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Uma senhora procura o Serviço de Psicologia de atendimento aos funcionários do Fórum para informar sobre uma situação de violência que vem presenciando em sua casa. Seu marido, um funcionário público aposentado, vem surrando o filho adolescente sempre que este chega em casa além do horário estabelecido ou apresenta resultados ruins na escola. Suas tentativas de alterar a postura do marido são em vão, já que ele verbaliza que a punição corporal é um corretivo para o jovem, que, dessa forma, alterará sua conduta e aprenderá a "ser uma pessoa de bem" (sic). O marido freqüentemente lhe diz que o filho não poderá ser igual ao tio-materno (irmão da esposa), o qual envolveu-se com drogas na adolescência e sofre conseqüências da drogadição até hoje. A senhora aparenta desespero e sente-se sem condições de proteger o filho. No entanto, não retira toda a razão do marido. Na situação apresentada, a conduta mais apropriada do psicólogo será:
Informar à senhora que existem correntes pedagógicas atuais que incentivam os castigos físicos aos filhos, orientando-a a buscar psicoterapia para si própria.
Encaminhar o caso a uma Delegacia, pois não cabe ao psicólogo embrenhar-se em situações envolvendo violência doméstica.
Iniciar apenas um trabalho psicoterapêutico com a paciente que trouxe a queixa, uma vez que ela certamente usou a problemática familiar para solicitar ajuda para si própria.
Realizar o encaminhamento do adolescente a um programa específico para drogaditos, uma vez que o psicólogo deve inferir que, com a sintomatologia descrita pela mãe, o jovem deve estar envolvido com drogas.
Ater-se à Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a qual estabelece um conjunto de medidas a fim de assistir pais e responsáveis, antes de puni-los ou cassar os poderes parentais, na tentativa de preservar o direito da criança à convivência familiar, adotando o atendimento ao grupo-família como estratégia de intervenção.
Ao receber um caso encaminhado por um diretor de cartório, o psicólogo lê a carta contendo as queixas sobre o sujeito e o pedido de providências. O diretor quer transferir o funcionário para um setor burocrático, pois percebe que ele não faz seu serviço a contento, além de estimular os outros funcionários a se rebelarem contra a chefia. Na primeira entrevista, o Sr. Paulo, 52 anos, funcionário do cartório, diz-se cansado da rotina extenuante a qual é submetido pelo chefe. Desejava sair para procurar outro emprego, mas sabe que, com a sua idade e formação acadêmica limitada, poucas chances teria no mercado de trabalho. Nega a utilização de drogas, álcool ou qualquer outro tipo de substância. É casado, pai de dois filhos, possuindo também uma enteada de 15 anos. Nesse caso e tendo em vista as informações acima, a melhor conduta do psicólogo será
fazer um levantamento sobre a vida do Sr. Paulo, convidando esposa e demais filhos para contribuírem no processo de avaliação.
fazer, inicialmente, uma acareação legal entre o Sr. Paulo e o seu diretor, estimulando-os a encontrarem uma alternativa adulta para essa situação.
sugerir, de imediato, a transferência do Sr. Paulo para outra função, uma vez que será demasiado conturbado realizar qualquer trabalho nessa situação.
explicar ao Sr. Paulo que só poderá ouvi-lo após tê-lo submetido ao Método de Rorschach.
realizar, inicialmente, vários exames de avaliação psicológica para atestar a sanidade do Sr. Paulo, conforme prevê a Resolução nº 014/2000, do CFP − Conselho Federal de Psicologia.
Quanto à devolução a respeito do psicodiagnóstico realizado, é correto afirmar que:
as informações não causam surpresa, pois o indivíduo certamente sabe, exatamente, porque foi encaminhado ao psicólogo.
a finalização de um psicodiagnóstico deve necessariamente ser sucedida pelo início de uma psicoterapia familiar ou individual.
as informações possibilitam ao sujeito conceber a si próprio com melhores critérios de realidade, com menos distorções idealizadas ou pejorativas.
o sujeito terá acesso aos resultados, obrigatoriamente, por meio oral e não por documento escrito.
o sujeito terá acesso aos resultados somente na data de audiência designada pelo juiz, no decorrer do processo judicial.
A prática atual que vem se constituindo em espaço interdisciplinar, agregando conhecimentos oriundos de diversos campos científicos, objetivando alterar, indiretamente, as narrativas e a dinâmica dos conflitos, é denominada
psicodiagnóstico.
mediação.
avaliação neuropsicológica.
avaliação psicomotora.
peritagem.
O pensamento clínico, em diagnóstico da personalidade, é discutido por Walter Trinca em suas obras. Considerando as formulações desse autor, é INCORRETO afirmar que:
Para o diagnóstico da personalidade, existem testes que, aplicados e avaliados isoladamente, podem ser considerados não como partes, mas como todo o processo de diagnóstico em psicologia clínica.
É proveitoso estudar o diagnóstico psicológico sob o enfoque das modalidades de pensamentos clínicos, porque permite considerá-los através do ângulo científico.
A ampliação das concepções sobre o diagnóstico psicológico depende da percepção e da inclusão dos diferentes modos como ele é realizado.
Tanto os testes psicológicos quanto outros instrumentos semiológicos estão a serviço do pensamento clínico e somente têm sentido dentro do contexto e das peculiaridades de cada forma de pensar.
O diagnóstico da personalidade deve ser realizado, obrigatoriamente, no contexto de relações significativas estruturantes.
Maria Esther Garcia Arzeno, ao pensar o processo psicodiagnóstico, lembra que W. R. Bion (1977) afirmava que a conclusão diagnóstica pode ser alcançada em termos de predomínio e não de hegemonia. Considerando tal asserção, ao realizar o psicodiagnóstico, o psicólogo deve ter em mente que
é impossível, utilizando diversos materiais de avaliação, encontrar pontos dissonantes em um psicodiagnóstico.
a obtenção de um diagnóstico diferencial não vem a ser função do psicólogo que avalia o sujeito.
é possível encontrar no resultado geral da avaliação, em relação ao mesmo sujeito, material aparentemente incompatível coexistindo.
qualquer diferença obtida na avaliação diagnóstica do sujeito deve ser desprezada por ocasião da comunicação dos resultados.
são os dados externos ao sujeito, oriundos das entrevistas com familiares, que esclarecerão os aspectos ambíguos encontrados no processo psicodiagnóstico.
Atualmente, a expressão "bateria de testes" refere-se a
uma estratégia de caráter valorativo para evitar entrevistas com familiares.
técnicas e procedimentos vetados pelo Conselho Federal de Psicologia com vistas a impedir a detração da categoria.
um conjunto de testes imprescindíveis para realizar a anamnese.
uma relação de testes escolhidos para avaliar exclusivamente o nível mental do sujeito.
um conjunto de testes que visa a fornecer subsídios para confirmar ou infirmar hipóteses diagnósticas.
A entrevista de triagem psicológica tem por objetivo
obter informações sobre as condições de saúde física do sujeito, para encaminhá-lo à realização de entrevista familiar.
avaliar a demanda do sujeito e fazer o encaminhamento procedente.
apoiar o sujeito na definição de sua sintomatologia, de forma a estabelecer um parecer diagnóstico.
avaliar somente as condições sociais do sujeito.
estimular o sujeito a relatar sua história de vida, com vistas à realização de anamnese detalhada.
De acordo com o Código de Ética Profissional, nas relações com a Justiça (artigo 19º), o psicólogo
poderá atuar, em situações especiais, em perícia em que, por motivo de impedimento ou suspeição, ele contrarie a legislação pertinente.
poderá ser perito de pessoa por ele atendida ou em atendimento, considerando critérios do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, por ocasião do atendimento a crianças menores de 5 anos.
poderá valer-se do cargo que exerce e dos laços com autoridades administrativas ou judiciárias para pleitear ser nomeado perito, desde que já possua significativa experiência na área, conforme estabelece o CPC − Código de Processo Civil.
deverá agir nas perícias com absoluta isenção, limitando-se à exposição do que tiver conhecimento através do seu trabalho e não ultrapassando, nos laudos, o limite das informações necessárias à tomada de decisão.
deverá fornecer informações a todos os solicitantes, inclusive aos familiares não envolvidos no processo judicial, uma vez que os autos ficam disponíveis nos cartórios.
A terapia que se caracteriza pela determinação do foco e de objetivos limitados é denominada de
centrada no cliente.
contextual.
breve.
pontual.
cognitiva.
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