Questões de Medicina do ano 2011

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Com respeito aos procedimentos de suporte básico de vida e de ressuscitação cardiopulmonar avançada (suporte cardiovascular avançado de vida) para abordagem de parada cardiorrespiratória em adultos, conforme as recomendações da American Heart Association (2010), assinale a alternativa correta.

  • A.

    Enquanto não se procedem abordagens avançadas de manutenção das vias aéreas, devem-se iniciar massagens cardíacas intercaladas com ventilações, mantendo-se uma taxa de 15 compressões torácicas para cada 2 ventilações.

  • B.

    Desfibriladores com onda bifásica são mais seguros, mais efetivos e requerem níveis mais baixos de energia para reversão de fibrilação ventricular, em comparação com os desfibriladores de onda monofásica.

  • C.

    A ventilação com bolsa-valva-máscara facial é mais segura e confiável do que aquela feita por meio de bolsa-valva-máscara laríngea.

  • D.

    O uso de Combitube tem muito mais vantagens do que a intubação endotraqueal, em termos de isolamento das vias aéreas, de redução do risco de aspiração e de ventilação mais confiável, quando se comparam ambas as técnicas com a ventilação realizada por bolsa-valva-máscara facial.

  • E.

    Quando, durante a realização das manobras de ressuscitação pulmonar, constata-se (por meio da capnometria) aumento súbito na pressão parcial alveolar de CO2 no final da expiração (PETCO2), com valores superiores ou iguais a 40 mmHg, deve-se inferir que há baixa probabilidade de retorno da circulação espontânea.

Texto VI, para responder às questões de 33 a 35.

Paulo, 20 anos de idade, procurou o pronto-socorro com relato de que há 3 semanas passou a apresentar dispneia aos grandes esforços, que evoluiu para pequenos esforços e associou-se à dispneia paroxística noturna e à ortopneia. Nega quaisquer doenças prévias, relata que há 8 meses fez vários exames para admissão em serviço público (incluindo eletrocardiograma), que foram normais, nega uso de medicações e de drogas ilícitas, informa que teve quadro gripal, cerca de 6 dias antes do início dos sintomas atuais. Ao exame físico, apresentava pressão arterial e 100 mmHg × 60 mmHg, frequência cardíaca de 120 bpm, frequência respiratória de 25 incursões respiratórias/min; icuts cordis localizado na linha axilar anterior e 7.º espaço intercostal esquerdo, globoso, ritmo cardíaco regular em três tempos (à custa da 3.ª bulha), bulhas hipofonéticas, com sopro holossistólico, suave, grau 3 (de Levine), mais bem audível no foco mitral, irradiado para linha axilar posterior, presença de estertores inspiratórios em terço inferior de ambos hemitórax; abdome livre e sem megalias; extremidades sem edemas. Exames laboratoriais gerais: velocidade de hemossedimentação acelerada, leucocitose moderada com linfocitose e eosinofilia, níveis persistentemente elevados de troponina cardíaca I (cTnI). O eletrocardiograma mostrou: taquicardia sinusal, eixo elétrico médio do complexo QRS = -10º; duração do complexo QRS = 0,13 s; ausência de onda “q” em D1, aVL, V5 e V6; presença de ondas R alargadas e com entalhes medioterminais em D1, aVL, V5 e V6; de ondas S alargadas em V1 e V2; raras e isoladas extrassístoles ventriculares monomórficas, alterações difusas e inespecíficas da repolarização ventricular. A radiografia de tórax mostrou cardiomegalia moderada, com padrão de inversão da trama vascular e discreto derrame pleural à direita. O ecocardiograma transtorácico mostrou: fração de ejeção de 30%; dilatação d

Segundo as melhores evidências científicas, assinale a alternativa correta que representa a terapêutica mais útil para Paulo.

  • A.

    imunoglobulina intravenosa

  • B.

    anti-inflamatórios não-esteroidais

  • C.

    diurético + enalapril

  • D.

    corticoide + ciclosporina

  • E.

    espironolactona + amiodarona

Texto VI, para responder às questões de 33 a 35.

Paulo, 20 anos de idade, procurou o pronto-socorro com relato de que há 3 semanas passou a apresentar dispneia aos grandes esforços, que evoluiu para pequenos esforços e associou-se à dispneia paroxística noturna e à ortopneia. Nega quaisquer doenças prévias, relata que há 8 meses fez vários exames para admissão em serviço público (incluindo eletrocardiograma), que foram normais, nega uso de medicações e de drogas ilícitas, informa que teve quadro gripal, cerca de 6 dias antes do início dos sintomas atuais. Ao exame físico, apresentava pressão arterial e 100 mmHg × 60 mmHg, frequência cardíaca de 120 bpm, frequência respiratória de 25 incursões respiratórias/min; icuts cordis localizado na linha axilar anterior e 7.º espaço intercostal esquerdo, globoso, ritmo cardíaco regular em três tempos (à custa da 3.ª bulha), bulhas hipofonéticas, com sopro holossistólico, suave, grau 3 (de Levine), mais bem audível no foco mitral, irradiado para linha axilar posterior, presença de estertores inspiratórios em terço inferior de ambos hemitórax; abdome livre e sem megalias; extremidades sem edemas. Exames laboratoriais gerais: velocidade de hemossedimentação acelerada, leucocitose moderada com linfocitose e eosinofilia, níveis persistentemente elevados de troponina cardíaca I (cTnI). O eletrocardiograma mostrou: taquicardia sinusal, eixo elétrico médio do complexo QRS = -10º; duração do complexo QRS = 0,13 s; ausência de onda “q” em D1, aVL, V5 e V6; presença de ondas R alargadas e com entalhes medioterminais em D1, aVL, V5 e V6; de ondas S alargadas em V1 e V2; raras e isoladas extrassístoles ventriculares monomórficas, alterações difusas e inespecíficas da repolarização ventricular. A radiografia de tórax mostrou cardiomegalia moderada, com padrão de inversão da trama vascular e discreto derrame pleural à direita. O ecocardiograma transtorácico mostrou: fração de ejeção de 30%; dilatação d

Considerando que o eletrocardiograma de Paulo apresenta uma alteração associada a elevadas taxas de mortalidade, ao analisar as alterações eletrocardiográficas informadas, pode-se, entre outros, fazer o diagnóstico eletrocardiográfico de

  • A.

    bloqueio completo pelo ramo esquerdo do feixe de His.

  • B.

    bloqueio da divisão anterossuperior do ramo esquerdo do feixe de His.

  • C.

    bloqueio da divisão superior do ramo direito do feixe de His.

  • D.

    bloqueio da divisão anteromedial do ramo esquerdo do feixe de His.

  • E.

    bloqueio completo pelo ramo direito do feixe de His.

Texto VI, para responder às questões de 33 a 35.

Paulo, 20 anos de idade, procurou o pronto-socorro com relato de que há 3 semanas passou a apresentar dispneia aos grandes esforços, que evoluiu para pequenos esforços e associou-se à dispneia paroxística noturna e à ortopneia. Nega quaisquer doenças prévias, relata que há 8 meses fez vários exames para admissão em serviço público (incluindo eletrocardiograma), que foram normais, nega uso de medicações e de drogas ilícitas, informa que teve quadro gripal, cerca de 6 dias antes do início dos sintomas atuais. Ao exame físico, apresentava pressão arterial e 100 mmHg × 60 mmHg, frequência cardíaca de 120 bpm, frequência respiratória de 25 incursões respiratórias/min; icuts cordis localizado na linha axilar anterior e 7.º espaço intercostal esquerdo, globoso, ritmo cardíaco regular em três tempos (à custa da 3.ª bulha), bulhas hipofonéticas, com sopro holossistólico, suave, grau 3 (de Levine), mais bem audível no foco mitral, irradiado para linha axilar posterior, presença de estertores inspiratórios em terço inferior de ambos hemitórax; abdome livre e sem megalias; extremidades sem edemas. Exames laboratoriais gerais: velocidade de hemossedimentação acelerada, leucocitose moderada com linfocitose e eosinofilia, níveis persistentemente elevados de troponina cardíaca I (cTnI). O eletrocardiograma mostrou: taquicardia sinusal, eixo elétrico médio do complexo QRS = -10º; duração do complexo QRS = 0,13 s; ausência de onda “q” em D1, aVL, V5 e V6; presença de ondas R alargadas e com entalhes medioterminais em D1, aVL, V5 e V6; de ondas S alargadas em V1 e V2; raras e isoladas extrassístoles ventriculares monomórficas, alterações difusas e inespecíficas da repolarização ventricular. A radiografia de tórax mostrou cardiomegalia moderada, com padrão de inversão da trama vascular e discreto derrame pleural à direita. O ecocardiograma transtorácico mostrou: fração de ejeção de 30%; dilatação d

Com base na situação do texto, a principal hipótese diagnóstica é

  • A.

    cardiopatia reumática.

  • B.

    miocardite viral.

  • C.

    infarto do miocárdio.

  • D.

    pericardite bacteriana.

  • E.

    miocardiopatia hipertrófica.

O diabetes melito é um importante problema de saúde pública no Brasil. Acerca do envolvimento do coração nessa endocrinopatia, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Tanto a doença coronariana crônica quanto o infarto do miocárdio geralmente manifestam-se de forma típica, em pessoas com diagnóstico de diabetes melito.

  • B.

    A miocardiopatia diabética, uma forma de miocardiopatia restritiva, é a expressão da disfunção miocárdica associada a múltiplos infartos do miocárdio decorrentes, na maioria das vezes, de doença de vasos epicárdicos.

  • C.

    Embora seja frequente a ocorrência de disfunção autonômica cardiovascular em pacientes com diabetes melito, os atuais estudos científicos não têm evidenciado nenhuma relação entre a disautonomia diabética e o risco de isquemia e óbito.

  • D.

    Não há nenhuma restrição ao uso de betabloqueadores para tratamento de angina de peito em pessoas com diabetes melito tipo 2.

  • E.

    Evidências clínicas e experimentais têm sugerido que o uso de medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina associam-se a redução de risco cardiovascular, em pacientes com diagnóstico de diabetes melito.

Texto V, para responder às questões 30 e 31.

O senhor Manoel, de 42 anos de idade, procurou atendimento médico no pronto-socorro de um hospital de nível terciário e relatou que, há 6 dias, tem apresentado episódios de febre diária, de até 39,5 ºC, associada a calafrios e sudorese. Informou ser acompanhado em ambulatório de cardiologia, com diagnóstico de doença congênita na valva aórtica. Seu exame físico mostrou pressão arterial de 138 mmHg × 50 mmHg, frequência cardíaca de 110 bpm, temperatura axilar de 38,9 ºC, hipocorado, ritmo cardíaco regular; a ausculta da segunda bulha cardíaca permitiu verificar seu desdobramento apenas na fase de expiração; havia sopro sistólico ejetivo, grau 3 de Levine, mais bem audível em foco aórtico, irradiado para as artérias carótidas e sopro diastólico aspirativo, grau 3 de Levine, mais bem audível em foco aórtico acessório, irradiado para região paraesternal esquerda baixa. Os pulmões estavam limpos. O abdome estava livre e não apresentava visceromegalias. Nas palmas das mãos, foram observadas máculas eritematosas, indolores. Nas polpas digitais das mãos, foram vistos pequenos nódulos dolorosos e violáceos. O eletrocardiograma mostrou: taquicardia sinusal, eixo elétrico médio do QRS desviado para a esquerda, sinais sugestivos de sobrecarga ventricular esquerda. O ecocardiograma transtorácio e transesofágico evidenciou: diâmetro da aorta ascendente de 51 mm; valva aórtica bicúspide, com rafe entre os folhetos não coronariano e coronariano esquerdo, calcificada. Doppler mostrou gradiente transvalvar aórtico médio de 45 mmHg, insuficiência aórtica de grau acentuado. Nessa valva, foi visibilizada vegetação (na face aórtica) com área de 2 cm2, e também havia uma imagem livre de ecos, com bordas calcificadas deformando a raiz da aorta — sugestiva de abscesso perivalvar. Foram colhidas três amostras de hemoculturas e realizados exames laboratoriais gerais de sangue e urina. Ante a suspeita de endoc

Considerando a valvopatia aórtica congênita de base apresentada por Manoel — valva aórtica bicúspide —, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Essa valvopatia é uma das formas mais raras de cardiopatia congênita, quando se tem por base a população geral.

  • B.

    O desdobramento da segunda bulha descrito no paciente é do tipo amplo e fixo, achado frequente nessa valvopatia congênita, mesmo na ausência de disfunção valvar.

  • C.

    A principal alteração hemodinâmica produzida pela obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo nesse paciente é a hipertrofia concêntrica dessa câmara.

  • D.

    A insuficiência aórtica é a complicação menos frequente em pacientes com essa cardiopatia congênita e pode, por exemplo, decorrer de dilatação da raiz da aorta ou, mais frequentemente, de endocardite dessa valva

  • E.

    Nesse paciente, não há nenhuma indicação de correção cirúrgica da cardiopatia congênita em tela.

Texto V, para responder às questões 30 e 31.

O senhor Manoel, de 42 anos de idade, procurou atendimento médico no pronto-socorro de um hospital de nível terciário e relatou que, há 6 dias, tem apresentado episódios de febre diária, de até 39,5 ºC, associada a calafrios e sudorese. Informou ser acompanhado em ambulatório de cardiologia, com diagnóstico de doença congênita na valva aórtica. Seu exame físico mostrou pressão arterial de 138 mmHg × 50 mmHg, frequência cardíaca de 110 bpm, temperatura axilar de 38,9 ºC, hipocorado, ritmo cardíaco regular; a ausculta da segunda bulha cardíaca permitiu verificar seu desdobramento apenas na fase de expiração; havia sopro sistólico ejetivo, grau 3 de Levine, mais bem audível em foco aórtico, irradiado para as artérias carótidas e sopro diastólico aspirativo, grau 3 de Levine, mais bem audível em foco aórtico acessório, irradiado para região paraesternal esquerda baixa. Os pulmões estavam limpos. O abdome estava livre e não apresentava visceromegalias. Nas palmas das mãos, foram observadas máculas eritematosas, indolores. Nas polpas digitais das mãos, foram vistos pequenos nódulos dolorosos e violáceos. O eletrocardiograma mostrou: taquicardia sinusal, eixo elétrico médio do QRS desviado para a esquerda, sinais sugestivos de sobrecarga ventricular esquerda. O ecocardiograma transtorácio e transesofágico evidenciou: diâmetro da aorta ascendente de 51 mm; valva aórtica bicúspide, com rafe entre os folhetos não coronariano e coronariano esquerdo, calcificada. Doppler mostrou gradiente transvalvar aórtico médio de 45 mmHg, insuficiência aórtica de grau acentuado. Nessa valva, foi visibilizada vegetação (na face aórtica) com área de 2 cm2, e também havia uma imagem livre de ecos, com bordas calcificadas deformando a raiz da aorta — sugestiva de abscesso perivalvar. Foram colhidas três amostras de hemoculturas e realizados exames laboratoriais gerais de sangue e urina. Ante a suspeita de endoc

Considerando que a endocardite infecciosa foi a principal hipótese diagnóstica que motivou a internação de Manoel, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Nessa situação clínica, a aplicação dos critérios de Duke permite inferir que o diagnóstico de endocardite infecciosa é possível.

  • B.

    Os nódulos dolorosos e violáceos observados nas pontas dos quirodáctilos são os chamados nódulos de Janeway.

  • C.

    A constatação da imagem sugestiva de abscesso intracardíaco é considerada um critério maior nos critérios de Duke.

  • D.

    Nesse caso, recomenda-se que o tratamento antimicrobiano só deve ser iniciado após a confirmação de resultado positivo nas hemoculturas colhidas.

  • E.

    O tratamento do paciente em tela deve ser exclusivamente medicamentoso, uma vez que, nessa situação, não há nenhuma complicação infecciosa.

Eduarda, 22 anos de idade, procurou atendimento cardiológico ambulatorial relatando dor precordial de leve intensidade, em pontadas, localizada em um ponto abaixo do mamilo esquerdo, sem relação com esforços físicos. Disse ainda que apresentava palpitações taquicárdicas, sem associação com sintomas de baixo débito, e dispneia de repouso e que estava muito ansiosa. Após realizar o exame físico, o médico assistente informou à paciente que sua principal hipótese diagnóstica era prolapso da valva mitral (PVM).

Em consonância com as mais recentes evidências científicas, o exame mais adequado para confirmar a principal hipótese diagnóstica levantada nessa situação é a

  • A.

    ecocardiografia, modo bidimensional.

  • B.

    ressonância magnética nuclear angiográfica.

  • C.

    angiotomografia computadorizada do tórax.

  • D.

    tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT).

  • E.

    angiocardiografia digital.

Eduarda, 22 anos de idade, procurou atendimento cardiológico ambulatorial relatando dor precordial de leve intensidade, em pontadas, localizada em um ponto abaixo do mamilo esquerdo, sem relação com esforços físicos. Disse ainda que apresentava palpitações taquicárdicas, sem associação com sintomas de baixo débito, e dispneia de repouso e que estava muito ansiosa. Após realizar o exame físico, o médico assistente informou à paciente que sua principal hipótese diagnóstica era prolapso da valva mitral (PVM).

Acerca da situação apresentada, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Alguns sintomas presentes nessa paciente, como as palpitações taquicárdicas e a ansiedade, estão associadas à redução absoluta da função autonômica parassimpática cardíaca.

  • B.

    Apesar de a dor precordial nessa paciente ter características atípicas, recomenda-se sua investigação por meio de cineangiocoronariografia, uma vez que as mais recentes evidências científicas têm mostrado forte associação entre PVM e lesões coronarianas obstrutivas, especialmente em vasos epicárdicos.

  • C.

    O sopro protossistólico mais bem audível sobre o ictus cordis (na área mitral) é o achado estetoacústico mais típico dessa condição clínica (PVM).

  • D.

    A passagem súbita da posição de decúbito supino para a posição ortostática reduz o intervalo entre a primeira bulha e o clique mesossistólico, em paciente com diagnóstico de PVM.

  • E.

    Na fase 2 da manobra de Valsalva, ocorre redução da duração do sopro sistólico, em paciente com diagnóstico de PVM.

Texto III, para responder às questões 26 e 27.

Joana, 35 anos de idade, foi atendida no serviço ambulatorial de um hospital de nível terciário. No atendimento, queixava-se de edema de membros inferiores, dor no hipocôndrio direito, empachamento pós-prandial, dispneia aos médios esforços e fadiga. Nega tabagismo e etilismo. O exame clínico mostrou: pressão arterial de 110 mmHg × 65 mmHg, frequência cardíaca de 95 bpm, ictus cordis não-visível e não-palpável, ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas, com presença de knock pericárdico, sem sopros, presença de pulso paradoxal, sinal de Kussmaul presente e de hepatomegalia pulsátil (pulso hepático), pulmões limpos, edema de membros inferiores (com sinal de Godet presente). Seu eletrocardiograma apresentava: ritmo sinusal, onda P mitrale, eixo elétrico do complexo QRS desviado para a direita no plano frontal, baixa voltagem do complexo QRS difusa (no plano frontal e no horizontal), alterações difusas e inespecíficas da repolarização ventricular. A paciente foi internada para investigação e tratamento.

Considerando as informações clínico-laboratoriais apresentadas no texto, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Nesse caso, o knock pericárdico é um fenômeno estetoacústico que ocorre em coincidência com a fase sistólica de contração isovolumétrica.

  • B.

    O sinal de Kussmaul indica que há importante aumento da pressão venosa jugular na fase de expiração.

  • C.

    O diagnóstico de baixa voltagem do complexo QRS no plano frontal é feito quando esse acidente eletrocardiográfico apresenta magnitude menor que 1,5 mV em cada uma das derivações desse plano.

  • D.

    Onda P, com forma pontiaguda, com aumento de amplitude (maior que 0,25 mV nas derivações D2 e V1) e com desvio do eixo elétrico médio de P (SÂP) para a direita são características que permitem o diagnóstico eletrocardiográfico de onda P mitrale.

  • E.

    O pulso paradoxal, encontrado nessa paciente, corresponde a uma queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a inspiração.

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