Questões sobre Endocrinologia

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Paciente de 36 anos de idade é acompanhada, há dois anos, ao ambulatório de endocrinologia devido ao diagnóstico de carcinoma papilífero de tireoide. Foi submetida a tratamento primário (tireoidectomia total e ablação com radioiodo) logo após o diagnóstico e, desde então, encontra-se em terapia supressiva com levotiroxina (última dosagem sérica de TSH de 0,08 mUI/mL) e em investigação regular de atividade de doença, que inclui avaliação clínica, ultrassonografia cervical e dosagem sérica de tireoglobulina. Em sua última avaliação, há três semanas, não foram observadas anormalidades no exame clínico, porém a ultrassonografia cervical evidenciou dois nódulos hipoecogênicos e arredondados, no compartimento central, de 0,8 e 1,2 cm, respectivamente. O exame citológico de amostra dos nódulos obtida por punção aspirativa por agulha fina evidenciou carcinoma papilífero.

Com relação ao caso hipotético apresentado no texto, assinale a alternativa que indica a melhor abordagem para essa paciente.

  • A. Realizar tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglicose, para orientar seleção de tratamento cirúrgico ou com radioiodo, considerando que lesões com alta captação de fluordesoxiglicose respondem bem ao tratamento com radioiodo.
  • B. Realizar pesquisa de corpo inteiro com radioiodo na vigência de TSH endógeno elevado.
  • C. Aumentar a dose de levotiroxina para obtenção de maior supressão do TSH (< 0,05 mUI/mL).
  • D. Realizar dosagem sérica de tireoglobulina estimulada com TSH endógeno.
  • E. Encaminhar para ressecção cirúrgica dos nódulos cervicais, que deve ser seguida de radioiodoterapia, caso se detecte captação cervical de radioiodo.

Em relação à deficiência de hormônio do crescimento em adultos, assinale a alternativa incorreta.

  • A.

    Em adultos, as alterações ósseas na DGH, com aumento na formação e reabsorção ósseas, levam a um maior risco de fraturas devido ao excesso de calcificação dos ossos.

  • B.

    A composição corporal na DGH do adulto apresenta-se alterada, com aumento da massa gorda, sobretudo visceral, e diminuição da massa magra, elevando o risco de doença cardiovascular.

  • C.

    A dose de reposição de GH deve ser sempre a mínima efetiva, já que os efeitos colaterais são dosesdependentes e costumam preceder o aparecimento dos efeitos benéficos, que podem levar mais de 6 meses para se manifestar.

  • D.

    Pacientes adultos com DGH frequentemente apresentam fadiga, intolerância ao exercício, distúrbios do sono, alterações psicológicas e sociais (humor depressivo, ansiedade, labilidade emocional e isolamento social).

  • E.

    O efeito adverso mais frequente da reposição do GH é a retenção hídrica. E muito raramente a fibrilação atrial e a ginecomastia podem ser observadas durante o tratamento com GH em pacientes hipopituitários.

Assinale a alternativa correta quanto à orientação que deve ser fornecida ao paciente que irá iniciar tratamento de hipotireoidismo com levotiroxina.

  • A. Utilizar a levotiroxina antes do café da manhã ou antes do almoço.
  • B. Utilizar suplementos de ferro com, pelo menos, duas horas de intervalo da utilização de levotiroxina.
  • C. Não utilizar a levotiroxina em jejum.
  • D. Utilizar suplementos de cálcio com, pelo menos, quatro horas de intervalo da utilização de levotiroxina.
  • E. Para pacientes do sexo feminino, dobrar a dose de levotiroxina, caso seja detectada gestação, até a realização de dosagem sérica de TSH.

Em relação ao hipopituitarismo, assinale a alternativa correta.

  • A.

    Crianças diagnosticadas com deficiência de hormônio de crescimento (DGH) devem receber GH humano obtido por tecnologia do RNA recombinante, estando proibido o uso de GH obtido de hipófise de cadáver.

  • B.

    Em adultos, a resposta ao hormônio GH é altamente individual, sendo os pacientes idosos e as mulheres mais sensíveis, e os pacientes obesos mais resistentes aos efeitos do GH.

  • C.

    A reposição de andrógenos na mulher pode trazer efeitos masculinizantes indesejáveis, como alopecia, mudança no timbre da voz, hirsutismo, clitoromegalia e acne. A presença destes efeitos depende da dose administrada, podendo ser completamente evitada com doses relativamente baixas.

  • D.

    Nos homens, os esteroides sexuais, quando administrados via oral ou sublingual, apresentam baixa biodisponibilidade e grande inativação hepática, excetuando-se os andrógenos 17-alfa-alquilados, como a metiltestosterona, que são mais bem absorvidos, mas apresentam maior hepatotoxicidade.

  • E.

    Nos casos de hipotireoidismo central associados à insuficiência adrenocorticotrófica, é fundamental que seja feita reposição de glicocorticoide após o tratamento com levotiroxina devido ao risco de crise de insuficiência adrenal.

Paciente do sexo masculino, de 42 anos de idade, é encaminhado ao ambulatório para investigação de aumento de volume das extremidades, macrognatia e cefaleia. Tem também diagnóstico de osteoartrose, hipertensão arterial, obesidade (IMC de 32,5 kg/m2) e diabetes melito tipo 2. Encontra-se em tratamento com metformina (500 mg, três vezes ao dia), glibenclamida (5 mg, duas vezes ao dia) e enalapril (10 mg, duas vezes ao dia). Diante da suspeita de acromegalia, é submetido a teste oral de tolerância à glicose, cujo resultado está apresentado na tabela a seguir:

Com base no caso apresentado, assinale a alternativa correta.

  • A. O resultado do teste oral de tolerância à glicose apresentado pelo paciente, em conjunto com a observação de concentração sérica elevada de IGF-1 para sua faixa etária, confirmaria o diagnóstico de hipersecreção de GH.
  • B. O paciente apresenta quadro clínico sugestivo de hipersecreção de GH. Entretanto, para interpretação do resultado do teste oral de tolerância à glicose, é necessário especificar o método empregado para medida da concentração sérica de GH (radioimunoensaio, ensaio imunorradiométrico ou imunoquimioluminescência).
  • C. Para confirmação de hipersecreção GH, é necessária a realização de um segundo teste dinâmico (com utilização do hormônio liberador de tireotrofina ou L-dopa).
  • D. O resultado do teste oral de tolerância à glicose é sugestivo de hipersecreção de GH, mas o diagnóstico só pode ser confirmado com a realização de exame de imagem hipofisária que documente a presença de adenoma.
  • E. A interpretação do teste é dificultada pela presença de obesidade, uma vez que essa condição frequentemente está associada a resultados falso-positivos da supressão do GH em resposta à sobrecarga oral de glicose.

Em relação ao feocromocitoma, assinale a alternativa correta.

  • A.

    As lesões metastáticas devem ser ressecadas somente nos casos de feocromocitomas extra-adrenais.

  • B.

    O uso de bloqueadores beta-adrenérgico no preparo pré-cirúrgico é obrigatório.

  • C.

    Bloqueadores beta-adrenérgico, para controle de taquiarritmia, devem ser prescritos juntamente com o alfa-adrenérgico, uma vez que podem agravar os níveis pressóricos.

  • D.

    Cintigrafias feitas com 123I-metaiodo-benzil-guanidina (MIBG) podem dar falso-positivos, pois tumores como angiomiolipoma e carcinoides podem captar esse radiofármaco.

  • E.

    Na grande maioria dos pacientes, o diagnóstico de feocromocitoma é confirmado pela medida de catecolaminas e metanefrinas, já que quase todos os pacientes têm catecolaminas elevadas e níveis baixos de metanefrinas.

Paciente com hiponatremia (concentração sérica de sódio de 129 mEq/L) assintomática é encaminhado para avaliação e recebe o diagnóstico de secreção inapropriada de hormônio antidiurético.

Considerando esse diagnóstico, é correto afirmar que poderiam ser observados os seguintes achados laboratoriais:

  • A. normocalemia, hipouricemia e sódio urinário acima de 40 mEq/L.
  • B. hipocalcemia, alcalose metabólica e osmolalidade urinária acima de 100 mOsmol/kg.
  • C. osmolalidade urinária acima de 100 mOsmol/kg, hipopotassemia e hipouricemia.
  • D. alcalose metabólica, hipouricemia e sódio urinário acima de 40 mEq/L.
  • E. acidose metabólica, hiperpotassemia e hiperosmolalidade urinária (>100 mOsmol/kg).

Em relação à doença de Cushing, analise as afirmativas abaixo.

I. Além de ser eficaz no tratamento hipercortisolismo, a adrenalectomia também é a terapia de escolha para o tratamento inicial da doença de Cushing.

II. A irradiação externa de hipófise com acelerador linear pode ser utilizada em pacientes que, por qualquer razão, não possam ser submetidos à cirurgia ou em caso de insucesso com a cirurgia transesfenoidal.

III. O termo doença de Cushing é reservado apenas para os casos de síndrome de Cushing de etiologia hipofisária e adrenal.

IV. O tratamento cirúrgico visa à ressecção do tecido adenomatoso hipofisário produtor de ACTH, com preservação do tecido hipofisário normal.

É correto o que se afirma em

  • A.

    I e III, apenas.

  • B.

    I, III, e IV, apenas.

  • C.

    II e III, apenas.

  • D.

    II e IV, apenas.

  • E.

    IV, apenas.

Paciente de 26 anos de idade é acompanhada ambulatorialmente, há dois anos, devido ao diagnóstico de macroprolactinoma (12 mm, sem extensão suprasselar, na ocasião do diagnóstico). Encontra-se em tratamento com cabergolina, 0,5 mg, duas vezes por semana, e sua última avaliação complementar, há três meses, evidenciou prolactina sérica de 5,3 ng/mL e adenoma hipofisário de 9 mm, sem extensão suprasselar. Em avaliação clínica de rotina, a paciente levou resultado positivo de beta-hCG, e a idade gestacional calculada pela data da última menstruação foi de seis semanas e três dias.

Considerando a situação hipotética apresentada no texto, é correto afirmar que a melhor abordagem dessa paciente consiste em

  • A. substituir a cabergolina por quinagolida, considerando o diagnóstico de macroprolactinoma, já que a quinagolida, ao contrário da cabergolina, não atravessa a placenta.
  • B. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da avaliação do campo visual, reiniciando a cabergolina em caso de sintomas ou sinais compressivos.
  • C. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da dosagem sérica de prolactina, uma vez que, durante a gestação normal, a prolactina sérica raramente se eleva para valores superiores a 300 ng/mL.
  • D. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da avaliação do campo visual, solicitando avaliação por ressonância magnética em caso de sintomas ou sinais compressivos.
  • E. manter a cabergolina, considerando o diagnóstico de macroprolactinoma e o fato de já ter havido exposição fetal à droga durante o período inicial de organogênese.

Em relação à síndrome dos ovários policísticos (SOP), assinale a alternativa correta.

  • A.

    Antecedentes de peso acima da média ao nascimento e pubarca precoce conferem risco aumentado para o aparecimento da SOP, cujos sintomas, usualmente, iniciam-se na época da menarca.

  • B.

    No tratamento da SOP, a metformina é indicada para mulheres com creatina sérica maior ou igual a 1,4mg/dL, disfunção hepática e alcoolismo.

  • C.

    Tanto as pacientes as obesas quanto as não obesas apresentam níveis de colesterol total, LDLcolesterol e triglicérides aumentados.

  • D.

    Os progestágenos são indicados isoladamente nos hiperandrogenismos cutâneos de início recente, ao redor da menarca, em jovens com ciclos ainda unifásicos.

  • E.

    A biossíntese aumentada de andrógenos está relacionada ao aumento do gene CYP17 e à menor estabilidade do seu RNA mensageiro nas células da teca.

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