Questões de Comunicação Social da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Primeiro a estudar sistematicamente as organizações burocráticas ou formais, o sociólogo Max Weber dedicou-se aos conceitos de poder, autoridade e legitimidade. Para esse autor, um dos três tipos fundamentais de dominação é o carisma, no qual a obediência dos seguidores se deve:

  • A.

    ao respeito pelas orientações do comando, segundo usos e costumes.

  • B.

    à crença no direito de dar ordens concentrado na figura da autoridade.

  • C.

    ao reconhecimento de um talento inato para o exercício da liderança.

  • D.

    à devoção pelo líder, cujas qualidades o tornam admirado.

  • E.

    à identificação com características impessoais e atitudes informais.

Para as publicações institucionais impressas, defende-se o uso da reportagem como principal gênero jornalístico, devido ao(à):

  • A.

    durabilidade, pois é construída de modo a aprofundar uma situação ou fato, possibilitando sua leitura muito depois de publicada sem ficar desatualizada.

  • B.

    profundidade, pois devido ao espaço ocupado, anula a necessidade de editoriais e de noticiário interno.

  • C.

    parcialidade, pois apresenta de maneira isenta a visão institucional acerca de um fato ou situação.

  • D.

    tamanho do texto, pois ocupa pouco espaço nas páginas, o que representa economia no tempo e nos custos de produção.

  • E.

    facilidade de produção, podendo basear-se unicamente em pesquisas documentais e contatos telefônicos ou por email.

Um dos efeitos sociais da mídia mais discutidos na atualidade é conhecido como hipótese do agenda setting.

Assinale a afirmativa que se relacione diretamente a esse conceito.

  • A.

    Numa sociedade midiatizada, a principal parcela de responsabilidade social caberá sempre aos meios de comunicação coletivos, mas o público tem a obrigação básica de dar a conhecer claramente suas necessidades e seus desejos.

  • B.

    Quando se trata de assuntos polêmicos, como escândalos envolvendo autoridades, crianças abandonadas, trabalho escravo ou prostituição infantil, predomina nos veículos dirigidos a públicos amplos o discurso ideológico da reificação.

  • C.

    As imposições organizativas e estruturais próprias dos diferentes meios de comunicação caracterizam suas expressões técnicas e determinam a maneira como cada um deles reproduz ou representa a realidade social numa dada conjuntura.

  • D.

    O repentino aumento no número de crimes reportados pelos noticiários é capaz de levar o público e as autoridades a considerarem a criminalidade como um tema importante, ainda que não se verifique variação estatística relativa a delitos.

  • E.

    Só o compromisso com as causas sociais permite manter e ampliar as vantagens e potencialidades positivas da comunicação de massa, impedindo abusos como o desrespeito a direitos privados e o desprezo por interesses humanos vitais.

O modelo teórico do newsmaking pressupõe que os produtos midiáticos informativos:

  • A.

    são como são porque a realidade assim os determina.

  • B.

    têm, acima de tudo, o dever de informar a verdade.

  • C.

    não refletem a realidade, mas ajudam a construí-la.

  • D.

    não coíbem intenções individuais de manipulação.

  • E.

    não mantêm mais vínculos com a realidade exterior.

Para Margarida Kunsch, comunicação integrada é “uma filosofia que direciona a convergência das diversas áreas, permitindo uma atuação sinérgica. Pressupõe uma junção da comunicação institucional, da comunicação mercadológica e da comunicação administrativa, que formam o mix, o composto da comunicação organizacional” (KUNSCH, 2002). Segundo essa autora, são elementos da comunicação institucional:

  • A.

    promoção de vendas e propaganda institucional.

  • B.

    comunicação interna e venda pessoal.

  • C.

    promoção de vendas e fluxo formal de comunicação.

  • D.

    fluxo informal de comunicação e marketing direto.

  • E.

    jornalismo empresarial e marketing social.

A comunicação de massa apresenta ao menos quatro características essenciais. São elas:

  • A.

    planejamento feito de uma programação especializada de modo a atingir sobretudo a públicos urbanos; valorização da expressão reiterada de emoções primárias; pré-definição de valores econômicos associados a objetos, simbólicos ou não; ampla oferta de produtos destinados a recepção e consumo segmentados.

  • B.

    coletivização de formas de produção de bens simbólicos; relações institucionais estabelecidas com finalidade publicitária, comercial e ideológica; programação voltada para a satisfação individual, imediata e conspícua, proporcionando estratégias de consumo; emprego de táticas de persuasão ou sedução para consumidores de baixa renda.

  • C.

    dependência absoluta de insumos tecnológicos de última geração para promoção mercadológica; planejamento de campanhas publicitárias para promoção de produtos a distintos públicos; elaboração original de mensagens para difusão tecnicamente regulada; estímulo proporcionado a todo tipo de manifestação simbólica.

  • D.

    homogeneização de padrões de produção de bens culturais; preferência evidente por expressões típicas da cultura popular nacional; incentivo dado a uma visão político-social de ordem crítica por parte do público; segmentação de um público-alvo para inequívoca obtenção de elevados índices de audiência.

  • E.

    elaboração de conteúdos e proposição formais destinados a um consumo cotidiano por parte de um público amplo; decidida mercantilização de formas simbólicas; dissociação estruturalmente relevante entre a produção padronizada de mensagens e sua recepção; constante reiteração, mantendo-se sempre a mesma coisa em oferta.

Nesse trecho, Thompson faz referência à obra de Marshall McLuhan e a sua concepção de que:

  • A.

    os meios de comunicação são extensões do homem, potencializando ações de democratização na emissão de conteúdos informacionais.

  • B.

    os meios quentes, que permitem maior participação do receptor, são mais propícios para configurar uma mensagem persuasiva.

  • C.

    que a internet transformou o mundo numa aldeia global propícia à transmissão de conteúdo massificado.

  • D.

    a publicidade independente do meio de veiculação e é a estratégia mais eficiente para fomentar a transformação social.

  • E.

    o meio é a mensagem, pois é ele que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas.

Em boa parte das organizações, a informação flui internamente tanto por redes formais quanto informais de comunicação.

Pode-se afirmar que, numa empresa, pertence à rede informal de comunicação:

  • A.

    o clipping.

  • B.

    o canal interno de televisão.

  • C.

    a “rádio-peão”.

  • D.

    o release.

  • E.

    a intranet.

“Mãe é mãe, não é genitora. Quem volta não regressa. Doença não é enfermidade. Não use expressões como ‘segundo informou o mesmo’ ou ‘disse que o mesmo não estava’. Abraço não é amplexo. Deitado de costas não é decúbito dorsal. (ERBOLATO, 1991, p. 127).

Com base nesse trecho, conclui-se que o autor de Técnicas de Codificação em Jornalismo condena:

  • A.

    a precisão na escolha dos termos.

  • B.

    a concisão no texto.

  • C.

    o pernosticismo de expressões.

  • D.

    o uso de palavras que tornem o texto mais coloquial.

  • E.

    o uso do dicionário para redação do texto jornalístico.

O conceito de fait-divers, introduzido pelo semiólogo Roland Barthes, pode ser entendido no contexto referente ao sensacionalismo presente nos meios de comunicação.

Em relação ao conceito de fait-divers, assinale a afirmativa correta.

  • A.

    Desperta o interesse do receptor, a partir de seu repertório cultural, oferecendo um cenário sensacional com diversas opiniões sobre um mesmo assunto de interesse público.

  • B.

    Aborda escândalos, curiosidades e bizarrices como uma informação total, dispensando o conhecimento prévio para ser consumido e não remetendo a nada além dela mesma.

  • C.

    É um signo que, devido à alta carga informacional, necessita do contexto sociocultural para ser interpretado, atraindo o receptor para notícias relevantes historicamente.

  • D.

    Configura-se como uma informação parcial, que desperta a curiosidade do receptor no sentido de completá-la a partir da interação com o veículo noticioso.

  • E.

    Dá oportunidade ao receptor de tornar-se produtor da notícia, visto que trata de assuntos ligados à criminalidade em locais onde jornalistas não são bem-vindos.

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