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Quem passa pela porta da sala de aula da professora Lívia e observa a classe acha que a indisciplina reina no lugar. Alguns alunos, de pé, circulam entre os grupos, dando palpites no trabalho alheio. Muitos falam ao mesmo tempo, parecendo negociar pontos de vista. Outros prendem papéis nos murais, enquanto poucos escrevem numa tabela. A professora percorre a sala, buscando a interação com os alunos.
Esta narrativa está fundamentada numa concepção de disciplina, segundo Aquino (1996), em que prevalece o olhar baseado numa perspectiva:
psicológica, na qual a indisciplina é resultado de uma carência psíquica infra-estrutural.
socio-histórica, na qual a indisciplina se torna força legítima de resistência.
social-condicionante, na qual a pobreza e as carências alimentares geram situações de indisciplina.
ético-moralizante, na qual se constata que a crise de valores atinge o espaço escolar.
do conhecimento e da relação professor-aluno, na qual a agitação é catalisadora do ato de conhecer.
Após a proposição de uma atividade, um aluno perguntou ao professor: "Vai ser para nota?". Diante da negativa do professor, o aluno comentou: "Ah, então eu não vou fazer..." Falas como a desse aluno revelam uma concepção de avaliação com a qual os discentes se habituaram. Trata-se da "Pedagogia do exame" (Luckesi, 1995), que tem como conseqüências:
oferecimento de subsídios para a decisão da melhoria da aprendizagem, conformismo psíquico e ênfase em resultados.
auxílio na construção de aprendizagem satisfatória, desenvolvimento do autocontrole e compromisso com a geração de competências.
práticas pedagógicas centradas na avaliação, ajuda na construção de um psiquismo auto-referente e ação didática voltada para a promoção social.
controle da aprendizagem e da disciplina baseado no medo, internalização positiva de padrões de conduta e reforço à estruturação social classista.
secundarização do significado do ensino e da aprendizagem, desenvolvimento de personalidades submissas e produção de seletividade social.
Um aluno expressou um conceito errado em uma redação. Ao constatar o erro, seu professor, por aderir a uma concepção mediadora de avaliação, considerou que essa redação e as tarefas de aprendizagem, em geral, devem ser compreendidas como um(a):
momento de fixação de conteúdos e de aferição de resultados, no intuito de devolver ao aluno uma compreensão o mais clara e fiel possível dos conhecimentos trabalhados pela escola.
elemento de reflexão sobre o processo de construção do conhecimento, subsidiando a reformulação de tarefas e a revisão sobre o modo como os conteúdos são trabalhados.
resultado da interação entre a subjetividade do aluno e a subjetividade do professor, oferecendo ao docente a possibilidade de medir a aprendizagem com maior precisão e fazer a decorrente classificação.
possibilidade de conhecer as hipóteses dos alunos e de retê-las, pois são a expressão da criatividade necessária para lidar com a complexidade do mundo contemporâneo.
busca de problematização, tendo em vista a seleção dos mais aptos e a recuperação dos que ainda precisam de reforço, por meio da reescritura após a correção.
Uma professora escreveu no alto de uma ficha: "Verificação bimestral". Uma colega da mesma escola, ao ver a ficha, perguntou se não seria melhor se registrasse "Avaliação da aprendizagem".
Na contraposição entre verificação e avaliação, há na segunda concepção a busca por uma construção efetiva da aprendizagem porque a avaliação:
subsidia a ação educativa ao proporcionar a compreensão de avanços, limites e dificuldades dos educandos diante dos objetivos.
supõe observação, obtenção, análise e síntese dos dados que delimitam os conteúdos com os quais se está trabalhando.
culmina com a obtenção da informação necessária para constatar se o educando atingiu os objetivos traçados.
proporciona ao educando a utilização de instrumentos diferenciados de medida, que possibilitam uma melhoria de sua nota.
classifica os alunos segundo critérios de aproveitamento que são registrados e escalonados para a formulação de uma média.
A professora Renata busca, através de práticas de avaliação, um processo formativo. Uma avaliação nesta perspectiva oferece ao professor:
visão dos desempenhos distribuídos em diferentes graus e referenciais comparativos entre os educandos.
resultados individualizados a partir de práticas coletivizadas e relação utilitarista com o conhecimento.
possibilidade de trabalhar com notas e com conceitos, e de expressar o desempenho de modo quantitativo e qualitativo.
identificação e explicação de erros e interpretações quanto às estratégias e atitudes dos alunos.
maior tempo dedicado às atividades de avaliação e resultados mais correspondentes à aprendizagem real.
Analise as afirmações abaixo.
I – Diferenciar é organizar as interações e as atividades, de modo a que cada aluno seja confrontado constantemente com as situações didáticas mais fecundas para ele.
II – A pedagogia diferenciada que proporciona os melhores resultados é a divisão em grupos de níveis ou cursos, cada um deles dotado de um currículo específico.
III – A diferenciação do ensino rompe com a indiferença às diferenças e neutraliza os mecanismos de fabricação do sucesso escolar.
IV – A diferenciação restrita visa a que todos atinjam o mesmo nível de domínio, através da adoção de caminhos que conduzam às mesmas competências.
No que diz respeito às pedagogias diferenciadas, são corretas, apenas, as afirmações:
Dentre as descrições abaixo, assinale aquela que corresponde a uma transposição didática que leve a aprendizagens efetivas e ao desenvolvimento de competências de alto nível.
Divisão do programa em unidades independentes, tendo cada uma um tempo delimitado de sensibilização, de exercício e de controle.
Apresentação da matéria e aplicação de exercícios de fixação em atividades de aula, com encaminhamento de mais exercícios para casa.
Aplicação eqüitativa de instrumentos de avaliação após a exposição e o emprego de conteúdos em situações cotidianas.
Adoção de um livro didático de referência a partir do qual é possível fundamentar os conhecimentos que fazem parte de um bloco de ensino.
Proposição de atividades grupais em que os alunos observem fenômenos naturais e pesquisem outros fenômenos correlatos.
Ao analisar as causas do fracasso escolar, Perrenoud (2001) identifica o currículo como um mecanismo que fabrica o insucesso quando o(a):
corpo docente busca o intercâmbio de saberes e a construção coletiva de aprendizagem.
cultura escolar é elitista por ditar conteúdos exigentes e aprendizagens precoces.
gestão escolar se aproxima das decisões pedagógicas e gera planejamento participativo.
formulação curricular está baseada no saber das classes populares e nos conteúdos oficiais.
instituição escolar se submete a mecanismos externos de avaliação.
A professora Laura organiza sua ação didática por meio de projetos de trabalho que, de acordo com a concepção de Hernández (1998), são caracterizados como um(a):
método inspirado no pragmatismo que visa à solução de problemas concretos.
percurso singular que procura estabelecer conexões entre diferentes tipos de informação e fenômenos.
desenvolvimento de unidades didáticas fundadas na seleção de conteúdos preestabelecidos.
metodologia de ensino centrada nas atividades, baseada nos pressupostos escolanovistas.
seqüência estável de passos em torno de um tema vinculado a uma tipologia de informação.
Num contexto histórico caracterizado pelo processo de globalização social, cultural e econômica, é fundamental que a educação escolar esteja conectada com a contemporaneidade, não para apoiar as suas incoerências, mas para formar cidadãos capazes de enfrentar desafios complexos. Para desenvolver esta tarefa, faz-se necessário adotar uma prática pedagógica transdisciplinar, o que diz respeito à(ao):
integração entre as disciplinas tendo em vista uma ampliação da especialização e o aprofundamento de conhecimentos próprios de cada campo.
identificação de aproximação de conceitos entre disciplinas com enfoques diferenciados, segundo metodologias específicas.
criação de disciplinas a partir da junção de áreas do conhecimento que possuem afinidade epistemológica.
concepção de pesquisa compartilhada por várias disciplinas, acompanhada por uma interpretação recíproca das epistemologias disciplinares.
estabelecimento de uma rede de comunicação entre disciplinas para que haja troca recíproca de informações.
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