Questões de Medicina do ano 2011

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O objetivo do tratamento da hipertensão arterial (HA) é reduzir as complicações cardiovasculares e renais. Com relação ao tratamento dessa patologia, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Modificações do estilo de vida, como a perda de peso, dieta hipossódica e atividade física, têm efeito limitado na redução da pressão arterial (PA); quando combinados, reduzem em cerca de 10 mmHg a PA sistólica.

  • B.

    Modificações do estilo de vida, como a perda de peso, dieta hipossódica e atividade física, têm efeito limitado na redução da pressão arterial (PA); quando combinados, reduzem em cerca de 10 mmHg a PA sistólica.

  • C.

    Nos pacientes hipertensos estágio II, a terapia inicial combinada não traz benefícios, apenas adicionam paraefeitos.

  • D.

    Diuréticos tiazídicos são a droga de escolha inicial nos hipertensos estágio I.

  • E.

    Bloqueadores do canal de cálcio de curta ação são bem tolerados nos hipertensos estágio I, assim como inibidores da ECA e, portanto, recomendados.

A respeito da profilaxia da febre reumática (FR), assinale a alternativa correta.

  • A.

    A profilaxia primária da FR pode ser realizada com penicilina benzatina ou com penicilina V por via oral.

  • B.

    O tratamento da streptococo beta-hemolítico, quando identificado em cultura, está contraindicado, pois se trata de um germe da flora normal.

  • C.

    Na profilaxia secundária, a penicilina benzatina deve ser realizada a cada quatro semanas no subgrupo com sequela de cardite reumática (lesão orovalvar).

  • D.

    Pacientes com cardite reumática, sem lesão cardíaca e(ou) orovalvar residual, devem realizar a profilaxia secundária por dez anos ou mais desde o último episódio, até pelo menos atingir a idade de quarenta anos.

  • E.

    Aqueles que tiveram FR sem cardite devem realizar a profilaxia secundária por dez anos ou até entrar na idade adulta.

A população mundial possui cerca de um bilhão de hipertensos, e a prevalência da doença aumenta com a idade. Com relação à hipertensão arterial (HA), assinale a alternativa correta.

  • A.

    Em pacientes acima de cinquenta anos de idade, o componente diastólico da pressão arterial é mais importante como fator de risco para doença cardiovascular que a pressão arterial sistólica.

  • B.

    A apneia do sono é uma causa identificável de HA, no entanto de caráter benigno, pois raramente leva a complicações como fibrilação atrial e stroke.

  • C.

    A disfunção endotelial é caracterizada pela redução da liberação de óxido nítrico, bem como pelo aumento de substâncias pró-inflamatórias, perpetuando a HA.

  • D.

    A doença cardíaca isquêmica é a forma mais comum de lesão de órgão-alvo associado à HA, e, nesse caso, o tratamento de escolha faz-se com associação de diuréticos e bloqueadores do canal de cálcio.

  • E.

    Na hipertrofia ventricular esquerda, a vasodilatação coronariana (reserva coronariana) é um mecanismo que está preservado.

Na fisiopatologia do choque cardiogênico, pós-IAM, é correto afirmar que

  • A.

    o infarto do ventrículo direito, por possuir reduzida massa muscular, não é capaz de levar o paciente ao estado de choque circulatório.

  • B.

    inflamação sistêmica, queda do débito cardíaco, queda do volume de ejeção, aumento da pressão diastólica final e congestão pulmonar fazem parte do mecanismo fisiopatológico do choque cardiogênico.

  • C.

    o balão de contrapulsação aórtico utilizado nos pacientes com choque cardiogênico irresponsivos à terapia medicamentosa tem a capacidade de melhorar-lhes a sobrevida.

  • D.

    o ecocardiograma transtorácico torna-se útil apenas nos casos de choque cardiogênico cujo infarto é na região anterior.

  • E.

    os pacientes admitidos com choque cardiogênico devem ser submetidos à estabilização clínica antes de terapia de revascularização de urgência, com base nos resultados do Shock trial.

Alguns aspectos envolvem o manejo do paciente que se apresenta com fibrilação atrial (FA). Assinale a alternativa correta a respeito desse assunto.

  • A.

    Na FA crônica, antagonistas da vitamina K e da aspirina mostraram-se semelhantes quanto à redução de eventos neurológicos nos octogenários.

  • B.

    A hemorragia intracerebral pelo uso de antagonistas da vitamina K é considerada de alto risco e sua incidência vem tendo progressivo aumento.

  • C.

    Pacientes abaixo de sessenta anos de idade portadores de FA isolada — sem outras comorbidades — devem receber antagonistas da vitamina K como medida preventiva de eventos.

  • D.

    Aos pacientes com FA crônica que desenvolvem síndrome coronariana aguda, a tripla terapia — anticoagulante oral, aspirina e clopidogrel — não está indicada, em virtude do alto risco de sangramento.

  • E.

    Na FA paroxística, a seleção da anticoagulação deve ser considerada da mesma forma que na FA persistente.

Idade, sexo, hipertensão arterial, diabete melito, LDL elevado, HDL elevado, tabagismo são considerados fatores de risco tradicionais por participarem da etiopatogenia da aterosclerose, fazendo parte do escore de Framingham. Acerca da fisiopatologia da aterosclerose, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Em termos de prevenção secundária, o uso de AAS, estatina, betabloqueadores e IECA mostrou-se mais eficaz na redução da mortalidade cardiovascular que interromper o hábito de fumar.

  • B. Lipoproteínas ricas em triglicerídeos apresentam maior grau de evidência como fator de aterogênese que LDL e HDL, uma vez que têm sua dosagem sérica influenciada pela dieta.
  • C.

    O componente diastólico da pressão arterial exerce maior influência que o sistólico no aumento da mortalidade cardiovascular e eventos neurológicos, após a sexta década.

  • D.

    A resistência à insulina, ao contrário do estado hiperglicêmico franco, não é capaz de gerar aterosclerose, uma vez que a disfunção endotelial ainda não ocorre nessa fase.

  • E.

    Estudos como o PROVE-IT atestaram que a terapêutica agressiva com estatina (80 mg atorvastatina) reduz os eventos clínicos (infarto, angina instável e(ou) revascularização).

Síndrome vasovagal (SVV) é considerada a causa mais prevalente de síncope, acometendo principalmente jovens. Assinale a alternativa correta a respeito dessa patologia.

  • A.

    Estresse emocional desencadeia a síncope por SVV e pode ser acompanhada por pródromos.

  • B.

    Taquicardia ventricular não sustentada e bloqueio atrioventricular Mobitz II são achados comuns no Holter 24 horas nesse tipo de síncope.

  • C.

    24 horas nesse tipo de síncope. (C) A doença cardíaca estrutural está frequentemente associada à SVV.

  • D.

    Estenose aórtica, hipertensão pulmonar primária estão entre as patologias identificadas ao ecocardiograma transtorácico e associam-se à SVV.

  • E.

    O uso de betabloqueadores adrenérgicos estão plenamente indicados na SVV.

Maria, senhora de 77 anos de idade, HAS, procurou atendimento médico hospitalar com queixas de dispneia progressiva, durante o repouso. Ao exame, apresentava PA = 160 mmHg × 110 mmHg e FC = 100 bpm. Ritmo cardíaco regular 4Bulha de VE, estertores creptantes bibasais. Os exames laboratoriais demonstraram função renal normal, BNP = 230 pg/mL e NT-ProBNP = 500 pg/mL. Os achados ecocardiográficos foram aumento atrial esquerdo, relação E/E’>15 e fração ejeção (FE) do VE = 55%. Foi feito diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção normal. Acerca dessa patologia, assinale a alternativa correta.

  • A.

    A mortalidade entre as duas formas de insuficiência cardíaca (FE preservada e reduzida) possui taxas semelhantes.

  • B.

    A associação desses casos com doença coronariana é rara e, quando presente, a revascularização miocárdica não é capaz de alterar a qualidade de vida do paciente.

  • C.

    No tratamento farmacológico, estão indicados (nível IIa) inibidores da ECA, betabloqueadores, bloqueadores do receptor de angiotensina (AT1) e digitálicos.

  • D.

    Sua prevalência aumenta com a idade e, assim como na IC com redução FE, é maior em homens que em mulheres.

  • E.

    O uso de diuréticos está contraindicado por se tratar de IC com FE preservada.

Texto VII, para responder às questões 37 e 38.

Josefa, 48 anos de idade, procurou atendimento médico ambulatorial com relato de que, há 20 dias, apresentou 4 episódios de dor retroesternal, em aperto, com irradiação para o ombro esquerdo, em repouso, com duração de 5 a 10 minutos, e que ocorreram no final da madrugada (por volta das 5 horas da manhã). Relata tabagismo leve (cerca de 5 cigarros ao dia, por 10 anos). Nega outras doenças e uso de medicações regularmente, bem como de drogas ilícitas. O exame físico mostrou: pressão arterial de 118 mmHg × 70 mmHg, frequência cardíaca de 65 bpm, ausculta cardíaca e pulmonar sem anormalidades. O eletrocardiograma de repouso mostrou: ritmo sinusal, frequência ventricular média de 62 spm, eixo elétrico médio do complexo QRS = +30º, dentro dos limites da normalidade para a idade. Para fins de investigação, a paciente foi submetida a exame de eletrocardiografia dinâmica de 24 horas (sistema Holter), do qual a tira de ritmo apresentada a seguir foi extraída. Resta reforçar que, nesse momento, a paciente anotou ter tido a dor retroesternal no diário.

Com relação à condição clínica apresentada no texto, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Não há nenhuma evidência de relação entre alterações na função autonômica cardíaca e os achados eletrocardiográficos observados na tira de eletrocardiograma mostrada na figura.

  • B.

    O uso de álcool e anfetaminas previne a ocorrência de eventos eletrocardiográficos como o observado na figura.

  • C.

    Para confirmação da principal hipótese diagnóstica, nesse caso, é obrigatória a realização de testes provocativos de isquemia, por meio do uso de ergonovina ou hiperventilação pulmonar, por exemplo.

  • D.

    Geralmente, pacientes com essa condição clínica não apresentam fatores de risco coronariano clássicos, com exceção do hábito tabágico.

  • E.

    Apesar de ser capaz de demonstrar, com alta prevalência, as alterações típicas associadas a essa afecção cardíaca, o teste ergométrico não deve ser realizado na paciente, pelo elevado risco de morte súbita relacionado com esse tipo de exame em tal condição clínica.

Texto VII, para responder às questões 37 e 38.

Josefa, 48 anos de idade, procurou atendimento médico ambulatorial com relato de que, há 20 dias, apresentou 4 episódios de dor retroesternal, em aperto, com irradiação para o ombro esquerdo, em repouso, com duração de 5 a 10 minutos, e que ocorreram no final da madrugada (por volta das 5 horas da manhã). Relata tabagismo leve (cerca de 5 cigarros ao dia, por 10 anos). Nega outras doenças e uso de medicações regularmente, bem como de drogas ilícitas. O exame físico mostrou: pressão arterial de 118 mmHg × 70 mmHg, frequência cardíaca de 65 bpm, ausculta cardíaca e pulmonar sem anormalidades. O eletrocardiograma de repouso mostrou: ritmo sinusal, frequência ventricular média de 62 spm, eixo elétrico médio do complexo QRS = +30º, dentro dos limites da normalidade para a idade. Para fins de investigação, a paciente foi submetida a exame de eletrocardiografia dinâmica de 24 horas (sistema Holter), do qual a tira de ritmo apresentada a seguir foi extraída. Resta reforçar que, nesse momento, a paciente anotou ter tido a dor retroesternal no diário.

Nesse caso, a principal hipótese diagnóstica é

  • A.

    angina instável.

  • B.

    infarto do miocárdio transmural.

  • C.

    angina variante de Prinzmetal.

  • D.

    infarto subendocárdico.

  • E.

    miopericardite aguda.

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