Questões de Psicologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Sobre as famílias com membros dependentes de drogas:

  • A.

    devem ser orientadas a interditar juridicamente o drogadicto.

  • B.

    não devem passar por tratamento psicológico, pois podem reagir de forma a boicotar o tratamento do drogadicto.

  • C.

    devem passar por orientação e avaliação médica obrigatoriamente, pois podem ocultar outras dependências químicas.

  • D.

    devem passar por um tratamento psicológico, pois podem colaborar para a manutenção de uma estrutura adicta de funcionamento.

  • E.

    devem ser orientadas a se afastar do drogadicto enquanto perdurar o tratamento.

A entrevista lúdica de cada processo psicodiagnóstico é uma experiência nova, tanto para o psicólogo como para a criança, uma vez que nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno, processo no qual, segundo Blanca Guevara Werlang, se refletirá o estabelecimento de um vínculo

  • A.

    rígido e contínuo.

  • B.

    afetuoso e colaborador.

  • C.

    transferencial breve.

  • D.

    estruturado e de enquadramento.

  • E.

    de confiança e de organização.

Jean Bergeret, autor importante no estudo das drogadições, menciona que há uma extraordinária densidade estabelecida nas relações parentais do dependente de drogas. Chama a atenção para a incidência de episódios psiquiátricos nos pais dos drogadictos. Dentre eles identifica:

  • A.

    estados delirantes, sintomas esquizofrênicos e distúrbios na sensopercepção.

  • B.

    estados depressivos, alcoolismos e dependência de outras drogas, superconsumo de psicotrópicos, condutas de automedicação.

  • C.

    psicopatia, condutas de instabilidade afetiva e síndrome do pânico.

  • D.

    anorexia, bulimia ou transtornos alimentares em geral.

  • E.

    apatia, transtornos bipolares e/ou de ansiedade generalizada.

De modo geral, as consequências da violência doméstica contra a criança podem assumir várias formas, tanto em qualidade como em quantidade, porque são influenciadas por inúmeros fatores, dentre os quais destaca-se:

  • A.

    idade da vítima; tipo de relação entre o autor da violência e a vítima; personalidade da vítima; duração e frequência da violência; tipo e gravidade do ato; reação do ambiente.

  • B.

    idade do autor da violência, nível socioeconômico da vítima; escolaridade do agressor; personalidade da vítima; reação do ambiente; drogadição na família.

  • C.

    comportamento patológico da vítima; idade do agressor; tipo e gravidade do ato; autoestima dos familiares; reação do ambiente; personalidade da vítima.

  • D.

    nível escolar da vítima e do autor da violência; comportamento dos amigos da escola em que a vítima frequenta; idade e nível socioeconômico do agressor; reação do ambiente; drogadição na família; tipo da violência.

  • E.

    reação da família e dos profissionais que acolhem a vítima; escolaridade do agressor; autoestima da família; tipo e gravidade do ato; reação do ambiente; autoestima dos familiares.

As entrevistas clínicas semiestruturadas

  • A.

    são constituídas por questões.

  • B.

    não seguem nenhum formato sistemático.

  • C.

    raramente baseiam-se em questionário.

  • D.

    são compostas por temas elaborados juntamente com o entrevistado.

  • E.

    são compostas por reflexões lineares somente.

M.L.S. de Ocampo e M.E.G. Arzeno, na obra O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas, concordam que, em um psicodiagnóstico, a entrevista inicial é semidirigida quando o paciente

  • A.

    é interrogado sobre os motivos da consulta e responde a perguntas do terapeuta, porém sem liberdade para modificar a ordem dos temas apresentados.

  • B.

    começa respondendo a um questionário e depois poderá conversar livremente sobre as respostas dadas por ele.

  • C.

    dirige a entrevista escolhendo os principais temas a tratar com o entrevistador, sem que este interfira nas escolhas.

  • D.

    tem liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar.

  • E.

    interroga o psicólogo sobre as questões que deseja esclarecer e o psicólogo estrutura suas perguntas a partir deste enquadre inicial.

A tendência atual para o entendimento do dano psíquico é considerar-se que

  • A.

    o dano psíquico é uma condição fácil de ser apurada em testes psicométricos diversos.

  • B.

    não há relação entre dano psíquico e dano moral.

  • C.

    a discussão entre o conceito de dano moral e dano psíquico só ocorre no âmbito dos estudos da psicologia do trabalho.

  • D.

    a patrimonialização das relações civis indica sempre o dano psíquico.

  • E.

    o dano psíquico é modalidade inserida na categoria de danos morais.

NÃO é objetivo de uma entrevista inicial psicodiagnóstica:

  • A.

    Comunicar verbal, discriminada e dosificadamente ao paciente, a seus pais e ao grupo familiar, os resultados obtidos e observar a resposta verbal e préverbal do paciente e de seus pais ante a recepção da mensagem do psicólogo.

  • B.

    Perceber a primeira impressão que o entrevistado desperta no psicólogo e verificar se ela se mantém ao longo de toda a entrevista ou muda, e em que sentido.

  • C.

    Considerar o que o paciente verbaliza: o que, como e quando verbaliza e com que ritmo.

  • D.

    Estabelecer o grau de coerência ou discrepância entre tudo o que foi verbalizado e tudo o que o psicólogo captou por meio de sua linguagem não verbal (roupas, gestos, por exemplo).

  • E.

    Estabelecer um bom rapport com o paciente para reduzir ao mínimo a possibilidade de bloqueios ou paralizações e criar um clima preparatório favorável à aplicação de testes.

No tratamento da violência doméstica, os programas de terapia cognitivo-comportamental (TCC) focam no manejo da raiva e na identificação de padrões, que provavelmente conduzem à raiva e à violência nesses relacionamentos, de

  • A.

    justiça e intercâmbios interpessoais.

  • B.

    sentimentos ou inadequações morais.

  • C.

    pensamento ou distorções cognitivas.

  • D.

    conduta e aprendizados inadequados.

  • E.

    amor e confiança mútua.

Em um psicodiagnóstico, um psicólogo optou por utilizar o teste H-T-P (Casa – Árvore – Pessoa) de John N. Buck. No desenho da árvore, o sujeito desenhou uma árvore grande e vigorosa. Ele consultou o Manual e Guia de Interpretação desta técnica projetiva de desenho e encontrou que esta característica do desenho implica que o indivíduo tem

  • A.

    facilidade para cooperar e também para competir.

  • B.

    fortes chances de desenvolver obesidade ou confrontar- se com outros indivíduos.

  • C.

    fortes necessidades para dominação e exibicionismo.

  • D.

    tendência a ignorar os demais e preferir o isolamento.

  • E.

    tendência para o bom desenvolvimento de sua autoestima e boa autoimagem.

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