Questões de Medicina da Intituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (IDECAN)

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A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição a alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE), que pode resultar em sintomas crônicos ou recorrentes. Diante do exposto, analise.

I. A dosagem de IgE bem como a eosinofilia no sangue periférico e na secreção nasal são indicadores indiretos de atopia, pouco sensíveis e pouco específicos. A dosagem de IgE total deve acompanhar as dosagens de IgE específicas para uma adequada interpretação.

II. A rinite alérgica, como toda reação alérgica, pode apresentar duas fases. A primeira, chamada imediata, ocorre minutos após o estímulo antigênico, e a segunda ocorre de quatro a oito horas após o estímulo, sendo denominada fase tardia ou inflamatória. Ambas apresentam liberação de mediadores químicos, sendo a histamina o principal mediador liberado na segunda fase.

III. O cromoglicato dissódico pode ser uma opção para os casos mais leves, ou quando se deseja retirar os esteroides em um paciente que respondeu bem, mas vem usando a droga há muito tempo e ainda não se tem segurança que permanecerá bem sem medicação.

IV. Estudos clínicos já demonstraram que o uso de montelucaste via oral, na dose de 10 mg uma vez ao dia (para adultos), é bem tolerado e traz alívio significativo dos sintomas nasais diurnos e noturnos além dos sintomas oculares da rinite alérgica.

Estão corretas as afirmativas

  • A. I, II, III e IV.
  • B. I, II e III, apenas.
  • C. I, II e IV, apenas.
  • D. I, III e IV, apenas.

O acúmulo de líquido na camada superficial da lâmina própria caracteriza o edema de Reinke. Assinale, a seguir, uma conduta incompatível.

  • A. A fonoterapia é indicada 20 dias após a cirurgia.
  • B. É importante afastar fatores predisponentes, como abolir o tabagismo.
  • C. A preservação da mucosa não relaciona com o sucesso cirúrgico, seja qual for a técnica.
  • D. Em edemas muito organizados, uma opção é a retirada com pinça saca-bocado ou microdebridador.

Os tumores de laringe apresentam incidência de 17,8 casos/100.000 habitantes e mortalidade de 7,4 em São Paulo. De acordo com o exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Os tumores supraglóticos são os segundos em incidência. Possuem prognóstico ruim. Podem cursar com disfagia, odinofagia, disfonia, otalgia e linfoadenomegalia cervical. Em 50% dos casos possuem acometimento bilateral.

( ) Os tumores glóticos representam a forma mais comum. A drenagem linfática dessa região é escassa. Quando o tumor apresenta-se limitado à laringe, porém com fixação de corda, classifica-se como T2.

( ) Os tumores subglóticos são raros. O diagnóstico é feito em fases avançadas. Em geral, apresenta-se metástase paratraqueal.

( ) A invasão de cartilagem e a invasão além da laringe são indicações de tratamento com radioterapia.

A sequência está correta em

  • A. V, V, V, V.
  • B. V, V, F, V.
  • C. V, F, V, V.
  • D. V, F, F, V.

As laringites, com sintomas de disfonia, dispneia ou disfagia podem ser divididas em agudas ou crônicas, dependendo da duração de seus sintomas. Sobre as laringites agudas e crônicas, assinale a afirmativa INCORRETA.

  • A. A região infraglótica é a área mais envolvida nas laringites crônicas por hanseníase.
  • B. O angioedema laringotraqueal é um tipo de laringite crônica ligado ao uso de IECA ou reações alérgicas.
  • C. A laringite por tuberculose caracteriza-se por monocordite com hiperemia difusa, infiltração, vegetação, ulceração e paralisia de pregas vocais.
  • D. Na laringite por refluxo laringo-faríngeo, são visualizados edema e hiperemia de aritenoides e região retrocricoidea, paquidermia e granuloma posterior de contato.

As laringites crônicas cursam com disfonia, dispneia e/ou disfagia. Os sintomas apresentam duração superior a duas semanas. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. A laringite crônica por tuberculose é uma complicação da doença pulmonar, altamente contagiosa. É a lesão granulomatosa mais comum da laringe.

II. A laringite crônica por Leishmaniose é uma lesão ulcerogranulomatosa principalmente infraglótica. O diagnóstico se faz através de biópsia e sorologia.

III. A laringite crônica por granulomatose de Wegner é uma alteração laríngea principalmente na região supraglótica, cursando com estenose.

IV. A visualização de enantemas, placas esbranquiçadas ou vegetantes na videolaringoscopia faz-se pensar no diagnóstico de candidíase.

Estão corretas apenas as afirmativas

  • A. I e II.
  • B. I e III.
  • C. I e IV.
  • D. II e IV.

Sobre a Otite Média Aguda (OMA), uma inflamação da orelha média provocada por agentes bacterianos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A efusão da orelha média caracteriza-se pelo abaulamento de membrana; presença de nível hidroaéreo atrás da membrana ou otorreia.

( ) São achados na OMA: membrana timpânica hiperemiada, opaca e abaulada; membrana com mobilidade preservada à insuflação pneumática; bolhas no tímpano (miringite bolhosa).

( ) Paciente, 4 meses de idade, otalgia intensa, febre ≥ 39 por 4 horas, membranas timpânicas hiperemiadas ao exame. Nesse caso, a adoção de terapia antimicrobiana imediata é a conduta mais correta.

( ) Paciente, 3 anos, queixa-se de otalgia bilateral sem otorreia. Febre de 37,9°. Membranas timpânicas opacas. A adoção de conduta conservadora, com observação em dois dias, não deveria ser feita.

A sequência está correta em

  • A. V, F, V, F.
  • B. F, V, F, V.
  • C. V, V, V, F.
  • D. V, F, F, V.

A manifestação clínica comum das parotidites e o desconhecimento da etiopatogenia da maioria dessas condições fazem com que as classificações existentes variem de autor para autor. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. Na parotidite por caxumba, o portador da doença é contagioso a partir de um dia antes da eclosão da sintomatologia, até o 14º dia após o desaparecimento total dos sinais e sintomas.

II. O Streptococcus aureus e o Streptococcus viridans são as bactérias mais comumente isoladas de pacientes com parotidite aguda supurativa. Micro-organismos Gram-negativos são, também, frequentemente encontrados.

III. O diagnóstico da parotidite crônica é clínico e o tratamento segue as mesmas bases da forma aguda, mas o prognóstico é bem menos favorável.

IV. A sialometaplasia necrosante é uma lesão benigna de caráter inflamatório, que envolve as glândulas salivares maiores do palato, tendo sido recentemente individualizada. O aspecto clínico pode ser uma tumoração ou lesão ulcerada no palato.

Estão corretas apenas as afirmativas

  • A. I e II.
  • B. I e III.
  • C. II e III.
  • D. II e IV.

As laringites agudas são aquelas em que os sintomas têm duração inferior a duas semanas. Diante do exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.

  • A. A laringite catarral aguda é de etiologia principalmente bacteriana (H. influenzae e M. catarrhalis) do que viral (rinovírus e coronavírus).
  • B. A laringotraqueobronquite aguda apresenta pico de incidência aos dois anos de idade. À videolaringoscopia vizualiza-se edema infraglótico.
  • C. Pacientes com estridor em repouso, retração intercostal ou supraesternal, palidez ou cianose devem ser tratados por meio de nebulização com adrenalina e corticoide.
  • D. A epiglotite aguda é um quadro de odinofagia súbita. Paciente apresenta-se com tronco inclinado para frente e boca aberta. Diagnóstico essencialmente clínico. Radiografia cervical lateral em casos duvidosos: “sinal da torre".

Em relação à Parotidite Recorrente Idiopática (PRI), que consiste na inflamação recorrente e autolimitada da glândula parótida e atinge preferencialmente crianças dos três aos seis anos de idade, sendo mais frequente no sexo masculino, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A. À palpação, a parótida apresenta-se duro-elástica e de limites bem definidos. O edema condiciona frequentemente apagamento do ângulo da mandíbula e elevação do lóbulo da orelha.
  • B. As hipóteses etiológicas que reúnem maior consenso defendem a diminuição do fluxo salivar devido à combinação de malformações canaliculares e infeções ascendentes a partir da cavidade oral.
  • C. A inflamação glandular resultante conduz à formação de sialectasias, metaplasia ductal, aumento da secreção mucosa e, consequentemente, diminuição do fluxo salivar, predispondo à inflamação recorrente.
  • D. A sialografia, pouco cômoda porque exige a injeção de um produto de contraste no canal parotídeo, é hoje considerada o exame de primeira linha. A imagem típica consiste na presença de sialectasias que correspondem a dilatações acinares e/ou canaliculares e que surgem como imagens saculares preenchidas por produto de contraste.

As glândulas salivares maiores e menores são com frequência sede de doenças que podem manifestar-se clinicamente por aumento de volume e distúrbios secretórios. Sobre as parotidites, em geral, assinale a afirmativa correta.

  • A. Na parotidite epidêmica por caxumba, a glândula parótida aumentada propicia, à palpação, aspecto amolecido e, apesar de se apresentar mais aquecida, não se observa, em geral, eritema.
  • B. A localização mais comum do adenoma pleomórfico é no palato duro, próximo ao palato mole e no interior da glândula parótida. Apresenta sintomatologia dolorosa, fixação aos planos profundos e paralisia do facial, no caso da parótida.
  • C. A parotidite recorrente caracteriza-se por súbita tumefação uni ou bilateral da parótida, sendo que as submandibulares nunca são envolvidas. Pode durar dias ou meses, apresentando períodos de remissão e de exacerbação.
  • D. A sialolitíase é mais comum na glândula parótida, aproximadamente em 80% dos casos, ocorrendo na submandibular em cerca de 20% e na sublingual em menos de 1%. É comum o cálculo ser expelido espontaneamente pela pressão que a saliva retida exerce, deslocando-o, desobstruindo o ducto, diminuindo a dor e o volume desta estrutura.
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