela

• A.

  negociação

• B.

  emancipação feminina.

• C.

  República Velha.

• D.

  imposição.

• E.

  demanda popular.

O Serviço Social tem na "questão social" a sua base de requisição profissional. A entrada do neoliberalismo, no cenário mundial, provocou, segundo Iamamoto (2001),

• A.

  a radicalização da "questão social".

• B.

  a erradicação da "questão social".

• C.

  o surgimento de uma nova "questão social".

• D.

  a minimização da "questão social".

• E.

  uma relativização da "questão social".

Segundo Chuairi (2001), são atribuições do assistente social, no campo sócio-jurídico

• A.

  fornecer assistência jurídica para as questões que envolvam atos infracionais praticados por crianças e adolescentes.

• B.

  prestar atendimento a grupos sociais específicos, resolvendo suas situações de litígio mediante intervenção direta.

• C.

  realizar perícias e estudos sociais, bem como informações e pareceres da área de sua competência, em consonância com os princípios de sua profissão.

• D. realizar triagem socioeconômica e situacional dos usuários, a fim de evitar o acesso desnecessário de demandas aos advogados.
• E.

  atuar nos conflitos familiares como árbitro, respaldado pela sua formação teórica e pelas diretrizes jurídicas institucionais.

O neoliberalismo e a reestruturação produtiva, para se efetivarem plenamente, exigem a reconfiguração das políticas sociais, notadamente aquelas instituídas durante a “era de ouro” do capitalismo. Em seu lugar, assiste-se, globalmente, a sua substituição por programas de transferência de renda, que como características,

• A.

  possuem sua centralidade na universalidade de direitos e na distribuição equitativa de serviços.

• B.

  são condicionados à situação de ausência ou baixa renda e são completivos e/ou substitutivos aos salários.

• C.

  proporcionam o acesso à educação, à saúde e ao mercado de trabalho.

• D.

  são transitórios, pois sua finalidade é a distribuição de renda e o fim das desigualdades sociais.

• E. visam a emancipação dos trabalhadores, a partir de sua inserção em programas de requalificação profissional.

A política econômica implementada pelo governo Lula da Silva provocou a exponenciação da “questão social”, manifestada por uma desigualdade social crescente. Para enfrentar esse quadro, o Estado

• A.

  amplia os direitos trabalhistas.

• B.

  promove a assistencialização dos direitos sociais.

• C.

  viabiliza recursos financeiros para políticas sociais universalistas.

• D.

  reforça a participação dos movimentos sociais.

• E.

  institui a taxação das grandes fortunas.

A construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social tem seu marco inicial no início dos anos 1980, em consonância com o processo de abertura política brasileira e com as deliberações tomadas no chamado “Congresso da virada” do Serviço Social. Foi nesse contexto que a primeira condição para a construção desse projeto se pôs. Trata-se, então, da recusa e crítica

• A.

  à interdisciplinaridade.

• B.

  ao conhecimento teórico.

• C.

  ao pluralismo acadêmico.

• D.

  ao conservadorismo profissional.

• E.

  à prática profissional institucional.

A crise mundial do capitalismo dos anos 1970 teve, como uma das saídas para sua superação, a instauração da reestruturação produtiva, que se caracteriza, fundamentalmente, pela tentativa de substituição do padrão fordista de produção. São características do fordismo

• A.

  produção em massa, linha de montagem, trabalho parcelar.

• B.

  desconcentração produtiva, mercado segmentado, redução da planta industrial.

• C.

  desindustrialização, superexploração dos trabalhadores, trabalho informal.

• D.

  desemprego estrutural, sindicalismo de empresa, produtivismo.

• E.

  produção sob demanda, estoque mínimo, trabalhador multifuncional.

Ao tratar da autonomia do assistente social na condução do seu exercício profissional na contemporaneidade, Iamamoto (2007) afirma que ela é

• A.

  total, pois a Lei de Regulamentação da Profissão garante a sua efetivação.

• B.

  relativa, uma vez que depende de sua legitimação pela população usuária de seus serviços.

• C.

  limitada pelo Código Civil brasileiro.

• D.

  condicionada à aprovação das Comissões de Ética do conjunto CFESS/CRESS.

• E.

  tensionada pela compra e venda da sua força de trabalho especializada a diferentes empregadores.

Para o Serviço Social, a década de 1980 caracteriza-se pela emergência de profissionais diretamente vinculados à pesquisa e à produção de conhecimentos, com uma produção acadêmica de orientação nitidamente marxista. São temáticas representativas deste período a(o)

• A.

  cultura, reforma agrária e urbanização.

• B.

  gênero, terceira idade e Movimento de Reconceituação.

• C.

  justiça, cidadania e direitos humanos.

• D.

  reforma da Previdência, neoliberalismo e Estado.

• E. democracia, teoria e metodologia, movimentos sociais.