Questões de Serviço Social da Fundação Carlos Chagas (FCC)

Em serviço social, a relação na qual o indivíduo alcança um grau de objetividade que permite afastar-se de seu mundo subjetivo para colocar-se no lugar do outro denomina-se

• A.

  caráter momentâneo.

• B.

  empatia.

• C.

  equilíbrio mental.

• D.

  compreensão mútua.

• E.

  respeito.

Na década de 80, o serviço social na área de saúde alcançou avanços na profissão tanto na produção de conhecimentos quanto no trabalho profissional. No entanto, enquanto categoria esteve desarticulado

• A.

  dos conselhos de saúde.

• B.

  dos conselhos da assistência.

• C.

  das entidades representativas da saúde.

• D.

  do movimento de reforma sanitária.

• E.

  dos movimentos sociais de saúde.

A mudança na Assistência Social, no sentido de sua transformação em uma Política Pública, só acontece quando ela passa a diferenciar-se

• A. do liberalismo.
• B. da filantropia.
• C. do Estado.
• D. da cidadania.
• E. da ideologia.

O conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo do Serviço Social, juntamente com um compromisso éticopolítico, permite que

• A. a prática profissional nas instituições não se reduza ao atendimento imediato das demandas.
• B. se tenha uma visão compreensiva do Serviço Social, tendo em vista a relação dos espaços de intervenção e o caráter interdisciplinar.
• C. a relação do saber profissional se sobreponha ao cotidiano do sujeito.
• D. haja um envolvimento permanente com a prática emergente e pura.
• E. se privilegie atenção às estratégias técnicas do trabalho social.

O Serviço Social e a interdisciplinaridade estão intrinsicamente ligados, uma vez que o Serviço Social articula diferentes conhecimentos de modo próprio, num movimento crítico entre prática-teoria e teoria-prática. Isto, entendendo- se interdisciplinaridade como

• A. soma de conhecimentos e alargamento de saberes.
• B. fonte de conhecimento e sistematização de outros conhecimentos, que vêm a constituir um novo conhecimento.
• C. pluralidade de conhecimentos e diferentes formas de entender o real.
• D. prática profissional e objetivação na construção coletiva de novos conhecimentos.
• E. postura profissional e princípio constituinte da diferença e da criação.

Considerando a relação teoria-prática, o saber que informa a ação profissional cotidiana é complexo. É uma combinação histórica específica de diversos modos de conhecimento, de certa forma hierarquizados. Em síntese, a construção do saber do profissional, tendo em vista a intervenção, realiza um tríplice movimento de

• A. crítica, de construção de um conhecimento novo e de nova síntese no plano do conhecimento e da ação.
• B. mediação, de criação de novas propostas e de novos conhecimentos.
• C. experimentação, de reconstrução e de superação de limitações.
• D. reflexão, de superação de limitações e de resultados.
• E. elaboração de conhecimentos, de avaliação e redirecionamento de saberes.

A construção e a visualização de uma identidade profissional, no mercado de trabalho, e a luta pela produção de novas práticas sociais que tenham na consolidação da democracia e no fortalecimento da cidadania a sua busca, traz como exigências

• A. o reposicionamento das práticas institucionais e as determinações políticas nelas implícitas e as relações entre as áreas do saber.
• B. o redirecionamento de algumas áreas do saber para o fortalecimento da cidadania.
• C. a superação da relação hegemônica das diferentes áreas do saber em detrimento das práticas institucionais.
• D. a paralização do movimento, reduzindo o próprio exercício do saber à transmissão do conhecimento acumulado.
• E. a elaboração de uma nova práxis profissional, baseada na heterogeneidade das diversas áreas do saber.

A reconceituação apontava para uma crítica radical ao tradicionalismo. A passagem dos anos 70 aos 80 e o movimento operário sindical, o protagonismo dos chamados novos sujeitos sociais abriu novas perspectivas para os assistentes sociais que pretendiam a ruptura com este tradicionalismo, com implicações para a profissão. Neste contexto, os Assistentes Sociais investiram fortemente em dois planos:

• A. organizou-se a categoria profissional e investiu-se na formação por meio da pós-graduação.
• B. reforçou-se a erosão do Serviço Social tradicional e reafirmou-se a liderança dos profissionais no contexto da América Latina.
• C. validou-se o tradicionalismo e propiciou-se condições sociais novas ao desenvolvimento da profissão.
• D. integrou-se a profissão no circuito universitário e bloqueou- se o processo de renovação da área.
• E. organizou-se a classe trabalhadora e qualificou-se a categoria profissional.

A conjuntura do pós 64 abriu no Brasil a necessidade de um processo de renovação do Serviço Social, que assumiu três direções. Uma delas está voltada para a adequação do serviço social à ordem sócio-política implantada em 1964. Essa tendência da renovação do Serviço Social se qualifica como

• A. reatualização do conservadorismo.
• B. reformismo profissional.
• C. perspectiva modernizadora.
• D. paradigma fenomenológico.
• E. político-ideológica.

É desafio ao profissional do Serviço Social desenvolver mediações que levem

• A. à acomodação dos dominados diante das ações dos dominadores.
• B. à sublevação dos dominados.
• C. ao controle democrático dos recursos institucionais pela própria população.
• D. ao usuário a reconhecer suas limitações.
• E. à instituição a reconhecer os limites do saber profissional.