Questões de Pedagogia da Instituto Nacional de Educação (CETRO)

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A cultura refere-se a significados compartilhados e concebe-se como prática social, não como coisa (artes) ou estado de ser (civilização). Desta forma, é correto afirmar que currículo é

  • A.

    um projeto de controle do ensino e da aprendizagem, ou seja, da atividade prática da escola. Desde os seus primórdios, currículo envolve uma associação entre o conceito de ordem e método, caracterizando-se como um instrumento facilitador da administração escolar.

  • B.

    um documento obrigatório da escola que explicita e registra qual objetivo educacional deve a escola procurar atingir; que experiências educacionais podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcançar esses propósitos; como organizar eficientemente essas experiências educacionais; como ter certeza de que esses objetivos estão sendo alcançados.

  • C.

    um documento que apresenta os objetivos educacionais; os conteúdos, o conjunto de formas culturais e de saberes selecionados para integrar as diferentes áreas curriculares em função dos objetivos gerais da área; os critérios de avaliação e orientações didáticas. Tal conceito está de acordo com modelo curricular sobre o qual se assentam os PCN.

  • D.

    um território onde se travam ferozes competições em torno dos significados. O currículo não é um veículo que transporta algo a ser transmitido e absorvido, mas sim um lugar em que, ativamente, em meio a tensões, se produz e se reproduz a cultura. Currículo refere-se, portanto, à criação, recriação, contestação e transgressão.

A adaptação do método de ensino às necessidades de cada aluno é, de fato, um procedimento fundamental na atuação de todo educador. O ensino não ocorrerá, verdadeiramente, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. A respeito disso, assinale a alternativa que se relaciona com esse propósito.

  • A.

    Criar estratégias que atendam às necessidades específicas apenas de um grupo de alunos.

  • B.

    Criar instrumentos avaliativos que priorizem o ensino formal de toda a sala.

  • C.

    Adaptar instrumentos que avaliem o aprendizado de um grupo específico.

  • D.

    Adaptar o espaço físico da escola para os alunos com necessidades educacionais especiais.

O currículo é o polo estruturante do trabalho dos educadores e afeta a organização do trabalho dos educandos. A organização de trabalho dos educadores é condicionada pela organização escolar que, por sua vez, é inseparável da organização curricular. Uma porta de entrada para repensar e reinventar os currículos é

  • A.

    a reorganização curricular com base no trabalho mais coletivo dos(as) educadores(as), no planejamento por coletivos de área ou por coletivos de ciclo, revendo os conteúdos de docência e de ação educativa. Também nos coletivos docentes passar a investigar os currículos a partir dos educandos, pois não há como ignorá-los. Tornam-se, assim, produtores coletivos do currículo.

  • B.

    a integração com as famílias. Os educandos e as famílias obrigam a manter o nosso sistema educacional, a estrutura das escolas de forma rígida, disciplinada, normatizada, segmentada, em níveis, séries, estamentos e hierarquias. O trabalho docente reproduz essas estruturas, hierarquias, níveis, prestígios, carreiras e até salários, hierarquizados. As sociedades, por meio das famílias dos educandos, produzem os currículos escolar, que condicionam a vida profissional dos educadores e a escolaridade dos estudantes.

  • C.

    a concordância com os currículos existentes nas escolas que, organizados pelos órgãos do sistema, inspirados no referente político da garantia do direito de todos ao conhecimento, à cultura, permitem a humanização do trabalho dos profissionais das escolas; hierarquizam os docentes.

  • D.

    olhar os alunos, pois o ordenamento curricular representa uma determinada visão do conhecimento e uma determinada visão dos alunos. O currículo deve partir de protótipos de alunos e estrutura-se em função desses protótipos, reproduzindo e legitimando-os. O ordenamento curricular termina reproduzindo e legitimando a visão que, como docentes ou gestores, os profissionais têm educandos, das categorias e das hierarquias em que os classificam.

As adaptações curriculares de pequeno porte (não significativas) são as ações realizadas

  • A.

    pela Direção da escola para promover as adaptações arquitetônicas necessárias para facilitar o processo de ensino aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais.

  • B.

    no âmbito administrativo, pela Secretaria de Educação, para a melhoria no atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais no processo de ensino aprendizagem.

  • C.

    no âmbito pedagógico orientadas pelo Ministério da Educação com o objetivo de capacitar os professores para a melhoria no atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais.

  • D.

    pelo professor, com o objetivo de permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem.

Em um processo educativo dialético, todos aprendem e todos ensinam, numa construção coletiva do conhecimento. A responsabilidade pela aprendizagem escolar dos estudantes é igualmente dividida entre os especialistas, gestores, professores, estudantes, educadores não docentes e pais. Na analise das planilhas com os resultados da avaliação, a supervisão escolar precisa considerar, além do “produto” expresso nas notas/ menções dos estudantes, o “processo” no qual se deu a aprendizagem. Esse processo é revelado

  • A.

    nas condições da escola e na ação do professor, entre outros. A ação de acompanhamento do processo ensino-aprendizagem que ocorre na escola exige estabelecer os mecanismos adequados de observação e intervenção e, no que tange à avaliação, é importante analisar os resultados das avaliações externas, explorar as avaliações já desenvolvidas internamente pela escola e assessorar na elaboração de um plano de ação.

  • B.

    pelas políticas públicas, sobretudo, pela classificação da escola com base em índice, como o IDEB. O IDEB foi criado pelo INEP em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar obtidos no Censo Escolar e médias de desempenho nas avaliações do INEP, o SAEB e a Prova Brasil.

  • C.

    também pelo espaço-tempo doméstico, as relações familiares nomeadamente entre cônjuges, entre pais e filhos. As articulações sociais do espaço-tempo domésticas com o espaço-tempo escolares são complexas. Há uma relação muito forte entre os resultados da aprendizagem e as condições familiares. Alunos advindos de famílias estruturadas apresentam bom desempenho escolar.

  • D.

    pelas condições de trabalho dos docentes que geralmente desenvolvem a atividade docente sem nenhum amparo. Os supervisores podem realizar a mediação entre o caos e o desejável, ir além da problematização no âmbito da Diretoria, pressionando os órgãos centrais por uma política de valorização do magistério.

Para que o professor possa atuar na área da Educação Especial, precisará de conhecimentos específicos e

  • A.

    curso de pós-graduação em qualquer área do conhecimento.

  • B.

    conhecimentos específicos da área em que vai atuar.

  • C.

    conhecimentos gerais para a prática docente.

  • D.

    conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área.

A partir da ação e interação com o mundo (a natureza, as pessoas, os objetos) e das práticas culturais, a criança constitui o que se chama de função simbólica, ou seja, a possibilidade de representar, mentalmente, por símbolos, o que ela experiencia, sensivelmente, no real. O desenvolvimento da função simbólica no ser humano é de extrema importância, uma vez que é por meio do exercício desta função que o ser humano pode

  • A.

    desenvolver a percepção e a memória. A percepção é realizada pelos cinco sentidos externos. O ser humano desenvolve estes sentidos desde que não haja impedimentos nos órgãos dos sentidos ou nas estruturas cerebrais. Os sentidos funcionam com interdependência, o que tem uma relevância fundamental para os professores, pois o ensino deve mobilizar várias dimensões da percepção para que o aluno possa “guardar” conteúdos na memória de longa duração.

  • B.

    arquivar, evocar e esquecer. Ela é modulada pela emoção, isto quer dizer que os estados emocionais podem interferir no comportamento. Em sala de aula, não é somente o conteúdo que motiva, mas, sobretudo, como o professor trabalha com este, seja ele da escrita, artes ou ciências.

  • C.

    unir elementos percebidos e experiências em novas redes de conexão. O funcionamento dessa função e seu desenvolvimento, embora relacionados às outras funções psicológicas superiores, têm uma grande autonomia e se manifestam tanto na ação como no ato de aprender.

  • D.

    construir significados e acumular conhecimentos. É a atividade mais básica das ações que acontecem na escola, tanto do educador como do educando. Quando os elementos do currículo não mobilizam adequadamente o exercício desta função, a aprendizagem não se concretiza.

A avaliação pedagógica é um processo dinâmico que considera o conhecimento prévio e o nível atual de desenvolvimento do aluno. Portanto, o professor deverá criar estratégias avaliativas que

  • A.

    reflitam o conteúdo ensinado em sala. Para isso será preciso a elaboração de provas formais compostas de alternativas de múltipla escolha.

  • B.

    levem em conta o coletivo, em detrimento ao individual, pois é preciso considerar a sala como um conjunto homogêneo composto por alunos com níveis de conhecimento semelhantes.

  • C.

    valorizem a particularidade de cada aluno, pois alguns poderão necessitar da ampliação do tempo para a realização dos trabalhos e o uso da língua de sinais, de textos em Braille, de informática ou de tecnologia assistiva como uma prática diária.

  • D.

    levem em conta o individual, pois é preciso avaliar cada aluno a partir do conteúdo ensinado em sala. Para isso, tanto os trabalhos quanto as provas deverão ser aplicados com rigor, sem qualquer consulta.

A realidade social é dinâmica e está constantemente em mudança; o indivíduo é o agente ativo que constrói e dá sentido à realidade; o programa educativo não é um produto considerado à margem do contexto e dos sujeitos que o desenvolvem. Desta forma, na avaliação do processo de ensino e aprendizagem,

  • A.

    somente o aluno, os resultados e os conhecimentos são avaliados. Há a informação sobre a compreensão dos conteúdos, objeto da avaliação, possibilitando a classificação dos alunos.

  • B.

    avaliam-se os resultados pretendidos, as pessoas, não necessariamente de forma contextualizada. Fornece um feedback sobre o processo de ensino e aprendizagem.

  • C.

    há necessidade de garantir o dialogo crítico dos alunos sobre as dificuldades que vivenciam no processo e considerar tanto os aspectos intelectuais como os afetivos, sociais e éticos. Fornece um feedback sobre o processo de ensino e aprendizagem.

  • D.

    não há espaço para a proposição de melhoria do processo, e sim da aprendizagem do aluno; não há previsão de uma autoavaliação discente. O objetivo é verificar e quantificar a aprendizagem. Fornece um feedback sobre a aprendizagem de cada aluno.

No ano de 1854, foi criado pelo Imperador D. Pedro II, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (IMC). Esse Instituto foi um marco importante na história da Educação Especial no Brasil. O seu nome mudou e, atualmente, ele é conhecido como

  • A.

    Instituto Brasileiro de Pessoas com Deficiência Visual.

  • B.

    Instituto Benjamin Constant.

  • C.

    Associação Laramara de assistência ao Deficiente Visual.

  • D.

    Lar das Moças Cegas.

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