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Psicologia - Psicologia Organizacional - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2010
Assinale a opção correta, com relação a equipes interprofissionais.
As pesquisas com equipes interprofissionais indicam que é fácil o acordo sobre os limites do poder de influência entre os profissionais, ou mesmo sobre os limites individuais na deliberação conjunta entre os distintos especialistas.
Em equipes interprofissionais, a possibilidade de o profissional se tornar resistente a mudanças e a opiniões discordantes é praticamente inexistente, já que o conflito, precursor da mudança, se torna a regra para que o trabalho se concretize.
O trabalho em equipes interprofissionais independe de mudança no processo de formação dos profissionais, pois a formação técnica os torna capazes de prestar atenção integral e humanizada às pessoas.
É comum o profissional que atua em equipes interprofissionais, tão logo inicie o trabalho, desconstruir a identidade característica de seu núcleo de especialidade, o que facilita a interação em espaços interdisciplinares.
O atual estágio de conhecimento sobre equipes interprofissionais permite afirmar que nenhum especialista, de modo isolado, pode assegurar uma abordagem integral dos problemas de saúde, por exemplo.
Psicologia - Psicologia Organizacional - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2010
Em organizações que operam por meio de várias modalidades profissionais, a organização do processo de trabalho pode apresentar uma integração disciplinar predominantemente multi ou pluridisciplinar, o que a diferencia do processo de trabalho realizado em equipes. A respeito de equipes interprofissionais, assinale a opção correta.
Do ponto de vista quantitativo, o trabalho em equipe constituída de profissionais de diferentes áreas é mais produtivo que o trabalho realizado por indivíduos que trabalham isoladamente.
A educação interprofissional baseia-se na proposta de que profissionais aprendem juntos sobre o trabalho conjunto e sobre as especificidades de cada profissão, com o objetivo de melhorar a qualidade no cuidado ao paciente.
No âmbito do trabalho em equipe, as competências devem ser divididas em competências exclusivas de cada profissão e competências colaborativas, estas essenciais ao trabalho em conjunto.
Nos ambientes em que atuam equipes interprofissionais, falhas ou erros não são utilizados para a defesa de interesses particulares, como, por exemplo, a luta política entre profissões.
O corporativismo é uma das características essenciais ao trabalho interprofissional, pois promove a coesão profissional em torno de práticas socialmente estabelecidas.
Diante dos conflitos cotidianos, é necessário que a escola desenvolva ações preventivas e curativas, no intuito de tornar as relações e o ambiente escolar harmoniosos, por meio da prática do diálogo e da mediação de conflitos. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
A mediação é definida como um processo adversarial, confidencial e voluntário, no qual um terceiro parcial facilita a negociação entre duas ou mais partes, propondo um acordo mutuamente aceitável, que poderá ser um dos desenlaces possíveis.
A ideia de mediação de conflitos como método formal para resolver ou solucionar controvérsias difundiu-se a partir da década de 60 do século XX, como a intervenção de uma terceira pessoa para ajudar na negociação de interesses.
O método de mediação é exclusivo da área de Direito, já que, junto com a arbitragem e a conciliação, ele se tornou uma forma de resolver impasses, em que os envolvidos chegam a um acordo mútuo que satisfaça às suas necessidades.
A proposta de mediação apresenta-se à escola como a única alternativa democrática para prevenir situações em torno dos diversos tipos de violência.
No Brasil, existe uma legislação que regula a prática da mediação na escola. Essa lei contribui para a convivência mais saudável, a construção da cidadania e o enfrentamento da violência escolar.
Para que o processo de mediação ocorra sem grandes oscilações, algumas normas devem ser estabelecidas, como: intimidade, confidencialidade, liberdade de expressão, compromisso com o diálogo e imparcialidade. Assinale a alternativa que apresenta esclarecimento correto a respeito de uma dessas normas.
Intimidade: o mediador compromete-se, diante das pessoas às quais presta ajuda, a guardar sigilo sobre o conteúdo das conversações.
Confidencialidade: os protagonistas do conflito não serão forçados a falar mais do que considerarem parte de sua intimidade.
Liberdade de expressão: os protagonistas comprometem-se a expressar-se com liberdade, mas assumindo que, nos diálogos, estão proibidos os insultos e os ataques verbais, físicos ou psicológicos.
Compromisso de diálogo: o mediador compromete-se a não tomar partido de nenhuma das partes em conflito.
Imparcialidade: os protagonistas devem comprometer-se a falar de suas dificuldades e conflitos nas sessões de trabalho.
Acerca dos programas de prevenção à violência na infância, julgue os itens que se seguem.
Os programas dedicados aos primeiros anos de vida da criança devem contemplar o apoio à família e respeitar um modelo uniforme, assegurando, para toda criança, independentemente do local onde vive, as condições para seu desenvolvimento.
Cláudia procurou o serviço de saúde do órgão público em que trabalha, com queixas de náuseas constantes, insônia e sono agitado com pesadelos, dores de cabeça e no peito, além de muita impaciência e irritabilidade. O médico que a atendeu constatou pressão arterial elevada, assumiu seu tratamento, marcou retorno e a encaminhou para o serviço de psicologia com um relatório e pedido de parecer psicológico. O psicólogo identificou sintomas de depressão e ansiedade e colheu relatos de abuso psicológico frequentes por parte do marido, com 10 ou 12 episódios de agressão física ocorridos ao longo de cinco anos de casamento. O tratamento psicoterápico foi iniciado de imediato e os dois profissionais mantiveram discussões periódicas sobre o caso durante o período em que ambos assistiram essa paciente, tomando decisões conjuntas.
Com base no caso clínico acima, julgue os itens a seguir.
As queixas apresentadas pela paciente são típicas de mulheres que vivem em situação de violência doméstica, em que a relação e o contexto familiar se tornam estímulos condicionados sinalizadores de abuso iminente, com efeitos sobre a saúde física da vítima.
Na perspectiva do conceito de inclusão marginal, quanto à função do psicólogo junto aos adolescentes em conflito com a lei, assinale a alternativa correta.
A diversidade de necessidades, de conflitos e de sofrimentos da condição de inclusão marginal não exige uma intervenção multidisciplinar no atendimento psicológico.
Cabe ao psicólogo promover espaços de revalorização da autoestima para que o adolescente possa descobrir novos referenciais e modelos identitários, rumo a um projeto de vida com perspectivas de uma inserção cidadã.
Nos casos de adolescentes envolvidos com o tráfico de drogas, torna-se impossível a aplicação do conceito de inclusão marginal, pois estar-se-ia justificando este grave delito.
O contexto da justiça é impeditivo de uma perspectiva sistêmica sobre a medida socioeducativa que considera, ao mesmo tempo, a ordem social e as necessidades éticas e afetivas, singulares e legítimas de cada um dos sujeitos implicados.
O código de ética do psicólogo estaria sendo infringido se ele avaliasse os aspectos sociais da questão, devendo cumprir sua função estrita de elaboração de laudo pericial psicológico que assessore o magistrado na definição da sentença jurídica.
Texto V, para responder às questões 39 e 40.
Ainda explorando o texto V, assinale a alternativa correta, considerando a natureza e as possibilidades da intervenção junto à família, no contexto do atendimento psicossocial do adolescente.
O plano individualizado de atendimento (PIA) deveria conter estratégias da equipe multidisciplinar para o resgate da convivência familiar do adolescente, fortalecendo o potencial dos vínculos afetivos preservados com sua mãe e com sua irmã.
A orientação familiar não faz parte do atendimento psicossocial na medida de internação, sendo priorizado o processo de autonomia do adolescente. Para tanto, nem as visitas devem ser estimuladas.
Além da mãe e da irmã, Jonilson tem dois irmãos casados. No entanto, pelo fato de estes não residirem mais na mesma casa, deixaram de constituir a rede primária do adolescente, não cabendo ser incluídos no atendimento.
A irmã de Jonilson, sendo menor de idade, em nada pode ajudar. Não deve ser mobilizada, tampouco incluída no atendimento.
A intervenção junto à família é importante, mas foge às atribuições da medida de privação de liberdade, cabendo apenas ao CRAS e CREAS da cidade de origem do adolescente tomar esta iniciativa.
Considerando que a intervenção do psicólogo junto a adolescentes, em cumprimento de medida socioeducativa, não pode prescindir de uma contextualização da questão em sua dimensão política, social e ética, assinale a alternativa incorreta.
A intervenção do psicólogo insere-se em uma incursão para reconhecer e compreender o sofrimento do adolescente, promovendo contextos de possibilidades para sua legitimação e ressignificação.
Concerne ao psicólogo, antes de tudo, o resgate do adolescente em conflito com a lei encarado como um sujeito com voz e vez diante da cena na qual situa sua atual condição de vida, e, portanto, alvo de uma intervenção judicial.
A intervenção psicológica na justiça implica o reconhecimento de um sujeito que porta uma demanda que cabe decodificar e compreender.
O propósito do psicólogo é o resgate do sujeito adolescente que sofre de algo que só com ele pode-se conhecer.
O psicólogo, no contexto da justiça, fica impedido de atender a demandas clínicas do sujeito, devendo seguir a rigor sua função primordial de assessorar o juiz na definição da sentença.
A respeito do trabalho multidisciplinar para a responsabilização do adolescente, seguindo as diretrizes do SINASE quanto à medida socioeducativa, julgue os itens que se seguem.
I A responsabilização da criança pelos seus atos é consequência inerente do processo de desenvolvimento, e não resulta apenas da aplicação de sanções.
II A introjeção das normas, dos limites e do respeito ao outro é fundamental no processo de socialização. Não se trata de colocar em questão se a criança e o adolescente devem, ou não, responsabilizar-se por seus atos, mas de investigar acerca de quais são as experiências ou as condições necessárias para o processo da interdição ao interdito.
III A apenação de crianças e adolescentes e a consequente condição criminal atingem profundamente a construção identitária desses sujeitos. Além dos aspectos jurídicos assistenciais, cabe considerar a vulnerabilidade do adolescente às expectativas sociais a seu respeito, caracterizando-se a delinquência juvenil como temática multidisciplinar.
IV Medidas sancionatórias são favoráveis ao processo de responsabilização do adolescente pelos seus atos infracionais, independentemente da forma como são aplicadas.
A quantidade de itens certos é igual a
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