Questões de Serviço Social da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Lista completa de Questões de Serviço Social da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

A partir dos anos 1980 forja-se, no Brasil, o que Mota (2008) denominou “cultura política da crise”, cujo eixo principal é o desenvolvimento do processo de:

  • A. centralização sob a condução dos Estados e Municípios na implementação das políticas sociais;
  • B. regulamentação das políticas públicas a partir do protagonismo dos partidos e sindicatos;
  • C. privatização em sincronia com a assistencialização da Seguridade Social;
  • D. expansão do mercado de trabalho formal, de acordo com as reivindicações da CUT;
  • E. manutenção das lutas dos trabalhadores, que ampliam o escopo da conquista de direitos sociais.

Nos primeiros anos do século XX, a questão social já está definitivamente colocada para a sociedade brasileira. Nesse contexto surgem as primeiras instituições assistenciais subvencionadas pelo Estado. É a partir delas que se criam as bases materiais (organizacionais e humanas) para o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social, marcadas por forte influência:

  • A. fenomenológica;
  • B. marxista;
  • C. progressista;
  • D. positivista;
  • E. dialética.

A reconfiguração dos direitos sociais no Brasil, a partir dos anos 1990, tem implicado o apelo ao Terceiro Setor e ao empresariado como substitutivos das políticas públicas. Essa inflexão é denominada:

  • A. refilantropização das políticas sociais;
  • B. universalização das políticas sociais;
  • C. universalização das políticas sociais;
  • D. hierarquização das políticas sociais;
  • E. centralização das políticas sociais.

Nos anos 1990, no Brasil, a entrada da política neoliberal promoveu o desmonte do Estado, a fim de adequá-lo ao novo modelo. No que diz respeito às políticas sociais, a introdução do modelo neoliberal se deu por meio de:

  • A. estatização, metas e distributividade;
  • B. privatização, focalização e descentralização;
  • C. distributividade, centralização e gerenciamento;
  • D. universalização, financiamento e descentralização;
  • E. expansão, privatização e centralização.

A intervenção profissional em consonância com os parâmetros emanados pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) pressupõe enfrentar e superar duas grandes tendências presentes hoje no âmbito dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). São elas, respectivamente:

  • A. rever os critérios para inclusão/exclusão de famílias nos benefícios socioassistenciais, notadamente aqueles vinculados ao Programa Bolsa Família (PBF); e captar recursos financeiros através de projetos autônomos, visando o aumento de indivíduos e famílias que possam ser auxiliados a partir de iniciativas deste tipo;
  • B. restringir a atuação profissional aos atendimentos emergenciais a indivíduos, grupos ou famílias; e estabelecer uma relação entre o público e o privado, em que o poder público transforma-se em mero repassador de recursos a organizações não governamentais, que assumem a execução direta dos serviços socioassistenciais;
  • C. expandir a participação popular através da eleição de líderes comunitários com o objetivo de implementar miniconselhos locais; e limitar o atendimento em equipe multiprofissional ao âmbito da competência de cada profissional, evitando assim superposição de encaminhamentos;
  • D. diversificar a oferta de políticas sociais cujo financiamento é privado, ou seja, cujos recursos emanam de empresas que se localizam no entorno do CRAS; e aumentar o escopo da população beneficiada por essas políticas, ainda que não totalmente públicas;
  • E. buscar parcerias com a iniciativa privada, com o objetivo de estabelecer programas de transferência de renda próprios para as famílias não beneficiadas pelos programas oficiais; e privilegiar o atendimento grupal em detrimento do atendimento individual.

O caráter investigativo é constitutivo de grande parte das competências/atribuições profissionais do assistente social. Entretanto, não se pode confundir a pesquisa com a sistematização de dados. A pesquisa para o Serviço Social possibilita desenvolver três níveis de competências profissionais:

  • A. analíticas, avaliativas e projetivas;
  • B. práticas, valorativas e políticas;
  • C. constitutivas, cognitivas e gerenciais;
  • D. teórico-metodológicas, políticas e técnico-operativas;
  • E. gerenciais, teórico-práticas e objetivas.

A configuração contemporânea da Política de Assistência Social exige do assistente social uma gama de conhecimentos e uma intervenção que leve em consideração a análise da sociedade e da rede socioassistencial existente. Nesse sentido, as competências específicas do assistente social, no âmbito da Política de Assistência Social, abrangem dimensões interventivas, complementares e indissociáveis.

Quanto às dimensões citadas acima, analise os exemplos a seguir:

I – uma dimensão que se materializa na realização sistemática de estudos e pesquisas que revelem as reais condições de vida e demandas da classe trabalhadora, e possam alimentar o processo de formulação, implementação e monitoramento da Política de Assistência Social;

II – uma dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços a indivíduos, famílias, grupos e coletividade, na perspectiva de fortalecimento da gestão democrática e participativa capaz de produzir, intersetorial e interdisciplinarmente, propostas que viabilizem e potencializem a gestão em favor dos cidadãos;

III – uma dimensão pedagógico-interpretativa e socializadora de informações e saberes no campo dos direitos, da legislação social e das políticas públicas, dirigida aos diversos atores e sujeitos da política: os gestores públicos, dirigentes de entidades prestadoras de serviços, trabalhadores, conselheiros e usuários.

Assinale se:

  • A. somente I estiver correto;
  • B. somente II estiver correto;
  • C. somente III estiver correto;
  • D. somente I e II estiverem corretos;
  • E. todos estiverem corretos.

O assistente social recebe do Juízo da Infância e Juventude a solicitação de estudo social para investigar a veracidade da seguinte denúncia, feita pela tia materna de uma criança: um suposto abuso sexual contra a criança perpetrado pelo pai. Deve então o assistente social:

  • A. atender a tia, a mãe e a criança, e realizar visitas domiciliares, de modo a investigar se a acusação de violência sexual contra a criança procede, com a finalidade de garantir sua proteção integral e o afastamento de sua convivência com o agressor;
  • B. sugerir, em seu parecer social, que o caso seja registrado em Delegacia de Polícia, para que a denúncia seja apurada, com vistas à responsabilização do suposto agressor e a consequente proteção da criança;
  • C. indicar que a criança seja escutada através de depoimento especial, realizado por um assistente social ou psicólogo, ou outro profissional mais capacitado para lidar com situações que envolvam violência sexual contra crianças e adolescentes;
  • D. realizar entrevistas com os sujeitos envolvidos, visitas domiciliares e a instituições educacionais e de saúde, e outros procedimentos, de modo a conhecer a situação sociofamiliar e propor medidas protetivas à criança e aos membros de sua família;
  • E. orientar ao juiz que a criança seja imediatamente encaminhada para entidade de acolhimento institucional, tendo em vista a necessidade de cessar o ciclo de violência que possa estar ocorrendo e, assim, protegê-la.

Ao realizar o estudo social de uma pessoa interditada há alguns anos devido a um diagnóstico psiquiátrico de transtorno mental, o assistente social identificou que ela realiza algumas atividades em seu dia a dia de forma autônoma. Nesse sentido, o assistente social, em seu parecer, procurará:

  • A. indicar a realização de nova avaliação psiquiátrica, para que o médico confirme ou não a incapacidade do sujeito interditado para os atos da vida civil;
  • B. indicar uma interdição parcial, sugerindo a necessidade de acompanhamento social do interdito e de seu curador na perspectiva de futuras reavaliações da necessidade da interdição;
  • C. analisar se as atividades desenvolvidas pelo interdito o colocam ou não em situação de risco e, em caso positivo, qual o grau de responsabilidade do curador;
  • D. analisar os impactos psicossociais que o processo de interdição vem trazendo ao usuário e a seu curador, bem como a outros membros de sua família;
  • E. indicar o fim imediato do processo de interdição e da curatela, uma vez que o usuário, ao realizar atividades de forma autônoma, já se encontra apto para os atos da vida civil.

Uma adolescente abandonou seus estudos a fim de trabalhar, pois não aguentava mais passar por privações materiais, além de ser constantemente agredida por seu pai. Essa é uma situação que requer a intervenção do assistente social que trabalha:

  • A. nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), por meio de atendimento na rede de Proteção Especial de Alta Complexidade;
  • B. nos Centros de Referência de Assistência Social, por meio do Ministério Público;
  • C. nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), por meio de atendimento na rede de Proteção Especial de Média Complexidade;
  • D. no Juizado de Menores, que convocará o pai da adolescente para prestar esclarecimentos;
  • E. no programa de abrigamento provisório para crianças e adolescentes enquanto sua situação social é resolvida.
Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Provas e Concursos
0%
Aguarde, enviando solicitação!

Aguarde, enviando solicitação...