Questões sobre Geral

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A informática é mais um recurso utilizado pelo psicopedagogo nos processos diagnóstico e terapêutico. O uso do computador possibilita observações importantes como:

  • A.

    o entretenimento preferido pelo aprendente, dentre as inúmeras opções que a indústria de softwares vem desenvolvendo, para se verificar se opta por jogos com maior ou menor grau de violência;

  • B.

    os níveis de solução de problemas, a lógica usada na busca de soluções, o nível de atenção e o foco na tarefa, a memorização de novos comandos e seqüências funcionais, o nível de resistência à frustração;

  • C.

    o conhecimento de softwares infantis e o domínio desses programas na geração de idéias que permitam verificar a capacidade do aprendente para solucionar problemas no hardware;

  • D.

    o conhecimento dos princípios da informática relacionados a programas de hardware, a periféricos e utilização da internet;

  • E.

    a relação que o aprendente tem com a informática e como usa os recursos como Internet e Intranet, bem como a sua capacidade de utilização de mensagens nos endereços eletrônicos.

Se um psicopedagogo está avaliando um aprendente, que está cursando a 3ª série do ensino fundamental e tem uma queixa de dificuldade especificamente em matemática, há necessidade de se avaliar mais detalhadamente:

  • A.

    se resolve corretamente cálculos que envolvam raiz quadrada aplicados em questões concretas de seu diaa- dia;

  • B.

    se opera mentalmente a multiplicação de números decimais, principalmente as relacionadas a operações de câmbio e ações de bolsas de valores;

  • C.

    a resolução de equação de 2º grau que envolvam situações de juros simples e compostos;

  • D.

    o raciocínio matemático, o cálculo, a leitura e compreensão de problemas e questões;

  • E.

    o conhecimento de geometria a partir da proposição de problemas em cuja leitura estejam presentes figuras do mundo concreto do aprendente.

Ao avaliar a escrita do aprendente o psicopedagogo atém-se:

  • A.

    aos aspectos que auxiliem na compreensão da queixa formulada no início do processo diagnóstico;

  • B.

    aos erros, corrigindo-os como se fosse uma prova que valesse nota e da qual dependesse o aprendente para ser promovido de uma série para a outra;

  • C.

    apenas à má caligrafia do aprendente e à falta de estética do texto escrito;

  • D.

    somente ao número de vezes que o aprendente usou a borracha, para avaliar-lhe a dependência deste material;

  • E.

    especialmente à força com que o aprendente segura o lápis e com isso verificar o desgaste do material utilizado.

Ao avaliar a leitura, o psicopedagogo deve explorar:

  • A.

    apenas um tipo de leitura escolhido pelo profissional, mas que contenha os elementos básicos para uma avaliação segura;

  • B.

    leitura recreativa (histórias), leitura informativa (regras de jogos), enunciado dos problemas, desafios e questões diversas;

  • C.

    principalmente a leitura de poesias em forma de quadras, com rimas pobres, mas que sejam recreativas (histórias) e informativas (regras de jogos);

  • D.

    apenas leitura de trava-língua, inserindo o lúdico como desafio permanente;

  • E.

    textos com grandes gravuras, e apenas uma palavra, para forçar a leitura não-verbal em oposição à leitura linear.

Ao avaliar a leitura em voz alta, o psicopedagogo verifica a:

  • A.

    pontuação e a respiração do aprendente, considerando o ritmo impresso à leitura;

  • B.

    troca de letras como dado de maior expressão, para encaminhar o aprendente a um especialista;

  • C.

    dificuldade em fazer a pontuação, como decorrência da falta de ritmo na leitura;

  • D.

    omissão de sílabas, como sintoma de problemas articulatórios graves;

  • E.

    entonação, a pontuação, a junção, a omissão e o deslocamento de letras, sílabas, palavras e frases.

Ao final de uma leitura, o psicopedagogo necessita verificar se o aprendente compreende o texto, se é capaz de sintetizá-lo. Essa verificação pode ser feita por meio de:

  • A.

    dissertação, com um mínimo 40 linhas, sobre o assunto lido, na qual manifeste seu pensamento com clareza, coerência e concisão;

  • B.

    questionário de várias perguntas, respondido por escrito, retirando pontos caso ocorram erros de ortografia;

  • C.

    desafio lançado ao aprendente para que diga em apenas uma frase de que trata a história, o texto e, dialogando, verificar se é capaz de hierarquizar os fatos, se captou a seqüência temporal e se estabelece relação de causalidade;

  • D.

    desafio feito ao aprendente no sentido de responder oralmente a vasto questionário sobre o texto lido, cuidando para que as respostas reproduzam textualmente o que foi lido;

  • E.

    texto idêntico ao lido pelo aprendente, com lacunas em branco, que serão preenchidas com as palavras que faltam, devendo-se estipular um tempo de 3 segundos para cada lacuna.

Segundo Maria Lúcia Lemme Weiss, "É preciso resgatar, desde o diagnóstico, o hábito de ler, criandose a idéia de atividade prazerosa". De acordo com o pensamento da autora, o psicopedagogo, ao avaliar a leitura deve:

  • A.

    selecionar textos complexos que obriguem o aprendente a forçar a capacidade de concentração;

  • B.

    selecionar textos do interesse do aprendente e adequados ao seu nível de escolaridade;

  • C.

    apresentar reportagens sobre economia internacional, como uma maneira de integrar o aprendente no processo de globalização;

  • D.

    oferecer aos adolescentes coletâneas de textos alusivos à adolescência no século XVI;

  • E.

    usar apenas revistas em quadrinhos, dispensando livros, crônicas e reportagens.

A técnica diagnóstica "Hora do Jogo" geralmente é realizada com crianças até nove anos, pois depois dessa idade observamos que as crianças:

  • A.

    não conseguem mais abstrair o pensamento, envolvidos que estão na realidade concreta:

  • B.

    embora gostem da técnica, ainda não atingiram o nível mental que permita respostas corretas;

  • C.

    tornam-se desatentas e hiperativas, não se adequando a atividades que impeçam movimentos com gasto de energia;

  • D.

    preferem jogos de regras, e uma atividade superada pode torná-las confusas;

  • E.

    só têm interesse por jogos motores que despertam nelas a hiperatividade e a desconcentração.

Segundo a autora da técnica diagnóstica "Hora do Jogo", quando o objetivo é diagnosticar problema de aprendizagem, o material utilizado é por excelência não figurativo porque:

  • A.

    o objetivo é prestar atenção apenas ao conteúdo projetivo, como uma forma consagrada e retransmissão de conteúdos;

  • B.

    é um material idêntico ao utilizado nas brincadeiras cotidianas realizadas por pais e filhos;

  • C.

    facilita a aproximação da criança com o terapeuta, num processo de identificação que culmina com um desabrochar de aptidões e emoções;

  • D.

    impede que a criança disperse a atenção, concentrando-a na atividade desenvolvida, para medir a capacidade de introspecção;

  • E.

    a finalidade é prestar atenção ao processo de construção do simbólico mais do que ao conteúdo projetivo que possa aparecer no trabalho.

Ao elaborar a sessão diagnóstica a qual denominou "Hora do Jogo", Sara Pain adotou como material, uma caixa contendo:

  • A.

    paralelepípedos (blocos) de construção, cartões, fita adesiva, clips, tesouras, cordões, cartolina, papéis coloridos, tintas, esponjas, massa plástica e percevejos, eventualmente são acrescentadas miniaturas de personagens e animais;

  • B.

    cinqüenta e quatro miniaturas de animais, além de pregos, martelo, chave de fenda e vários outros materiais utilizados por adultos em seus trabalhos de artesanato;

  • C.

    cento e trinta cartões, dez varetas de madeira e vinte e sete fichas nas cores verde e vermelha;

  • D.

    material de sucata, jogos convencionais e dez varetas de madeira, além de material reciclável como latas, vidros e vasilhames de plástico;

  • E.

    miniaturas de objetos próprios da casa, como casinhas, caminhas, pequenos armários, cadeirinhas, joguinhos de estofados, sempre muito coloridos e alegres.

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