Questões de Medicina do ano 2006

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Considere um paciente de 60 anos em terceiro pós-operatório de craniectomia descompressiva por acidente vascular cerebral extenso evoluindo em coma aperceptivo e arreativo há 24 horas. É correto afirmar que

  • A. o achado eletroencefalográfico que define morte encefálica em pacientes com craniectomia descompressiva é a atividade de surto-supressão.
  • B. a prova de apnéia é proscrita em pacientes acima dos 50 anos por haver alto índice de parada cárdiorespiratória durante a manobra.
  • C. a craniectomia descompressiva não deveria ter sido indicada, pois não altera a mortalidade do quadro.
  • D. não é possível estabelecer diagnóstico clínico de morte encefálica em pacientes em pós-operatório de neurocirurgia.
  • E. o movimento dos membros ao mover a cabeça não exclui o diagnóstico de morte encefálica.

São consideradas sinucleínopatias:

  • A. doença de Parkinson, atrofia de múltiplos sistemas e doença difusa dos corpos de Lewy.
  • B. doença de Alzheimer, doença de Parkinson e paralisia supranuclear progressiva.
  • C. degeneração córtico-basal, demência frontotemporal e doença de Parkinson.
  • D. paralisia supranuclear progressiva, doença de Huntington e demência frontotemporal.
  • E. esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer e atrofia de múltiplos sistemas.

Homem de 45 anos apresentou há 4 dias hemorragia subaracnóide secundária a aneurisma de cerebral média esquerda, clipado sem intercorrências no primeiro dia. Hoje evoluiu com sonolência e déficit de força em hemicorpo à direita. Tomografia computadorizada de crânio mostra-se inalterada em relação ao exame no pós-operatório imediato. Não há alterações metabólicas e doppler transcraniano mostra aumento da velocidade de fluxo na artéria cerebral média esquerda e índice de Lindergard maior que 6. A piora do quadro neurológico é

  • A. provavalmente devido a ressangramento do aneurisma, devendo-se colher líquor para confirmar o diagnóstico.
  • B. relacionada a vasoespasmo, comprovado pelo doppler transcraniano, devendo-se instituir terapia com hiperidratação, hipertensão e hemodiluição.
  • C. devido a hipertensão intracraniana, devendo-se realizar punção lombar terapêutica e programar derivação ventrículo-peritoneal.
  • D. devido a vasoespasmo, mas com índice de Lindergard maior que 6 não são necessárias condutas adicionais.
  • E. devido a crise epiléptica, devendo-se aumentar dose de anticonvulsivantes.

Homem de 27 anos sofreu acidente de motocicleta com capacete, evoluindo inconsciente desde o início. Em sua avaliação inicial não são evidenciadas alterações ao exame clínico geral. O paciente está agitado e apresentase sem abertura ocular, com resposta motora sem localização de estímulos, porém sem posturas patológicas e sem resposta verbal. As pupilas são mióticas e fotorreagentes. O paciente é colocado em ventilação mecânica e a PA é 160 × 100 mmHg. A tomografia de crânio mostra hipoatenuação difusa do encéfalo com apagamento de sulcos, cisternas e do sistema ventricular, porém sem desvio de linha média. Tomografia de coluna descarta trauma e instabilidade da coluna cervical. É colocada monitoração intraparenqui-matosa de pressão intracraniana (PIC) que marca 40 mmHg.

É correto afirmar que

  • A. não é necessária nenhuma conduta adicional, pois não há evidência de hipertensão intracraniana.
  • B. há hipertensão intracraniana, provavelmente secundária ao aumento da pressão arterial, devendo esta ser reduzida.
  • C. há hipertensão intracraniana e o paciente deve ser submetido a uma hiperventilação agressiva e manitol endovenoso a cada 4 horas.
  • D. há hipertensão intracraniana, o paciente deve ter monitorada a PA média invasivamente, ser mantido sedado e com decúbito elevado − medidas adicionais para hipertensão intracraniana devem ser consideradas se a PIC não normalizar.
  • E. há hipertensão intracraniana com grave comprometimento da pressão de perfusão cerebral, devendose realizar hiperventilação leve e manitol endovenoso se necessário.

É característico da síndrome de Eaton-Lambert:

  • A. É característico da síndrome de Eaton-Lambert:
  • B. a presença de espasticidade, sinal de Babinski e eletroneuromiografia mostrando ondas positivas e fibrilações.
  • C. a presença de fraqueza motora com piora vespertina e eletroneuromiografia mostrando decremento da resposta motora à estimulação repetitiva.
  • D. o déficit de deglutição e disfagia intensas e eletroneuromiografia mostrando padrão miopático.
  • E. o déficit sensitivo-motor de distribuição distal e eletroneuromiografia mostrando polineuropatia axonal.

Mulher de 39 anos apresenta quadro progressivo nas últimas 24 horas de diplopia, vertigem e incoordenação de marcha. O exame neurológico evidencia paresia dos nervos cranianos oculomotor e abducente à esquerda, nistagmo multidirecional, síndrome cerebelar axial discreta, hiporreflexia global e reflexo cutâneo-plantar em flexão bilateralmente. A ressonância magnética de encéfalo é normal. Com relação a este caso clínico, é correto afirmar que:

  • A. a ressonância magnética deve ser repetida em 24 horas para surpreender lesões isquêmicas ainda não evidentes no exame inicial.
  • B. o exame mais importante para definir a conduta inicial é a eletroneuromiografia.
  • C. de acordo com a principal hipótese diagnóstica espera- se que o líquor mostre evolutivamente aumento de proteína sem pleocitose.
  • D. está indicada a angiografia digital para descartar trombose de artéria basilar.
  • E. a principal hipótese é deficiência aguda de tiamina.

Homem de 45 anos apresenta quadro progressivo nos últimos 4 dias de déficit sensitivo-motor ascendente com abolição de reflexos miotáticos fásicos. Líquor lombar evidencia 3 células/mm3 com padrão linfomonocitário e proteinorraquia de 45 mg/dL. É correto afirmar que

  • A. está indicado o uso de prednisona em dose de 1 mg/kg de peso.
  • B. uma redução da capacidade vital para menos que 35 mL/kg é indicativa de maior risco de evolução para insuficiência respiratória.
  • C. está indicado apenas tratamento de suporte.
  • D. está indicado uso de metilprednisolona 1 g/dia por 3 dias consecutivos.
  • E. o comprometimento respiratório é mais freqüente nos pacientes que são submetidos a plasmaférese.

Com relação à ADEM (encefalomielite disseminada aguda), é INCORRETO afirmar que:

  • A. é mais comum em indivíduos jovens e idosos.
  • B. a vacinação contra raiva a partir de vírus atenuado foi causa bastante comum.
  • C. a ocorrência de cefaléia, rebaixamento do nível de consciência e crises convulsivas faz parte do seu quadro clínico.
  • D. a imagem por ressonância magnética pode eventualmente mostrar acometimento dos núcleos da base.
  • E. seu tratamento com corticosteróides endovenosos acelera a recuperação funcional por interferir diretamente na remielinização.

Homem de 70 anos, hipertenso e diabético, apresenta há 2 horas quadro agudo de déficit sensitivo e motor em hemicorpo esquerdo, além de disartria leve. O exame clínico inicial mostra PA = 180 × 100 mmHg e glicemia capilar de 180 mg/dL. A conduta correta é:

  • A. reduzir pressão arterial em cerca de 20% do nível inicial e considerar trombólise endovenosa se tomografia de crânio não mostrar sinais de sangramento.
  • B. reduzir pressão arterial em cerca de 10% do nível inicial e considerar trombólise intra-arterial se tomografia de crânio não mostrar sinais de sangramento.
  • C. não interferir na pressão arterial, que pode normalizar espontaneamente.
  • D. deixar o paciente em observação até completar 24 horas, pois ainda pode se tratar de um episódio isquêmico transitório.
  • E. colher líquor para descartar hemorragia subaracnóide caso tomografia de crânio seja normal.

Com relação à esclerose múltipla, é INCORRETO afirmar que:

  • A. sua forma recorrente-remitente é mais comum em mulheres caucasianas entre 20 e 30 anos de idade.
  • B. a droga de primeira escolha para o tratamento dos espasmos paroxísticos da doença é a amantadina.
  • C. o uso de imunomoduladores é aprovado para as formas recorrente-remitente e secundariamente progressiva com surtos.
  • D. o uso de imunomoduladores na forma primariamente progressiva pode piorar a espasticidade.
  • E. apresenta manifestações clínicas disseminadas no tempo e no espaço. Chama-se de disseminação no tempo a ocorrência de surtos clínicos com pelo menos 30 dias de intervalo entre eles.
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