Questões de Direito Civil da Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE)

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A respeito da boa-fé, julgue os itens a seguir.

I      A boa-fé objetiva recomenda a verificação da vontade aparente das partes em um contrato.

II     Não é possível que uma pessoa aja com boa-fé subjetiva, desprovida de boa-fé objetiva.

III   Por se tratar de regra de conduta, a boa-fé objetiva da parte é analisada externamente.

IV A boa-fé objetiva, apesar de desempenhar importante papel de paradigma interpretativo do negócio jurídico, não é fonte de obrigação.

V    A boa-fé objetiva impõe deveres laterais aos negócios jurídicos, ainda que não haja previsão expressa das partes.

 

Estão certos apenas os itens

  • A.

    I, II e IV.

  • B.

    I, III e V.

  • C.

    I, IV e V.

  • D.

    II, III e IV.

  • E.

    II, III e V.

No que se refere a perdas e danos, assinale a opção correta.

  • A.

    Na responsabilidade contratual, a distinção entre culpa e dolo, para fins de indenização, será irrelevante conforme a natureza do contrato.

  • B.

    O Código Civil adota a teoria da equivalência dos antecedentes causais, para fins de indenização.

  • C.

    Lucro cessante corresponde ao ganho que provavelmente ingressaria no patrimônio do lesado.

  • D.

    A indenização pela perda da chance exige a probabilidade objetiva de que o resultado em expectativa ocorreria.

  • E.

    A teoria da diferença consiste em avaliar o dano tomando em consideração o patrimônio do ofensor.

Acerca do processo civil brasileiro, julgue os itens subsequentes. No que tange à usucapião especial urbana, é correto afirmar que, via de regra, o condomínio instituído por força da ação de usucapião especial coletiva é indivisível, não sendo passível de extinção.

  • C. Certo
  • E. Errado

         A respeito da aplicabilidade da Lei de Introdução ao Código Civil, julgue os próximos itens.

I     O sistema da obrigatoriedade simultânea regula a obrigatoriedade da lei no país, a qual entra em vigor, em todo o território nacional, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se não haver disposição em contrário.

II    O juiz não pode deixar de decidir quando a lei for omissa, devendo atentar para os fins sociais a que ela se dirige e julgar o caso de acordo com esses fins, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.

III   Publicada uma lei, caso o juiz constate que houve erro na definição de determinado objeto, poderá corrigi-lo mediante interpretação analógica.

IV   Publicada lei nova, os atos praticados durante a vacatio legis de conformidade com a lei antiga terão validade, ainda que destinados a evitar os efeitos da lei nova.

 

Estão certos apenas os itens

  • A.

    I e III.

  • B.

    I e IV.

  • C.

    II e III.

  • D.

    I, II e IV.

  • E.

    II, III e IV.

Acerca da Lei de Introdução ao Código Civil, no que se refere a analogia, costumes, jurisprudência, interpretação das normas jurídicas e princípios gerais de direito, assinale a opção correta.

  • A.

    Não é absoluto o princípio que postula que ninguém deve escusar-se cumprir a lei alegando que não a conhece, pois há casos em que a lei admite a existência do erro de direito como causa determinante da invalidade de um negócio jurídico.

  • B.

    A função social da posse, prevista no Código Civil brasileiro — Lei n. o 10.406/2002 —, tipifica o princípio da eticidade, o qual proclama a compatibilização dos valores técnicos com os valores éticos, como mecanismo não só de imposição de limites, mas também de estabelecimento de deveres implícitos nas relações jurídicas patrimoniais.

  • C.

    Na interpretação de normas jurídicas, ao se tomar como parâmetro a sua finalidade objetivamente declarada, de modo a adaptá-la continuamente às novas exigências sociais, aplica-se exclusivamente o método lógico.

  • D.

    A integração extensiva da norma pressupõe a ausência de lei disciplinadora da matéria, de modo que o juiz deverá aplicar ao caso concreto a norma jurídica prevista para situação semelhante, dada a identidade de razões ou de finalidade.

  • E.

    A derrogação é a revogação total da lei em vigor.

Com referência à disciplina da condição imposta nos negócios jurídicos, assinale a opção correta.

  • A.

    A incerteza é elemento imprescindível à condição e deve apresentar-se sob a forma subjetiva.

  • B.

    A condição simplesmente potestativa torna anulável o negócio jurídico, pois não se verifica o elemento incerteza.

  • C.

    Sendo suspensiva, a condição impossível é tida por inexistente, não havendo anulação do negócio jurídico.

  • D.

    Em contratos de execução periódica, em regra, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc.

  • E.

    A ocorrência de evento futuro e incerto que caracterize a condição pode consistir em uma possível autorização legislativa.

           Duas pessoas maiores e capazes resolveram entabular um negócio de compra e venda de um imóvel avaliado em R$ 1.000.000,00, documentando o ato por meio de instrumento particular. Posteriormente, falecido o vendedor, os seus herdeiros apontaram a invalidade do ato por impropriedade da forma, tendo argumentado o comprador que, ainda assim, o ato poderia ser considerado uma promessa irretratável de compra e venda, uma vez presentes os requisitos para isso.

Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.

  • A.

    Na situação em tela, ausente a lesão a interesse público ou de terceiros, o vício descrito seria sanável, o que poderia resultar na convalidação do ato, de modo a preservar a sua validade como promessa de compra e venda.

  • B.

    Na situação descrita, verifica-se vício em uma das partes do negócio, que pode ser separada das demais ainda válidas, de modo que essas últimas possam ser preservadas para o fim de conservar o ato de transmissão.

  • C.

    Caso os herdeiros não tivessem questionado a validade do negócio descrito, mesmo cientes de seu vício, ocorreriam sua confirmação tácita e a consequente preservação da sua validade.

  • D.

    Apesar de prestigiar o princípio da conservação dos atos jurídicos, o Código Civil não previu meio de conservar negócios eivados de nulidade, como o descrito.

  • E.

    Sendo evidente a intenção do vendedor de transmitir direitos ao comprador, é possível admitir a conversão substancial do negócio nulo em promessa de compra e venda.

A respeito dos elementos, dos defeitos e da validade dos atos jurídicos, assinale a opção correta.

  • A.

    A conversão substancial do negócio jurídico é meio jurídico capaz de sanar sua invalidade absoluta.

  • B.

    Se o adquirente de determinado bem ignorava o estado de insolvência do alienante, tal negócio não será passível de anulação por fraude contra credores.

  • C.

    Embora haja significativas diferenças entre nulidade e anulabilidade, ambas são reconhecidas por meio de ação desconstitutiva.

  • D.

    Se comprovada a inexperiência do contratante, a lesão restará configurada ainda que a desproporcionalidade entre as prestações que incumbem às partes seja superveniente.

  • E.

    A consequência da inserção de termo inicial ou suspensivo no contrato é o adiamento da aquisição do direito.

Assinale a opção que não se configura cláusula especial nos contratos de compra e venda.

  • A.

    retrovenda

  • B.

    venda sobre documentos

  • C.

    venda a contento

  • D.

    venda ad mensuram

                       Marcelo, filho de Joana e Lauro, após realizar uma ressonância magnética, teve diagnóstico de câncer de pulmão. Com isso, Lauro, no dia seguinte, vendeu seu apartamento pela metade do preço de mercado, a fim de levar seu filho para fazer tratamento em renomado hospital nos Estados Unidos da América. Lá chegando, foram informados de que o diagnóstico fora equivocado. Ao retornar ao Brasil, Lauro procurou um advogado que lhe informou acerca da possibilidade de ser anulado o negócio jurídico relativo à venda do imóvel.

Nessa situação hipotética, a anulação da venda do imóvel se justifica por motivo de

  • A.

    erro.

  • B.

    estado de perigo.

  • C.

    lesão.

  • D.

    onerosidade excessiva.

  • E.

    estado de necessidade.

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