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"Há um consenso entre os professores que as noções temporais são básicas para a construção do tempo histórico e que essa é uma aprendizagem complexa, dado o grau de abstração que exige." (Bergamaschi, 2000). É INCORRETO afirmar que:
A percepção de um tempo homogêneo, uniforme e contínuo, dado o seu caráter universal, é básica para a correta percepção dos processos históricos.
Compete ao professor de História, discutir as diversas formas de representação do tempo em diferentes momentos históricos e em distintas sociedades.
Convém que a discussão sobre as formas pelas quais são realizadas as operações de periodização (em "idades", "eras", "fases" ou outros recortes temporais) seja uma das preocupações constantes dos professores de História.
É importante que os professores de História trabalhem, com seus alunos, aspectos fundamentais da dimensão temporal, como a sucessão, a duração e a simultaneidade.
A percepção dos problemas dos mundos do trabalho é um dos elementos básicos para a compreensão do tempo presente. Sabe-se que, sobretudo a partir dos anos 1980, processaram-se transformações fundamentais que levaram alguns autores a considerar a emergência de um "modelo flexível" de acumulação capitalista. No que tange aos processos e mercados de trabalho, a chamada flexibilização tem envolvido:
terceirização de atividades e fortalecimento da autonomia dos trabalhadores, cada vez mais protegidos em função da expansão dos direitos trabalhistas.
multiplicação dos tipos de regime e contratos de trabalho, incluindo contratos de curto prazo ou temporários, trabalho em tempo parcial e subcontratação, geralmente resultando no enfraquecimento da capacidade de organização dos trabalhadores.
exigência de um trabalhador com perfil profissional altamente especializado, capaz de realizar de forma adequada poucas tarefas de caráter fragmentado e repetitivo, compensado por altos salários e grande número de benefícios sociais.
a valorização do trabalho de mulheres, afrodescendentes e membros das chamadas minorias étnicas como mão-de-obra privilegiada.
No que tange às relações senhor-escravo na América portuguesa, o historiador Eduardo Silva observou: "A longa experiência colonial, no tocante às formas básicas de relacionamento, tem sido sintetizada através de uma dicotomia que permanece extremamente forte em nossa mentalidade coletiva. De um lado, Zumbi de Palmares, a ira sagrada, o treme-terra; de outro, Pai João, a submissão conformada. (...) Na verdade, escravos e senhores manipulam e transigem no sentido de obter a colaboração um do outro; buscam ⎯ cada qual com os seus objetivos, recursos e estratégias ⎯ os 'modos de passar a vida', como notou Antonil." Os estudos que nos últimos anos têm se afinado com as considerações feitas por Eduardo Silva procuram:
criticar os defensores da visão de um escravo-sujeito, uma vez que a crueldade e a violência da escravidão tornariam impossível ao escravo qualquer instância de autonomia, mesmo que mínima.
destacar a pouca importância de fugas e revoltas de escravos, em geral esporádicas, de curta duração e, ao longo do século XIX, mais concentradas na região amazônica.
fugir à caracterização do escravo-coisa, do escravo-vítima, percebendo-o como sujeito que consegue sobreviver operando nas brechas do sistema de dominação, muitas vezes negociando, com o próprio senhor, melhores condições de vida.
reabilitar a escravidão no Brasil colonial e imperial, pois ela não teria sido tão perversa como se supunha, já que permitia aos escravos exercerem praticamente os mesmos direitos dos homens livres.
"Uma das maiores preocupações da História Social tem sido interpretar a participação dos grupos subalternos nas grandes convulsões sociais, aqueles momentos de violência politicamente direcionada dos quais as sociedades mais cedo ou mais tarde dificilmente escapam". (Carvalho, 2003) Sobre convulsões sociais no Brasil, podemos afirmar que:
No conjunto das revoluções, são consideradas as mais significativas de todas, a Guerra do Contestado e a de Canudos, por terem tido como comandantes da massa envolvida, líderes curandeiros e beatos.
Atualmente essas revoluções são inconcebíveis, pois o Brasil tornou-se um Estado democrático, onde todos possuem os mesmos direitos e representações e recebem os mesmos privilégios nos diferentes espaços sociais.
Diversas insurreições ocorreram em locais e momentos distintos no país, onde pode-se verificar constantemente a presença de participantes das camadas sociais subalternas envolvidos nos movimentos.
Nas revoltas ocorridas no Brasil colonial e Republicano o povo que delas participava, servia apenas como massa de manobra da elite brasileira.
Nas duas últimas décadas do século XX, a historiografia brasileira foi renovada por vários estudos sobre a história operária. A emergência de tais estudos foi favorecida, em grande medida, pela própria conjuntura política do país, então caracterizada pelo(a):
surgimento de novas lideranças operárias e pela realização de movimentos grevistas significativos em diversas áreas industriais do país.
decretação de estado de sítio e a suspensão de eleições em todos os níveis.
aumento da repressão política e conseqüente perseguição a sindicalistas e intelectuais de esquerda.
instalação do regime militar, que criou a obrigatoriedade da contribuição sindical e a Justiça do Trabalho.
O movimento musical realizado por jovens das camadas médias urbanas do Rio de Janeiro, conhecido como "Bossa Nova", renovou a música brasileira em meados do século passado. Esse movimento reflete uma forte influência do:
O fato relembrado em 31 de março foi
Realizar-se-á este ano uma competição internacional de esportes, inspirada na que se fazia na Grécia Antiga. Trata-se
Segundo Perry Anderson, na Antigüidade clássica a escravidão era o vínculo que unia cidade e campo, para o desmedido benefício da polis, pois ela
nunca foi um tipo predominante de apropriação de excedentes de produção rural no mundo grecoromano, mas promoveu o comércio interlocal de produtos agrícolas e artesanais de um extremo a outro do Mar Mediterrâneo.
tanto estabeleceu uma economia voltada para o mercado interurbano no Mediterrâneo, quanto favoreceu a implantação de uma economia de escravos na manufatura que permitiu o florescimento da civilização urbana grega.
tanto mantinha a agricultura cativa que permitia o dramático distanciamento de uma classe dominante urbana de suas origens rurais, quanto promovia o comércio interurbano que era complemento desta agricultura no Mediterrâneo.
tanto incentivava os escravos a executar atividades agrícolas nas propriedades rurais, quanto favorecia os cativos a fazer tarefas econômicas relacionadas a um pequeno comércio nas cidades da orla do Mediterrâneo.
sempre representou uma categoria muito baixa de dependência e falta de liberdade que se estendia acima da escala social, mas transformou-se num sistema auxiliar de produção para as grandes cidades do Mar Mediterrâneo.
Com base na análise dos fenômenos descritos no texto pode-se afirmar que
para o autor o militarismo predatório da República Romana era seu principal mecanismo de enfraquecimento e pobreza: a guerra trazia as terras, tributos e escravos; os escravos, os tributos e as terras forneciam o aparato para a guerra.
o advento do feudalismo como modo de produção organizado inaugurou no Império do Ocidente – como ocorreu na civilização helênica – a fase clássica que distinguia a civilização romana, o apogeu de seu poder e de sua cultura.
as estruturas da política romana na época fornece as razões de o interior do império torna-se pontilhado de vastos domínios nobres, enquanto as cidades, inversamente, tornavam-se povoadas por massa proletarizada, desprovida de terras ou de qualquer outra propriedade.
as fraquezas internas fornecem explicação estrutural das razões por que o Império do Ocidente sucumbiu às invasões que o atravessaram no século V, enquanto no Oriente, o império – contra o qual os ataques haviam sido muito mais perigosos – escapava e sobrevivia.
a constituição romana não era simplesmente oligárquica na forma: era muito mais profundamente aristocrática no conteúdo, pois atrás dela configurase uma estratificação econômica da sociedade romana de ordem bastante diversa, tornando possível a ampliação da cidadania.
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