Questões de Medicina do ano 2012

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Sobre a Hepatite C Crônica, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Estima-se que no Brasil entre 1% e 3% da população estejam contaminados, sendo que a maioria desconhece esse diagnóstico.

  • B.

    No presente, o tratamento antiviral é eficaz em pouco mais da metade dos pacientes que o recebem, havendo fatores preditivos de resposta virológica sustentada, ligados às características do hospedeiro ou ao vírus.

  • C.

    Durante o tratamento antiviral, as determinações quantitativas do HCV-RNA, por meio da cinética viral, são também fatores preditivos tanto de resposta satisfatória, como da ausência de resposta.

  • D.

    Além do desenvolvimento de cirrose, apresenta acentuada morbimortalidade devido às suas descompensações, e eventual evolução para o carcinoma hepatocelular, porém representa pequena fatia das indicações de transplante hepático.

Com relação ao tratamento da Hepatite B Crônica, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Na maioria absoluta dos casos, consegue-se atingir a erradicação da infecção com as drogas atualmente disponíveis no mercado para uso ambulatorial.

  • B.

    Um dos objetivos principais do tratamento é a redução na taxa de progressão da doença, bem como de suas complicações, como a cirrose descompensada e o carcinoma hepatocelular.

  • C.

    A supressão sustentada da replicação viral (HBV-DNA indetectável) é um benefício que se pode atingir com o tratamento.

  • D.

    Uma melhora da resposta histológica do fígado, com redução da atividade inflamatória e da fibrose pode ser obtida com o tratamento.

Com referência à Pancreatite Aguda podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    A forma grave da pancreatite aguda acomete aproximadamente 25% dos pacientes com essa doença e apresenta uma taxa de mortalidade que varia entre 10-20%.

  • B.

    Aproximadamente 70-75% dos pacientes com pancreatite aguda apresentam a forma leve, nos quais a mortalidade é em torno de 1%.

  • C.

    Na pancreatite aguda grave, a via preferencial de escolha para a terapia nutricional deve ser sempre a parenteral.

  • D.

    pancreatite aguda leve, a terapia nutricional enteral só deve ser iniciada se não há possibilidade do paciente receber alimentos por via oral após 5-7 dias e, em pancreatite aguda grave, pode ser iniciada assim que houver estabilidade hemodinâmica.

Sobre a Doença de Chron Intestinal, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Os locais de acometimento mais frequentes são o intestino delgado e o grosso.

  • B.

    É um processo inflamatório crônico de etiologia ainda desconhecida, curável por tratamento clínico ou cirúrgico e que acomete o trato gastrointestinal de forma uni ou multifocal, de intensidade variável e transmural.

  • C.

    Manifestações perianais podem ocorrer em mais de 50% dos pacientes.

  • D.

    Manifestações extraintestinais associadas ou isoladas podem ocorrer e atingem mais frequentemente pele, articulações, olhos, fígado e trato urinário.

Sobre a indicação de exames complementares para o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Um radiograma simples de tórax em PA e perfil deve ser solicitado de rotina frente à suspeita de DPOC, não para definição desta, mas para afastar outras doenças pulmonares, principalmente a neoplasia pulmonar.

  • B.

    A avaliação da oxigenação deve ser feita, inicialmente, de maneira não-invasiva pela oximetria de pulso.

  • C.

    Haverá justificativa para a realização de gasometria arterial para avaliação da PaO2 e PaCO2, se a oximetria de pulso identificar uma saturação periférica de oxigênio (SpO2) igual ou inferior a 90%.

  • D.

    A espirometria, com obtenção das curvas fluxo-volume e volume-tempo, é obrigatória frente à suspeita clínica de DPOC, devendo ser realizada somente após a administração de corticóide.

Sobre o uso de espaçador montado no nebulímetro pressurizado (NEP) no tratamento da Asma Brônquica, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Pode requerer uma dose maior de broncodilatador em relação ao nebulizador de jato por reduzir a deposição pulmonar da medicação, por isso não são indicados na crise aguda.

  • B.

    Pode reduzir a deposição orofaríngea dos corticóides, com redução dos efeitos adversos locais e sistêmicos.

  • C.

    Pode reduzir a tosse de pacientes com vias aéreas hipersensíveis resultante de diluentes presentes nos sprays.

  • D.

    Permite facilitar a técnica de uso dos nebulímetros, principalmente em crianças e idosos.

Com relação ao diagnóstico da Pneumonia Adquirida na Comunidade podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Leucopenia, geralmente, denota mau prognóstico, independente do agente etiológico.

  • B.

    O padrão radiológico classificado como lobar, forma broncopneumônica ou intersticial, é de fundamental importância para predizer o agente causal, guardando extrema correlação com a separação de origem bacteriana e não-bacteriana.

  • C.

    O padrão radiológico classificado como lobar, forma broncopneumônica ou intersticial, é de fundamental importância para predizer o agente causal, guardando extrema correlação com a separação de origem bacteriana e não-bacteriana.

  • D.

    A radiografia do tórax é essencial para diagnóstico, avaliação da extensão do comprometimento pulmonar e da gravidade, permitindo a identificação de complicações e a monitorização da evolução e da resposta ao tratamento.

Quanto ao tratamento da Diabetes Mellitus, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    O controle glicêmico próximo ao estado euglicêmico retarda o início e desacelera a progressão das complicações microvasculares no diabetes tipo 1.

  • B.

    O controle glicêmico próximo ao estado euglicêmico, independente da terapia usada, reduz as complicações microvasculares no diabetes tipo 2 em 25%.

  • C.

    O nível sérico de HbA1c maior do que 7,0% previne ou retarda as complicações microvasculares como retinopatia, nefropatia e neuropatia, em portadores de diabetes tipo 1.

  • D.

    O risco de hipoglicemia está inversamente relacionado ao nível sérico de HbA1c alcançado.

Com relação ao tratamento do Hipotireoidismo, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Caso o paciente não responda adequadamente à levotiroxina, a droga de segunda linha será o propiltiouracil.

  • B.

  • C.

    O nível sérico de HbA1c maior do que 7,0% previne ou retarda as complicações microvasculares como retinopatia, nefropatia e neuropatia, em portadores de diabetes tipo 1.

  • D.

    O risco de hipoglicemia está inversamente relacionado ao nível sérico de HbA1c alcançado.

Sobre o diagnóstico laboratorial do Hipertireoidismo, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    A captação de iodo radioativo (I123 ou I131) pode ser útil para o diagnóstico diferencial das causas de Hipertireoidismo e para o cálculo eventual da dose terapêutica de I131.

  • B.

    A dosagem do TSH ultrassensível (sensibilidade 0,02 mIU/L) é o teste de escolha para o diagnóstico de Hipertireoidismo franco ou subclínico.

  • C.

    Na ausência de elevação do T4 livre e presença de TSH suprimido, deve-se dosar o T3 livre (por vezes, este é o primeiro hormônio a se elevar tanto na Doença de Graves como no bócio nodular tóxico).

  • D.

    A dosagem das concentrações hormonais totais de T3 e T4 é o método de escolha para o diagnóstico.

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