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Homem de 55 anos portador de prótese valvar metálica (valva mitral) está em uso de Varfarina 5mg ao dia. Hoje veio a consulta de rotina assintomático. Qual exame laboratorial deve ser solicitado para acompanhamento da anticoagulação com Varfarina e qual a vitamina que pode ser usada como antídoto?
Tempo de sangramento; vitamina K
Tempo de atividade de protrombina / RNI; vitamina K
Tempo de coagulação; vitamina E
Tempo de atividade de protrombina / RNI; vitamina C
Tempo de sangramento; vitamina A
Homem de 62 anos, ex-tabagista de 20 anos-maço, procura atendimento de rotina para acompanhamento de sua Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Refere crises de broncoespasmo quinzenais, sem piora da tosse, expectoração ou presença de febre. Atualmente usa apenas aminofilina como forma de tratamento. Nesta consulta trouxe radiografia de tórax evidenciando aumento do diâmetro anteroposterior do tórax e gasometria arterial (coletada ao repouso e com paciente assintomático) demonstrando PaO2 de 72mmHg em ar ambiente.
Sobre este caso, leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os níveis de PaO2 deste paciente indicam a necessidade de oxigenioterapia domiciliar.
II. A aminofilina é um broncodilatador mais eficaz que o fenoterol nas crises de broncoespasmo.
III. Salmeterol e formoterol são exemplos de beta2-agonistas de ação prolongada.
Apenas a I está correta.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas a II está correta.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas a III está correta.
Homem de 42 anos refere crises de cefaleia latejante, hemicrâneas, com foto e fonofobia, às vezes seguidas de náuseas. Refere que as crises são geralmente quinzenais, de intensidade moderada e que ocorrem há vários anos. Nega deficits neurológicos após as cefaleias. Traz exame de ressonância nuclear magnética de crânio e eletroencefalograma, os quais são normais.
Qual o tipo de cefaleia descrita por este paciente?
Cefaleia tipo cluster;
Cefaleia do tipo tensional;
Enxaqueca;
Cefaleia em salvas;
Nevralgia do trigêmeo.
Mulher de 64 anos portador de Cirrose Hepática por hepatite C crônica procura atendimento por aumento do volume abdominal, dor local e febre (38,0oC). Suspeitou-se de peritonite bacteriana espontânea. Realizou-se paracentese diagnóstica e coleta de exames laboratoriais, os quais possuem os seguintes resultados:
- Leucócitos (ascite): 1.000/mm3
- Polimorfonucleares (ascite): 800/mm3 Albumina (ascite): 1,2g/dl Albumina (sérica): 3,2g/dl
- Gradiente de albumina soro-ascítica: 2,0 Frente a este quadro, avalie as proposições a seguir.
I. A quantidade de polimorfonucleares detectada na ascite desta paciente afasta a presença de peritonite bacteriana espontânea.
II. O Gradiente de albumina soro-ascítica desta paciente sugere que sua ascite é secundária à Cirrose Hepática.
III. Pacientes com peritonite bacteriana espontânea podem ser tratados com Cefalosporinas de 3.ª geração, como a ceftriaxona
Assiale a alternativa correta:
Apenas a I está correta.
Apenas I e II estão correta.
Apenas a II está correta.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas a III está correta.
Homem de 68 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico evoluiu com intensa dor precordial seguida de parada cardiorrespiratória enquanto fazia compras em uma loja. Estando no local, o Médico Clínico Geral iniciou o atendimento, tendo detectado que se tratava de uma parada cardiorrespiratória em Fibrilação Ventricular.
Quanto ao manejo deste caso, assinale a alternativa correta.
A fibrilação ventricular é um ritmo chocável e deve ser tratada com desfibrilação ventricular (monofásica) de 360J.
A fibrilação ventricular deve ser tratada exclusivamente com administração de adrenalina endovenosa.
A fibrilação ventricular é um ritmo chocável e deve ser tratada com cardioversão elétrica de 100J.
A fibrilação ventricular deve ser tratada com a associação de adrenalina e atropina endovenosas.
A fibrilação ventricular é um ritmo chocável e deve ser tratada com desfibrilação ventricular (monofásica) de 200J seguida por atropina endovenosa.
Com relação ao tratamento da Insuficiência Cardíaca Crônica, qual medicamento ou grupo de medicação apresenta como contraindicações: pacientes que apresentem bloqueio AV de segundo grau Mobitz II e terceiro grau; doença do nó sinusal sem proteção de marcapasso e em síndromes de pré-excitação; devendo ser administrado com precaução em idosos, portadores de disfunção renal e pacientes com baixo peso; e devendo-se ter cuidado adicional em relação a interações medicamentosas (amiodarona, quinidina, verapamil, diltiazem e quinolônicos) que podem elevar os níveis séricos dessa droga?
Furosemida (diurético).
Bisoprolol (Betabloqueadores).
Captopril (Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina II).
Digoxina (digitálico).
Com relação ao tratamento não medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), podemos afirmar que, EXCETO:
Ensaios clínicos controlados demonstraram que os exercícios aeróbios (isotônicos), que devem ser complementados pelos resistidos, promovem reduções de PA, estando indicados para a prevenção e o tratamento da HAS.
Observa-se uma discreta redução da Pressão Arterial com a suplementação de óleo de peixe (ômega 3) em altas doses diárias e predominantemente nos idosos.
Existem fortes evidências na literatura correlacionando diretamente a cessação do tabagismo com a redução da Pressão Arterial.
Ensaios clínicos controlados demonstraram que os exercícios aeróbios (isotônicos), que devem ser complementados pelos resistidos, promovem reduções de PA, estando indicados para a prevenção e o tratamento da HAS.
Quanto à investigação diagnóstica por imagem na Litíase Urinária, podemos afirmar que, EXCETO:
Os cálculos urinários produzem sinais diretos à Ressonância Magnética, podendo obter dimensões diretas precisas de seu volume, contorno e localização, sendo possível sua reconstrução em três dimensões, dependendo do aparelho utilizado.
O ultrassom é útil na avaliação de pacientes com insuficiência renal ou contraindicação ao uso de contraste, bem como para caracterizar falhas de enchimento que são visualizadas como cálculos na urografia venosa.
A urografia venosa fornece uma boa localização do cálculo no trato urinário, demonstra bem anomalias anatômicas (como cálices dilatados, divertículos calicinais, duplicação pieloureteral, entre outras) que podem predispor os pacientes para a formação de cálculos, ou que podem alterar a estratégia terapêutica.
Com uma sensibilidade entre 94% e 97% e uma especificidade entre 96% e 100%, a tomografia computadorizada (TC) helicoidal é o exame radiológico mais sensível para detecção, localização e caracterização de calcificações urinárias, portanto, TC helicoidal é consideravelmente mais efetiva do que a urografia venosa.
Quanto às Cefaleias, podemos afirmar que, EXCETO:
Uma crise intensa de Enxaqueca Comum pode requerer o uso de triptanos.
A prevenção de crises de Cefaléia Tensional pode ser eficientemente realizada com uso de corticóide (prednisona) e bloqueadores de canal de cálcio (verapamil).
Pacientes com mais de quatro crises de Enxaqueca Comum ao mês podem ser abordados com medicação profilática, como os betabloqueadores (propranolol, metoprolol, timolol), o antidepressivo tricíclico amitriptilina e o anticonvulsivante ácido valpróico.
O manejo da crise de Cefaleia em Salva é realizado com a orientação do paciente sobre hábitos que desencadeiam as crises, uso de oxigênio a 100% e ergotamina ou triptanos.
Com referência à Hemorragia Digestiva Alta (HDA), podemos afirmar que, EXCETO:
As HDAs de etiologia não varicosa são causadas principalmente por úlcera péptica gastroduodenal, lesão aguda de mucosa gastroduodenal, laceração aguda da transição esofago-gástrica (Mallory-Weiss), câncer gástrico e esofagites.
Pacientes com suspeita de HDA varicosa devem ser transferidos para unidades de terapia intensiva para adequada monitorização hemodinâmica e adoção de medidas de suporte inicial, que incluem a manutenção de vias aéreas pérvias, por vezes necessitando de intubação orotraqueal, especialmente em cirróticos com encefalopatia hepática concomitante, e a obtenção de acesso venoso periférico.
As HDAs de etiologia varicosa muito raramente (menos de 5% dos casos) cessam espontaneamente, devendo ser abordadas de forma eminentemente cirúrgica.
Embora cerca de 80% das HDAs não varicosas cessem espontaneamente, a abordagem diagnóstica necessita ser dinâmica e associada a cuidados terapêuticos no sentido de preservar o equilíbrio hemodinâmico e a vida. A magnitude do sangramento nem sempre está relacionada à etiologia, mas ligada principalmente à idade do paciente, às comorbidades e ao uso prévio de medicamentos lesivos à mucosa gástrica ou anticoagulantes.
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