Questões de Direito Processual Penal da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Miguel cometeu crime de difamação contra Vitor e está respondendo uma ação penal privada movida pelo ofendido (querelante), que tramita perante uma das varas criminais da comarca de Macapá. Miguel, o querelado, poderá se retratar cabalmente e, neste caso,

  • A.

    ficará isento da pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença e contar com a anuência expressa do querelante.

  • B.

    terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da sentença.

  • C.

    ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença.

  • D.

    ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes da sentença.

  • E.

    terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da sentença e contar com a anuência expressa do querelante.

Se a ação penal pública não tiver sido proposta pelo Ministério Público no prazo legal, poderá, subsidiariamente, ajuizá-la

  • A.

    qualquer do povo, interessado ou não na punição do acusado.

  • B.

    o juiz, de ofício.

  • C.

    o ofendido ou quem tenha qualidade para representá-lo.

  • D.

    o juiz, mediante representação do ofendido.

  • E.

    qualquer do povo, desde que tenha interesse na punição do acusado.

A respeito dos auxiliares da justiça, considere:

I. As partes poderão intervir na nomeação de peritos, indicando nomes para o exercício dessa função.

II. Não poderão ser peritos os que tiverem prestado depoimento no processo.

III. Não poderão ser peritos os que tiverem opinado anteriormente sobre o objeto da perícia.

IV. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.

Está correto o que consta SOMENTE em

  • A.

    II e IV.

  • B.

    I, II e IV.

  • C.

    I e III.

  • D.

    II, III e IV.

  • E.

    II e III.

A representação

  • A.

    pode ser exercida a qualquer tempo, enquanto não estiver prescrita a ação penal.

  • B.

    pode ser dirigida à autoridade policial, ao representante do Ministério Público, ou ao juiz.

  • C.

    é condição de procedibilidade de toda ação penal pública.

  • D.

    pode ser formulada por membro da família do ofendido se este, mesmo sendo maior e capaz, não desejar exercer esse direito.

  • E.

    poderá sofrer retratação por parte de quem a formulou até o trânsito em julgado da sentença.

No que concerne à prisão, nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal, é certo que.

  • A.

    o Juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 10 anos de idade, sem deficiência.

  • B.

    a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante, mas nesse caso, com o condutor, deverá assiná-lo pelo menos uma pessoa que haja testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

  • C.

    quando o acusado se recusar a assinar o Auto de Prisão em Flagrante, a Autoridade Policial deverá certificar o ocorrido e a sua assinatura goza de fé pública e confere legitimidade ao ato.

  • D.

    a prisão preventiva é admitida no caso de crime envolvendo violência doméstica e familiar contra idoso, para assegurar a execução das medidas protetivas de urgência, desde que punido com reclusão.

  • E.

    a Defensoria Pública deverá receber cópia integral do Auto de Prisão em Flagrante dentro de 24 horas depois da prisão, se o autuado não declinar o nome de seu advogado.

Ricardo, funcionário público, responde a processo criminal em liberdade, acusado de praticar crime de prevaricação. No curso do processo, após instauração de incidente de sanidade mental, os peritos concluem pela semi-imputabilidade do agente. Neste caso, o juiz

  • A.

    não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça.

  • B.

    poderá determinar a internação provisória do acusado, havendo risco de reiteração da conduta.

  • C.

    não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o laudo concluiu que ele é semi-imputável, sendo necessário aguardar o desfecho da ação penal para eventual internação.

  • D.

    poderá determinar a internação provisória do acusado, pelo prazo máximo de sessenta dias, havendo risco de reiteração da conduta.

  • E.

    não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque a pena mínima cominada ao crime não é igual ou superior a quatro anos.

Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é

  • A.

    pública condicionada à representação do ofendido.

  • B.

    privada exclusiva.

  • C.

    pública incondicionada.

  • D.

    privada personalíssima.

  • E.

    pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.

No que concerne às provas, considere:

I. Quando a infração deixar vestígios, a confissão do acusado poderá suprir o exame de corpo de delito, direto ou indireto.

II. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

III. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.

Está correto o que consta SOMENTE em

  • A.

    I e III.

  • B.

    I e II.

  • C.

    II e III.

  • D.

    I.

  • E.

    III.

A lei processual penal

  • A.

    não admite aplicação analógica nem interpretação extensiva.

  • B.

    admite interpretação extensiva, mas não aplicação analógica.

  • C.

    aplica-se desde logo, invalidando-se os atos praticados sob a vigência da lei anterior menos benéfica.

  • D.

    não admite suplemento dos princípios gerais do direito.

  • E.

    admite interpretação extensiva.

Em uma ação penal privada, o querelante deixou de formular pedido de condenação nas alegações finais, limitando- se a pedir que seja feita justiça. Nesse caso,

  • A.

    só poderá condenar o réu se houver pedido de condenação por parte do Ministério Público.

  • B.

    o juiz poderá condenar o querelado, se for essa a sua convicção.

  • C.

    deverá absolver o querelado, em razão da ausência de pedido expresso de condenação pelo querelante.

  • D.

    o juiz deverá considerar perempta a ação penal.

  • E.

    poderá absolver o réu, se for essa a sua convicção e houver pedido expresso nesse sentido pelo Ministério Público.

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