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Em Passagens da antigüidade ao feudalismo, Perry Anderson afirma que
o modo de produção feudal foi o primeiro a permitir à produção dos bens de consumo urbano um desenvolvimento autônomo em uma economia agrária natural.
no feudalismo as cidades estavam subordinadas ao governo de nobres proprietários que nelas viviam e delas sobreviviam.
a história medieval é a história das cidades, mas de cidades baseadas na propriedade senhorial e na agricultura.
o feudalismo foi o único sistema a segregar toda atividade comercial nos aglomerados provinciais controlados pela nobreza rural.
no período feudal a cidade era encarada simplesmente como um acampamento militar da nobreza, sobreposta à estrutura comercial.
O autor utiliza-se de concepções teóricas relacionadas
ao marxismo, pois considera o aumento da população o fator determinante do crescimento da economia colonial e da exploração dos colonos.
ao marxismo, pois defende a idéia de que as contradições internas do processo de colonização engendraram os fatores que desencadeariam a libertação da colônia.
ao positivismo, pois desenvolve uma análise centrada na idéia de que a exploração metropolitana foi benéfica ao desenvolvimento material da colônia.
ao positivismo, pois critica a idéia de que a oposição de interesses entre colonos e a metrópole foi o elemento fundamental para o desenvolvimento da colônia.
à História Nova, pois parte do pressuposto de que o aumento da densidade demográfica determinou, em última análise, o processo de libertação da colônia.
Na concepção do historiador Fernando A. Novais, em Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial, a formação social do Brasil colonial tinha intrínsecas relações com o regime de trabalho compulsório imposto pelo colonizador. Para ele, essa formação social fazia parte de um modo de produção que se organizava
com o objetivo de estimular a produção manufatureira nas colônias e elevar a arrecadação de impostos nas mãos da nobreza real metropolitana.
com a finalidade de realizar a apropriação de grandes extensões de terras voltadas quase que exclusivamente para a economia de subsistência.
no intuito de proporcionar as bases para o estabelecimento de colônias de povoamento europeu, visando o escoamento do excedente populacional.
visando desenvolver a industrialização de bens de consumo duráveis e alimentícios, suprindo, dessa forma, o mercado consumidor europeu.
no sentido de promover a primitiva acumulação capitalista e estimular o progresso burguês nos quadros da sociedade ocidental.
Fernando A. Novais afirma que ocorreram no Brasil colonial, no século XVIII, pelos menos dois momentos de tomada de consciência da situação colonial, projetando-se a mudança e intentando-se a tomada do poder. Para o autor, nesses momentos ocorreram
a vinda da família real portuguesa e a abertura dos portos.
a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador.
a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
a crise do sistema colonial e o fim do tráfico de escravos.
os acordos comerciais ingleses e a Constituição de 1824.
Considere o texto para responder as questões de números 7 e 8.
O depoimento do artesão inglês
I. expressa, por meio de sua experiência pessoal, um sentimento de satisfação pelo fim da coesão comunitária que existia no interior da Inglaterra antes do século XVIII.
II. deixa claro a sua crítica ao sistema industrial doméstico ou familiar que vigorou em quase todas regiões da Inglaterra até o século XVII.
III. revela sua indignação total com as péssimas condições de vida e de trabalho advindas do sistema manufatureiro inglês do século XVII.
IV. expressa o processo de deterioração das condições de vida e de trabalho engendradas pelo sistema fabril inglês no fim do século XVIII e início do século XIX.
É correto o que se afirma APENAS em
I e II.
II e IV.
I e III.
III.
IV.
Considere o texto para responder as questões de números 7 e 8.
Ao analisar o texto do depoimento do artesão com seus alunos, o professor de história, que tendo assimilado as novas diretrizes curriculares nacionais, deve enfatizar que:
I. o texto deve ser analisado dentro de um contexto espacial e temporal, tendo intrínsecas relações com a história e com outros componentes curriculares.
II. ele pressupõe que os alunos dominem o vocabulário do texto, já que essa competência é de responsabilidade de especialista de outro componente curricular.
III. o tema tratado no texto é importante como ilustração do saber histórico, porém, difícil de ser interpretado pelos alunos, por estar distante do seu imaginário.
IV. o texto tem importância para história local, mas pouca importância para a história geral, por tratarse de um relato sob a ótica individual de um simples artesão.
É correto o que se afirma APENAS em
I.
II.
III.
IV.
III e IV.
Considere a frase.
A máquina libertou o capital da opressão do trabalho.
(Buret, De la Misère, 1840. In: Michelle Perrot. Os Excluídos da História. Trad. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1988. p. 23)
Identifique as afirmações que estão em consonância com a idéia contida na frase.
I. A perfeição do trabalho que se obtém com a nova máquina será um estímulo a se fazer melhor e o operário finalmente entenderá que, quando as máquinas substituem em todos os sentidos o trabalho do homem, produz melhor e mais barato do que ele.
II. O surgimento da máquina a vapor libertou os �operários de ofícios� de suas péssimas condições de trabalho, fato que, ao elevar sua auto-estima, estimulou sua promoção a postos de engenharia mecânica, e, portanto, de sua valorização profissional.
III. O que está em jogo não é apenas o emprego e sim o controle: controle das matérias primas, controle dos produtos em qualidade e quantidade, controle dos ritmos e dos homens.
IV. Os operários adquiriram maior liberdade com o advento da máquina, quando puderam, inclusive, dispor do tempo indispensável para intensificar sua organização sindical e a formação de partidos dos trabalhadores.
É correto o que se afirma APENAS em
I e II.
I e III.
II e III.
II e IV.
III e IV.
A partir das argumentações presentes no texto, pode-se dizer que o autor defende a idéia de que
o sistema fabril teve o seu desenvolvimento ligado aos interesses da classe operária.
a revolução industrial engendrou e moldou a formação da classe operária.
as condições materiais determinaram o surgimento da classe operária.
a classe operária formou-se a si própria tanto quanto foi formada.
a consciência da classe operária foi uma dádiva da "vigorosa raça de seres".
Michelle Perrot, em Os Excluídos da História, ao analisar o movimento ludita (luddismo) na França, do século XIX, conclui que as mulheres trabalhadoras
se insurgiram por si mesmas contra a máquina destruidora de um modo de produção doméstico a que estavam particularmente apegadas.
foram cúmplices dos patrões na adoção da maquinaria de alto padrão, pois elas viam nesta medida a diminuição de suas tarefas mais árduas.
tornaram-se aliadas dos patrões ao impedirem que os operários destruíssem as máquinas modernas, que ofereciam a elas oportunidades de ascensão profissional.
criticavam esse movimento porque, ao quebrarem e queimarem as máquinas, os trabalhadores provocavam aumento do desemprego.
se revoltaram contra seus maridos, pois estes destruíam as máquinas e, dessa forma, minavam as possibilidades de estabilidade no emprego.
O filme Carlota Joaquina mostra uma versão sobre o contexto histórico que culminou com a independência do Brasil. Nesse contexto, o filme destaca
o papel de D. João VI como um rei estrategista e democrático, cuja liderança política levou-o à condução do processo de independência do Brasil de forma pacífica e harmoniosa.
o papel da esposa de D. João VI pela sua feminilidade e lealdade ao marido e aos súditos, e cuja determinação política acabou influenciando seu filho Pedro a conduzir, sem oposições, a independência do Brasil.
a participação dos ingleses nas decisões que culminaram com a fuga da família real portuguesa para o Brasil, assim como de seu interesse no processo de independência do Brasil.
o papel que Napoleão Bonaparte, rei da França, teve no processo de independência do Brasil, haja vista os acordos comerciais entre franceses e D. João VI para garantir a importação/exportação de açúcar e café.
a participação decisiva dos franceses no processo de independência do Brasil, uma vez que a França arquitetou a invasão de Portugal com o objetivo de tornar-se metrópole da colônia portuguesa.
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