Questões de Direito Penal da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Em decorrência de garantias formalizadas ou não na Constituição Federal, o Direito Penal

  • A.

    é regido pelos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade, não se submetendo à regra de taxatividade.

  • B.

    admite responsabilidade que não seja pessoal.

  • C.

    não está submetido ao princípio da intervenção mínima.

  • D.

    constitui instrumento de controle social regido pela característica da fragmentariedade.

  • E.

    deve obedecer ao princípio da proporcionalidade da pena, sem atentar, porém, para a perspectiva da subsidiariedade.

João, funcionário público, resolveu desviar R$ 10.000,00 dos cofres da repartição pública em que trabalhava. Para tentar ocultar o seu procedimento delituoso, desviou a quantia de R$ 500,00 por dia, até atingir o montante desejado. Nesse caso, em relação ao crime de peculato, é de ser reconhecida a ocorrência de

  • A.

    crime único.

  • B.

    concurso formal.

  • C.

    concurso material.

  • D.

    crime continuado.

  • E.

    crime culposo.

O crime de estupro

  • A.

    admite a tentativa, mas não a desistência voluntária.

  • B.

    só se consuma com a cópula vagínica completa.

  • C.

    admite participação de mulher.

  • D.

    com violência presumida pela menoridade admite o reconhecimento da agravante de o delito ser cometido contra criança.

  • E.

    sempre absorve, pela regra da consunção, o de atentado violento ao pudor.

Sobre a Medida de Segurança podemos afirmar que ela

  • A.

    coloca o doente mental sempre como legalmente criminoso, mas nunca como socialmente perigoso.

  • B.

    surgiu no México em 1900 com o objetivo de dar acolhimento aos adolescentes infratores.

  • C.

    não é aplicada ao doente mental que infringe as leis, apenas para aqueles que desejam ser protegidos dos perigos sociais.

  • D.

    nunca pode ser utilizada caso o indivíduo já tenha recebido uma pena restritiva de liberdade.

  • E.

    tem lugar após o crime, mas não em razão dele, pois não visa atribuir culpa ao doente mental infrator da lei, mas impedir um novo perigo social.

De acordo com o Código Penal, são inimputáveis

  • A.

    os que cometem o crime sob emoção ou paixão.

  • B.

    aqueles que cometem o crime em legítima defesa, estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal.

  • C.

    apenas os menores de 18 (dezoito) anos.

  • D.

    aqueles que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, eram inteiramente incapazes de determinarem-se de acordo com o entendimento da ilicitude do fato.

  • E.

    aqueles que, em virtude de perturbação de saúde mental, não eram inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato.

NÃO constitui crime contra a administração da justiça:

  • A.

    favorecimento real.

  • B.

    patrocínio infiel.

  • C.

    denunciação caluniosa.

  • D.

    exploração de prestígio.

  • E.

    desobediência.

Quem dá causa à instauração de investigação policial ou de processo judicial contra alguém, imputando-lhe crime, sem ter certeza de ser ele o autor do delito,

  • A.

    não comete nenhum delito.

  • B.

    comete crime de denunciação caluniosa, na forma dolosa.

  • C.

    comete crime de comunicação falsa de crime, na forma dolosa.

  • D.

    comete crime de denunciação caluniosa, na forma culposa.

  • E.

    comete crime de comunicação falsa de crime, na forma culposa.

Considere as seguintes afirmações:

I. É com base na teoria da prevenção geral negativa que o legislador aumenta penas na crença de conter a criminalidade com a ajuda do Código Penal.

II. Além de atribuir à pena privativa de liberdade a inalcançável finalidade reeducadora, atrás das ideias utilitárias da prevenção especial sempre há uma confusão entre direito e moral e entre crime e pecado.

III. A teoria retributiva parte da ideia da compensação da culpa, do pressuposto de que a justa retribuição ao fato cometido se dá através da individualização e diferenciação da pena.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

  • A.

    I.

  • B.

    II.

  • C.

    III.

  • D.

    I e II.

  • E.

    II e III.

No caso de concessão da suspensão condicional da pena, para fins de cômputo na prescrição da pretensão executória, a ausência do réu na audiência de advertência significa que

  • A.

    não houve interrupção pelo início do cumprimento da pena, correndo o prazo prescricional desde o trânsito em julgado da sentença condenatória para o Ministério Público.

  • B.

    houve interrupção do lapso prescricional com a intimação pessoal do sentenciado para a audiência de advertência.

  • C.

    o lapso prescricional foi interrompido com a decisão judicial de cassação do sursis.

  • D.

    não houve interrupção pelo início do cumprimento da pena, correndo o prazo prescricional desde a decisão judicial que cassou o sursis.

  • E.

    houve interrupção pelo início do cumprimento da pena, correndo o prazo prescricional do trânsito em julgado da sentença condenatória para o Ministério Público.

A pena privativa de liberdade deve ser substituída por restritiva de direitos quando não for superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça contra a pessoa. O réu foi condenado a pena de um ano e oito meses pelo delito de tráfico de entorpecentes, temos então que

  • A.

    o crime de tráfico de entorpecentes não contém elementar de violência e grave ameaça à pessoa e o quantum da pena não atinge quatro anos sendo, portanto, permitida a substituição da pena.

  • B.

    a substituição da pena no caso de tráfico de entorpecentes é expressamente vedada por lei.

  • C.

    a substituição da pena é vedada por lei, salvo se o réu colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação de coautores ou partícipes do crime.

  • D.

    a pena privativa de liberdade poderá ser substituída desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas e nem integre organização criminosa.

  • E.

    a pena privativa de liberdade poderá ser substituída desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas e nem integre organização criminosa, devendo colaborar na investigação policial.

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